Quatro jogos movimentam a segunda fase da Libertadores nesta quarta-feira (2). O destaque fica para o América-MG, que vai até o Paraguai tentar reverter a desvantagem para o Guarani-PAR, após perder o jogo da ida por 1 a 0.
A esperança da torcida do Coelho está no bom desempenho do time na primeira partida. Mesmo com o gol sofrido aos 45 minutos da etapa final, o América foi superior durante todo o jogo.
Uma vitória simples leva a partida para os pênaltis. Já se o Coelho vencer por dois ou mais gols de diferença, avança para a terceira fase. Em caso de empate ou derrota, o Guarani-PAR segue adiante. A bola rola a partir das 19h15, no Defensores Del Chaco. OUTROS JOGOS
Universidad de Quito-EQU e Bolívar-BOL duelam no mesmo horário. O primeiro jogo, na Bolívia, terminou empatado pelo placar de 1 a 1. Às 21h30, o Barcelona de Guayaquil-EQU quer confirmar sua vaga na próxima fase contra o Universitário, no Peru. Os equatorianos venceram o jogo da ida por 2 a 0.
Também às 21h30, o Estudiantes vai tentar afastar a zebra jogando em casa. O time argentino foi surpreendido no jogo de ida e perdeu por 1 a 0 para o Audax Italiano-CHI.
Com boas chances de dar mais um passo rumo a fase de grupos da Libertadores, o Fluminense enfrenta o Millonários da Colômbia hoje à noite, em São Januário. O time venceu a primeira partida fora de casa por 2 a 1, e hoje pode carimbar de vez a classificação. Em caso de triunfo, é muito provável que os jogadores em campo irão ouvir o grito que tem virado rotina nas celebrações dos tricolores após as vitórias: o “Flu!”.
Um dos componentes que levam o futebol a ser um esporte apaixonante é a sua imprevisibilidade, uma hora você está no topo, outra não está com nada. Assim também foi a trajetória do grito viking “Flu!” e do seu criador, o tricolor Wanderson, mais conhecido na torcida por Barba, que depois disso tudo, se tornou o Barba FLU. Em entrevista ao LANCE!, ele contou sobre a virada de chave do grito criado por ele e do bom momento atravessado pelo clube carioca. O Barba é figura presente nos jogo do Fluminense - Foto: Acervo pessoal
Tricolor fanático desde pequeno por influência do Pai, Barba viu de dentro do estádio as maiores conquistas do Fluminense. Apaixonado pelo clima dos estádios, ele teve a ideia de desenvolver um novo grito de apoio ao clube de coração. A ideia do grito surgiu na Euro de 2017 com a torcida da Islândia, e Wanderson decidiu trocar o grito "UH" por "FLU".
Os Vikings são Guerreiros e o Fluminense é o “Time de Guerreiros”, tem tudo a ver, por isso que eu achei perfeito - explicou o torcedor. Barba durante a explicação como seria a saudação viking - Foto: Reprodução/YouTube
Contudo, o grito grená demorou um pouco para ser aceito pela torcida num todo, isso porque, após um vídeo publicado pelo torcedor, muitos memes e brincadeiras foram feitas em cima da explicação do Barba:
Dei a ideia em 2019 antes das quartas de final da Copa Sul-Americana contra o Corinthians no Maracanã, porque a torcida estava comprando poucos ingressos. A minha torcida gostou da ideia de cara, tanto que impulsionamos os ingressos do jogo, mas como fomos eliminados teve gente que achou que deu azar, teve gente que não gostou, o pior foi a zoação da torcida adversária. Tiveram momentos bem ruins, de excesso, foi barra, estava sendo usado para fazerem chacota do meu time, um dos meus grandes amores - desabafou o tricolor.
Em 2020 o jogo virou, não só para o Fluminense que voltava a disputar a Libertadores da América depois de 7 anos, mas para o Barba, que durante a pandemia da Covid-19 viu o seu clube de coração postar nas redes sociais o grito viking. Surgindo assim, um outro personagem nesta história, o influencer Casimiro Miguel, que gostou da novidade do rival e passou a usar “Flu!” nas suas lives.
O Casimiro gostou da ideia e sempre nos seus vídeos, falava aleatoriamente : “FLU! E aí vira bagunça”. Ajudou muito também - apontou Barba.
No segundo semestre do ano passado, o grito viking “Flu!” virou uma febre no Rio, e foi um dos componentes na classificação do Fluminense para a Libertadores de 2022. Jogadores do time fizeram a saudação junto dos torcedores na reta final do último Brasileirão - Lucas Merçon/Fluminense FC
Neste meio tempo, Wanderson já construiu momentos incríveis com o grito sendo reproduzido pela torcida, e ressaltou episódios que o emocionam só de lembrar:
O primeiro no FlaXFlu, eu fui pego de surpresa, e o mosaico feito pelo clube ainda era FLU. O jogo contra o Inter, que foi o primeiro com muitos torcedores, ficou perfeito. E no último jogo do ano passado, contra a Chape, Maracanã lotado e todos fizeram o FLU, quase chorei de novo - relata o tricolor.
Flu em 2022 Vivendo um bom início de temporada, e saindo vitorioso de todos os clássicos disputados, o time do tricolor tem sido saudado com frequência pelo gesto nórdico. Com certo otimismo Barba expõe suas expectativas com clube para este ano de 2020:
Nosso elenco melhorou muito, trouxemos bons jogadores e com histórico e espírito vitoriosos, o que junto com a espinha dorsal dos anos anteriores, junto com os moleques de Xerém está deixando o time encorpado e nos fazendo acreditar mais ainda. Nas vitórias é sempre um motivo de fazer o nosso grito de Guerreiros, pra mim particularmente é sensacional - explicou Barba.
Nesta terça-feira, de olho em mais passo rumo à “Glória Eterna", as equipes decidem quem avança para a terceira rodada da competição, em São Januário, às 21h30.
Com a guerra na Ucrânia, alguns jogadores brasileiros que estavam no país passaram por momentos de medo e terror. Vitinho, de 22 anos, e Marcos Antônio, de 21 anos, conseguiram fugir do Leste Europeu e desembarcaram no Aeroporto Afonso Pena em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) na manhã desta terça-feira (1).
Acompanhado da esposa, Suellen Cenci, e do filho de 2 anos, o ex-jogador do Athletico Paranaense Vitinho, foi para a Ucrânia em agosto do ano passado defender o time do Dínamo, de Kiev. A família passou alguns dias em um hotel de Kiev com outros 30 jogadores aguardando o momento de voltar para o Brasil. A esposa do atacante relatou à RICtv que achou que não iam sobreviver a guerra.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia na última quarta-feira (24), os jogadores brasileiros se uniram para tentar deixar o país, mas o trajeto foi longo. Da capital ucraniana, os 30 atletas com suas esposas e filhos, embarcaram em um trem em direção a uma cidade no Oeste da Ucrânia para seguirem a România e, de lá, voltar para o Brasil.
“Quando soube da guerra a minha vontade era de ir lá é trazer o meu filho”disse Clenilda de Fátima dos Santos, mãe de Vitinho.
Marcos Antônio, também criado nas categorias de base do Athletico Paranaense, foi para o país defender o time Shakhtar Donetsk em 2019. A esposa e o filho do atleta estavam em Curitiba e tinham voo marcado para a Ucrânia no dia 17 de fevereiro. Na manhã desta terça-feira, Pedrinho e Maycon, revelados pelo Corinthians e atualmente no Shakhtar Donetsk, desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
“É muito cedo para falar de voltar, tudo aconteceu agora, o que mais quero é estar com a minha família, com meus pais. Todas as vezes que eu falava com eles, eu sempre me despedia, pois não sabia se seria a última vez. Então quero chegar em casa, ficar com a minha filha. Foram cenas lamentáveis e desejo que ninguém passe por isso”, declarou Pedrinho, que se emocionou ao chegar em território brasileiro.
Dono de um bi consecutivo da Copa Libertadores, de recordes individuais e de idolatria por boa parte da torcida, o técnico Abel Ferreira buscará nesta quarta-feira (2) diante do Athletico-PR, na decisão da Recopa Sul-Americana, no Allianz Parque, conquistar enfim um título inédito para o Palmeiras. Mais do que um mero tabu, o troféu pode impulsionar as tratativas da diretoria do Verdão para tentar segurar seu comandante no comando da equipe, algo que não está certo já na janela de transferências da Europa no meio do ano.
De todas as competições oficiais possíveis que um time brasileiro pode disputar, o Alviverde ainda não conquistou o título de quatro delas: a própria Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil, Copa Sul-Americana e Mundial de Clubes.
Abel teve a chance de ganhar três desses títulos. O único que não disputou ainda foi a Sul-Americana, por uma questão de regulamento. Quem joga a Libertadores, enfim, não participa da competição secundária do continente. E desde que chegou ao Verdão, o português só teve a chance de jogar o certame principal.
Até hoje, desde a primeira edição da Sul-Americana, em 2002, o Palmeiras disputou a competição cinco vezes (03, 08, 10, 11 e 12). A melhor campanha foi em 2010, quando acabou eliminado pelo Goiás nas semifinais.
Nos torneios restantes, Abel ficou próxima de ganhar todos. Na Recopa do ano passado, por exemplo, o Palmeiras conseguiu o mais difícil. Venceu o Defensa y Justicia na Argentina por 2 a 1 no primeiro jogo. Na volta, disputada em Brasília (DF), perdeu pelo mesmo placar e acabou superado nos pênaltis.
A Supercopa do Brasil, que teve apenas duas edições até agora neste seu retorno, também foi perdida nos pênaltis, em um duelo ante o Flamengo no ano passado.
No Mundial de Clubes, que disputou duas vezes pelo Palmeiras, Abel caiu na primeira vez nas semifinais, para o Tigres, do México, e perdeu a final deste ano para o Chelsea, da Inglaterra.
Apesar de não ter quebrado esses jejuns do Alviverde, Abel não tem motivos para entrar em desespero. Em pouco mais de 15 meses no comando do Verdão, ele já supera Vanderlei Luxemburgo em quantidade de finais disputadas pelo Palmeiras: oito (Libertadores 2020 e 2021, Recopa 2021 e 2022, Mundial 2021, Copa do Brasil 2020, Supercopa do Brasil 2021 e Paulista 2021), contra sete de Luxa. Está atrás apenas de Luiz Felipe Scolari, com dez.
Abel busca igualar os uruguaios Humberto Cabelli e Ventura Cambon na quarta posição dos técnicos com mais títulos pelo clube, ficando atrás apenas de Felipão (seis), Oswaldo Brandão (sete) e Luxemburgo (oito).
Esta contudo poderá ser a última chance de Abel ganhar uma conquista inédita para o Palmeiras. Sem a disputa da Sul-Americana nesta temporada pelo fato do clube estar na Libertadores, o português tem pela frente a decisão sobre o futuro. Seu contrato acaba no final do ano e não há indícios claros de que ele vai renovar. Pelo contrário. Fontes ouvidas pelo LANCE! apontam que o treinador pode sair do Alviverde já no meio do ano, caso apareça ao menos uma proposta de um clube mediano europeu. Situação que ele e o próprio Verdão, que já ofereceu uma proposta de renovação, tentam minimizar.