O que se tem de informações é que há anos os líderes da Liga Florianense de Futebol (LFF), ou seja, quem assume a presidência, pelo menos a maioria, não faz como deveria que é a distribuição dos recursos arrecadados, principalmente referente à renda da bilheteria. Durante os jogos da competição o público é pequeno, mas sempre há uma renda e esses valores ficam em poder do presidente da Liga que não costuma prestar contas dos recursos nem para a própria diretoria.
O Campeonato Florianense de Futebol deste ano recebeu recursos da FUDESPI, da Prefeitura e ainda de patrocinadores, lembrou o parlamentar Claudemir (Bilú) que vem denunciando a forma como a LFF vem administrando o dinheiro da bilheteria. Mas para onde vão esses recursos?
O vereador Bilu que tem uma grande ligação com o esporte local quer saber, pelo menos, a quem se destinam os recursos das rendas.
“Fiz uma crítica em cima da bilheteria, pois a gente sabe que a CBF, a Federação de Futebol Piauiense, a Comembol, a Fifa 60% da bilheteria dos seus jogos são destinados aos clubes que fazem aquele espetáculo, então 40% fica para entidade que usa nas despesas. Aqui em Floriano é diferente, se arrecada na bilheteria e não passam nada para o esporte (clubes e atletas). Foi isso o que eu disse, eu não disse que ninguém é incompetente e que não está fazendo um bom trabalho à frente da Liga”, explicou o vereador ao usar tribuna na noite desse segunda-feira.
A atual presidência da Liga de Futebol, à frente o Júnior Bocão, como forma de aumentar o número de torcedores no Estádio para ver as partidas e ainda aumentar a renda na bilheteria vem realizando sorteios na decisão do Campeonato Floriano com valor de R$ 50,00 cada.
Os valores sorteados são repassados por lideranças políticas e empresários locais. Em troca, esses patrocinadores tem os nomes e marcas anunciadas durante os sorteios. Na última decisão cerca de R$ 1.000,00 foram sorteados, mas em contrapartida houve uma ajuda financeira da Fudespi e da Prefeitura que repassou cerca de R$ 10 mil, valor que foi o equivalente a premiação.
O repórter Carlos Iran, ao ser indagado sobre a polêmica, lembra que ainda há o apoio das empresas que tem as suas marcas pintadas no muro do Estádio Tiberão e que todas pagam uma mensalidade.
A renda no final do Campeonato, realizado em setembro, foi de cerca de R$ 4.500,00 e esse valor teria ficado em poder da presidência. Em todos os jogos os times repassavam uma taxa de R$ 50,00 para pagamentos dos árbitros.
O vereador Bilú disse que vem tentando fazer uma critica construtiva à presidência da Liga Florianense e completou, “espero que nos próximos campeonatos as rendas sejam repassadas para quem é dono, de fato e de direito, que são os clubes e os atletas. Entendo que no esporte amador ninguém ganha nada, pois faz quem gosta”.
OUTRO LADO
O portal tentou falar com o presidente Junior Bocão, presidente da Liga Floriano, mas as ligações telefônicas não se completaram.
Da redação