Mikaely Cardoso do Monte, foi indiciada pela Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes Informáticos (DRCI) pelo crime de falsa identidade. Ela utilizou o nome da promotora de Justiça de Teresina, Joselisse Nunes de Carvalho Costa, para manipular vítimas e obter vantagens pessoais, como abrigo e suporte financeiro.

De acordo com o inquérito, a investigação reuniu provas e depoimentos que confirmaram as ações fraudulentas de Mikaely. Ela foi identificada como a pessoa responsável por enviar mensagens se passando por uma autoridade pública para pressionar e enganar pessoas envolvidas em processos judiciais.

A ligação entre Mikaely e a promotora Joselisse remonta a 2017, quando a acusada morava em um abrigo feminino em Teresina e começou a receber apoio financeiro da promotora. Ao longo dos anos, manteve contato com Joselisse e construiu uma relação de amizade, utilizando essa proximidade para se apresentar falsamente como a promotora.

Em setembro de 2024, Mikaely começou a usar o número de telefone de Joselisse para enviar mensagens e se passar por ela. Com essa estratégia, pressionava vítimas como Maria Gladys, mãe de seu ex-companheiro José Martinho, e Lúcia de Fátima, ex-companheira de José, a tomar decisões que a favorecessem, como conceder abrigo ou autorizar o contato entre José Martinho e seus filhos antes de uma decisão judicial. Mikaely manipulava as vítimas prometendo ajuda jurídica e intervenção da promotora.

Além de influenciar processos judiciais, a acusada também buscava vantagens pessoais. Para Maria Gladys, solicitava abrigo em troca de suposta assistência no caso judicial do filho. Para Lúcia de Fátima, enviava mensagens ameaçadoras, tentando forçá-la a permitir que José Martinho tivesse acesso aos filhos. Suas ações visavam garantir favores pessoais e manipular situações em seu benefício, valendo-se de uma identidade falsa de autoridade pública.

O esquema começou a ser desvendado quando Maria Luísa, assistente social que acompanhava uma das vítimas, percebeu inconsistências nas mensagens e nos relatos de Mikaely.

A investigação reuniu depoimentos de diversas pessoas que confirmaram que a acusada estava se passando por Joselisse, utilizando seu número de telefone para pressionar vítimas e manipular decisões judiciais. A falsificação de identidade foi identificada como a principal estratégia para enganar as pessoas envolvidas no processo.

Mikaely negou as acusações, afirmando desconhecer como o número de Joselisse estava sendo utilizado para enviar as mensagens. Ela sugeriu que um ex-companheiro poderia estar por trás das ações fraudulentas, mas não apresentou uma explicação convincente para o uso indevido da identidade da promotora.

Com informações do 180 graus