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hepatitecO Ministério da Saúde corre contra o tempo para tirar de seus estoques um medicamento essencial para tratar pacientes com hepatite C e que está prestes a vencer, o sofosbuvir.

Nesta semana, a pasta enviou aos Estados alerta de que vai mandar uma quantidade do remédio para que o início do tratamento seja feito até dia 25. Se a data-limite não for cumprida, perderá a validade.


Ao todo, são 2,2 mil tratamentos que têm de ser usados até 28 de fevereiro. Caso contrário, o prejuízo será de R$ 18 milhões - a pasta pagou US$ 49,46 por comprimido em 2017, época da compra.

Coordenações estaduais que aguardam a chegada dessas drogas desde o ano passado protestaram contra os prazos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que algumas coordenações regionais avaliam recusar o tratamento, alegando não haver tempo suficiente para distribuir os remédios. Isso ocorre sobretudo onde há grande número de atendidos.
"A distribuição é praticamente inviável", diz a coordenadora do Programa de Hepatite da Secretaria de Saúde paulista, Sirlene Caminada. Ela observou que, mesmo que o cronograma da pasta seja cumprido, será preciso prazo para que as drogas sejam distribuídas nos serviços das cidades. Há ainda necessidade de uma consulta antes da entrega do remédio ao cadastrado.

A secretaria diz ainda estudar qual resposta dará ao governo federal. O jornal apurou que Pernambuco também considera os prazos difíceis de cumprir. O receio é de que os Estados recebam e, sem condições de distribuir, arquem com a responsabilidade da perda de validade. Mas o ministério afasta o risco de o sofosbuvir se perder. Conforme a pasta, a droga será enviada aos centros até esta sexta-feira, 11, e haverá tempo para a distribuição.

Ansiedade

Enquanto remédios estão próximos do vencimento, inúmeros pacientes aguardam desde 2018. Em São Paulo, são 8 mil. A estimativa é de que sejam 15 mil com hepatite C na fila da medicação no País. "É um direito garantido pelo governo. Imagine a ansiedade das pessoas em saber que têm a doença e direito ao tratamento, mas não há remédios", afirma Sirlene. Só na quarta-feira, 9, ela diz ter recebido três telefonemas de pacientes ansiosos.


Além de questionar prazos, São Paulo quer outra garantia: remédios suficientes para completar os esquemas. O tratamento varia segundo o tipo do vírus e a gravidade. Geralmente é feita a associação de drogas. Um dos esquemas prevê combinar sofosbuvir com daclastavir. O tratamento pode ser de 12 ou 24 semanas, conforme o paciente.

"Mesmo na opção de tratamento mais curto, não há remédio suficiente. O quantitativo enviado pelo ministério consegue atender à demanda de um mês. E as 8 semanas adicionais?", questiona Sirlene. O tratamento não pode ser interrompido. Caso contrário, há risco da perda da eficácia. A terapia só é iniciada quando há estoque suficiente para todo o esquema.

O ministério garante haver medicamentos para completar os esquemas. Segundo a pasta, os tratamentos restantes serão enviados pelos fornecedores. Numa primeira etapa, serão distribuídos remédios para atender 5.337 pacientes, que aguardavam na fila desde 2018. A maioria vai receber medicamentos com validade para 2020.

A prioridade, porém, é distribuir as drogas que vencem em fevereiro. Na primeira etapa, os medicamentos serão direcionados aos pacientes que precisam de 12 semanas de tratamento.

O prazo de validade curto para o sofosvubir é atribuído a um descompasso na compra dos remédios usados no tratamento. O sofosvubir havia sido adquirido em 2017, em uma compra maior, e esperava nos armazéns do ministério a chegada do daclastavir, outro remédio. Mas por atrasos na licitação, a compra só foi feita em novembro, por pregão emergencial. Foram comprados 15 mil tratamentos.

Os prazos do daclastavir também não são folgados. A primeira remessa precisa ser usada até maio e as demais têm validade para 2020. Na compra, cada Daclatasvir 30mg custou US$ 10,42 (R$ 39). Já a última compra do sofosbuvir foi em dezembro, com valor R$ 32,85 cada. O remédio válido até 2020 começa a ser entregue este ano.

Queixa

Carlos Varaldo, do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, questiona os valores da última compra e o fato de a primeira remessa do remédio daclastavir ser com prazo de validade baixo. "A cada ano diminuem os atendidos", diz. Segundo ele, em 2016 houve 36.627 tratamentos para hepatite C e 25.988 em 2017 . "E em 2018, foram 13 mil, quando a promessa era bem maior."

 

Agência Estado

André Luiz D. Takahashi/Prefeitura de Votuporanga/Fotos Públicas

infecçaoA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o registro do genérico levofloxacino hemi-hidratado na forma solução injetável para infusão. O remédio é indicado para tratar infecções bacterianas, como infecções no trato respiratório, infecções de pele, infecções do trato urinário e infecção nos ossos.

“Com o registro do medicamento genérico, a Anvisa garante que o produto possui qualidade, eficácia e segurança comprovadas, sendo equivalente terapêutico ao medicamento de referência”, informou, por meio de nota, a agência reguladora.

Outro benefício da concessão do registro, de acordo com o comunicado, é a redução do custo do tratamento, já que medicamentos genéricos devem entrar no mercado com valor pelo menos 35% menor que o do medicamento de referência.
 

 

 

Agência Brasil

Foto: divulgação

polioHá 30 anos, o vírus selvagem da poliomielite paralisava cerca de 350 mil crianças em mais de 125 países todos os anos. Dados divulgados hoje (4) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, em 2018, apenas 30 casos da doença foram notificados em dois países – Afeganistão e Paquistão. O mundo, segundo a entidade, está à beira de um sucesso sem precedentes na saúde pública: a erradicação global da doença.

“A OMS e seus parceiros da Iniciativa Global para Erradicação da Pólio se comprometem a apoiar integralmente os governos do Afeganistão e do Paquistão para combater a doença em seus últimos redutos e livrar-se dessa doença debilitante de uma vez por todas”, destacou a organização, por meio de comunicado.


De acordo com a nota, a erradicação da pólio exige altas coberturas vacinais em todo o planeta para que se consiga bloquear a transmissão de um vírus extremamente contagioso. Infelizmente, segundo a OMS, algumas crianças permanecem sem acesso às doses adequadas por motivos diversos, incluindo falta de infraestrutura, localidades remotas, migração, conflitos, insegurança e resistência à vacinação.


“A meta das equipes em solo no Afeganistão e no Paquistão é muito clara: localizar e vacinar todas as crianças antes que o vírus chegue até elas. Esses países alcançaram enorme progresso. Há 20 anos o poliovírus paralisava mais de 340 mil crianças em todo o Paquistão. Em 2018, apenas oito casos foram reportados em alguns distritos.”


A OMS destacou, entretanto, que o processo de erradicação da pólio deve ser um esforço no sentido “tudo ou nada” e que uma possível falha em acabar com esses últimos redutos poderia resultar no ressurgimento da doença, chegando a até 200 mil novos casos em todo o mundo num prazo de dez anos.

“Estamos no caminho certo para alcançar o sucesso. Um Paquistão e um Afeganistão livres da pólio significam um mundo livre da pólio”, concluiu a organização, citando que a erradicação da doença poderia economizar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, sendo a maioria em países de baixa renda. “E os benefícios humanitários serão sustentados para as gerações futuras: nenhuma criança jamais seria afetada novamente por essa terrível doença”.

 

Agência Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

susO Ministério da Saúde anunciou hoje (3) a incorporação do medicamento dicloridato de sapropterina, utilizado no tratamento da fenilcetonúria, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio deve estar disponível na rede pública em até 180 dias e será ofertado a mulheres que estejam em período pré-concepcional ou em período gestacional e que tenham feito teste de responsividade positivo ao medicamento.

De acordo com a pasta, o uso do dicloridato de sapropterina para o tratamento da fenilcetonúria é feito de forma complementar à realização de dieta, com restrição de alimentos como carne, ovo, trigo e feijão, além do uso de fórmula metabólica rica em aminoácidos, vitaminas e minerais.

“Para incorporar o medicamento ao SUS, foram realizadas discussões com profissionais da saúde e especialistas que compõem a Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec)”, informou o ministério, por meio de nota. “Além disso, também foi levado em conta as observações e sugestões da população, sendo a maioria de pacientes e familiares dos portadores da doença.”

A fenilcetonúria tem herança genética e faz com que o indivíduo nasça sem uma importante enzima (fenilalanina-hidroxilase), dificultando o trabalho do organismo na quebra adequada de moléculas de aminoácido presente em proteínas animais e vegetais (fenilalanina-FAL). Os altos níveis desse aminoácido e de substâncias associadas a ele, no corpo, exercem ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.

Números
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria revelam que um em cada 12 mil nascidos vivos é diagnosticado com fenilcetonúria. A doença é identificada logo que a criança nasce, por meio do teste do pezinho. O exame identifica outras cinco doenças: hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.

Agência Brasil