salPressão alta e hipertensão são a mesma coisa? Sim. Pressão alta e hipertensão fazem referência à mesma doença. Hipertensão arterial é o termo médico que se usa à alta pressão que exerce o coração para o sangue para passar pelas artérias. 

Hipertensão é sempre hereditária? A maioria dos casos de hipertensão está ligada à hereditariedade. Embora a hipertensão esteja ligada a fatores genéticos, ela também é influenciada por questões ambientais, como sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de sal e bebidas alcoólicas – os chamados fatores de riscos. Pessoas que não têm influência genética, mas estão associadas a tais fatores, também podem desencadear um quadro de hipertensão.

Hipertensão é considerada uma doença? Sim. A hipertensão é uma doença. Como existe um componente genético, na maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada de acordo com a mudança do estilo de vida, como prática de exercícios regulares, hábitos alimentares saudáveis, entre outros. E, também, com o tratamento médico adequado, quando o controle da pressão não é atingido apenas pela mudança de hábitos.  

Pessoas hipertensas têm que cortar o sal? Embora exista uma relação entre a hipertensão e o excesso do consumo de sal, não é necessária a retirada completa do sal da alimentação. No entanto, não se recomenda adicionar sal à comida, pois os alimentos, como carnes e frutas, já contêm uma quantidade de sal adequada em sua composição fisiológica. O ideal é que o consumo seja de 5g de sal por dia. 

A principal causa do AVC (acidente vascular cerebral) é a hipertensão? Sim. Cerca de 80% dos AVCs estão relacionados à hipertensão arterial, podendo causar diferentes tipos de AVC isquêmico (obstrução completa de um vaso cerebral) e o AVC hemorrágico (ruptura de um vaso cerebral, ocasionando a inundação de sangue em parte do cérebro). Valores elevados de pressão arterial resultam no aparecimento de lesões em vários órgãos e, mesmo com o avanço de tratamentos para o AVC, o que tem se mostrado mais eficaz e prioritário é o controle da pressão arterial.

Pessoas hipertensas devem evitar emoções fortes? Sim. O estresse exagerado pode elevar a pressão bruscamente, o que pode ser uma complicação para pessoas hipertensas. Desta forma, recomenda-se que procurem evitar situações de estresse na vida cotidiana, a fim de evitar sucessivas elevações da pressão arterial. 

A hipertensão pode ser evitada? Embora não seja possível alterar questões genéticas, questões referentes aos hábitos podem ser controladas, como evitar o tabagismo, praticar atividades físicas, evitar o consumo excessivo de álcool, controle o peso, evitando a obesidade, manter hábitos alimentares saudáveis, evitando ao máximo o sal, e fazer acompanhamento médico regular.

É verdade que o pico da pressão alta acontece de madrugada? Sim. A pressão pode se elevar durante às madrugadas, particularmente, se os medicamentos que os pacientes estiverem utilizando não tiverem uma ação redutora de pressão durante 24h.     

O que é mais perigoso para a saúde: pressão alta ou pressão baixa? Somente a pressão alta está associada ao risco de complicações cardiovasculares, que são infarto, AVC, insuficiência renal e aneurisma. Embora a pressão baixa possa trazer alguns sintomas, não há relação alguma com as doença cardiovasculares.

 

r7

Foto: Pixabay

diarreiaNão é muito comum ouvir alguém reclamar do intestino solto. Geralmente, as pessoas comentam do intestino preso. Quando temos uma diarreia, por exemplo, costumamos associar o evento a algum alimento estragado. Entretanto, nem sempre a diarreia está associada a isso.

Segundo a convidada do Bem Estar desta quarta-feira (25), a gastroenterologista Luciana Lobato, diarreia crônica, de repetição, precisa ser investigada, pois pode estar associada a uma intolerância alimentar, a algum remédio ou pode ter um problema bacteriano.

Algumas intolerâncias são mais comuns e fáceis de identificar, como glúten e lactose. O problema está quando não conseguimos identificar a causa da diarreia. A pessoa sofre com cólicas, diarreias e não acha uma solução, como aconteceu com a dona de casa Nadma Cristina Costa Di Stasi. Depois de uma crise aguda de diarreia e exames, ela descobriu que tinha intolerância à frutose, lactose e sorbitol – um derivado de açúcar.

Quem é intolerante ao sorbitol não tem a enzima que converte essa substância em açúcar dentro do organismo. Por isso, o sorbitol se deposita no intestino grosso e é fermentado por bactérias, o que aumenta a produção de gases. Além disso, o sorbitol atrai muita água para o intestino, o que acaba provocando diarreia.

Na hora de fazer as compras, é preciso ficar atento aos ingredientes. O sorbitol, por exemplo, está em muitos produtos. Até em pasta de dente, protetor solar, maçã e feijão. Hoje, a Nadma só come produtos sem lactose, frutose e sorbitol!

Além da intolerância a certos alimentos, também podemos ter diarreia quando comemos alimentos contaminados. A nutricionista Danielle Fontes explicou que isso acontece porque ingerimos bactérias ruins, que crescem no estômago e intestino, irritam a mucosa e aumentam a produção de secreções no intestino. Esse tipo de diarreia é autolimitada, dura de três a cinco dias, no máximo.

Na ‘crise’ de diarreia é importante reidratar o corpo, comer alimentos de fácil digestão, evitar alimentos que provocam gases e alimentos com muitas fibras.

Diabetes x diarreia. A metformina, medicamento usado para o controle de glicemia para quem tem diabetes, pode provocar efeitos colaterais. A diarreia é um dos principais efeitos. Isso porque quando a metformina é liberada no intestino do paciente, pode haver um acúmulo. Parar o remédio não é indicado. É preciso procurar alternativas para o tratamento, como trocar por uma metformina que cause menos efeitos colaterais.

 

G1/Bem Estar

lentescoloridasA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu a comercialização e o uso de lentes de contato coloridas Nipon Cosplay em todo o país. A determinação se dá por falta de registro do produto, que era vendido de forma irregular pela internet.

As lentes vendidas pela empresa – que ainda não se manifestou sobre a proibição – são para fins estéticos e composição de fantasias, principalmente do universo Otaku.

“Após comprovação de que os produtos eram divulgados e comercializados sem cadastro ou registro, a Anvisa determinou a proibição da comercialização, divulgação e o uso das lentes de contato coloridas Nipon Cosplay, em todo o território nacional”, diz texto publicado pela agência na Resolução nº 958, no Diário Oficial da União.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, de Campinas, em São Paulo, o uso desse tipo de lente deve ser precedido de recomendação médica, inclusive aquelas que estejam devidamente registradas e regulamentadas pela Anvisa.

De acordo com o especialista, a adaptação às lentes inclui análise da curvatura e relevo da córnea, exame de refração, avaliação do filme lacrimal, fundoscopia e utilização de lente teste independentemente da finalidade do uso – se estético ou saúde.

Entre os riscos de usar um produto desses, sem antes consultar um profissional, está a perda da visão.

Ainda segundo o oftalmologista, cerca de 16% da população brasileira não pode usar lente de contato. Entre os que não podem fazer uso, estão aqueles que se enquadram nas principais contraindicações: “Olho seco, doenças oculares externas, alergia e borda da córnea irregular”, diz Neto.

O perigo fica ainda maior no inverno, período em que o tempo seco resseca mais a lágrima, podendo causar complicações ao olho.

O especialista recomenda interromper imediatamente o uso das lentes quando os olhos apresentarem "vermelhidão, sensação de corpo estranho e visão embaçada".

 

catraca livre

virusUm vírus muito comum que chega junto com o outono e com o inverno é a principal causa de infecções respiratórias em crianças. O nome dele é vírus sincicial respiratório (VSR). Assim que os sintomas aparecem, a doença pode ser confundida com uma simples gripe, mas a atenção deve ser redobrada principalmente para crianças de até dois anos, pois pode levar até a internação.

A dentista Fernanda Rocha de Lucca passou por um susto. A filha Laura começou a apresentar sintomas que pareciam de gripe com 48 dias de vida. “Dois dias depois ela entrou num quadro de dificuldade para respirar, vomitando nas mamadas. Fomos para o pronto-socorro achando que ia fazer uma inalação e voltaria para casa”. Foram 30 dias no hospital e a criança precisou ser entubada para continuar respirando.

Tudo isso por causa de uma bronquiolite provocada pelo vírus sincicial respiratório. “A principal sintomatologia da infecção pelo VSR é a bronquiolite. São bebês pequenos que desenvolvem falta de ar, cansaço, dificuldade respiratória e às vezes complicam até com pneumonia”, explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri.

Em crianças saudáveis como a Laura, o vírus leva a quadros graves da doença e à internação, em cerca de 1% a 4% dos casos. Agora, em bebês prematuros, cardiopatas ou com problemas pulmonares o risco de hospitalização pode chegar a 25%.

Não existe vacina contra o VSR, mas existe uma imunização voltada para crianças de risco. Essa imunização é feita até os dois anos de idade para evitar infecções. Ela é oferecida pelo SUS apenas para bebês do grupo de risco.

A família não faz ideia de onde veio o vírus que debilitou a Laura. Por isso, hoje adotam todos os cuidados possíveis. “Hoje a gente chega da rua e lava a mão. Às vezes até troca de roupa para poder pega-la.”

 

G1