A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) reforçou nesta quinta-feira (18) a segurança e a eficáica da vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca.
O comunicado vem como forma de tranquilizar governantes e a população do bloco após a suspensão do uso do imunizante em alguns países.
A medida foi tomada por autoridades locais depois que surgiram alguns casos de formação de coágulos em pessoas que haviam sido vacinadas com o produto.
A AstraZeneca, no entanto, nega relação com a vacina e diz que a incidência dos eventos foi até menor em quem tomou a vacina do que na população em geral.
Mais cedo, a MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde) também afirmou não ter encontrado qualquer relação entre a vacina de Oxford e também da Pfizer com casos de trombose.
"Nossa revisão minuciosa, ao lado da avaliação de importantes cientista independentes, mostra que não há evidências de que os coágulos de sangue nas veias aconteçam mais do que seria esperado na ausência de vacinação, para nenhum dos imunizantes", afirmou a diretora-executiva da MHRA, June Raine.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia reforçado que era precipitada a decisão de governantes de suspender o uso, principalmente porque a União Europeia enfrenta uma escassez de vacinas e países veem seus programas de imunização patinando.
AFP
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A vacina da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson), que recebeu autorização de uso emergencial da OMS (Organização Mundial da Saúde), pode ser usada em mulheres grávidas e lactantes, informou hoje um grupo de especialistas em imunização.
A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou, nesta terça-feira (16), que começou os testes clínicos de sua vacina contra a Covid-19 em crianças. Os ensaios serão feitos nos Estados Unidos e Canadá e devem reunir 6.750 crianças ao todo. Os participantes terão no mínimo 6 meses de idade e precisam ser menores de 12 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou um grupo de especialistas para uma reunião na próxima na terça-feira (16) com o objetivo de analisar a segurança da vacina Oxford contra a covid-19, mas reafirmou que os países devem continuar a administrá-la por enquanto.