Por volta das 22:00h desse domingo, 02, a Polícia Militar de Elesbão Veloso foi acionada por C.J.S., que relatou ter sido vítima de roubo cometido pelo próprio filho, identificado pelas iniciais W.P.S., no bairro Fátima.
Segundo o tenente George Sanches, os policiais ouviram a vítima no local da ocorrência, que contou que estava saindo de casa quando ouviu um barulho no fundo de sua residência, como se a porta estivesse sendo quebrada. Ao retornar, a vítima se deparou com o filho já carregando um botijão de gás. Ao tentar impedir o roubo, o acusado ameaçou o pai com uma faca, dizendo que o esfaquearia caso fosse impedido. Temendo pela sua integridade, a vítima saiu de casa e o acusado fugiu com o objeto.
Com base nas informações, a guarnição iniciou diligências e conseguiu localizar e prender o acusado, recuperar o botijão de gás e apreender a faca usada no crime.
Diante dos fatos, tanto o acusado quanto a vítima foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Valença do Piauí, onde as providências legais foram tomadas.
Na noite desse domingo, 02, a feirante Michele Sales Silva, de 38 anos, foi assassinada a tiros enquanto dormia, na Vila Carolina Silva, zona Sul de Teresina.
O principal suspeito do crime é seu ex-companheiro, Marcondes Luís de Oliveira, de 42 anos, agente socioeducativo de uma penitenciária na capital. Ele foi encontrado morto horas depois, às margens do Rio Poti, e a polícia trabalha com a hipótese de suicídio.
Violência doméstica e extorsão
A reportagem apurou que a vítima havia solicitado o divórcio e pedido que ele parasse de frequentar sua casa. No entanto, segundo testemunhas, ele exigia dinheiro para sair definitivamente da residência. A feirante chegou a comentar com conhecidos que o ex-companheiro havia pedido R$ 10 mil para deixar o local.
Vizinhos relatam que Michele temia por sua segurança, pois já havia sido alvo de agressões. Na noite do crime, a Policia Militar foi acionada para uma ocorrência de violência doméstica, mas antes da chegada dos policiais, Marcondes efetuou três disparos no tórax da vítima, que estava deitada, descansando após um dia de trabalho.
Após cometer o feminicídio, o agente socioeducativo fugiu em uma motocicleta. Pouco tempo depois, foi encontrado morto às margens do Rio Poti, no bairro Poti Velho, Zona Norte de Teresina. A principal suspeita é de que tenha tirado a própria vida.
O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Deixou duas filhas
Michele Sales Silva deixa duas filhas: uma adolescente de 17 anos, de um relacionamento anterior, e uma menina de 10 anos, fruto da relação com Marcondes.
Foi preso em flagrante, na manhã desse domingo, 02, o atacante do Piauí Esporte Clube, Felipe, acusado de tentar estuprar uma funcionária dentro do centro de treinamento do clube, localizado na Usina Santana, zona sudeste de Teresina. Natural de Martins, no Rio Grande do Norte, o jogador foi contratado para atuar no futebol piauiense em novembro de 2024.
De acordo com testemunhas, o atleta chegou ao centro de treinamento no início da manhã visivelmente alterado e apresentando comportamento agressivo. Por volta das 10h, a Polícia Militar do Piauí (PM-PI) foi acionada para atender à ocorrência de tentativa de estupro no local.
Relato da vítima
A funcionária relatou que estava na cozinha quando Felipe Alves de Lima se aproximou com o órgão genital ereto e tentou agarrá-la, mas ela conseguiu escapar. Pouco depois, o jogador, que estava no banheiro, pediu que ela levasse papel higiênico. Ao atender ao pedido, a vítima foi surpreendida pelo atleta, que, segundo seu relato, estava com o pênis para fora da calça, a segurou à força e tentou arrastá-la para dentro do banheiro. A mulher conseguiu escapar com a ajuda de outro funcionário do clube.
Após o ocorrido, o suspeito retornou ao alojamento, e a funcionária acionou a Polícia Militar. Os agentes chegaram ao centro de treinamento, localizaram Felipe Alves de Lima e o conduziram à Central de Flagrantes para a adoção das medidas cabíveis.
Defesa do jogador e investigação
Em depoimento, o atleta admitiu ter consumido bebida alcoólica na noite anterior, mas negou a tentativa de estupro. O caso será investigado pela Polícia Civil do Piauí.
Na noite desse domingo, 02, em nota, a Polícia Civil do Piauí apontou Maria dos Aflitos e Francisco de Assis como os únicos responsáveis pelo envenenamento de filhos, netos e uma vizinha, ocorrido em Parnaíba, litoral do estado. Em menos de seis meses, oito pessoas, sendo sete da mesma família, morreram após ingerir alimentos contaminados com terbufós, um pesticida de uso agrícola altamente tóxico e com venda controlada no Brasil.
O primeiro caso foi registrado em 22 de agosto de 2024, quando os irmãos João Miguel Silva, de 7 anos, e Ulisses Gabriel Silva, de 8, passaram mal após ingerirem alimentos contaminados. Os meninos, filhos de Francisca Maria da Silva e netos de Maria dos Aflitos, foram internados em Teresina, mas não resistiram. João Miguel faleceu em 12 de setembro e Ulisses Gabriel em 10 de novembro.
No dia 1º de janeiro deste ano, nove membros da família passaram mal após almoçar baião de dois. Cinco deles morreram nos dias seguintes: Manoel Leandro da Silva, 18 anos; Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses; Maria Lauane da Silva, 3 anos; Francisca Maria da Silva, 32 anos; e Maria Gabriela da Silva, 4 anos.
O terceiro caso ocorreu em 22 de janeiro, quando Maria Jocilene da Silva, de 41 anos, vizinha de Maria dos Aflitos, morreu após ingerir café na casa da suspeita. De acordo com as investigações, Maria Jocilene e Maria dos Aflitos mantinham um relacionamento amoroso antes da chegada de Francisco de Assis à família.
Maria dos Aflitos confessa envenenamento da vizinha
Após ser presa na última sexta-feira (31), Maria dos Aflitos confessou ter envenenado Maria Jocilene. Em depoimento, ela revelou que cometeu o crime acreditando que isso ajudaria a libertar Francisco de Assis, assim como ocorreu no caso de Lucélia Maria da Conceição, que chegou a ser presa sob suspeita de envenenar os irmãos com cajus.
Maria dos Aflitos declarou que os primeiros envenenamentos foram cometidos pelo Francisco, que desprezava seus filhos e netos. Segundo ela, suspeitou dele, mas estava "cega de amor". Ainda de acordo com seu relato, Francisco premeditou a história dos cajus para envenenar as crianças e incriminar Lucélia. Maria confirmou que João Miguel e Ulisses Gabriel foram envenenados por um refresco, enquanto Francisco teria adicionado veneno ao arroz durante a madrugada, enquanto ela dormia.
Sobre a morte de Maria Jocilene, Maria dos Aflitos contou que encontrou o veneno atrás do fogão e despejou todo o conteúdo no café servido à vítima. Em seguida, descartou a embalagem no lixo, que foi recolhido antes da chegada da perícia. Jocilene bebeu o café em uma taça e, posteriormente, usou o mesmo recipiente para tomar água. Cerca de 30 minutos depois, começou a passar mal ainda dentro da residência.
As investigações revelaram que Francisco de Assis, padrasto e "avódrasto" das vítimas, tinha profundo desprezo pelos filhos e netos de Maria. Ele controlava os alimentos da casa, armazenando-os em um baú trancado, cuja chave carregava pendurada no pescoço, levando a episódios de fome na residência.
Investigação conclui que crimes foram premeditados
O delegado Abimael Silva, responsável pelo caso, afirmou que Francisco de Assis e Maria dos Aflitos mentiram e omitiram informações-chave ao longo da investigação, mudando suas versões diversas vezes para afastar suspeitas e incriminar terceiros.
“A investigação revelou que o modus operandi utilizado nos dois primeiros crimes foi idêntico: o uso de veneno, a oportunidade e a justificativa. Apenas no terceiro caso, o crime foi cometido exclusivamente por Maria dos Aflitos”, explicou o delegado.
Com a prisão do casal, a Polícia Civil concluiu que os envenenamentos foram meticulosamente premeditados e executados. Maria dos Aflitos e Francisco de Assis responderão pelas mortes de oito pessoas.
Plano era eliminar todos da família
O delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba que acompanha o caso, comparou o crime de envenenamento que resultou na morte de oito pessoas a casos emblemáticos como os de Suzane von Richthofen, Isabella Nardoni e Henry Borel. Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (3), o delegado afirmou que o plano dos suspeitos era eliminar toda a família.
"Eles lograram êxito no plano que tinham desde o início. Esse plano macabro de eliminar toda a família com um intuito egoísta de ficarem sós, assim como ocorreu em crimes de mesma natureza, como o de Suzane von Richthofen e os casos de Isabella Nardoni e Henry Borel", declarou o delegado.
Abimael Silva destacou que, no caso do envenenamento em Parnaíba, houve três eventos criminosos distintos, ocorridos em um intervalo de cinco meses, entre 22 de agosto de 2023 e 22 de janeiro de 2024.