Na madrugada desta sexta-feira, 06, policiais militares entraram em confronto com bandidos que praticavam ações simultâneas no Banco do Brasil, Bradesco e Correios da cidade de Simplício Mendes, a 416 km de Teresina. O coordenador-geral de operações da PM-PI, coronel Márcio Oliveira, diz que os suspeitos dispararam várias vezes contra a sede da Polícia Militar na cidade. Não houve feridos.
"Por volta das 3:15h, os PMs de plantão deram uma pausa no trabalho para o lanche. De repente, indivíduos começaram atirar de fuzil contra a Companhia. Houve revide pelos PMs e pelo comandante que conseguiram abortar a ação ao Bradesco e Correios que tiveram apenas as portas arrombadas", explica o coronel.
Já a agência do Banco do Brasil foi detonada por explosivos e ainda não se sabe se alguma quantia em dinheiro foi roubada.
O comandante acredita que pelo menos 12 homens participaram do crime. O bando seria integrante do "Novo Cangaço", modalidade criminosa que age de forma violenta, explodindo caixas eletrônicos, fazendo moradores reféns e ameaçando matar policiais locais.
"Eles estavam em dois carros: uma pick up branca e um palio de cor escura. O bando fugiu em direção a Oeiras e está próximo à cidade de Santa Cruz do Piauí. Policiais de Oeiras, Picos, Simplício Mendes e Paulistana estão em diligência", complementa Oliveira.
Uma casa localizada nas proximidades do Centro Histórico de Oeiras desabou com a forte chuva que caiu na cidade na de ontem, 04.
A casa de propriedade de um senhor, identificado como Luís, residente na zona rural, e que vem frequentemente vai para a cidade, não resistiu a chuva desta quarta e desabou, provocando prejuízos materiais, visto que no momento da chuva, não havia pessoas no seu interior.
A rápida e forte chuva provocou diversos transtornos na cidade. Algumas casas foram invadidas pelas águas, ruas foram alagadas, galerias transbordaram, calçamento destruído e problemas estruturais de uma escola estadual ficaram expostos, como goteiras, infiltrações e vazamentos.
Na tarde dessa quarta-feira, 04, mais de 35 estudantes da Escola Municipal Justina Freitas de Souza deram entrada Hospital Regional de Corrente, por reação à medicação tomada na unidade de saúde localizada ao lado da escola. De acordo com a diretora da unidade escolar, a professora Iracema Souza e Silva, os estudantes tomaram o remédio Albendazol, ministrado na campanha de combate ao tracoma, verminose e hanseníase, e em poucos minutos tiveram a reação alérgica.
"Todos os anos essa campanha é realizada, por isso não me preocupei que algo pudesse acontecer. Levei os 10 primeiros estudantes, depois mais um lote e na quarta vez em que eu encaminhava outra turma um estudante da primeira começou a ter uma reação alérgica, com coceira, e pediu para passar álcool no local e nem desconfiei que pudesse ser por causa do remédio. Fui levar os estudantes e quando voltei as crianças da primeira turma já estavam todas com forte coceira, quando percebi que tinha algo de muito errado. Aos poucos as outras crianças foram tendo a reação e imediatamente suspendi a medicação", relata.
A diretora da escola, localizada na zona rural, a mais de 20 quilômetros do centro de Corrente, afirma que providenciou para que todos os estudantes fossem levados imediatamente para o Hospital Regional para receberem atendimento médico. "Eu trouxe os 15 primeiros e o restante foi sendo trazido pelos pais e pessoas da comunidade", informou a diretora.
De acordo com a equipe de enfermagem do hospital, as crianças chegaram com coceira por todo o corpo, alterações na pele, fortes dores de cabeça, tontura, pressão alta e dores no corpo, principalmente no abdômen.
Todas as crianças foram atendidas pela equipe médica, que ministrou a medicação adequada. A grande quantidade de crianças para serem atendidas ao mesmo tempo gerou grande confusão na recepção do hospital e a Polícia Militar chegou a ser acionada para acalmar os ânimos. "Eram muitas crianças e os pais estavam muito nervosos, mas tínhamos que manter uma ordem para poder atender a todas as crianças adequadamente", comentou uma das enfermeiras.
Por volta das 21:30h, ainda haviam crianças em observação. Todas chegaram a receber alta, mas algumas retornaram ao hospital com novas reações, principalmente fortes dores de cabeça.
Sobre as possíveis causas da reação alérgica à medicação, a diretora da escola informa que um dos médicos que atendeu as crianças analisou a embalagem do medicamento e informou que ele não estava vencido. "Ele disse que pode ser em decorrência do mal armazenamento do remédio. A secretária de Saúde veio pessoalmente no hospital e já está em posse do remédio ministrado, que será encaminhado para análise amanhã", colocou a diretora.
A mãe de uma das crianças informou que não foi enviado nenhum comunicado para os pais solicitando a autorização para a medicação. "O meu filho mais novo não tomou a medicação porque ele não sabia se eu ia deixar. A mais velha tentou esconder o remédio, mas a enfermeira obrigou ela a tomar e logo ela teve a reação", contou a mãe que às 21h30 ainda acompanhava a filha de 12 anos no hospital.
A diretora do hospital, Lindaura Perpétua Cavalcanti, esteve pessoalmente acompanhando a situação das crianças internadas. "Amanhã faremos uma notificação formal à ANVISA informando sobre o ocorrido", informou.
Com o temporal que caiu nessa quarta-feira, 04, a cratera que se abriu em um trecho urbano da BR-343 durante a Semana Santa aumentou cerca de dois metros de diâmetro. A chuva demorou mais de cinco horas e foi suficiente para invadir instituições de ensino, deixar ruas intrafegáveis, carros submersos, entre outros prejuízos.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Piauí (Dnit), José Ribamar Bastos, explica que o aumento da cratera já era esperado, mas não vai atrapalhar o andamento de reparo que começou no início da semana. O prazo de conclusão era de 15 dias.
"O aumento já era esperado porque nós desviamos a água para o canal lateral para que a gente pudesse trabalhar na parte seca. Com a chuva houve uma erosão no aterro o que é completamente normal o que não muda nada o andamento da obra. Não estamos preocupados com o aumento do corte do aterro. Os 15 dias estão mantidos", explica o superintendente do Dnit.
A cratera complicou ainda a situação das 36 famílias que residem no bairro Recanto das Palmeiras.