O Fluminense superou o clima hostil do estádio King Abdullah, em Jeddah, onde a torcida adversária era maioria, e manteve vivo o sonho de conquistar o Mundial de Clubes ao vencer o Al-Ahly, do Egito, por 2 a 0, nesta segunda-feira. Diante de um público de quase 35 mil pessoas, entre elas tricolores que enfrentaram os valores altíssimos de viagem e ingresso, o time comandado por Fernando Diniz se colocou na decisão graças a um pênalti convertido por Jhon Arias e a um chute preciso de John Kennedy, o herói da Libertadores, aos 45 do segundo tempo.
A expectativa é a de decidir o título de campeão do mundo com o Manchester City de Pep Guardiola, que joga contra o Urawa Reds, do Japão, às 15 horas, também no King Abdullah, para definir o outro classificado para a grande decisão, marcada para as 15 horas de sexta-feira. O certo é que haverá um vencedor inédito do Mundial, pois o time inglês está disputando o torneio pela primeira vez na história, depois de vencer sua primeira Liga dos Campeões, assim como ocorreu com o Fluminense e a Libertadores neste ano. O Urawa está em sua terceira participação, mas nunca chegou à final.
SEGUNDO TEMPO O início do segundo tempo mostrou um Fluminense mais confortável. Com Ganso mais participativo, o time carioca encaixou seu jogo mais cadenciado, envolvendo o Al-Ahly com a constante movimentação dos jogadores. Dessa forma, levou algum perigo com conclusões de Arias, Cano e Marcelo, mas viu o adversário ser mais perigoso ainda em um contra-ataque, encerrado com mais uma boa defesa de Fábio, dessa vez para parar El Shahat.
Apesar disso, os tricolores continuaram melhores e contaram com a soma da experiência de Marcelo à frieza de Jhon Arias para abrir o placar. Aos 21 minutos, o lateral-esquerdo entrou na área pelo canto, jogou a bola entre as pernas do marcador e foi derrubado. O árbitro marcou pênalti e o meia colombiana bateu com muita qualidade e precisão, sem chances para o goleiro El Shenawy.
O Fluminense levou sustos e teve chances de ampliar com Cano, mas o gol decisivo coube mais uma vez a John Kennedy, herói da Libertadores. Aos 44 minutos, ele recebeu a bola de Marinelli, de frente para o gol, e bateu colocado no canto direito do goleiro para classificar o Fluminense para a final.
O Fluminense estreia no Mundial de Clubes nesta segunda-feira. Os tricolores terão pela frente o Al-Ahly-EGI, às 15h (de Brasília), na Arábia Saudita.
Os cariocas disputam a competição pela primeira vez em sua história. O clube das Laranjeiras chega embalado pelo título da Libertadores, conquistado sobre o Boca Juniors-ARG.
O técnico Fernando Diniz destacou todo o trabalho realizado pelo Fluminense para chegar neste momento.
"Disputar o Mundial de Clubes para nós era o sonho de todos os dias, desde que eu cheguei ao Fluminense. Não foi algo que aconteceu na casualidade, foi muito trabalho. Não é porque você trabalha muito que você vai ganhar, mas trabalhar muito e sonhar todos os dias que é possível te aproximar das conquistas e foi o que nos trouxe até aqui. Continuamos trabalhando sem parar. Vamos procurar fazer o nosso melhor na semifinal", disse.
Em termos de escalação, o técnico deve repetir a formação que começou a final da Libertadores no Maracanã. O lateral direito Samuel Xavier se recuperou da entorse no joelho e garantiu presença na partida. Já no meio, Martinelli continua no time, com John Kennedy sendo opção no banco de reservas.
Do outro lado, o Ah-Ahly chega para a semifinal após vencer o Al-Ittihad-ARA. A vitória foi vista como surpreendente, pois os árabes contavam com estrelas como Benzema, Kanté e Fabinho.
O time egípcio é o que mais participou do Mundial de Clubes. No entanto, nunca chegou a uma decisão. A melhor colocação aconteceu em 2020, quando venceram o Palmeiras na disputa do terceiro lugar.
Histórico
Será o segundo confronto na história entre Fluminense Al Ahly, do Egito, Em 1961, o time brasileiro superou o adversário por 2 a 1 em uma excursão internacional. O duelo foi disputado no Estádio Internacional do Cairo, capital da então República Árabe Unida, uma fusão de Egito e Síria que durou entre 1958 a 1961. Waldo e Telê Santana marcaram os gols da vitória do time comandado por Zezé Moreira.
FICHA TÉCNICA:
FLUMINENSE X AH-AHLY-EGI
Local: Cidade dos Esportes Rei Abdullah, em Jeddah-ARA
Data: 18 de dezembro de 2023, segunda-feira
Hora: 15h (de Brasília)
Árbitro: Szymon Marciniak. (POL)
Assistentes: Tomasz Listkiewicz (POL) e Adam Kupsik (POL)
VAR: Tomasz Kwiatkowski (POL)
FLUMINENSE: Fábio, Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli, Ganso e Arias; Keno e Germán Cano
Técnico: Fernando Diniz
AH AHLY: El Shenawy; Hany, Abdelmonem, Yasser Ibrahim e Maâloul; Ashour, Ateya, Kouka e Percy Tau; Kahraba e El Shahat
No coração do Piauí, onde as tradições se entrelaçam com a paixão pelo futebol, uma história peculiar se desenrola: o Fla-Flu local. Não, você não leu errado. A rivalidade centenária entre Flamengo e Fluminense, que normalmente faz os cariocas segurarem a respiração, ganha vida a mais de 2.500 quilômetros do palco habitual, no estado maravilhoso do Piauí.
Este Fla-Flu singular ressurgiu das cinzas em 2021 após um hiato de 43 anos, trazendo à tona reminiscências de um tempo em que as cores rubro-negra e tricolor se enfrentavam nos gramados piauienses. Na ocasião da volta deste confronto singular, o Estádio Lindolfo Monteiro foi palco do reencontro tão aguardado. O resultado? Um empate de 1x1 que deixou os torcedores locais entusiasmados com o retorno do confronto. Mas a volta do confronto inspirado na rivalidade carioca não pararia por aí.
Origens Marcantes: Do Senador ao Clube de Motoristas
A saga do Fla-Flu piauiense começa nas décadas de 1930 e 1940, quando os clubes cariocas influenciavam fortemente o cenário futebolístico local. O Esporte Clube Flamengo, fundado em 1937 pelo apaixonado torcedor rubro-negro e senador Arêa Leão, surgiu para rivalizar com o Botafogo de Teresina, que então ostentava o pentacampeonato piauiense.
Do outro lado, em 1938, nasceu o Fluminense Esporte Clube, inicialmente conhecido como Automóvel Esporte Clube. Os motoristas, unidos por sua paixão pelo futebol, deram os primeiros passos do clube. Na década de 1940, uma virada de nome foi estrategicamente realizada para aproveitar a febre dos clubes cariocas. Teresina agora tinha o trio Botafogo, Flamengo e, claro, Fluminense para animar os gramados locais.
Mas a história tomou rumos distintos. Enquanto o Flamengo do Piauí se tornou o segundo maior campeão estadual com 17 títulos, rivalizando com o River Atlético Clube no épico Rivengo, o Fluminense piauiense enfrentou desafios. Com apenas títulos da segunda divisão em sua galeria, o tricolor local ainda busca o brilho máximo nos campeonatos estaduais.
Último Capítulo Antes do Silêncio
A última vez que essas cores haviam vibrado juntas nos campos piauienses tinha sido em 10 de agosto de 1977. Naquela ocasião, o Flamengo venceu o Fluminense por 4x1 no Estádio Albertão, encerrando um capítulo do Fla-Flu piauiense que permaneceria adormecido por décadas.
O jogo ficou marcado pelos nomes que balançaram as redes: Israel, Jorginho, Pilingüiça pelo Flamengo, e Manuel Brasil descontando para o Fluminense. O fim daquela temporada também marcou uma pausa no futebol profissional do Fluminense, concentrando esforços na formação de novos talentos. Nas décadas seguintes, tentativas de retorno foram feitas, mas foi somente na temporada de 2021, após conquistar a Série B no ano anterior, que o Fluminense retornou à elite do campeonato estadual.
Reencontro Sob o Céu Piauiense
No primeiro reencontro do Fla-Flu piauiense em 2021 após quatro décadas de interrupção, Flamengo e Fluminense entraram em campo em abril de 2021, no Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, oferecendo aos torcedores locais um espetáculo que misturava nostalgia e expectativa, movimentando até mesmo os sites de apostas.
O placar final de 1x1 não apenas selou um empate no marcador, mas também reacendeu a chama dessa rivalidade que estava adormecida por tanto tempo.
Entretanto, esse não seria o único confronto daquela temporada. Em maio do mesmo ano, em novo confronto, dessa vez o Fluminense goleou o Flamengo por 4 a 0. Contrariando as expectativas, o tricolor piauiense chegou até mesmo a final do torneio, mas acabou ficando com o vice-campeonato. A equipe do Altos-PI acabou se sagrando campeã piauiense na ocasião.
No ano seguinte, em 2022, foram escritos os capítulos mais recentes dessa rivalidade “carioca” que foi recriada no Piauí. Naquela temporada, o Fluminense-PI se sagrou campeão e o Flamengo-PI acabou rebaixado para a disputa da segunda divisão em 2023. Aparentemente os papéis de Flamengo e Fluminense se inverteram no futebol piauiense.
Novamente entre os favoritos em 2023, o Fluminense dominou os palpites entre torcedores e apostadores. A febre dos sites de apostas cresceu no Piauí junto com o crescimento do Fluminense local. Casas de Apostas com Depósito Mínimo de 100 Reais em 2023 receberam centenas de novos apostadores que buscavam lucrar com suas previsões para o campeonato estadual, efetuando um depósito mínimo mais alto para poder apostar no Fluminense. Entretanto, desta vez, o Fluminense-PI acabou novamente como vice-campeão, com o título tendo ficado com o River-PI.
De qualquer forma, tendo chegado às 3 finais da primeira divisão após o seu retorno, o Fluminense-PI promete se consolidar de vez no futebol local. Já o Flamengo-PI, 17 vezes campeão do estado, tem amargado a decepção de jogar a série B do Piauí.
Quando teremos o próximo Fla-Flu do Piauí? Esperamos que não leve mais 4 décadas novamente!
O defensor tem vínculo com o clube até 31 de dezembro deste ano e não buscará a nova diretoria para dar andamento a uma eventual renovação. O uruguaio tinha em mãos uma oferta para extensão do atual contrato em mãos desde abril, mas preferiu mudar de ares e não seguirá no clube.
Aos 24 anos, Méndez ficará livre no mercado para definir seu futuro sem custos de transferência. O jogador oscilou entre bons e maus momentos ao longo da temporada, mas era considerado um atleta importante no elenco e sua permanência era desejada tanto pela atual como pela próxima diretoria.
Para o Corinthians, a saída de graça de Méndez é considerada péssima, já que o clube investiu R$ 18,5 milhões no jogador em 2019, ao comprá-lo do Montevideo Wanderers e o emprestou ao Internacional entre junho de 2021 e de 2022. No Timão, nunca se firmou como titular.
