greveProfessores de 17 universidades federais começam, nesta quinta-feira, 17, a greve que vai seguir por tempo indeterminado, segundo informações do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). As reivindicações da categoria são por melhores vencimentos. Eles exigem uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis de remuneração e com variação de 5% a partir do piso para regime de 20 horas correspondentes ao salário mínimo do Dieese, atualmente calculado em R$ 2.329,35.

 

Além disso, a categoria pede percentuais de acréscimo relativos à titulação e também a valorização das condições de trabalho nas universidades.  Segundo o sindicato, eles querem que o governo atenda, além desses pedidos, as reivindicações específicas de cada instituição.

 

De acordo com a assessoria de comunicação do Andes-SN, a greve ainda pode crescer e também se estender para outras instituições, inclusive estaduais.

 

Além das 17, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e a UFF (Universidade Federal Fluminense) devem decidir, nesta quinta-feira, se vão aderir a paralisação. Já a Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a Universidade Federal do Sudeste de Minas e a Universidade Federal do Maranhão devem iniciam a greve na segunda-feira, 21.

 

Confira as instituições que entram em greve nessa segunda-feira

 

Universidade Federal do Amazonas

 

Universidade Federal de Campina Grande

 

Universidade Federal de Rondônia

 

Universidade Federal do Piauí

 

Universidade Federal Mato Grosso

 

CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais

 

Universidade Federal de Lavras

 

Universidade Federal de Outro Preto

 

Universidade Federal do Espírito Santo

 

Universidade Federal do Pará

 

Universidade Federal do Paraná

 

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

 

Universidade Federal Rural de Pernambuco

 

Universidade Federal de Alagoas

 

Universidade Federal de Uberlândia

 

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

 

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro


R7

Imagem:Ilustrativa

Neste ano, 1.660 escolas da rede pública aderiram ao Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), criado em 2009 pelo Ministério da Educação com o objetivo de reformular uma das mais problemáticas etapas do ensino. No total, segundo o Ministério da Educação, o programa passou a atender 10% das escolas públicas com ensino médio, o que representa uma adesão de 2.015 unidades nos 27 estados.

 

Em 2011, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a taxa de reprovação no ensino médio foi de 13,1%, o maior índice desde 1999. Além disso, 9,6% dos estudantes neste ciclo abandonaram a escola - no primeiro ano do ensino médio, a taxa de abandono foi de 11,8%. As taxas de reprovação e abandono no ensino fundamental foram de 9,6% e 2,8% no mesmo período, respectivamente.

 

O Proemi é uma tentativa do governo de desatar o grande “nó” da educação pública do país. Os problemas encontrados desde as primeiras séries do ensino fundamental vão se acumulando ao longo dos anos e transformam o ensino médio em um grande 'gargalo'. Com um extenso conteúdo espremido em três anos letivos, o ensino médio apresenta alto índice de evasão escolar, alunos acima da idade adequada na série e baixos índices de proficiência em matérias básicas como português e matemática (veja ao lado).

 

A reportagem visitou escolas no Distrito Federal e em Pernambuco que aderiram ao ensino médio inovador, se destacam por seus trabalhos e se tornaram uma exceção entre as escolas públicas.

 

Na cidade de Paudalho, na Zona da Mata de Pernambuco, a Escola Estadual Monsenhor Landelino Barreto Linse, localizada na Vila Asa Branca, transformou a realidade da comunidade. Os estudantes passaram a ter aulas de práticas teatrais e sustentáveis; linguagem e cultura; educação e saúde; atualidades e cultura digital; e comunicação e uso de mídias.

 

No Distrito Federal, a escola Setor Leste possui ensino integral e oferece aulas para que os alunos tirem dúvidas no contraturno. Os alunos têm aulas de circo, dança, ginástica olímpica, natação, inglês, francês e espanhol. No programa desde 2010, a Setor obteve o melhor desempenho no Enem de 2011 entre as escolas públicas do DF.

 

A escola rural Centro de Ensino Fundamental (CEF) Agroubano do Caub I se focou em discussões sobre os 50 anos de Brasília e no resgate da trajetória da Missão Cruls, responsável pela demarcação da área do futuro Distrito Federal.

 

O Programa Ensino Médio Inovador prevê oferecer disciplinas alternativas e aumentar a carga horária para tornar a escola mais atraente. Para fazer parte do programa, as unidades têm de fazer uma proposta de oferecer disciplinas que variam de acordo com as especificidades da região e estejam dentro de quatro campos de conhecimento: trabalho, ciência, cultura e tecnologia.

 

As matérias obrigatórias previstas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação também devem estar no currículo. E é necessário ampliar a jornada escolar para, no mínimo, 3.000 horas para os três anos do ensino médio, ou seja, o mínimo de 5 horas de atividades diárias. Atualmente, pelo currículo tradicional, a lei prevê 4 horas de aulas por dia, sendo pelo menos 2.400 durante todo o ensino médio.

 

A previsão do ministério é atender mais 4 mil escolas no próximo ano e alcançar 100% delas até 2015. A estimativa de investimento para este ano é de R$ 140 milhões.

 

Evasão e baixo rendimento

Problemas de evasão e baixo aproveitamento no aprendizado são detectados desde o início da educação básica, mas é no ensino médio que a situação atinge níveis alarmantes. A avalanche de conteúdo dos 3 anos do ensino médio perdeu o sentido e não se sabe se o objetivo do ensino médio é preparar para o vestibular ou para o mercado de trabalho. Sem a expectativa de cursar uma universidade e longe de encontrar especialização profissional na escola, muitos adolescentes abandonam os estudos para trabalhar e reforçar a renda familiar.

 

Segundo dados do Movimento Todos pela Educação coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só metade dos jovens brasileiros conclui essa etapa do ensino na idade esperada (até os 19 anos). Desses, apenas 11% aprendem o considerado ideal em matemática.

 

Todos os anos, os rankings de desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) revelam o fracasso do ensino médio na rede pública. Em 2010, nenhuma escola estadual ou municipal apareceu entre as 100 primeiras com as melhores notas. As 13 escolas públicas que aparecem no universo das 100 melhores são colégios de aplicação de universidades, militares, escolas federais e técnicas.

 

Mudanças

Celso João Ferretti, doutor em história e filosofia da educação, do Centro de Estudos de Educação e Sociedade, diz que é favorável à proposta, mas colocá-la em prática não é simples porque não se trata apenas de uma reforma curricular. “É uma mudança da ‘forma de ser’ da escola. Tem de haver uma mudança na formação dos professores, criar possibilidade de mantê-lo na mesma escola, condições que não se encontram na rede pública. Por isso é uma proposta a ser realizada”, afirma.

 

Para Ferretti, o projeto é interessante pois leva o estudante a ter uma visão mais clara da vida que tem. “A proposta é que os diferentes campos de saberes se articulem para desenvolver uma visão a respeito do mundo, da política, da tecnologia e da economia, entre outros.”


G1

Com o fim da greve dos professores da rede pública estadual de ensino, a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) se concentra agora nos esforços para a reorganização do calendário escolar. Para que a carga horária obrigatória não venha a sofrer mais prejuízos, a Seduc, através da Unidade de Gestão e Inspeção, disponibiliza o novo calendário escolar que deve ser seguido de acordo com a realidade de cada escola.

 

“A Seduc agora se preocupa com o reordenamento do novo calendário. Até o início do próximo ano teremos cerca de 30 sábados letivos e o período de férias também será reduzido, tudo isso para que os alunos não sejam mais prejudicados”, explicou Eudina Rocha, diretora de gestão e inspeção da Seduc.

 

De acordo com o novo planejamento escolar, o calendário voltado para o ano letivo de 2012 deve encerrar em janeiro e fevereiro de 2013, a depender de cada escola. As escolas que não aderiram à greve e começaram no período normal, dia 27 de fevereiro de 2012, concluem suas atividades no início do mês de dezembro.

 

“O importante é a normalidade da vida escolar, temos que recuperar os dias perdidos, retomar o nosso calendário. Faremos o possível para que os nossos alunos possam se preparar adequadamente para o vestibular e para as avaliações do Ministério da Educação, que serão realizadas em setembro e outubro deste ano”, declarou o secretário da educação, Átila Lira.


Ascom Seduc

O Ministro do Planejamento autorizou a convocação imediata de 1.150 candidatos aprovados em concurso público para o Instituto inss ssNacional do Seguro Social (INSS). A medida será publicada no Diário Oficial da União (DOU).   A previsão é que ainda no mês de maio de 2012 sejam convocados 900 candidatos que concorreram a uma vaga de técnico do Seguro Social e 250 peritos médicos para atuar nas mais diversas regiões do Brasil.

 

A prova do concurso do INSS foi aplicada no dia 12 de fevereiro de 2012. A organização do certame ficou a cargo da Fundação Carlos Chagas. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se inscreveram para participar da seleção.  No total, 1.875 vagas foram ofertas no edital sendo 375 oportunidades para peritos médicos e 1.500 para o cargo de Técnico do Seguro Social. Os salários ofertados podem chegar a  R$ 9.070,93, de acordo com o cargo pretendido.

 

A previsão é que no mês de julho sejam convocados mais 500 aprovados. Em agosto, outros 100 devem tomar posse no INSS. Finalizando o total das vagas, 125 pessoas devem assumir cargo público no mês de outubro. Vale relembrar que o concurso também previa a formação de cadastro de reserva e que há possibilidades da convocação de mais aprovados de acordo com a demanda do INSS por servidores.

 

Da redação