Gianni Infantino recuou drasticamente do plano de realizar uma Copa do Mundo bienal, dizendo à liderança do futebol mundial que a Fifa nunca havia proposto tal ideia.
O presidente da Fifa foi criticado no ano passado, principalmente na Europa, por uma proposta para aumentar a frequência do evento de quatro para dois anos de intervalo.
Mas no Congresso da Fifa no Catar, nesta quinta-feira, Infantino disse aos dirigentes do futebol mundial reunidos que o órgão regulador do esporte não estava propondo a medida que ameaçava dividir o mundo do futebol.
"Deixe-me ser muito claro que a Fifa não propôs um processo bienal", declarou Infantino. "O último Congresso da Fifa passou uma votação, com 88% de votos, a favor de estudar a viabilidade da Copa do Mundo a cada dois anos."
"A administração da Fifa, sob a liderança de (ex-técnico do Arsenal) Arsene (Wenger), então iniciou um estudo de viabilidade... A Fifa não propôs. Concluiu que é viável, que teria algumas repercussões e impactos."
Infantino disse que agora ocorrerá uma fase de consulta e discussão.
"É a fase de ouvir as queixas e encontrar os compromissos. Então, olhando para as ligas, os clubes e os jogadores... tentaremos fazer um debate e uma discussão para encontrar o que é mais adequado para todos. Porque todo mundo tem que se beneficiar", afirmou.
Uma pesquisa de fevereiro com 1.000 jogadores profissionais de futebol, organizada pelo sindicato global de jogadores FIFPRO, mostrou que três quartos deles querem manter o torneio a cada quatro anos.
A seleção brasileira voltou ao topo do ranking da Fifa após cinco anos depois das últimas vitórias nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, de acordo com a nova lista anunciada nesta quinta-feira antes do sorteio dos grupos do Mundial deste ano no Catar.
As recentes vitórias do time do técnico Tite sobre o Chile e a Bolívia, ambas por 4 x 0, levaram o Brasil para o topo do ranking, desbancando a Bélgica pela primeira vez em três anos.
O novo ranking da Fifa foi utilizado para determinar os cabeças de chave e os demais potes para o sorteio da Copa do Mundo do Catar, que será realizado em Doha, na sexta-feira.
Veja como ficaram os potes para o sorteio:
Pote 1: Catar (anfitrião), Brasil, Bélgica, França, Argentina, Inglaterra, Espanha e Portugal
Pote 2: México, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Uruguai, Suíça, Estados Unidos e Croácia.
Pote 3: Senegal, Irã, Japão, Marrocos, Sérvia, Polônia, Coreia do Sul e Tunísia.
Pote 4: Camarões, Canadá, Equador, Arábia Saudita, Gana, vencedor da repescagem intercontinental 1, vencedor da repescagem intercontinental 2 e vencedor da repescagem europeia.
Com uma grande atuação do atacante argentino Germán Cano, o Fluminense derrotou o Flamengo por 2 a 0 na noite desta quarta-feira (30) no estádio do Maracanã e ficou muito perto do título do Campeonato Carioca. Agora, o Tricolor das Laranjeiras e o Rubro-Negro decidem o título do Campeonato Carioca no próximo sábado (2), quando medem forças no estádio do Maracanã a partir das 18h (horário de Brasília).
Nesta partida o Fluminense pode perder até por um gol de diferença que fica com o título, já o Flamengo tem que vencer por três gols de diferença para ficar com o caneco nos 90 minutos, ou, ao menos, triunfar por dois gols de vantagem para ir para a disputa de pênaltis.
Os 52.821 torcedores presentes no estádio do Maracanã acompanharam um clássico quente. Desde o primeiro minuto a equipe comandada pelo técnico português Paulo Sousa assumiu o comando das ações, adiantando as suas linhas e rondando a área do time de Abel Braga, que se segurava na defesa em busca de oportunidades para tentar contra-ataques.
Com este panorama a primeira finalização da partida surgiu apenas aos 26 minutos, em cabeçada para fora do zagueiro Fabrício Bruno após cobrança de escanteio. Três minutos depois o Rubro-Negro teve outra boa oportunidade, desta vez em cobrança de falta perigosa de David Luiz.
Porém, a melhor oportunidade do Flamengo na etapa inicial veio aos 32 minutos, quando David Luiz subiu muito para cabecear com perigo após cobrança de escanteio. Mas o goleiro Fábio defendeu com segurança.
Já o Fluminense teve apenas uma oportunidade, aos 45 minutos. E nela a equipe das Laranjeiras chegou a abrir o placar com o atacante Willian Bigode. Porém, o lance foi anulado em impedimento muito mal marcado pela arbitragem. No segundo tempo o time das Laranjeiras começou adiantando um pouco as linhas e passando a criar um pouco mais. Porém, o técnico Paulo Sousa fez uma substituição que mudou a dinâmica da partida, a entrada do uruguaio Arrascaeta.
E o camisa 10 da seleção do Uruguai deu mostra da sua qualidade logo aos 12 minutos, quando recebeu de Bruno Henrique e cruzou para a área. O zagueiro David Braz afastou parcialmente e o atacante Pedro chutou com violência de dentro da área para grande defesa de Fábio.
Aos 20 minutos o Fluminense respondeu com o argentino Germán Cano, que deu um chute do meio do campo em direção ao gol Rubro-Negro, mas Hugo conseguiu a defesa.
O Flamengo voltou a chegar com perigo aos 27 minutos, em lance no qual Arrascaeta levantou a bola na área em cobrança de falta, Bruno Henrique desviou para o meio da área, mas a defesa tricolor afastou. Um minuto depois o Tricolor respondeu em contra-ataque, no qual Cano tocou para Arias, que havia acabado de entrar, mas o colombiano foi desarmado por Fabrício Bruno.
O jogo ganhou em emoção, e o Rubro-Negro voltou a chegar com perigo aos 30. Martinelli errou na saída de bola e o Flamengo puxou contra-ataque que culminou em finalização de Arrascaeta. Mas Fábio defendeu.
Quando parecia que o time da Gávea se aproximava mais do primeiro gol foi o Fluminense que abriu o placar. Aos 37 minutos o zagueiro Léo Pereira, que havia acabado de entrar, se enrolou todo e perdeu a bola para Arias, que acionou Cano.
O argentino se livrou de Filipe Luís e chutou cruzado por baixo de Hugo. A partir daí o Flamengo se perdeu na partida e permitiu que a equipe comandada por Abel Braga chegasse ao segundo dois minutos depois. Calegari puxou contra-ataque pela direita desde o meio de campo e cruzou para Cano escorar e dar números finais ao placar.