As rodovias do Piauí já contabilizam 106 acidentes, com 84 feridos e 23 mortos. Os dados são do balanço parcial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que continuará a operação "Final de Ano" até o dia 5 de janeiro.
Ao todo foram aplicadas 56 multas por embriaguez ao volante e 19 condutores foram presos e encaminhados para a Central de Flagrantes.
"Estamos muito preocupados. Estamos ultrapassando os números gerais de 2013, que registrou 29 mortos. Temos que trabalhar para conscientizar o motorista", disse o inspetor Isaías Segundo, em entrevista do Notícia da Manhã desta quinta-feira, 2.
No final da tarde de ontem, 1, o movimento na Rodoviária foi pequeno, mas nas estradas foi bastante intenso, especialmente nas duas entradas da capital, BR-343 e BR-316.
Na estrada que leva ao litoral, houve um engarrafamento de três carros. Por conta dos curiosos, o congestionamento chegou a quilômetros de extensão.
Na outra entrada da cidade, um grave acidente resultou na morte de um motoqueiro. Dois veículos colidiram de frente e o piloto, que vinha atrás, colidiu com um dos carros e morreu na hora.
"A principal causa dos acidentes é a pressa em chegar em casa. Isso, junto com a ingestão de bebidas alcoólicas provocam mortes nas estradas", completou o inspetor Isaías, ressaltando que agora a PRF está equipada com radares móveis, o que facilita a fiscalização.
Na noite de segunda-feira, 30, um ônibus invadiu uma residência no bairro Rodoviária em Parnaíba-Piauí.
O acidente aconteceu na Rua Moraes Souza por volta das 21:00hs. Ainda não se sabe o que teria motivado o acidente, mas o motorista teria perdido o controle e bateu no muro da residência.
O ônibus acabou derrubando o muro, o telhado do terraço, danificando um carro e uma moto que estavam estacionados. Apesar do susto, não houve vítimas. Policiais Militares foram acionados para aferem a perícia e logo depois o ônibus foi retirado.
O adolescente de nome Marcos Victor Craveiro, 13 anos de idade, residente no Bairro Marmelada em José de Freitas, faleceu no Hospital Nossa Senhora do Livramento, nesta cidade, após ser atropelada por um veículo modelo corsa de com branca, placa do estado de Goiás.
O caso aconteceu por volta das 13:30h, na estrada vicinal que dar acesso a comunidade Lagoa do Piripiri, zona rural desde município. A vítima seguia de bicicleta quando foi colhido pelo carro que era guiado por Wellington Andrade Araújo, que segundo informações mora em Brasília-DF e estaria em José de Freitas-PI passando o final de ano, na Rua Antônio da Costa Carvalho.
Ainda de acordo com informações apuradas pela reportagem do JF Agora, o adolescente estava se dirigindo para uma fazenda de nome Haras Nazaré, que fica na zona rural desta cidade, onde segundo informações trabalhava como domador de cavalos, quando foi colhido pelo automóvel.
Após o acidente, Marcos foi socorrido e levado paro o hospital local pela equipe do SAMU, mais faleceu quando aguardava transferência para o HUT em Teresina. A técnica em enfermagem do SAMU Toinha e o Motorista Borgim, relataram que o paciente estava com lesões na cabeça e nas costas, porém foi socorrido com vida.
Uma equipe da Guarda Municipal esteve no local fazendo os procedimentos cabíveis. O cabo da policia militar L. Oliveira disse que não foi informado do ocorrido, por esse motivo facilitou a fuga do atropelador.
O acidente fatal foi registrado na delegacia de policial local, o coordenador Gilson Ferreira informou que o fato vai ser apurado através de um inquérito policial que será instaurado pelo delegado Valter Junior.
O ano que se encerra foi marcado pelas ruas cheias e muito trabalho para órgãos de segurança pública e, principalmente, para os políticos brasileiros. Em 2013, o brasileiro ocupou as ruas em uma reivindicação que começou por 20 centavos e virou grande luta por melhores serviços públicos.A mobilização mexeu com parlamentares, com a Presidência e ecoou na imprensa internacional.
Com a Copa do Mundo se aproximando, as notícias de gastos elevados com estádios Brasil afora coincidiam com alguns governos anunciando o aumento nas passagens de ônibus. Em São Paulo, a tarifa aumentaria de R$ 3 para R$ 3,20; no Rio de Janeiro, de R$ 2,75 para R$ 2,95. Os protestos começaram a se multiplicar por todo o Brasil às vésperas da Copa das Confederações.
Em Brasília, os ecos de paulistanos e cariocas se refletiram rapidamente. Manifestações começaram com dezenas de pessoas e, de repente, contavam com milhares na Esplanada dos Ministérios. O dia 17 de junho marcou uma das cenas mais emblemáticas do momento vivido no país: centenas de jovens ocupando as rampas e as cúpulas do Congresso Nacional gritavam por um país melhor enquanto a polícia observava e guardava a entrada do prédio.
Dias depois, milhares de jovens e famílias lotaram o gramado em frente ao Congresso. Foram cerca de 30 mil pessoas com faixas, bandeiras e cartazes pedindo saúde, educação e transporte de qualidade. Era um movimento sem partido - apenas o cidadão comum se queixando do tratamento que lhe dispensavam gritando suas dificuldades, angústias e carências. A essa altura, os brasileiros já figuravam nos jornais do mundo.
Nas ruas, a polícia se equipava e agrupava, preparada para verdadeiras batalhas. E isso acabou ocorrendo em alguns momentos. Excessos dos dois lados ocorreram em várias cidades e confrontos entre policiais e manifestantes se tornaram frequentes. Era comum falar em depredações, balas de borracha e bombas de gás. No meio desse turbilhão, a imprensa registrava cada detalhe enquanto, por vezes, era hostilizada por manifestantes e agredida por policiais.
Em vários momentos, a Copa das Confederações ficou de lado na rotina do país. A população pautava a mídia e os protestos por mais investimentos em serviços públicos de qualidade ecoou na política brasileira. Enquanto o Congresso debatia a origem e a finalidade de tudo que ocorria, a presidenta Dilma Rousseff foi a público elogiar a iniciativa popular e condenar a violência. “Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo. (…) De defender com paixão suas ideias e propostas, mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira. O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado (..)”, disse na ocasião.
Na ocasião, o Congresso ensaiou uma reforma política, que ainda não saiu do papel. De concreto, apenas o recuo no aumento das passagens. Recentemente, parlamentares reconheceram não terem atendido o apelo popular e decisões políticas e eleitorais ficaram para 2014, ano de Copa do Mundo, e sobretudo, eleições.