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Passava dos seis minutos do segundo tempo quando Thiago Galhardo correu em direção à bola e converteu seu pênalti com uma batida no centro do gol para abrir o placar nesta terça-feira, no Estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, na Venezuela. E a partir daí, foi como se o Inter tivesse parado em campo.

Uma força de expressão, claro. Mas os dois gols que vieram a seguir e a derrota de virada por 2 a 1 para o Deportivo Táchira, pela Libertadores, são provas de uma equipe que sucumbiu com a vantagem no placar e pagou – caro – por erros no sistema defensivo. Um verdadeiro apagão de 44 minutos.

A queda de rendimento após abrir o placar fica ainda mais evidente na comparação com jogos anteriores. Um Inter que se cansou de fazer gols e empilhou cinco goleadas nas últimas sete partidas dessa vez cansou, de fato.

O próprio Miguel Ángel Ramírez fez esta leitura em sua entrevista coletiva depois da derrota. O treinador citou o cansaço acumulado e as condições de um gramado que "comeu perna" como fatores que fizeram a equipe cair tanto de produção depois do gol de Galhardo. – Estávamos fazendo um bom jogo. Conseguimos abrir o marcador. Merecíamos, estávamos criando. Com o passar do tempo, o campo nos comeu perna. Acumulou o cansaço. Estávamos dominando, acredito até que poderíamos fazer o segundo. Não fizemos. E, em erros pontuais... Mas não só isso. Nos foram empurrando e comendo perna – disse o técnico.

A estatística de finalizações comprova as palavras do espanhol. O Inter concluiu 13 vezes a gol até abrir o placar, aos 6 do segundo tempo. Foram 11 tentativas depois disso – cinco delas já nos acréscimos, das quais quatro no último lance do jogo, um bate e rebate dentro da área.

O Deportivo Táchira, por sua vez, quase quadruplicou seu volume ofensivo após o gol. Foram três finalizações no primeiro tempo e 11 depois do gol de Thiago Galhardo.

Finalizações: Até o 1º gol: Inter: 13 Táchira: 3 Depois do 1º gol: Inter: 11 Táchira: 11 O contraste de desempenho vai além da frieza dos números. Nesta terça-feira, Ramírez armou o Inter com titulares preservados: Saravia, Nonato, Marcos Guilherme e Yuri Alberto atuaram nas vagas de Rodinei, Edenílson, Palacios e Mauricio.

E mesmo assim, a equipe se impôs para assumir de imediato o controle da partida. O Colorado fez um primeiro tempo com 64,3% de posse de bola, conduzido por Taison e Moisés para levar perigo no ataque.

O lateral-esquerdo criou três chances de gol com cruzamentos para Yuri e Galhardo, dupla que até mostrou boa mecânica lado a lado. O camisa 10 era quem ditava o ritmo e acelerava o jogo para fazer a equipe progredir em velocidade e superioridade.

Defensivamente, o Inter só correu risco uma vez – e bastante – quando Gondola foi acionado às costas da zaga, mas finalizou para fora cara a cara com Lomba. Mas faltou intensidade e precisão na transição ofensiva para aproveitar contra-ataques.

Veio o segundo tempo, o gol de pênalti de Thiago Galhardo... E o apagão. A equipe que mostrou tanto apetite nas goleadas construídas dentro de casa reduziu, e muito, o ritmo. Veio a pressão do Deportivo Táchira, seguida de erros coletivos e individuais de atenção.

GE