A Universidade Federal do Piauí (UFPI), por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação (PRPG), da Diretoria do Campus Amílcar Ferreira Sobral (CAFS) e da Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da UFPI (código do curso: 21001014084P9), em nível de Mestrado (duração de vinte e quatro meses), torna pública a abertura das inscrições e realização de seleção com vistas ao preenchimento de 11 (onze) vagas, remanescentes, distribuídas nas linhas de pesquisas (Anexo I) da área de Biodiversidade, para ingresso no primeiro período de 2025.
Os estudantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), conquistaram 30 medalhas na Olimpíada Piauiense de Química (OPQ) 2024. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (11) pela coordenação do evento. Foram cinco medalhas de ouro, dez de prata e 15 de bronze, além de diversas menções honrosas.
Ao todo, 112 estudantes de escolas públicas e particulares do estado foram premiados. A competição reuniu mais de 6 mil participantes do Ensino Médio, distribuídos entre a 1ª série (EM1), 2ª série (EM2) e 3ª série (EM3), além de alunos do Ensino Técnico. A disputa ocorreu em duas etapas.
Dentre os medalhistas da rede estadual, pode se dar um destaque especial para o desempenho dos estudantes das turmas preparatórias do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Instituto Militar de Engenharia (IME), ligadas ao Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Governador Dirceu Mendes Arcoverde, em Teresina. Eles conquistaram 62,5% das medalhas de ouro na modalidade EM1, reforçando a excelência do trabalho desenvolvido na escola.
Pedro Lucas Nascimento Santos, estudante da 1ª série do Ensino Médio e medalhista de ouro, comemorou a conquista. “Foi minha primeira olimpíada de química e consegui o ouro, um resultado incrível. Essa medalha é fruto do projeto ITA/IME e do apoio dos professores”, afirmou.
O coordenador das turmas, Herbert Aquino, destacou o impacto do programa. “Os estudantes atingiram um nível de excelência acadêmica em menos de um ano. Os resultados confirmam que nosso trabalho pedagógico está alinhado às demandas das competições e vestibulares como ITA e IME”, explicou.
As medalhas foram distribuídas entre alunos de diversas escolas estaduais, como CETI Conego Cardoso, CETI Professor Raldir Cavalcante Bastos, Unidade Escolar Álvaro Rodrigues de Araújo, CETI Moaci Madeira Campos, CEEP Liceu Parnaibano, Unidade Escolar Governador Alberto Tavares Silva e CETI Pedro Coelho de Resende.
O Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, lembrou que o Piauí é o único estado do Brasil a oferecer preparação específica para os vestibulares do ITA e IME na rede pública de ensino, e os resultados mostram que essa metodologia tem sido eficaz. “O projeto tem impulsionado o desempenho dos nossos alunos nas competições de conhecimento. Essa preparação sistemática garante resultados expressivos, não só na Olimpíada de Química, mas também na de Matemática, Astronomia, Português, reafirmando o compromisso da Seduc com a excelência educacional”, afirmou.
A solenidade de premiação ocorrerá no próximo dia 18 de dezembro, às 18h30, no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Os estudantes da rede estadual classificados nas modalidades EM1 e EM2 representarão o Piauí na Olimpíada Norte-Nordeste de Química (ONNeQ) e na Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) em 2025. A OPQ é parte do Programa Nacional Olimpíadas de Química, promovido pela Associação Brasileira de Química (ABQ) e pela UFPI.
A UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ por meio da Coordenação Institucional do PIBID/UESPI torna público o resultado final referente ao processo seletivo: EDITAL Nº 18 – SELEÇÃO DE PROFESSOR/A SUPERVISOR/A PARA O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) – UESPI.
A literatura afro-brasileira tem desempenhado um papel central na formação acadêmica de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), especialmente por meio do projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”. Coordenado pelo professor e sociólogo Robison Pereira, o projeto vem promovendo reflexões críticas sobre questões raciais e sociais, além de incentivar a produção acadêmica dos alunos.
Como parte das atividades, estudantes dos cursos de Pedagogia, História e Direito participaram do II evento “Quais as histórias conhecemos da África: Literatura e Arte”, promovido pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Durante o evento, o grupo apresentou comunicações orais e compartilhou os resultados preliminares de suas pesquisas, consolidando o impacto das obras literárias abordadas no projeto.
As leituras de obras como Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, e A Cor Púrpura, de Alice Walker, foram fundamentais para ampliar os horizontes culturais dos estudantes e estimular debates sobre desigualdade, resistência e identidade. Com base nessas leituras, os alunos produziram artigos como:
“Racismo, Escravidão e Feminismo em ‘Úrsula’: Lições para o Século XXI” “Esta Terra Mora em Mim: Tensões Sociais no Campo em ‘Torto Arado'” “Racismo e Sexismo nas Epístolas de ‘A Cor Púrpura'”. Esses trabalhos foram apresentados no evento da UFPI, com destaque para a profundidade das análises e a conexão entre as obras literárias e a realidade brasileira.
Segundo o professor Robison Pereira, o projeto tem demonstrado como a literatura afro-brasileira enriquece o ambiente acadêmico e contribui para a formação de estudantes mais conscientes e engajados. “A representatividade de negros e mulheres como monumentos sócio-históricos é uma urgência. Trazer essas obras para a sala de aula é uma forma de recontar histórias e construir um ambiente educacional mais inclusivo e pluralista”, destacou ele durante sua palestra no evento.
O docente também aponta que a literatura afro-brasileira tem relevância significativa para o currículo acadêmico. “São obras que estimulam a crítica social e auxilia no enfrentamento do apagamento histórico das contribuições de povos negros e indígenas para a cultura brasileira. Essa abordagem pode favorecer a formação de cidadãos críticos, aptos a refletir sobre a sociedade e atuar em sua transformação”, pontua.
Os estudantes também relataram os impactos significativos do projeto em suas trajetórias acadêmicas e pessoais. Para eles, a oportunidade de apresentar artigos em um evento de relevância como o da UFPI foi transformadora, ampliando sua percepção sobre o papel da literatura na luta contra o racismo estrutural.
Além disso, o projeto prevê a publicação dos artigos sobre Torto Arado e A Cor Púrpura em formato de livro, reforçando seu compromisso com a valorização da literatura afrodescendente.
Com planos de continuidade para o próximo ano, o projeto promete consolidar ainda mais sua atuação na formação de cidadãos críticos e engajados na promoção da igualdade social. “É um trabalho que vai além da sala de aula. Ele forma indivíduos capazes de questionar, resistir e transformar a sociedade”, concluiu Robison.
O aluno Emerson Silva, que faz parte do projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”, falou sobre a importância de iniciativas como essa para o debate e a inclusão de temas cruciais na sociedade acadêmica e no cenário geral. Em sua experiência no Ensino Fundamental e Médio, ele nunca teve a oportunidade de trabalhar com obras literárias afro-brasileiras, sendo sempre exposto a textos de autores europeus ou a obras brasileiras inspiradas na cultura europeia. Em entrevista, Emerson afirmou: “Assim, podendo conhecer agora um pouco mais da literatura afro-brasileira, percebo o quanto da nossa história foi invisibilizada e identifico a suma importância de se abordar a história sob o ângulo de autores africanos ou histórias ‘realmente brasileiras’, sob o ângulo do sujeito escravo e da cultura africana.”
Ele também compartilhou como essas leituras impactaram profundamente sua visão sobre questões raciais e sociais. “Esses livros ajudam a desmistificar a visão romancista e idealizada das literaturas brasileiras, uma visão muitas vezes imposta pelo ensino regular, que enfatiza ‘a vida perfeita cheia de imperfeições da menina apaixonada e seu mancebo’, enquanto invisibiliza personagens fundamentais como a doméstica ou o vaqueiro, figuras que, na realidade, eram escravizadas”, destaca o discente.
Emerson Silva compartilhou como o projeto contribuiu significativamente para sua formação acadêmica e pessoal, promovendo uma visão crítica sobre a história do Brasil. Segundo ele, o projeto o ajudou a desenvolver uma compreensão mais profunda e não apenas analítica dos eventos históricos, principalmente no que diz respeito à maneira como os acontecimentos passados moldaram as estruturas sociais do país. “Eu percebo agora que, devido ao preconceito e à indiferença do passado, o racismo foi criado e se estruturou de uma maneira descomunal, e esse racismo persiste até hoje, de forma estrutural”, afirmou Emerson. Ele destacou que a reflexão proporcionada pelo projeto revelou como as marcas do racismo ainda influenciam a sociedade brasileira contemporânea e como esse problema continuará a afetar o país por muito tempo, devido à acomodação de uma parcela da população.