Sob a sombra de uma crise aparentemente superada pela decisão de sediar a Copa América a partir do próximo domingo, a seleção brasileira visita o Paraguai em Assunção nesta terça-feira pela sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar-2022.
O Brasil mantém a liderança isolada com uma campanha 100% em que venceu todos os cinco jogos que disputou (15 pontos).
Com 7 pontos e quarto na classificação graças ao saldo de gols superior aos de Uruguai e Colômbia, a 'Albirroja' vai tentar aproveitar a turbulência que tem afetado a seleção brasileira nos últimos dias.
A tensão diminuiu nesta segunda-feira depois que os jogadores da Seleção decidiram se apresentar para jogar a Copa América que será disputada a partir de domingo no Brasil, segundo o site Globoesporte, após ameaçarem não participar devido à situação provocada pela covid-19 no Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia.
Antes, haviam sido descartadas como sedes a Argentina, por conta da pandemia, e a Colômbia, devido a uma convulsão social que deixou cerca de 40 mortos no país.
Os jogadores reclamaram ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, por terem ficado sabendo pela mídia e expressaram oposição à realização do torneio no Brasil, segundo país com mais mortes pela pandemia (mais de 473.000), um número superado apenas pelos Estados Unidos.
"Vamos conversar (depois do jogo contra o Paraguai). Não queremos nos desviar do nosso objetivo, que para nós é a Copa do Mundo", disse o capitão Casemiro na sexta-feira, após a vitória por 2 a 0 sobre o Equador, em Porto Alegre.
Tite havia dito na quinta-feira que a posição do grupo sobre a ideia de disputar a Copa América no Brasil era "muito clara" e prometeu manifestar sua opinião após a partida contra os paraguaios.
O apoio do técnico a seus jogadores irritou Caboclo, que no domingo foi afastado do cargo por trinta dias após uma denúncia de uma funcionária da CBF por assédio sexual e moral.
AFP