O Comitê Disciplinar da Fifa decidiu suspender quatro jogadores uruguaios devido aos vários incidentes ocorridos durante e após a partida da terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar entre Gana e Uruguai, no qual o time celeste foi eliminado.
A entidade considerou a Associação Uruguaia de Futebol responsável pelo comportamento discriminatório de seus torcedores. Além disso, após a partida, os jogadores perderam o controle depois da eliminação e tiveram comportamentos ofensivos e violaram os princípios de fair play. Desde então o órgão máximo do futebol mundial estudava as medidas a serem tomadas.
O goleiro Fernando Muslera, do Galatasaray, e o zagueiro Giménez, do Atlético de Madrid, pegaram quatro jogos de suspensão, além de prestação de serviço de futebol comunitário e uma multa de 20 mil francos suíços (cerca de R$ 110 mil, na cotação atual).
O zagueiro Diego Godín, do Vélez Sarsfield, e o atacante Edinson Cavani, do Valência, também terão que prestar serviços comunitários de futebol, mas a suspensão é de apenas um jogo e a multa é de 15 mil francos suíços (aproximadamente R$ 82 mil).
A Associação Uruguaia de Futebol também sofreu punições. O time jogará com os portões fechados nas arquibancadas atrás dos gols em sua próxima partida internacional da Fifa como mandante . Além de uma multa de 50 mil francos suíços (R$ 276 mil).
As suspensões dos jogadores serão cumpridas durante as próximas partidas oficiais do Uruguai, portanto eles podem continuar atuando normalmente em seus clubes. As decisões do Comitê Disciplinar foram notificadas hoje às partes envolvidas.
Dois anos depois de uma final eletrizante em 2021, Palmeiras e Flamengo se reencontram no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para decidir a Supercopa do Brasil. A partida deste sábado será mais um capítulo da rivalidade entre os times que dominam o futebol brasileiro e sul-americano nas últimas temporadas. Um dos segredos para os clubes permanecerem no topo é a manutenção da base em meio às perdas para a Europa. Weverton, Gomez e Dudu, do Verdão, e Arrascaeta, Gabigol e Everton Ribeiro, do Rubro-Negro, despontam como possíveis protagonistas.
OS REMANESCENTES DO PALMEIRAS
Dos 16 jogadores que entraram em campo naquela decisão de 2021, dez permanecem no Palmeiras até hoje formando uma base titular que vem vencendo títulos atrás de títulos. No entanto, podemos dizer que três dos seis que já saíram do clube defendiam as cores alviverdes até o final de 2022 (Danilo, Wesley e Gustavo Scarpa). Enquanto Felipe Melo (fim de 2021), Viña (meados de 2021) e Gabriel Veron (meados de 2022) também estavam no Allianz Parque até pouco tempo. Como dito acima, o Verdão formou uma base muito forte, que se transformou em uma espinha dorsal poderosa nas mãos de Abel Ferreira, outro remanescente da Supercopa de 2021. Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Raphael Veiga e Rony seguem sendo intocáveis no time titular. Mayke e Luan são reservas, mas indispensáveis, Breno Lopes segue prestigiado com o treinador e Gabriel Menino deve ganhar a posição no meio após a saída recente do volante Danilo. Quem não estava naquela final e é um membro essencial da espinha dorsal de Abel é Dudu. O atacante havia sido emprestado ao futebol do Qatar entre 2020 e 2021, retornando para a reta final da temporada que culminou no título da Libertadores em cima do Flamengo. O ídolo se encaixou rapidamente no esquema do português e agora forma essa base forte. Piquerez e Murilo são outros que chegaram depois e mantiveram o nível. Sem contar Endrick, talvez a cereja desse bolo.
Sem reforços para esta temporada, mas com muitas renovações de contrato e a manutenção de Abel Ferreira no comando do time, o Palmeiras claramente aposta nessa continuidade para buscar mais um título em sua extensa coleção. Além disso, sabe que um trabalho longevo pode fazer a diferença em momentos em que o adversário, apesar de ter um elenco consolidado há anos, está com um novo técnico. Abel tem um plano e nele certamente está presente o coletivo forte.
RUBRO-NEGRO MANTÉM BASE CAMPEÃ EM 2021
Arrascaeta, Everton Ribeiro e Gabigol: três dos principais nomes do Flamengo desde 2019 iniciam a temporada como titulares, mais uma vez, e serão titulares em mais uma decisão. Completando o provável time, Pedro e Thiago Maia - que estava lesionado na época da Supercopa de 2021 - conquistaram suas vagas e compõem o setor ao lado de Gerson, que iniciou aquele jogo contra o Palmeiras e, em janeiro, retornou ao Ninho após passagem pelo Olympique de Marseille, da França.
Rodrigo Caio e Filipe Luís, outros dois nomes que chegaram ao clube em 2019 e foram titulares na Supercopa de 2021, vivem momentos distintos. O zagueiro voltou a atuar após seis meses de recuperação de cirurgia no joelho direito e luta para recuperar seu espaço. O lateral-esquerdo está readquirindo ritmo de jogo após lesão muscular no fim de 2022, e disputa a vaga com Ayrton Lucas.
Já Diego Alves, Isla, Diego e Pepê encerraram seus ciclos no clube, enquanto Willian Arão, Vitinho e Michael foram negociados com o futebol do exterior - caso iminente de João Gomes. Bruno Henrique, por sua vez, está entregue ao DM. Todos participaram da edição de 2021 da Supercopa.
Por outro lado, se o Palmeiras segue com Abel Ferreira, foram várias as mudanças no comando do Flamengo desde então. Rogério Ceni deixou o clube em julho. Renato Gaúcho, Paulo Sousa e Dorival Júnior estiveram no cargo desde então, com Vítor Pereira assumindo a função no dia 1º de janeiro.
Relembre as escalações e os fatos da Supercopa do Brasil de 2021, entre Flamengo e Palmeiras:
FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2(6)X(5)2 PALMEIRAS - SUPERCOPA DO BRASIL
Estádio: Mané Garrincha, em Brasília (DF) Data e hora: 11 de abril de 2021, às 11h Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Flamengo: Arrascaeta (gol), Filipe Luís (perdeu), Matheuzinho (perdeu), Vitinho (gol), Gabigol (gol), João Gomes (gol), Pepê (perdeu), Michael (gol), Rodrigo Caio (gol)
FLAMENGO (Técnico: Rogério Ceni) Diego Alves; Isla (Matheuzinho), Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís; Diego (João Gomes), Gerson (Pepê), Everton Ribeiro (Vitinho) e Arrascaeta; Bruno Henrique (Michael) e Gabigol.
PALMEIRAS (Técnico: Abel Ferreira) Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Felipe Melo (Gabriel Menino), Zé Rafael (Danilo), Raphael Veiga, Breno Lopes e Wesley (Gabriel Veron); Rony (Gustavo Scarpa).
Sem um brasileiro que gere consenso e a caminho de completar 24 anos sem conquistar a Copa do Mundo, o Brasil está disposto a quebrar uma regra não escrita: contratar um técnico estrangeiro para a Seleção.
O trabalho de busca está nas mãos do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que abriu as portas para um estrangeiro ocupar o cargo pela primeira vez em quase sessenta anos.
"Não temos preconceito de nacionalidade", garantiu o dirigente no dia 17 de janeiro, quando iniciou oficialmente as buscas após rescindir o contrato de Tite, cuja saída havia sido anunciada independentemente do resultado no Mundial do Catar.
"Queremos que ele seja um técnico respeitado, que possa dar um nível de jogo de acordo com os atletas. Queremos fazer o que o Brasil sempre procurou fazer: ser muito ofensivo", completou.
Em muitos outros países a cor do passaporte passaria despercebida, mas não na pátria da Seleção mais vezes campeã mundial (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), feito sempre conseguido com um brasileiro no banco.
O jejum, porém, mudou as coisas: a Seleção canarinho não ergue a taça desde 2002; foi eliminada pelos europeus nas últimas cinco Copas do Mundo; a Argentina, arquirrival, se sagrou campeã em Doha, e nenhum técnico brasileiro recebeu apoio unânime.
"Temos boa qualidade, mas antigamente nós formavámos mais técnicos do que na atualidade. A nova geração ainda não está fixa, não ganha títulos suficientemente para ser inconstestável", disse recentemente Luiz Felipe Scolari, último técnico a vencer uma Copa do Mundo com o Brasil. Tabu do 'gringo'
Desde antes de Tite deixar o cargo, no qual formou um time de recordes, mas sem conseguir superar as quartas de final na Rússia-2018 e no Catar-2022, a imprensa local e internacional já havia ventilado nomes de inúmeros candidatos.
Entre eles se destacam os espanhóis Pep Guardiola e Luis Enrique, o italiano Carlo Ancelotti, o francês Zinedine Zidane, o português José Mourinho e os argentinos Marcelo Gallardo e Mauricio Pochettino.
Também apareceram portugueses com conhecimento do futebol local, como Abel Ferreira (Palmeiras) e Jorge Jesus (ídolo do Flamengo). Guardiola e Ancelotti já descartaram assumir a Seleção Brasileira.
"Até o final do ano passado acho que ouvi 26 nomes. Vamos buscar alguns deles", disse Rodrigues, que espera confirmar o novo comandante até março.
A tarefa de contratar um técnico de nível mundial em tempos em que os clubes têm cofres cheios parece difícil.
Mas também não é fácil dizer aos brasileiros que um 'gringo' vai comandar a Seleção: 48% são contra e 41% são favoráveis, segundo pesquisa de dezembro do Instituto Datafolha, que pelo menos mostra uma queda na rejeição em relação às pesquisas anteriores.
"No Brasil há essa ideia de que nós temos o melhor futebol do mundo e não precisamos de um técnico estrangeiro dizendo como jogar, nós que sabemos formar grandes jogadores, que em parte criamos o drible, o jeito de jogar bonito. Como vamos aceitar um estrangeiro dizendo como nós brasileiros devemos jogar?", diz à AFP Victor Figols, historiador e editor do portal esportivo Ludopédio. Falta matéria prima?
Os estrangeiros foram barrados quando o Brasil, com seu talento da casa, se firmou como potência do futebol mundial. Apenas três estrangeiros ocuparam o cargo, todos de maneira fugaz e circunstancial: o uruguaio Ramón Platero (1925), o português Jorge Gomes de Lima, juntamente com o brasileiro Flávio Costa (1944), e o argentino Filpo Núñez (1965).
O empirismo venceu a corrida contra os estudos, e a terra de Pelé viu poucos de seus filhos (Scolari, Vanderlei Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira, Ricardo Gomes, Zico) conquistarem espaço em outras latitudes.
"O Brasil construiu uma imagem da Seleção Brasileira e do futebol brasileiro de que nós sabemos formar grandes jogadores e consequentemente nós sabemos formar grandes técnicos. O que não é verdade. Se a gente observa o ranking da Fifa dos melhores treinadores do ano, os brasileiros não estão nem entre os dez", acrescenta Figols.
A imprensa brasileira aponta Dorival Junior (campeão com o Flamengo da Libertadores-2022), Fernando Diniz (Fluminense), Renato Portaluppi (Grêmio) e Mano Menezes (Internacional) como opções da casa.
Nenhum tem os retrospecto de Tite quando assumiu: ele havia conquistado tudo ao alcance de um clube brasileiro, inclusive o Mundial de Clubes (2012) pelo Corinthians, o último conquistado por uma equipe sul-americana.
"Independentemente de se contratar um estrangeiro ou brasileiro, é necessário melhorar o nível dos que vivem aqui", escreveu Paulo Vinicius Coelho, autor do livro "Escola Brasileira de Futebol", no jornal Folha de São Paulo.
"Guardiola não virá. Isso não impede que o Brasil possa sair do sonho e começar a criar condições para ter uma geração de técnicos modernos. Formar o nosso próprio Pep Guardiola em alguns anos, como um dia formamos Zagallo e Telê Santana", acrescentou.
Nesta quinta-feira (26), o Parnahyba Sport Club, da cidade de Parnaíba, realizou mais um treino no Estádio Pedro Alelaf (Mão Santa) visando à próxima rodada do Campeonato Piauiense. De folga nesta rodada (5ª), a comissão técnica aproveitou para realizar ajustes táticos na equipe, enquanto o Departamento Médico tenta dar condições de jogo ao atacante, Nixon, a maior contratação do time para o certame 2023.
Com a desistência do Ferroviário, o Parnahyba só volta a campo na quarta-feira (01), às 15h45, contra o Corisabbá, no Estádio Tibério Nunes, em Floriano.
A equipe do Cori, de acordo com o presidente Anderson Kamar, busca fazer o dever de casa e vencer a partida, reconhecendo as divuldades e respeitando os adversários.