O acesso ao crédito deixou de ser um dos principais obstáculos para os pequenos negócios do Piauí diante da crise provocada pela pandemia do Coronavírus. O percentual de empresas que conseguiram obter empréstimos junto às instituições financeiras quase que dobrou em julho na comparação com o mês anterior, saltando de 22% para 39%, segundo consta na 6ª edição da Pesquisa de Impacto do Coronavírus nos Pequenos Negócios.

O levantamento, realizado pelo Sebrae entre os dias 27 e 30 de julho, revela ainda o aumento contínuo do percentual de pequenos negócios que já tentaram algum empréstimo desde o início da crise. Em abril, quando foi realizada a primeira edição da pesquisa, apenas 34% das micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais, MEI, do Estado haviam tentando acessar crédito. Atualmente 59% desses empreendimentos já solicitaram algum tipo de financiamento.

Thiago Amaral

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“Observamos ao longo dos últimos cinco meses que o número de pequenas empresas que necessitam de empréstimos para se manter no mercado aumentou bastante. Aos poucos o acesso a crédito está deixando de ser um obstáculo e o número de pequenos negócios que tiveram retorno positivo dos pedidos realizados junto às instituições financeiras só aumenta. Isso se deve, principalmente, às medidas implementadas pelo governo, que têm facilitado a obtenção dos recursos. É um fôlego a mais para os empresários piauienses, que precisam reverter os efeitos da crise”, pontua o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.

A falta de garantias e avalistas que era um dos motivos mais citados pelos empresários para a não obtenção de empréstimos já não é mais o principal empecilho, com uma redução de 22% para 2%. O Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas, Fampe, tem cumprido o seu papel, tanto que o percentual de empréstimos aprovados na Caixa, uma das instituições que possui parceria com o Sebrae para operação do fundo, saltou de 22% para 54%.

Outro dado revelado na pesquisa é com relação a reabertura da economia. A cada edição do levantamento diminui o percentual de empresas do Piauí com funcionamento temporariamente interrompido, o que significa que mais negócios estão retomando suas atividades. De junho para julho, o percentual de empresas que estavam sem funcionar diminuiu de 36% para 21%.

“O retorno gradual das atividades aliada ao acesso a crédito mais facilitado deve contribuir para mitigar mais rapidamente os efeitos da crise, colocando novamente o nosso Estado no trilho do desenvolvimento. Estamos otimistas com a retomada econômica e confiantes de que os empresários do Piauí sairão dessa crise mais fortes e preparados para avançar no mercado”, acrescenta Mário Lacerda.

Uma das estratégias que têm contribuído bastante para a sobrevivência dos pequenos negócios é o investimento em canais e ferramentas digitais para promover os empreendimentos e garantir as vendas. O percentual de empresas piauienses que já operam no meio digital saltou de 56% em maio para 74% em julho, enquanto as que não pretendem ou não sabem como adotar essas estratégias caiu de 23% para 10%.

A 6ª edição da Pesquisa de Impacto do Coronavírus nos Pequenos Negócios está disponível no endereço eletrônico datasebrae.com.br .

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A fase da Educação Infantil é marcada pelo desenvolvimento neural da criança

rotinaescolarA escola é um dos principais ambientes para que crianças desenvolvam a sua parte neural já que é quando ela absorve conhecimentos, aprende a lidar com emoções e a se relacionar com o próximo. A primeira infância tem o papel de desenvolver as funções cognitivas e o lúdico é muito importante nesse desenvolvimento.

Brincar, tocar, abraçar e compartilhar são ações ensinadas desde cedo, mas que agora, por questões de segurança, precisaram ser temporariamente suspensas em razão da prevenção à Covid-19. Mas se engana quem tem a impressão de que na escola a criança apenas brinque. É neste ambiente que ela ganha habilidades que serão úteis por toda a vida.

Priscila Raso é diretora do Colégio Essere e ressalta que a volta às aulas para a turma da educação infantil é diferente dos ensinos fundamental e médio e das faculdades, em que os alunos retomam as matérias. Segundo a diretora, o retorno para a educação infantil é delicado porque envolve o emocional das crianças, por isso este público ainda precisa manter as atividades em casa por mais tempo. Contudo, ela alerta para a importância de manter o vínculo escolar, pois o distanciamento da escola, de forma repentina, causa prejuízo para o desenvolvimento infantil.

“Os pais deveriam aproveitar todo estímulo que a escola está oferecendo, mesmo remotamente. Se eles realizam as atividades que encaminhamos, está desenvolvendo habilidades cognitivas e socioemocionais, de forma criativa e inovadora. E o contato com as tias e professoras (on-line) ajuda a manter o vínculo deles”, reforça a educadora.

Segundo Priscila, logo as crianças precisarão voltar às atividades e à escola. Por isso, manter esse vínculo com a instituição, colegas e professores, mesmo remotamente, é importante para, no retorno, não precisar começar a adaptação do início.

“Nas aulas remotas, as crianças estão recebendo todo estímulo necessário ao desenvolvimento. Lembrando, que o desenvolvimento das habilidades de função executiva começa, justamente, na primeira infância. Todos esses momentos para o estímulo das habilidades auxiliarão nas questões pedagógicas de retorno dos pequenos à escola”, justifica.

Para a educadora, o desafio para os profissionais da educação que lidam com o público infantil vai ser trabalhar a questão emocional na volta às aulas. Por isso, manter o vínculo da criança com a escola durante o isolamento social é importante. “Esse período mexeu muito com a saúde mental das crianças. Teve muita mãe que ligou perguntando o que fazer”, pontua.

Priscila Raso alerta, ainda, para o estresse que a criança pode sofrer com a falta da escola e explica que, principalmente tratando-se da educação infantil, quando a criança sai da rotina ocorre uma mudança muito drástica. “Tem criança que desenvolve o estresse e muitos pais achavam que não. Então, essa retomada para a escola será bem difícil por conta dessa questão emocional das crianças. Quanto menos necessidade de adaptação a criança precisar, menos prejuízo ela terá”, esclarece.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

O projeto interdisciplinar “Educação como prevenção: História e Memória da Hanseníase em Floriano” está realizando palestras para professores da rede básica de ensino de Floriano a lidar com o estigma da Hanseníase na sala de aula. O projeto faz parte do Programa Institucional de Bolsas Em Extensão Universitária (PIBEU) e iniciou o ciclo de palestras on-line no dia 12 de agosto que se estende até novembro.

A partir de um trabalho interdisciplinar com os alunos dos cursos de Biologia, Enfermagem e História, com o apoio da ONG Netherlands Hanseniasis Relief – Brasil (NHR Brasi), o projeto tem como proposta combater o preconceito e o estigma em torno da Hanseníase na cidade de Floriano (PI).

A professora Tatiana Oliveira, coordenadora do projeto e docente do curso de História do campus de Floriano, afirma que as palestras acontecem em encontros mensais e finalizam em Novembro. “Faremos dois encontros mensais, começamos no dia 12 de agosto e finalizaremos em Novembro. O evento é direcionado aos professores de ensino básico, mas está aberto para todos os interessados na temática e para aqueles que participarem de todo o cronograma de palestras será oferecido um certificado de 20 horas”, diz.

As oficinas on-line já abordaram temas como a relação entre a lepra e a hanseníase no Sertão piauiense, além de dados sobre a hanseníase em Floriano. A próxima palestra irá acontecer no dia 11 de setembro sobre a vigilância da hanseníase no contexto escolar com a convidada da NHR, Aymee Medeiros.

No projeto estão envolvidas duas alunas. A Lidearia Dias afirma que o projeto além de ser importante socialmente por abordar a história e memória da hanseníase em Floriano, também acrescenta muito na sua formação acadêmica. “O projeto tem uma grande importância para a minha formação acadêmica, tive a oportunidade de conseguir a bolsa além de poder contribuir de forma positiva e adquirir mais conhecimento. Como licencianda em Ciências Biológicas este projeto também me deu inspiração para elaborar o meu Trabalho de Conclusão de Curso”, relata a estudante.

Os interessados podem participar das próximas palestras, confira os dias e as temáticas:

11/09: A Vigilância da Hanseníase no Contexto Escolar com Aymee Medeiros (NHR);
25/09: O estigma da Hanseníase no contexto escolar com Hellen Oliveira (NHR);
19/10: A sala de aula como espaço de Saúde com Dalva Ferreira;
26/10: O papel dos movimentos sociais para a garantia da Saúde com Dalva Ferreira
Encontro e Inscrições

As inscrições podem ser feitas através do email com seu nome completo para o endereço da professora Tatiana Oliveira (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). Todos os encontros serão feitos via plataforma Google Meet e a divulgação será feita através das redes sociais e dos emails dos inscritos.

 

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