Curso de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Dra. Josefina Demes em Floriano, cria a primeira liga acadêmica na história do curso e do campus, a Liga Acadêmica de Semiologia e Semiotécnica (LASS). A iniciativa, orientada pelo prof. Dr. Augusto Cezar Filho e pela profa. Esp. Maria Luzinete Silva, partiu de alunos que compõem o Centro Acadêmico de Enfermagem.
“O Centro Acadêmico de Enfermagem fez uma pesquisa sobre qual temática deveria ser abordada pelo programa e nos resultados surgiu a demanda pela área de Semiologia e Semiotécnica. O programa foi desenvolvido em colaboração com os alunos, tendo Sandy Sousa, secretária de ligas acadêmicas, como principal articuladora entre docentes e discentes”, pontua o prof. Dr. Augusto Cezar Filho.
A criação da LASS-UESPI propõe impactar de forma positiva e consolidar a tríade ensino, pesquisa e extensão, com o intuito de ampliar conhecimentos e técnicas. As atividades envolverão ações voltadas para a promoção à saúde, educação e pesquisas, contribuindo para o desenvolvimento científico e aprimoramento na área de Semiologia e Semiótica.
Para o prof. Dr. Augusto Cezar Filho, o programa visa melhorar o conhecimento dos discentes acerca do exame físico em todas as fases do ciclo da vida humana, desde o recém-nascido até o idoso. Isso possibilita o aprimoramento de técnicas. A liga acadêmica não impactará somente no conhecimento dos alunos, mas, sobretudo, na melhoria da qualidade da assistência prestada por esses futuros profissionais.
“Entendo que a liga proporcionará que os alunos prestem um cuidado mais qualificado, baseado nos seus achados do exame físico, que será aprimorado com a LASS, tendo em vista que teremos tanto momentos de aulas expositivas e dialogadas, como atividades práticas no laboratório de Enfermagem do Campus Doutora Josefina Demes”, finaliza o professor.
Segundo Sandy Sousa, aluna do curso de enfermagem e presidente da LASS, a liga proporciona diferentes formas de ensino e aprendizagem, além de vivência multidisciplinar, interdisciplinar e interprofissional. Os integrantes poderão aperfeiçoar suas habilidades e competências necessárias para cuidar das pessoas. Fazer parte de uma liga acadêmica viabiliza aprender mais sobre assuntos já abordados em sala de aula.
“A liga é um programa de extensão permanente que irá beneficiar muitos acadêmicos, visando sempre o melhor. Iniciar esse programa é uma grande conquista para o nosso Campus e para toda a comunidade acadêmica que irá se beneficiar com ele”, ressalta a aluna.
Os ligantes vão poder exercitar a anamnese e exame físico dos pacientes, a partir de discussão de casos clínicos e práticas em laboratórios. Serão incentivados a publicação de artigos, participação em jornadas acadêmicas e elaboração de materiais educativos para a população externa. Além de aulas ministradas por diversos profissionais visando ampliar conhecimentos e buscar tecnologias que aprimorem suas habilidades.
A Universidade Federal do Piauí abre nesta semana os prazos para candidatos selecionados na 1ª Chamada da Lista de Espera enviarem documentos necessários para as matrículas do SISU 2022.1 na Instituição. As matrículas são exclusivamente on-line no site sis.ufpi.br/matriculagraduacao/. Para candidatos cotistas que precisam comprovar critérios de etnia e raça e/ou renda e/ou deficiência, o envio da documentação de validação das cotas já começa às 8h de amanhã, 23 de março, e segue até às 18h do dia 24 de março. Nesta chamada, quase mil candidatos foram convocados para preencher vagas de cotas do total de 1615 classificados da Lista de Espera.
Recursos - Candidatos cotistas com avaliação indeferida podem pedir reanálise da documentação ao enviar recurso das 8h do dia 23/3 até às 18h do dia 25/3. O resultado do recurso será divulgado no dia 28/3, até as 18h. Exclusivamente para candidatos que precisam validar a Autodeclaração Etnico-Racial, por meio do processo de heteroidentificação, é permitido envio de 1 único recurso para pedido de reconsideração de parecer, conforme estabelece o edital. Para validação das demais exigências de cotas, candidatos que ainda não tenham sanado pendências com a documentação podem enviar mais de um recurso, caso exista tempo hábil.
ATENÇÃO! Se você foi convocado para uma vaga diferente da que se inscreveu no SISU 2022.1, você deverá apresentar no ato da matrícula a documentação correspondente à sua cota de origem, ou seja, a cota para a qual fez opção no ato de sua inscrição no SISU. Nesse caso, você apenas foi remanejado para uma vaga não preenchida – conforme explica o item 2.3 do Edital PREG/UFPI Nº 08/2022.
Na lista de convocação, os candidatos selecionados em modalidade de cota diferente da original são identificados com um símbolo (*, &, %, #, @, $, ~ ,^) ao lado do número do CPF, e a legenda relacionada ao símbolo encontra-se no final do documento, informando a modalidade original do candidato.
Matrícula Institucional- Após essa fase, os candidatos cotistas com documentação aprovada, bem como candidatos cotistas exclusivamente oriundos de escola pública e candidatos aprovados para ampla concorrência devem enviar, das 8h do dia 28 de março às 18h do dia 29 de março, a documentação básica para solicitar a matrícula institucional. A matrícula institucional é a primeira etapa das matrículas na UFPI, momento em que o aluno formaliza seu vínculo com a Instituição. Há ainda a segunda fase, chamada de “matrícula curricular", que vincula o aluno às disciplinas, que ocorre mais à frente, também on-line, via portal do discente no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). A data da matrícula curricular será divulgada em Calendário Acadêmico específico, a ser publicado pela Instituição.
Próximas chamadas- A UFPI irá lançar mais duas convocações da Lista de Espera. A previsão é que a segunda chamada saia até metade de abril.
Aulas- As aulas do período 2022.1 na UFPI estão previstas para iniciar no mês de junho.
Terceira coleção do Mulherio das Letras reúne escrita lírica de 33 mulheres
A terceira coleção do Mulherio das Letras, movimento que promove e celebra o protagonismo feminino na literatura, chega ao mercado reunindo 33 livros de bolso escritos por mulheres de todas as regiões do país. Das 33 autoras selecionadas, 8 fazem parte da Confraria PoéticaFeminina. Três delas – Andréa Santos, Adriana Pardo Malta e Eva Dantas - estreiam em publicação solo. “Somos em número bastante representativo e forte. Oito baianas participando desta coleção ao lado de mulheres de várias partes do Brasil”, celebra Rita Queiroz que fundou a Confraria Poética Feminina com as escritoras Érica Azevedo, AnaCarol Cruz e Juliana Nogueira.
O grupo nasceu no Facebook no ano de 2015 com a proposta de discutir questões relacionadas à autoria feminina, presença histórica de mulheres e buscar formas de ampliar sua participação na literatura. “Em um cenário literário ainda predominantemente dominado pelos homens, as mulheres vêm conseguindo publicar cada vez mais. Estamos conquistando nossa voz na literatura”, pontua a autora Palmira Heine, que também faz parte da Confraria e lança nesta coletânea do Mulherio das Letras Nasça Mulher. Poesia na Veia, de AnaCarol Cruz, Lições da Flor, de Érica Azevedo, No meio do Caminho, Poesia, de autoria de Ilza Carla Reis e Mínima Poesia, de Rita Queiroz são alguns outros títulos que integram a coleção de bolso. “Em formato 10x15, os livros de bolso cabem na bolsa, em qualquer lugar e podem despertar reflexões profundas”, acrescenta Queiroz.
A Confraria Poética Feminina teve início com 15 mulheres. No ano seguinte, em 2016, já eram 37 autoras. A efervescência de ideias e palavras de incentivo mútuo têm contribuído para preencher folhas em branco com escritos. Alguns guardados na gaveta desde a adolescência. Uma das participantes da Confraria que estreia na cena literária, Adriana Pardo Malta, 47 anos, descobriu na juventude o poder de se expressar através das palavras. “A leitura foi sempre presente e prazerosa na minha vida”, conta a baiana que atualmente mora no Rio de Janeiro. Rumos Poéticos, que já tinha sido publicado em 2016 em formato de E-book, ganha agora versão impressa. “O livro físico tem seu encanto. Para mim tem um significado enorme mostrar minha poesia para o mundo. É um pouquinho de mim agora impresso e capaz de tocar outras pessoas, sensibilizar”.
Embriaguez, entre Amores e Vinhos, de autoria da baiana Eva Dantas, 49 anos, é outro título que integra a coleção do Mulherio das Letras. Diretora de uma escola pública em São Sebastião do Passé, interior da Bahia, Eva tem uma longa carreira de poetisa, declamadora, participou de grupos na universidade para apresentações orais, mas não tinha seu livro solo. Escreve desde os sete anos em seu caderninho de versos. A produção dos 108 poemas deste primeiro livro nasceu da inspiração da sua dissertação de mestrado, que analisou imagens de vinhos na poesia de Godofredo Filho. “Prestes a completar meio século de vida, ter meu primeiro livro solo é um grande presente”, avalia.
Baiana de coração, Andréa Santos nasceu em São Paulo, divide o tempo entre o doutorado voltado para representações femininas na poesia da escritora baiana Myriam Fraga com a produção poética. “Gosto de questionar, de ser crítica. A escrita para mim é uma forma de liberdade e posicionamento”, define. Doutoranda em Letras na UNESP, já publicou poemas, contos, participou de coletâneas. Somente no ano passado, em meio ao caos pandêmico, se fez presente em cinco antologias.
Com a marca da escrita lírica, ela apresenta em Tessituras de Silêncios questões não ditas e que estão na ordem do dia silenciando ainda muitas mulheres. Em 83 poemas – alguns de apenas dois versos (dísticos), outros com três linhas (tercetos) – alguns ilustrados por Sabrina Abreu – Andréa Santos usa as palavras como instrumento de reflexão. “A literatura é capaz de nos abrir os olhos, mostrar um leque de novas possibilidades.
Em um trecho do poema Silêncios, ela escreve: “Quero rasurar o silêncio. Todos os silêncios. O silêncio das meninas violadas, das pretas, das mulheres castigadas, das putas, das brancas, das indígenas, das trans. Há um rio em mim. Quero transbordar, vou alcançar o mergulho”. Consciente do quanto ainda é difícil mulher publicar no Brasil, Andréa sente-se vitoriosa por romper mais um silêncio. “Este livro foi sendo gerado aos poucos, ao longo da minha vida. É uma grande realização poder mostrar um pouco da minha escrita”.
Confraria Poética Feminina:
A primeira publicação do grupo, que nasceu nas redes sociais, nasceu de um desafio. No primeiro ano de atividades, cada participante foi convidada a escrever 10 poemas. Das 15 integrantes, 12 completaram o desafio que deu origem ao primeiro livro coletivo lançado no ano de 2016, intitulado Confraria Poética Feminina, pela editora Penalux. “Chegamos a ter 37 autoras, todas com muitas ideias, uma efervescência. Nossa intenção é transformar a Confraria em uma associação, mas isso ainda não saiu do papel”, comenta Rita Queiroz.
Em compensação, poemas, contos e textos ocupam, desde então, folhas em branco para alegria de quem escreve e de quem lê. Em 2017, uma coletânea de fotopoemas foi lançada pela Agbook, em formato de e-book e também impresso. No ano seguinte, os poemas ilustraram uma Agenda Poética. Em 2020, em plena pandemia, lançaram duas coletâneas. Brincando com Palavras, organizada por Palmira Heine, é destinada ao público inafantojuvenil. Confraria em Prosa: outros olhares e vozes femininas, organizada por Rita Queiroz, reúne textos de 18 autoras que tratam de temáticas do universo feminino: casamento, sexualidade, maternidade, violência doméstica, feminicídio.
O grupo segue ativo nas redes sociais e no WhatsApp com uma marca muito forte de incentivo para que todas superem o medo da página em branco e escrevam cada vez mais, em verso ou prosa. Em comemoração ao mês das mulheres, entre os dias 11 e 19 de março, promoveram lançamentos individuais durante a Feira Virtual do Livro Brasil, transmitida pelo Facebook. “A confraria me abriu muitas possibilidades. As trocas são generosas e nos estimulam a produzir mais e mais. O que mais admiro no grupo é que não tem competitividade”, reconhece Adriana Pardo Malta.
SERVIÇO:
O que? Terceira coleção do Mulherio das Letras
Quem? 33 autoras lançam livros de bolso (formato 10x15), pela editora Venas Abiertas.
O Centro de Tecnologia (CT), por meio da comissão eleitoral de escolha dos representantes docentes da Comissão Permanente de Pessoal Docente - CPAD/CT, de acordo com a Portaria no 43/2021 - CT, torna pública a divulgação das inscrições homologadas, por ordem alfabética, biênio 2022-2024.