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O gerente Anderson, da Indústria de portas e portões do Grupo Natanael, recém aberta em Floriano-PI, esteve falando numa entrevista ao Piauí Notícias sobre as ações da empresa em relação ao atendimento ao cliente.

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Ele falou ainda sobre a fabricação dos produtos, material usado, qualidade dado aos equipamentos novos, atendimento e entrega aos clientes. Veja a entrevista: 

Da redação

Foi realizado o procedimento de aborto na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, da criança de 11 anos, grávida de gêmeos após ser estuprada. A informação foi confirmada pelo promotor José William Pereira Luz, que acompanha o caso.

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De acordo com o promotor, a menina segue tendo o acompanhamento médico psicológico e do Ministério Público Estadual. O promotor também preferiu não informar a data em que o procedimento foi realizado.

“Foi feito seguindo todos os procedimentos legais. A criança está sendo acompanhada, como vem sendo acompanhada durante todas as fases e continuará sendo assistida pelos serviços de acompanhamento médico psicológico e também com toda a assessoria prestada pelo Ministério Público com a orientações técnicas necessárias”, disse José William.

José William acrescentou que houve a recomendação técnica para interrupção da gestação da menor, após as equipes médicas e psicológicas constatarem que não havia condições da criança manter a gravidez. Também foi determinado que a maternidade Dona Evagelina Rosa fizesse o procedimento de acompanhamento psicológico da vítima que estava com 12 semanas de gestação.

“Nem as equipes médicas, nem psicológicas recomendaram a continuidade da gravidez, estamos falando de uma menor de 11 anos, ainda é uma criança. Então ela não tinha condições médicas, condições físicas e nem psicológicas de levar a frente essa gravidez, por isso que houve a recomendação técnica para realização da interrupção da gravidez”, disse.

O promotor destacou ainda que o procedimento foi realizado respeitando a vontade da vítima e dos familiares e de acordo com a orientações do acompanhamento psicológico.

“O Ministério Público encaminhou a menor para acompanhamento médico psicológico, durante o procedimento, nós seguimos todos os ritos previstos tanto na lei, como nas notas técnicas do Ministério da Saúde, por isso que não é a questão de demora para realizar o procedimento, ele é feito no prazo certo, nem de forma sodada, nem de forma protelatória, ele é feito no tempo certo, desde quando é feito todas as fases de acompanhamento médico psicológico para saber o momento certo e primeiro para saber se a vítimas e os familiares tem interesse em fazer o procedimento”, ressaltou José William.

Prisão

O padrasto da menina, um homem de 35 anos, foi preso no último dia 06 de junho como principal suspeito pelos abusos sexuais. Segundo o delegado Felipe Andrade, responsável pelas investigações do caso, o homem mantinha um relacionamento com a mãe da vítima há cerca de um ano, e aproveitava sua ausência para cometer os abusos sexuais.

"A mãe começou a perceber comportamentos estranhos da criança. Ela a indagava, mas a filha sempre ficava na defensiva, pois ela estava sendo ameaçada. Acabou que a mãe tomou conhecimento, foi conversar com o autor do estupro e ele a ameaçou. Ela saiu de casa e denunciou o caso", informou o delegado Felipe Andrade.

Com informações do cidadeverde

Nessa quinta-feira, 23, a promotora de Justiça titular da 3ª Promotoria de Justiça de Oeiras, e que está respondendo pela 4ª PJ de Oeiras-PI, Ednólia Evagelista de Almeida, pediu através da recomendação Nº 03/2022, publicada no Diário Oficial do Ministério Público, o afastamento de um professor na lotado na Zona Rural de Oeiras acusado de assédio sexual contra uma adolescente, aluna da Escola Municipal Alzira Tapety, situada na Localidade Briona.

A 4ª Promotoria de Justiça de Oeiras recomenda que a Secretaria Municipal de Educação afaste, preventivamente, sem prejuízo de sua remuneração, até ulterior deliberação, o servidor A.M., independentemente da existência de investigação ou processo criminal em curso.

Ednólia Evagelista recomendou ainda que a SEMED instaure Processo Administrativo Disciplinar em face do servidor para fins de apuração de infração disciplinar, consistente na prática, em ambiente escolar, de assédio sexual.

A promotora alertou que o descumprimento o constitui em mora quanto às providências solicitadas, podendo implicar propositura de Ação Civil Pública, bem como adoção de outras providências administrativas e judiciais cabíveis.

Com informações do Oeiras em foco

Ao lado de uma mamadeira, sentada na cama, a menina hoje com 11 anos rapidamente se levanta ao avistar a presença do Conselho Tutelar de Teresina. Logo pega o filho de nove meses no colo, e sentada, se esconde por trás do menino. Arredia, não diz uma só palavra. A família que tinha na memória uma menina extrovertida que ia à escola e brincava de boneca, hoje é calada e não quer sair de casa.

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Ela tinha dez anos quando engravidou após ser estuprada e seguiu com a gestação. A menina abandonou a escola, vive conflito com a mãe e se nega a conversar com um psicólogo.

"O médico disse que não dava para tirar o bebê, que ela e a criança corriam risco de morte. Fiquei com medo e fui contra o aborto", disse a mãe da vítima, uma dona de casa de 29 anos. A mulher não soube dizer o nome do profissional que deu à família a orientação sobre haver risco de morte para ambos.

A vítima foi violentada em um matagal por um primo de 25 anos, em janeiro do ano passado. A mãe da menina descobriu a gravidez da filha fazendo um teste no posto de saúde de um povoado na zona rural da capital do Piauí.

A vítima estava com quase dois meses de gravidez na época. Hoje, o bebê está com nove meses e é cuidado pela avó. O estuprador tempos depois foi assassinado —a família não soube informar o que motivou o homicídio. "Mudou tudo desde que o bebê nasceu. Ela está rebelde, já puxou faca pra mim, faz ameaças de me matar, não vai para a escola, e disse que só quer ficar em casa. Estou cuidando de duas crianças, minha filha e meu neto. Ela não tem amadurecimento para ter filho", disse a mãe da menina.

A família vive em situação de bastante vulnerabilidade em uma casa de barro, com uma sala, um quarto e cozinha. O chão é de terra batida.

Lá vivem sete pessoas, a mãe, o pai, e os irmãos da vítima do estupro, de um, três e sete anos. Eles dormem em um único quarto entre camas, colchões no chão e redes.

A mãe vive dos R$ 400 do Auxílio Brasil e ganha R$ 1 por cada cartela que vende de um sorteio premiado realizado em Teresina.

O conselho tutelar tomou conhecimento da gravidez da menina após estupro depois de uma denúncia da escola quando a menina frequentava a sala de aula.

A conselheira tutelar Renata Bezerra, do núcleo da zona sudeste, disse que o pedido de aborto legal foi solicitado informalmente à juíza plantonista, quando Bezerra acompanhava no hospital a criança e família.

Segundo Bezerra, no dia da consulta, a menina não queria a interrupção da gravidez.

"A vítima disse que não tirava o bebê [não faria o aborto]. Ela esperneou em frente da maternidade Dona Evangelina Rosa [para não fazer o procedimento]", lembra a conselheira. "Conversamos com a psicóloga da maternidade e o médico, que informaram que prevalecia a vontade da mãe do bebê. Ela estava com dois meses de gestação e daria para fazer a interrupção da gravidez. Acionamos a juíza de plantão por telefone e ela disse que a família teria que entrar em acordo para fazer o aborto".

O gerente de Direitos Humanos da Secretaria de Assistência Social de Teresina, André Santos, disse que aumentou em 55% o número de casos de abuso sexual de criança e adolescente em Teresina comparado o primeiro trimestre de 2021. O total saltou de 29 casos para 45. "O que é mais complicado é que a vítima é menor de idade, diz que tem condições de cuidar do filho, se ela mesmo é incapaz de cuidar de si. Por isso sobrecarrega a família e a rede de proteção", disse Santos. Ele defende que a rede de proteção infantojuvenil precisa ser mais ágil.

A defensora pública, Daniela Neves Bona, da 1ª Defensoria da Infância e Juventude de Teresina, esclarece que se a vítima de estupro e a mãe não querem o aborto é preciso respeitar essa decisão.

"A vítima tem livre arbítrio de escolha. Agora se ela não quer o filho e a maternidade não quer fazer o aborto, a família precisa procurar a defensoria ou um advogado para acionar a justiça para obrigar o hospital a fazer a interrupção da gravidez", disse Daniela Bona.

Ele informou ainda que não é papel do Conselho Tutelar pedir aborto legal, e que o órgão pode apenas orientar a família e encaminhar a vítima para os projetos sociais para ampará-la.

Com informações do cidadeverde