Nesta sexta-feira, 06, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Baretta, confirmou que uma pessoa foi presa temporariamente durante as investigações sobre o desaparecimento do adolescente Carlos Alexandre, de 14 anos, que está sumido desde o dia 26 de maio. Segundo familiares, o jovem pode ter sido sequestrado no bairro Vila da Guia, na zona Sudeste de Teresina.
“As investigações estão acontecendo. O delegado Jorge Terceiro, que é o responsável pelo inquérito e titular da Delegacia de Desaparecidos, está investigando com sua equipe. Inclusive, já tem um indivíduo preso temporariamente, sendo investigado, e o caso está andando. Nós estamos fazendo tudo”, destacou Francisco Costa.
Na última quarta-feira (4), partes de um corpo ainda não identificado foram encontradas em avançado estado de decomposição dentro de um terreno na região dos Torrões, próximo à Estrada da Alegria, zona Sul da capital.
De acordo com o 17º Batalhão da Polícia Militar, o corpo encontrado estava em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou a identificação imediata da vítima. O delegado Francisco Costa, o Baretta, ressaltou que o DHPP não foi acionado no momento da ocorrência, mas confirmou que familiares suspeitam que o corpo possa ser do adolescente Carlos Alexandre. A polícia aguarda os laudos periciais para confirmar a identidade.
“Esse corpo foi encontrado naquela região e sequer o DHPP foi acionado. Foram para lá a perícia criminal, o Instituto de Medicina Legal (IML) e a Polícia Militar. Ontem, nós fomos procurados por familiares informando que esse corpo havia dado entrada no IML e que a família suspeitava que poderia ser do rapaz desaparecido. Portanto, nós tomamos as providências necessárias: fizemos as requisições para exame necropapiloscópico, bem como o exame necroscópico, no sentido de identificar o cadáver, a natureza jurídica do fato que levou à morte dele, bem como a identificação civil. Estamos aguardando o Instituto de Medicina Legal nos fornecer essas informações”, concluiu o delegado.
A Justiça da Comarca de Floriano manteve presos quatro homens e uma mulher, de nome Ana, que foram abordados e conduzidos numa operação que ocorreu em Floriano nesta semana.
A ação da polícia militar e civil, com um reforço de Teresina, foi depois que, na segunda-feira, dois homens, sendo um menor de idade, foram brutalmente assassinados. O jovem de 17 anos levou cerca de dez disparos, mas no local do crime cerca de 16 tiros foram efetuados e os matadores usaram diferentes tipos de armas, isso conforme perícia.
Nessa tarde de quinta-feira, todos os que ficaram presos foram levados para uma audiência de custódia e o juiz determinou os que mantivessem encarcerados, sendo que os homens foram encaminhados para a Vereda Grande, zona rural de Floriano, e a mulher foi levada para Teresina.
Pedro Ítalo, João Felipe, Kauã, Netim, Airton Felipe (vulgo Argentino) e Ana Beatriz irão permanecer presos, sendo que a mulher será encaminhada para um presídio feminino em Teresina, já os demais estão sendo encaminhados para o Presídio de Vereda Grande, zona rural de Floriano-PI. O Kauã tem um irmão que está cumprindo prisão na Vereda.
A extração dos dados telefônicos do celular da vereadora Tatiana Medeiros mostram uma longa movimentação de conversas dela com o namorado Alandilson Cardoso, apontado como líder de uma facção e que está preso em Belo Horizonte, a mãe Odélia, a tia Leonice, o tio Francisco Medeiros, além de uma loja de produtos evangélicos e consulta em banco.
Ela utilizou o aparelho enquanto estava presa no Quartel do Comando Geral (QCG) da PM-PI. A Polícia Federal teve acesso às conversas após o aparelho ser apreendido no 20 de maio durante uma vistoria realizada na cela. Na última terça-feira (3) ela conseguiu na Justiça o direito de prisão domiciliar.
Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de abril e encaminhada para um alojamento do QCG, mas investigação realizada pela Polícia Federal, apontou que três dias depois, no dia 7 de abril, ela já estava em posse de um celular. No aparelho, foram identificadas duas contas com o nome JC e Deus É Fiel.
]
Em nota a PM informou que não realiza a custódia de presos civis em ambientes administrativos, a exemplo do Quartel do Comando-Geral, e o faz sob decisão judicial, e que a corporação agiu de forma diligente ao localizar e apreender os dispositivos eletrônicos encontrados com a vereadora e encaminhá-los à Polícia Federal. (Confira a nota completa ao final da matéria)
Contato com namorado preso
No primeiro dia, ela manteve contato por chamada de vídeo com o namorado, Alandilson Cardoso, que está preso em Belo Horizonte, suspeito de ser líder da facção Bonde dos 40. Os dados mostraram que os dois seguiram mantendo contato nos dias 09 e 13 de maio por vídeo.
Também foi constatado que ela realizou pesquisas por passagens aéreas partindo de Belo Horizonte com destino a Teresina para o dia 27 de maio, sem busca por retorno e para um passageiro adulto. A polícia conclui que ela manteve contato com o namorado e tentou enviar itens para consumo no sistema prisional em que ele está detido. Com o celular, Tatiana Medeiros também realizou compras em um supermercado da capital. Um dos prints mostra o pedido feito a noite, do dia 13 de abril, no valor de R$ 549,50. Achocolatado, antitranspirante rolon, adoçante, dentre outros, estavam entre as compras realizadas.
Outra compra realizada pela vereadora foi feita no dia 20 de maio, após contato com uma loja de produtos evangélicos, onde questionou a disponibilidade de um livro.
A investigação apontou que Tatiana Medeiros também utilizava ainda um grupo como uma espécie de caderno de anotações para registar documentos, citações, matérias, imagens ou arquivos para posterior consulta e as quais acha relevantes para ter em backup.
No grupo havia citações jurídicas referentes a casos de crimes eleitorais e os comprovantes bancários utilizados, que segundo a PF, seria provavelmente para fazer o balanço do instituto Vamos Juntos e a sua declaração de imposto de renda.
Conversas com familiares
Relatório realizado pela polícia, apontou que Tatiana também manteve contato com o tio e advogado Francisco Medeiros por ligações de voz no período do dia 10 a 17 de abril de 2025. Na conversa por mensagem, ele cita sobre a possibilidade da devolução dos bens apreendidos quando ela foi presa.
“O tio fala para Tatiana sobre a importância da declaração do imposto para se declarar o que entrou na conta, mas que isso será feito quando ela sair e eles se reunirem com o contador e definirem a melhor linha”, diz trecho da análise.
Ele também solicitou que ela assinasse digitalmente uma procuração, pois ele estaria indo até a Câmara Municipal. Segundo a PF, não foi possível recuperar o conteúdo da procuração.
Tatiana Medeiros também entrou em contato com a sua mãe Odélia, nos dias 19 e 20 de maio por vídeo chamadas e trocar mensagens de texto cujo conteúdo foi apagado por ambas. Apenas uma mensagem foi deixada no celular em que a mãe questiona: “Qual livro ela vem pegar?” e Tatiana responde: “Não precisa. Já resolvi”.
Solta por problemas de saúde
A vereadora Tatiana Medeiros deixou o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar na terça-feira (3) em uma viatura da Polícia Militar, após ter conseguido prisão domiciliar, ela está sendo monitorada por uma tornozeleira eletrônica.
A juíza Júnia Feitosa, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina, concedeu prisão domiciliar afirmando que a defesa apresentou provas referentes ao estado de saúde da vereadora, com relatórios e documentos médicos que orientam uso supervisionado para tratamento devido ao quadro psiquiátrico de Tatiana Medeiros.
"Nos caso dos autos, restou devidamente comprovado a impossibilidade de receber tratamento no local da custódia(sala de Estado Maior), encaminhado pelo Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, instituição responsável pela custódia, informando que não possui meios de condução do quadro clínico da acusada e que os eventos oriundos do quadro clínico têm sido recorrentes, conforme os registros contidos no livro fiscal do oficial do dia e encaminhado a este juízo", afirmou.
A juíza afirmou que apesar da soltura, ela segue como investigada, por isso ainda deve cumprir medidas cautelares, são elas:
monitoramento eletrônico, devendo ser reavaliado no prazo de 03 (três) meses, nos termos do art. 319, IX, do CPP; proibição de acesso à rede mundial de computadores, especialmente a endereços eletrônicos institucionais, sistemas de órgãos públicos municipais e redes sociais (art. 319, VI, do CPP); recolhimento domiciliar integral, com autorização para eventual atendimento médico de urgência, com a posterior juntada da devida comprovação nos autos, e nas consultas agendadas, mediante prévia autorização judicial, devendo a medida ser reavaliada no prazo de 03 (três) meses; afastamento da Função Pública do cargo de Vereadora do Município de Teresina, enquanto durar o processo, nos termos do art. 282 c/c art. 319, inciso IV, do CPP; proibição de acesso ou frequência às dependências do prédio da Câmara Municipal e de manter contato com os servidores daquele órgão, nos termos do art. 282 c/c art. 319, inciso II, do CPP Achada desacordada em cela
Um dia após ser encontrada com os aparelhos eletrônicos na cela, a vereadora foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), por uma ambulância do Corpo de Bombeiros após ser encontrada desacordada no alojamento que está presa no Quartel do Comando Geral.
Segundo apurou a produção da TV Cidade Verde e Cidadeverde.com, a parlamentar estaria desmaiada após supostamente ter tomado uma alta dosagem de anti-hipertensivo.
Policiais militares do QCG encontraram Tatiana desacordada e acionaram a ambulância do Corpo de Bombeiros que fez os primeiros socorros e encaminhou ao HUT, onde deu entrada por volta das 9h50 e está na sala vermelha, que é a sala de observação. Ela está custodiada por policiais militares.
Na quinta-feira ela deixou o HUT e foi levada para o Hospital da Polícia Militar, e no dia seguinte recebeu alta, retornando ao comando geral.
Nota da PM
A Polícia Militar do Piauí informa que, no âmbito do caso envolvendo a vereadora Tatiana Medeiros, não realiza a custódia de presos civis em ambientes administrativos, a exemplo do Quartel do Comando-Geral, e o faz sob decisão judicial. A corporação agiu de forma diligente ao localizar e apreender os dispositivos eletrônicos encontrados com a vereadora e encaminhá-los à Polícia Federal.
O caso segue sob a responsabilidade da Polícia Federal, que conduzirá as investigações e responderá aos questionamentos da imprensa.
Uma ossada humana foi encontrada por populares em uma região de mata no município de Buriti dos Montes, no norte do Piauí, na manhã desta quinta-feira, 05. Ao se depararem com os restos mortais, os moradores acionaram a Polícia Militar.
A guarnição da PM esteve no local, isolou a área e iniciou os primeiros procedimentos de investigação. O Instituto Médico Legal (IML) foi chamado para realizar a perícia e a remoção da ossada, que será encaminhada para Teresina.
O material passará por exames que devem ajudar na identificação da vítima e na determinação da causa da morte.
Até o momento, não há informações sobre a identidade ou o sexo da vítima, tampouco sobre o tempo em que os restos mortais estavam no local.
A ossada foi encontrada em uma área de mata fechada e de difícil acesso. A Polícia Civil ficará responsável pela investigação.
A operação policial que está ocorrendo em Floriano-Piauí, em várias partes da cidade, está contando com dezenas de policiais. Cerca de 19 mandados de prisão devem ser cumpridos. Já houve apreensão de armas e os conduzidos estão sendo identificados.
As forças policiais locais receberam apoio de um grupo de Teresina e estão fazendo abordagem nos mais diferentes bairros. Veja mais um homem que foi abordado e levado à Central de Flagrantes da Polícia Civil, regional de Floriano.