O Piauí está perto de ter, oficialmente, uma mina de diamantes. Depois de aprovada pela representação estadual do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a outorga da mina do município de Gilbués, a 797 quilômetros ao Sul de Teresina, depende apenas da assinatura do secretário de Geologia, Mineração e Metalurgia, do Ministério das Minas e Energia, Cláudio Scliar.

 


Em Gilbués, o trabalho de garimpo funciona ainda a título de pesquisas, com uma guia de autorização. Com a assinatura da portaria de outorga a lavra passa a ser profissional, em uma mina. Não há prazo para assinatura, mas a expectativa é de que o documento saia logo.


A jazida de diamantes em Gilbués, segundo estudos do DNPM, é estimada em cerca de dois milhões de quilates. O diamante do Piauí é puro e possui certificação de Kimberley, órgão criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), para atestar diamantes quanto à sua origem e legalidade.


A futura primeira mina do Piauí, e também do Nordeste, já exportou cerca de três mil quilates de diamantes certificados e já faz parte dos produtos que compõem a pauta de exportações do Piauí.


Outra outorga que está sendo aguardada é para exploração do minério de ferro na região de Paulistana. A reserva na região é estimada em cerca de um milhão de toneladas. A empresa que possui o direito sobre a área solicitou no ano passado autorização para aprofundar as pesquisas de dimensionamento de jazida, um dos últimos passos para a concessão de lavra. 



GP1

discussaoA licitação do projeto da hidrovia do rio Parnaíba, limite natural da divisa entre Piauí e Maranhão, deve ser feita até dia 30 de março. O prazo foi estabelecido nesta quarta-feira, 14, em reunião do governador Wilson Martins (PSB) com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. A obra deve tornar o "velho monge" navegável em até três anos. 


A reunião em Brasília/DF contou ainda com a presença do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT -, general Jorge Fraxe, e também definiu que as obras de dragagem do rio devem começar até o fim do mês. 

 

A licitação será feita através da diretoria nacional do DNIT e a contratação da empresa para dragagem se procederá via pregão da direção do Departamento no Piauí. O investimento na hidrovia é de R$ 360 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC. 

 

A hidrovia abrange quase todo o curso do rio, seguindo de Santa Filomena, no sul do Piauí, até o litoral do Estado. Com a estimativa de viabilizar o transporte aquaviário na região em três anos, o Governo pretende receber empreendedores de diversas áreas, tendo como atrativo a redução de custos de operação, logística e manutenção que o meio proporciona em relação a outras modalidades.



Cidade Verde

Uma equipe da Força Tática da PM de Piripiri prendeu um homem identificado pelas iniciais G.B., 18 anos, acusado de estuprar uma menina de 12 anos. A jovem estava desaparecida desde as 19:00h, segundo sua mãe, que acionou a Polícia Militar.


Após receber o comunicado da mãe da garota, os PMs levantaram informações que davam conta de que a adolescente estaria tendo contato com um homem. Baseado nas informações dadas, os policiais conseguiram o endereço, foram até a casa do suspeito e após bater na porta com muita insistência, G. B. atendeu e saiu, mas negou que a garota estaria lá.


Com a autorização do próprio suspeito, os policiais revistaram a casa e encontraram a adolescente escondida no fundo da residência. O Conselho Tutelar foi acionado e a garota foi levada a Pedro II e submetida à perícia por um médico. O exame deu positivo e o acusado foi autuado no 2º DP por estupro de vulnerável.



Piripiri Repórter

pfprendequadrilA Polícia Federal prendeu 15 pessoas, integrantes de uma quadrilha apontada na fraude de vestibulares de medicina em seis estados do País. De acordo com a PF, candidatos pagavam R$ 60 mil aos membros do grupo e eram treinados para usar um ponto eletrônico para receber as respostas durante as provas. A PF ainda investiga o valor arrecadado pelo grupo que agia há mais de dez anos e era liderado por um médico.

 

A Operação Arcano, deflagrada nessa terça-feira, 13, cumpriu 15 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão. A PF detectou a ação do grupo em 13 vestibulares promovidos por instituições privadas de ensino em São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Maranhão, Goiás e Mato Grosso.

 

Segundo o delegado Nelson Edilberto Cerqueira, a denúncia sobre a quadrilha partiu de uma instituição de ensino da região de Araraquara, no interior de São Paulo. O nome da universidade não foi revelado, assim como os nomes das instituições que tiveram os exames fraudados. A cada vestibular, entre 15 e 20 estudantes pagavam para serem aprovados, de acordo com Cerqueira.

 

O delegado afirmou que não há funcionários das instituições envolvidos no esquema, cuja investigação começou há quatro meses e meio. Uma pessoa foi presa na região de Jaú e outra em Ituverava, cidades no interior de São Paulo. A PF também deteve uma pessoa no Rio Grande do Sul, uma na Bahia, uma no Pará, três no Piauí, duas em Goiás e uma no Tocantins. Ainda durante a operação, foram apreendidas duas armas de fogo.

 

Ação da quadrilha

A organização da quadrilha, especializada em vestibulares de medicina, era dividida em quatro grupos e já atuava há pelo menos dez anos. Um deles era o corretor, que se infiltrava nos cursos preparatórios em busca de candidatos.

 

Na segunda etapa, dias antes do vestibular, os alunos eram preparados por outros membros do grupo conhecidos como treinadores. Eles eram os responsáveis pelos aparelhos utilizados pelos candidatos. "Mostram como funciona, testam a aparelhagem e formas de a pessoa entrar e fazer a prova sem ser identificada. Quando terminam o serviço, eles ficam na cidade para dar auxílio técnico", explica o delegado.

 

Em seguida, era a vez dos 'pilotos' entrarem em cena - os integrantes da quadrilha, cuja função era responder as questões de determinada disciplina, já que eram especialistas no assunto. Geralmente eles se inscreviam no vestibular e faziam a prova. Quando saíam da sala, comunicavam as respostas ao comando central da organização, que ficava em Goiânia. Por meio de um ponto eletrônico, o comando fazia contato com o aluno e passava o gabarito.

 

"Algumas vezes o esquema não deu certo e as provas foram frustradas porque os pilotos não foram tão bem no exame. Além disso, às vezes os aparelhos também apresentavam algum defeito", contou o delegado.

 

Crime

Os suspeitos presos esta manhã foram ouvidos e liberados. Todos deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato, cujas as penas somadas podem chegar até oito anos de prisão.

 

A PF vai iniciar a segunda parte da investigação para levantar quantos alunos participaram do esquema. Tanto eles quanto os pais, que pagaram pela fraude, poderão responder por crime de estelionato.

 

"A quantidade de pessoas que vamos ouvir ainda é muito grande. Vamos identificar quem são essas pessoas e, dependendo da documentação que a gente apreender, pode ser que consigamos dados de vestibulares anteriores. Com isso, vamos também comunicar as instituições sobre os alunos que cometeram a fraude", afirmou o delegado.


G1