Um homem identificado como Antônio, de cerca de 55 anos, morreu na manhã desta quinta-feira ,4, após cair de uma escada que usava para podar uma árvore, no centro de Piripiri.
Antônio podava uma árvore na frente de sua residência, mas algo deu errado e ele acabou caindo, batendo com a cabeça. Segundo vizinhos, era uma prática frequente dele. Alguns já o tinha alertado sobre o perigo.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foi acionada a esteve no local, mas apenas para constatar o óbito.
Nesta quarta-feira, 3, a Polícia Civil do Piauí concluiu, o inquérito do caso envolvendo a abordagem de policiais militares ao pintor Gustavo de Oliveira Silva, de 22 anos. Ele foi baleado no abdômen durante uma aproximação do 5º Batalhão da Policia Militar (5º BPM), da Zona Leste de Teresina, na madrugada do dia 20 de dezembro de 2017.
De acordo com o delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial (DP) a ação dos policiais militares foi precipitada. “Quando uma pessoa foge de uma abordagem, ele está com o documento atrasado ou com medo da polícia. Se ele vier para cima da polícia, aí tem que reagir, mas se não for assim, melhor não atirar”, afirmou.
Segundo o delegado, a vítima não tem passagem na polícia e os policiais teriam plantado uma arma de brinquedo no carro do pintor. O delegado acrescentou que também foi pedido a uma testemunha para mentir no depoimento prestado no dia da ocorrência, na Central de Flagrantes.
No inquérito, que será encaminhado para a Justiça nesta quinta-feira (4), a Polícia Civil conta que a vítima estava em um posto de combustíveis ingerindo bebida alcoólica e quando foi embora bateu seu veículo na bomba de gasolina.
No entanto, o pintor considerou que a batida tinha sido leve, não teria causado nenhum dano e foi embora. O frentista do posto acionou a PM, que iniciou uma perseguição, que, conforme o inquérito, terminou com o jovem sendo ferido com um disparo de arma de fogo ao estacionar o carro.
Três relatos de agressões em menos de um mês
Dias depois da abordagem em que o pintor Gustavo de Oliveira Silva foi ferido, uma menina de 9 anos foi atingida nas costas por dois tiros feitos por um policial militar. O caso aconteceu durante a madrugada do dia 26 de dezembro, na zona Leste de Teresina. A criança, Emile Caetano da Costa, chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu e foi a óbito.
No dia anterior, 25 de dezembro, um grupo de jovens afirma ter sofrido agressões de uma equipe do 5º BPM. Uma das integrantes do grupo, uma funcionária pública que preferiu não ser identificada, disse, que durante uma abordagem um policial deu um tapa no rosto de um rapaz, a empurrou e fez ameaças.
Uma mulher identificada por Ednalva Ivanilda de Moura, de 22 anos, deu a luz no meio da rua na madrugada desta quarta-feira, 03. O parto foi realizado em uma calçada pelo seu esposo José Wellington de Sousa, que afirmou que ligou para o SAMU, por volta de 1h40 de hoje, mas foi informado que não havia ambulância disponível para atendimento naquele momento, pois estaria em uma ocorrência.
José Wellington contou que não pôde esperar a chegada da ambulância e decidiu levar sua mulher ao Hospital Regional Justino Luz (HRJL), mas a bolsa rompeu no caminho e a criança nasceu antes de chegarem à unidade de saúde. Ele colocou sua camisa para que a mulher pudesse deitar em cima e após o nascimento do bebê, ele foi em busca de ajuda para levá-los ao hospital.
O casal e a criança foram levados ao hospital em uma viatura da Polícia Militar, que passava pelas mediações. Ainda segundo José Wellington, o SAMU só apareceu depois que mãe e filho já tinham sido atendidos na área pediátrica do HRJL. Ele fala que a situação é revoltante e humilhante e que procurou a reportagem para fazer a denúncia, para que outras pessoas não passem pela mesma situação.
“Quando eu deitei ela na calçada e vi a criança nascendo eu pensei, nem vai escapar nem minha mulher nem a criança. O sentimento, como ser humano, é de desprezo e descaso. Eu vim procurar vocês aqui, não por mim, nem minha mulher e nem meu filho, porque nós estamos todos bem, graças a Deus, mas em nome de toda população de Picos e da região, porque assim como aconteceu comigo, várias pessoas podem precisar na mesma ocasião que precisei nessa madrugada e o SAMU ter apenas uma ambulância disponível. Só eu sei o que eu passei, fazendo o parto da minha mulher em cima de uma calçada no meio da rua”, lamenta José Wellington.
O pai da criança destacou ainda que o momento foi desesperador, pois Ednalva Ivanilda teve uma hemorragia em seu último parto e ele temia que pudesse acontecer o mesmo nesta madrugada.
O casal tem outros dois filhos, de 6 e 1,5 anos. Mãe e filho passam bem, o menino irá se chamar José Wellington de Sousa Filho, em homenagem ao pai que ajudou durante seu nascimento. Até o fechamento da matéria, os dois ainda estavam no hospital recebendo os procedimentos cabíveis e aguardando alta.
OUTRO LADO
O diretor Administrativo da Secretaria Municipal de Saúde, Bruno Alves Luz, afirmou que uma ambulância está quebrada e a outra estava em ocorrência no momento do acontecimento. Ele reforça que o SAMU não entrou em recesso durante o final de ano e os atendimentos estavam sendo realizados normalmente.
“Quando nós fomos entrar no recesso, nós fizemos uma escala dos profissionais para que o serviço não parasse. O SAMU é um dos serviços que não se admite que pare. E nós entramos com as duas ambulâncias funcionando, ocorre que nesse período de tempo, uma das ambulâncias, teve problema e teve que ir para a oficina, mas uma ficou em funcionamento, então essa que estava na oficina, eu já tenho informações hoje do setor de transportes que ela já está saindo da oficina hoje e já vai voltar a funcionar”, garantiu Bruno Alves.
A reportagem entrou em contato também com o coordenador de enfermagem do SAMU de Picos, Ronan Dantas, que afirmou que a unidade conta atualmente com dois veículos, porém, uma das ambulâncias estava quebrada e a outra atendia uma ocorrência no momento da chamada do senhor José Wellington.
Na tarde dessa terça-feira, 02, os pescadores conseguiram localizar o corpo do menino de 12 anos, que morreu afogado no Rio Parnaíba, em União, na última segunda, 1º.
O corpo estava nas proximidades da Ilha do Patuci.
Segundo informações, o menino morava na cidade de Coelho Neto (MA) e estava na cidade piauiense passando o recesso de ano novo com a mãe, que mora no Bairro Vila Conquista.
O padrasto do menino esteve na delegacia prestando informações à polícia.