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Ao falar sobre os filhos, a dona de casa Ivânia Oliveira resume com orgulho: são quatro “meninos”. O brilho no olhar se intensifica ao mencionar o mais velho, estudante de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Piauí (UFPI). É também na UFPI que Ivânia e o esposo, Marlos Oliveira, constroem novos projetos de vida ao participarem do curso de Montagem de Placas Solares, com planos de atuar na área e garantir uma fonte de renda que proporcione melhores condições para a criação da família.

alunos

A formação integra o Projeto de Extensão “Acredita no Primeiro Passo – qualifique-se e empreenda”, desenvolvido pela UFPI em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Câmara Municipal de Teresina e a Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (FADEX).

Ivânia escolheu o curso pela novidade da área e pelas oportunidades que o setor oferece. Além do conteúdo prático, destaca o acolhimento em sala de aula. “Os professores têm muita paciência, entendem nossas dificuldades. Às vezes, chegar até aqui era complicado, e eles sempre esperavam. Foi um curso muito bom, principalmente pelas aulas práticas”, relatou.

O curso de Montagem de Placas Solares é estruturado em aulas teóricas e práticas em laboratório. O professor Adeilton Silva, estudante do 8º período de Engenharia Elétrica e integrante da Liga Acadêmica de Energia Solar Fotovoltaica (LASOL), explica que, ao final da formação, os cursistas estarão aptos a atuar no dimensionamento de sistemas, na aquisição dos componentes e na instalação das placas solares.

Segundo ele, a experiência tem sido enriquecedora. “Conseguimos reunir o que aprendemos na graduação e na Liga para oferecer capacitação técnica a pessoas que buscam novas formas de inserção no mercado de trabalho. A ideia é que elas saiam daqui com uma visão mais ampla e com mais chances reais de atuar profissionalmente”, afirmou.

O esforço relatado por Ivânia é facilmente percebido pelos docentes. Para Adeilton, o comprometimento da turma é motivo de orgulho. “Chego cedo à sala e já tem gente esperando o início da aula. Durante o curso, eles anotam, pedem slides, compartilham vídeos, discutem conteúdos e trazem problemas práticos para a gente analisar juntos. É um grupo que não está aqui apenas pelo certificado, mas pelo aprendizado”, destacou.

Com mais de 30 anos de experiência como eletricista, Ademir Barbosa ingressou no curso com um objetivo claro: aprender. Dedicado e participativo, ele pretende aplicar os novos conhecimentos na área de energia solar para ampliar a renda familiar. “O curso superou minhas expectativas. É excelente, contribuiu muito e me surpreendeu pela qualidade. Também gostei bastante dos professores”, contou.

No curso de Mecânica de Motocicletas, a trajetória de Adriana Silva chama atenção. Boleira por profissão, ela utiliza a motocicleta como principal meio de transporte. Sempre que levava o veículo para manutenção, percebia que não havia espaço para acompanhar o serviço. “Muitas vezes eu não ficava satisfeita com o atendimento. Então resolvi fazer o curso para cuidar da minha própria moto e, quem sabe, ajudar outras pessoas também”, explicou.

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Para Adriana, a presença feminina nas oficinas faz diferença. “Quando a gente chega a um lugar onde tem uma mulher atendendo, se sente mais à vontade. Em muitos espaços, a gente é afastada. Com outra mulher, a conversa flui, dá para observar e aprender”, avaliou. Questionada sobre a possibilidade de abrir uma oficina, ela reconhece que o curso ampliou horizontes. “Isso era totalmente fora da minha zona de conforto, porque sou boleira. Mas pensei em fazer uma mudança radical. O curso mudou a minha forma de pensar”, afirmou.

Aos 21 anos e em busca de estabilidade profissional, Christian Araújo também encontrou no curso uma oportunidade de crescimento. Atuando na área de rastreamento de veículos, ele buscava mais segurança técnica no atendimento aos clientes. O contato com os laboratórios despertou novos interesses. “Quando vi as máquinas do laboratório, fiquei com vontade de fazer outros cursos, como o de torneiro mecânico. Conhecer esses equipamentos me deu vontade de aprender mais e viver novas experiências”, relatou.

Patrick Abreu, coordenador do curso de Mecânica de Motocicletas, conhece esse caminho. Ele fez o curso técnico em mecânica, depois, fez a graduação em Engenharia Mecânica na UFPI, onde também trabalha como Técnico em Mecânica, o mestrado em Engenharia de Materiais e agora é doutorando no mesmo programa. Mas essa história começou bem antes: "Trabalhei com mecânica de motocicletas por quase 12 anos ao lado do meu pai, no interior. Vivi toda a base da prática". Foi esse chão de oficina que deu sentido à sua jornada acadêmica. "Para mim, estudar mecânica foi transformador. Tanto no curso técnico onde comecei quanto na universidade, esse conhecimento mudou a minha realidade", afirma.

O curso de Mecânica de Motocicletas alia teoria e prática em laboratório, uma metodologia que, segundo Patrick, tem gerado ótimos resultados. "Estamos cumprindo o papel da extensão universitária ao transferir o conhecimento técnico produzido na UFPI, usando sua infraestrutura e recursos humanos. Os alunos são pessoas de baixa renda, do CadÚnico, em busca de uma nova profissão. Ou seja, retiramos o conhecimento técnico da Universidade e o devolvemos diretamente à sociedade", explica o coordenador.

Sobre o Programa Acredita no Primeiro Passo

Lançado em outubro de 2024, o Acredita no Primeiro Passo é uma iniciativa do MDS que promove formação técnica e profissional para beneficiários de programas sociais inscritos no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), com foco na geração de renda e na ampliação das oportunidades de trabalho.

Em Teresina, as aulas são realizadas tanto na Câmara Municipal de Teresina, por meio da Escola do Legislativo Municipal, quanto na UFPI, que disponibiliza sua estrutura acadêmica e laboratorial.

O curso de Mecânica de Motocicletas tem carga horária de 200 horas e está na segunda turma. Já o curso de Montagem de Placas Solares, com 320 horas, conclui a formação da primeira turma. Ao todo, estão previstas três turmas de Montagem de Placas Solares e seis de Mecânica de Motocicletas. As convocações ocorrem a partir da lista de espera e, caso seja esgotada, será lançado novo edital de seleção.

Ufpi

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) passa a contar com o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Neonatal, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), a Escola de Saúde Pública (ESP) e a Maternidade Dona Evangelina Rosa. A iniciativa amplia a oferta de formação especializada em uma área estratégica para a saúde pública e prevê bolsas financiadas pelo Ministério da Saúde para profissionais de Fisioterapia, Enfermagem e Psicologia.

neonatal

A implantação do novo programa está inserida no processo de expansão das residências em saúde da UESPI. Para o Pró-Reitor da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Prof. Dr. Rauirys Alencar, o programa representa um avanço estruturante na política de formação em saúde da instituição. “A aprovação do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Neonatal representa um avanço estruturante para a política de formação em saúde da UESPI. Nos últimos quatro anos, a universidade consolidou um processo de expansão contínua das residências, passando de 2 para 6 programas e elevando o número de residentes de 31 para aproximadamente 150 apenas nas modalidades multiprofissionais”, destacou.

Segundo o Pró-Reitor, esse crescimento é resultado de investimentos em planejamento acadêmico, fortalecimento da preceptoria e articulação com a SESAPI e o Ministério da Saúde. “O novo programa, com bolsas financiadas pelo próprio Ministério e vagas para Fisioterapia, Enfermagem e Psicologia, amplia a capacidade da instituição de formar profissionais especializados em áreas críticas para o SUS”, completou.

A coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU), Profa. Dra. Sonia Campelo, ressaltou que a criação da residência responde a demandas concretas dos serviços de saúde do estado. “A criação da Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Neonatal atende a uma demanda concreta dos serviços de saúde do Estado do Piauí. A Neonatologia requer equipes multiprofissionais com formação específica, considerando a complexidade do cuidado ao recém-nascido de alto risco”, afirmou.

Ela destacou ainda que o programa está alinhado à estratégia institucional da UESPI de qualificar profissionais para áreas prioritárias e fortalecer as redes assistenciais. “O crescimento das residências nos últimos anos resulta de um esforço institucional consistente e estabelece bases sólidas para ampliar a capacidade formativa e contribuir para a melhoria dos indicadores de saúde no estado”, pontuou.

Com coordenação da profa. Dra. Laysa Falcão, a Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Neonatal nasce integrada às necessidades reais do campo assistencial, especialmente no cuidado neonatal de alta complexidade.

Uespi

O Laboratório de Leitura e Produção Textual (LPT/CNPq) tem a satisfação de anunciar a 2ª edição do Seminário Letramentos e Tecnologias Educacionais no Ensino Médio (SLETEM). O evento ocorrerá de 24 a 26 de agosto de 2026, em formato híbrido: com programação presencial em Floriano/PI e transmissão ao vivo pelo YouTube e Google Meet.

sletem

A programação contará com palestras, rodas de conversa, oficinas, minicursos, socialização de produções de estudantes da educação básica e apresentações de trabalhos. O seminário recebe o apoio financeiro do CNPq.

As submissões de trabalhos estão abertas até 31 de maio de 2026 e podem ser realizadas pelo link: https://bit.ly/trabalhosletem.

Para mais detalhes, consulte a primeira circular, visite o site oficial ou entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Ufpi