O Flamengo tem um desfalque certo para a partida contra o Boavista, nesta quarta-feira, pela 5ª rodada da Taça Rio: o atacante Gabriel Barbosa. Ele sofreu um desconforto muscular e a comissão técnica rubro-negro preferiu preservá-lo visando as semifinais da competição.
Sem Gabigol, o centroavante Pedro será o substituto imediato, segundo a reportagem apurou junto ao clube.
"Com pequeno desconforto muscular, o atleta Gabriel Barbosa será poupado do jogo desta quarta-feira (01.07). Seguirá preparação visando a semifinal", diz a nota divulgada pelo Flamengo.
Outra opção seria Pedro Rocha, que está sendo observado por Jorge Jesus na função de camisa 9 no Ninho do Urubu.
Na vaga deixada por Gabigol, o Flamengo relacionou o jovem Lincoln para o banco de reservas.
Gabigol também estava pendurado com dois cartões amarelos recebido. Ou seja, se recebesse outro nesta terça-feira corria risco de ficar suspenso para a semifinal da Taça Rio. A partir da semifinal, a contagem é zerada.
O duelo entre Flamengo e Boavista acontece às 21h30 (de Brasília), no Maracanã, válida pela última rodada da fase de grupos da Taça Rio.
A temporada de Gabigol
11 jogos
11 gols
7 assistências
3 títulos
Ao todo, Gabigol soma 18 participações para gol em 11 jogos disputados nesta temporada. Se a média é de um tento por partida, esse número aumenta quando as assistências são incluídas: o camisa 9 tem uma participação para gol a cada 58 minutos.
Caso vença, o Flamengo garantirá o primeiro lugar geral do Campeonato Carioca e pode ser campeão de forma antecipada se vencer a Taça Rio. O rubro-negro ja conquistou a Taça Guanabara, o primeiro turno do Estadual.
De saco cheio. É assim que Andrés Sanchez diz estar na reta final de seu terceiro mandato como presidente do Corinthians.
Se tudo correr como previsto, daqui a exatos seis meses o cartola deixará a cadeira que foi dele por sete anos – a primeira vez entre o fim de 2007 e início de 2012, e a segunda desde março de 2018. Os motivos para Andrés estar exausto são diversos. Além dos problemas enfrentados na administração do clube por conta da pandemia do novo coronavírus, ele diz ser alvo de ataques de "pessoas que querem o poder a qualquer custo".
Na última segunda-feira, um grupo de oposição entrou com pedido de liminar na Justiça para afastá-lo da presidência. O pedido foi negado, mas o mérito da causa ainda será julgado. Também há uma articulação para um pedido de impeachment caso as contas de 2019 sejam reprovadas pelo Conselho Deliberativo.
O cartola se sente injustiçado. Afirma que divide os méritos pelas glórias do Corinthians, mas sofre sozinho as críticas pelos insucessos.
– O primeiro mandato que eu tive, por quase quatro anos e meio, foi cheio de problemas, com muita dificuldade, mas era uma coisa muito mais sadia dentro do clube e fora do clube. O segundo mandato, agora, é reflexo do país. Está uma cobrança, um xingamento, uma exigência, uma suspeição, uma dúvida, tudo está errado, tudo tem esquema e não sei o que, é muito difícil de controlar. Estou muito decepcionado, muito chateado – queixou-se o dirigente há algumas semanas, durante uma conversa com o ex-jogador Basílio transmitida na internet.
– Fica difícil. No português claro, estou com saco cheio. Isso decepciona muito e é muito difícil ouvir algumas coisas que se falam hoje. Não é exagero dizer que este é o momento de maior pressão enfrentado por Andrés no Corinthians. A crise financeira do clube motivou protestos de torcedores organizados mesmo durante a pandemia. Há duas semanas, também houve pichações contra o dirigente na sede do clube.
– Eu fiz campanha contra o seu Alberto (Dualib), mas jamais fui no pessoal ou para prejudicar o clube, mas hoje muitas vezes querem coisas desse tipo – argumenta Andrés.
Nesta reta final de mandato, a prioridade do presidente alvinegro é desatar os nós do pagamento da Arena Corinthians, principal promessa de campanha dele em 2018.
A pandemia de Covid-19 dificultou as coisas, retardando as negociações com a Caixa Econômica Federal. A Justiça deu prazo até 7 de julho para que o banco e o clube cheguem a um acordo amigável pela dívida do financiamento da Arena. A estatal cobra R$ 536 milhões.
Paralelamente, o Corinthians aguarda o processo de recuperação judicial da Odebrecht (previsto para ser oficializado em 7 de agosto) para definir o valor final que terá de pagar à construtora. Andrés já admitiu que a dívida pode ficar em até R$ 160 milhões, mas ele garante a pessoas próximas que o clube já está livre dessa pendência.
Aguardada há tempos, a venda dos naming rights do estádio está praticamente descartada para este ano. Andrés também gostaria de finalizar a construção do CT das categorias de base antes do fim do mandato. Mas, assim como aconteceu com a Arena, a missão de finalizar e inaugurar a obra ficará com o sucessor dele.
O próximo presidente corintiano será escolhido no fim de novembro, em eleição que se desenha como uma das mais concorridas dos últimos anos. Ex-aliado de Andrés, Mário Gobbi será candidato pela oposição. O grupo Renovação e Transparência, que está no poder desde 2007, ainda não definiu se terá Duílio Monteiro Alves como candidato próprio ou se apoiará Paulo Garcia.
Andrés Sanchez tem dito que apoiará o escolhido por seu grupo político, mas que não entrará "de cabeça" na campanha. Também promete se afastar um pouco da política corintiana a partir de 2021, embora seja conselheiro vitalício.
O cartola está com 56 anos. Na presidência do Timão, Andrés conquistou Série B (2008), Copa do Brasil (2009), Brasileiro (2011) e três Paulistas (2009, 2018 e 2019).
Jorge Sampaoli chegou ao Atlético-MG com uma extensa lista de reforços sugeridos e, entre eles, queria a contratação de um camisa 9 de ofício, um centroavante de área. O mercado complicado na posição, porém, fez com que o treinador fosse convencido de que o melhor caminho é pensar na montagem do time com um atacante de mais movimentação, menos preso ao espaço próximo ao gol adversário. Isso não significa que o Galo tenha interrompido as buscas por um reforço para a posição.
Inicialmente, o atacante desejado por Sampaoli - e aprovado pela diretoria - era Adolfo Gaich. O argentino de 21 anos do San Lorenzo é homem de área e, em caso de negociação bem sucedida, chegaria com status de titular para o comando de ataque atleticano. O problema são os valores. O San Lorenzo quer 12 milhões de euros para negociá-lo (mais de R$ 73 milhões na conversão atual), valor fora da realidade atleticana.
Com Gaich distante, Sampaoli e sua comissão começaram a pensar em outros nomes. Um contato com Ramón Ábila chegou a ser feito, mas o nome do ex-cruzeirense não é bem avaliado no Galo e não houve sequer abertura de negociação. Apesar de ter consultado outras alternativas, Sampaoli já começou a mudar de ideia e aceitar a formação de um time sem um atacante de referência.
A partir desse momento, a prioridade do Galo para a posição passou a ser Nahuel Bustos. O jovem (também de 21 anos) do Talleres pode jogar como camisa 9, mas está longe de ser um centroavante de referência. É um jogador mais baixo (1,76m) e tem a movimentação como principal característica, se aproximando dos atacantes do atual elenco.
Bustos, porém, também não é uma contratação simples. O Galo já formalizou proposta, mas ouviu uma negativa do Talleres. Não significa que não há mais possibilidade de negócio, mas o clube mineiro terá de desembolsar valores mais altos - com ajuda do empresário Rubens Menin, que tem feito empréstimos para as contratações - para acertar com o atacante argentino.
As opções para a camisa 9, no elenco atual, são Diego Tardelli, Marrony e Bruno Silva. Nenhum deles é centroavante de ofício, mas podem fazer a função. Sampaoli ainda quer um reforço para a posição, mas já começa a desenhar uma formação sem uma referência de área. Recentemente, Tardelli revelou que tem sido usado, nos treinos, no comando de ataque.
No Santos, Sampaoli chegou a pedir a contratação de um camisa 9. O Peixe buscou Uribe, ex-Flamengo, mas quem atuou na função como titular na maior parte da temporada foi Eduardo Sasha, que também é um jogador mais móvel e sem característica de centroavante. O filme caminha para se repetir no Galo.
Após mais de um ano afastado, o atacante uruguaio Gonzalo Carneiro voltou a ser visto nas atividades do São Paulo na última terça-feira. A tendência é que o atleta de 24 anos receba uma nova oportunidade no Tricolor, passando a integrar as opções do técnico Fernando Diniz para a linha de frente.
Carneiro foi suspenso do futebol em março de 2019, quando um exame antidoping detectou a presença de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, no corpo do jogador.
Mesmo com o longo período fora dos gramados, o São Paulo deve dar a chance do uruguaio se reafirmar no elenco. A Gazeta Esportiva apurou que Fernando Diniz entende que o atleta é jovem e tem potencial para evoluir seu futebol.
Em entrevista concedida à Espn no mês de abril, o treinador do São Paulo já falava sobre a possibilidade de reintegrar Carneiro ao elenco.
"Eu conheço pouco o jogador, mas estou por dentro de tudo o que aconteceu. Não é uma questão psicológica, é humanidade. Tem que acolher, esse é o primeiro passo. A partir disso, veremos as possibilidades de usá-lo no São Paulo", disse o técnico do clube paulista.
A volta de Carneiro às atividades ocorre justamente no momento em que o Tricolor sofre uma baixa no ataque. Afinal, Antony já está vendido ao Ajax e deve se apresentar ao clube holandês em julho.
Ao longo das partidas que disputou pela equipe do Morumbi, Carneiro chegou a ser aproveitado em diferentes posições no ataque. Além de centro-avante, o uruguaio também atuou pelas pontas.
No total, Gonzalo Carneiro tem 24 partidas com a camisa do São Paulo. O momento mais marcante do atleta pelo clube até o momento é a semifinal do Campeonato Paulista de 2019. Na disputa de pênaltis contra o Palmeiras, o atacante deu uma cavadinha em uma das cobranças que levaram o Tricolor à decisão do estadual.