• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

manifestantesO Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou nesta quarta-feira o pedido de registro de candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Fernando Haddad, indicado como vice, Manuela D'Avila, do PCdoB, a ex-presidente Dilma Rousseff e a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, estiveram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar a documentação e fazer um gesto em defesa do ex-presidente.

Os deputados Zeca Dirceu (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Luciana Santos (PCdoB-PE) também foram ao protocolo do TSE. Zeca Dirceu chegou a ser barrado, mas depois foi liberado. Antes de entrar na sala, ao ser questionada sobre a possibilidade de indeferimento do registro de candidatura, Gleisi disse:

— Nós vamos lutar até as últimas consequências e Lula será o nosso candidato.

Preso em Curitiba e condenado em segunda instância, Lula deve ter sua candidatura rejeitada por ser enquadrado pela Lei da Ficha Limpa. Desde a manhã desta quarta-feira, petistas realizaram várias atividades políticas para exaltar o ex-presidente. Uma marcha pelas ruas de Brasília, organizada pelo MST e outros movimentos sociais, teve como destino o TSE. Segundo A Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas seguiram em caminhada pela Esplanada dos Ministérios.

Pela manhã, Haddad visitou militantes que fazem greve de fome em protesto à prisão de Lula. Depois, participou de do lançamento do livro "Caravana da Esperança: Lula pelo Nordeste", onde criticou a prisão de Lula, ao lado de Gleisi.

— É um estado de exceção, parece que todas as instituições resolveram se organizar e criar um direito paralelo para tratar do presidente Lula, parece que o direito que vale para todos nós não vale para ele - disse.

No Senado, depois do evento com Haddad, Glesi anunciou que o PT irá chamar para falar ao Congresso o ministro da Justiça, Raul Jungmann, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o desembargador do Tribunal Regional Federal da Quarta Região Thompson Flores e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro. Ao todo, os petistas protocolaram nove requerimentos pedindo esclarecimentos sobre o dia oito de julho, quando uma série de decisões conflitantes sobre a liberdade de Lula foram expedidas pela Justiça.

Condenado em segunda instância no caso do tríplex, Lula cumpre os requisitos para ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Como está preso em Curitiba, coube a Fernando Haddad, formalizado como candidato a vice, a tarefa de entregar no TSE os documentos do petista. O registro do PT, que poderia ser feito pela internet, foi transformado num ato político, com militantes do MST do lado de fora do tribunal. Simpatizantes de Lula se concentram desde ontem na região central de Brasília.

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão empenhados em definir ainda em agosto a situação da candidatura do ex-presidente. O objetivo é evitar que o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que começa no dia 31 deste mês, tenha início com o quadro de candidatos indefinido. A tendência da Corte é negar o registro. No entanto, existe uma série de prazos na lei a serem cumpridos em caso de alguém contestar a candidatura. Por isso, os ministros estão dispostos a dar prioridade ao caso.

Durante a posse de Rosa Weber na presidência do TSE na noite de terça-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, criticou o uso de dinheiro público por pessoas "inelegíveis". Segundo ela, só quem cumpre a lei pode concorrer. A procuradora-geral já avisou anteriormente que poderá pedir que Lula devolva aos cofres públicos o dinheiro eventualmente gasto em campanha.

Pelo menos um partido, o Novo, também já está com texto pronto para pedir a impugnação. O candidato a presidente João Amoêdo decidiu fazer dois pedidos ao TSE. O primeiro pede a impugnação da candidatura de Lula. O segundo, a retirada do petista da campanha eleitoral. Amoêdo diz que fará o pedido tão logo o TSE abra prazo para contestações.

 

Globo.com

Jorge William / Agência O Globo