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A saúde feminina demanda sempre muito cuidado, o que inclui exames de rotina, assim como para qualquer sexo ou idade, e exames específicos, para rastrear possíveis doenças, como HPV (papilomavírus humano), câncer de mama ou de colo de útero. Veja a seguir quais são os principais exames de rastreio que devem ser realizados pelo público feminino, assim como seus preparos e idade em que devem ser feitos.

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Ultrassom das mamas:

O ginecologista César Patez explica que o ultrassom das mamas é realizado com um aparelho capaz de visualizar o interior da glândula mamária, para descartar a possibilidade de nódulos ou cistos. O exame deve ser realizado sempre que o ginecologista achar necessário. Os resultados são imediatos

Ultrassonografia endovaginal:

Neste exame, é colocada uma sonda por via vaginal, com o objetivo de avaliar possíveis causas de sangramentos uterinos e dores pélvicas. A ultrassonografia endovaginal deve ser feita quando o ginecologista indicar a sua necessidade. Mulheres que ainda não tiveram a primeira relação sexual devem realizar o exame por via abdominal

Mamografia:

A ginecologista Natalia Castro, da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), explica que a mamografia é realizada para o diagnóstico precoce do câncer de mama, sendo um raio-X compressivo das mamas de frente e de lado. O exame deve ser feito anualmente, a partir dos 40 anos, até os 74 anos de idade. Mulheres com o risco para a doença devem se antecipar, começando o rastreamento aos 30 anos. O resultado com a análise do radiologista pode levar de dois a três dias

Exames de sangue:

Os hemogramas ajudam a avaliar problemas como anemia, diabetes, colesterol e alterações hormonais, principalmente no climatério. A solicitação desses exames dependerá da avaliação de necessidade por parte do médico. Os exames exigem jejum de oito horas antes da realização e os resultados saem em até dois dias

Papanicolau:

O exame de Papanicolau é indicado a partir do início da vida sexual, sendo necessário para todas as mulheres a partir dos 25 anos e, após dois exames normais no intervalo de um ano, pode ser realizado a cada três anos, e podendo ser interrompido aos 64, desde que haja dois exames consecutivos normais nos últimos cinco anos, e sem história anterior de doença do colo do útero. O Papanicolau tem o objetivo de detectar o câncer de colo uterino, assim como o HPV (papilomavírus humano), e é feito com o auxílio de uma escova, colocada em movimento circular no colo uterino. O preparo exige que a mulher não tenha relações sexuais nos dois dias anteriores à realização, e o resultado sai em até dez dias

Colposcopia:

Este exame é feito com a ajuda de um espéculo, que afasta as paredes vaginais, e de dois líquidos — o iodo e o ácido acético —, para permitir a visualização do colo uterino e de lesões suspeitas, se houver. O exame deve ser feito com orientação médica. A colposcopia traz resultados imediatos e, se necessário biópsia, os resultados levam dez dias.

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Foto: Freepik

 

As uvas são frutas amplamente conhecidas por seu sabor doce e suculento, mas também oferecem um valioso composto chamado resveratrol. Essa substância, encontrada principalmente na casca das uvas tintas, é um antioxidante natural.

Faz bem para o coração

Estudos científicos sugerem que o resveratrol pode desempenhar um papel importante na promoção da saúde cardiovascular de várias maneiras, incluindo a redução da pressão arterial, a melhoria da função endotelial (a camada interna dos vasos sanguíneos) e a redução do risco de doenças cardíacas. O potássio, presente na uva, também contribui para a regulação da pressão arterial.

Ajuda a controlar a glicose

O resveratrol também pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e a regular os níveis de glicose no sangue, o que é benéfico para pessoas com diabetes ou em risco de desenvolver a doença.

Benéfica para a pele

A uva é rica em vitamina C, um antioxidante importante para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV e melhorar a aparência, combatendo os sinais de envelhecimento, como rugas e manchas.

Tem propriedades anti-inflamatórias

Componentes das uvas têm propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a diminuir a inflamação crônica associada a várias condições de saúde. Além do resveratrol, a quercetina, o ácido gálico, o ácido elágico, as proantocianidinas e a vitamina C presentes nas uvas também desempenham papéis significativos na redução da inflamação.

Rica em vitamina K

Cerca de 100 g de uvas (uma xícara) possuem 16% do valor diário recomendado de vitamina K. Esse nutriente desempenha um papel fundamental na coagulação sanguínea, ajudando a prevenir hemorragias excessivas. Além disso, ajuda a saúde óssea, auxiliando na absorção de cálcio e na mineralização dos ossos. Estudos recentes também apontam uma relação entre a vitamina K e a prevenção da demência.

Evita a constipação

Uvas são uma excelente fonte de fibras, um componente dietético essencial para a saúde digestiva. As fibras presentes nessas frutas, tanto solúveis quanto insolúveis, promovem o trânsito intestinal saudável. Elas ajudam a prevenir a constipação, amolecendo as fezes e auxiliando na regularidade do sistema digestivo.

R7

Um novo estudo, publicado neste domingo (15) na revista científica Nature Medicine, mostrou que injeções semanais de tirzepatida, associadas a mudanças prévias no estilo de vida, resultaram em uma perda de peso de 24,3% após 84 semanas (19 meses). Os participantes da pesquisa que aderiram a esse esquema emagreceram, em média, 29 kg.

Os voluntários que integraram o estudo eram adultos com obesidade ou sobrepeso e comorbidades relacionadas ao peso, exceto diabetes tipo 2. Eles passaram por um período de 12 semanas de intervenções, como mudança na alimentação e atividade física.

Em seguida, uma parte iniciou o tratamento com as injeções de tirzepatida, e a outra recebeu placebo (substância sem efeito terapêutico). Nenhum integrante sabia realmente se estava ou não tomando o medicamento.

"Esses são achados extraordinários, que mostram que os participantes — que já haviam perdido 6,9% de seu peso corporal em relação à linha de base com aconselhamento dietético e atividade tradicionais — perderam mais 18,4% do peso corporal quando receberam a tirzepatida, em comparação com um ganho [de peso] de 2,5% nos participantes que receberam placebo", comentou o principal autor do estudo, o pesquisador Thomas Wadden, da Universidade da Pensilvânia.

Para a segunda autora do estudo, a professora Ariana Chao, da Universidade Johns Hopkins, chama atenção a perda de peso significativa dos participantes que estiveram no grupo que mudou hábitos e tomou a medicação.

"Desde o início da intervenção intensiva no estilo de vida, os participantes tratados com tirzepatida tiveram uma perda média de peso corporal de 64 libras [29 kg]. Há muito tempo profissionais de saúde procuram estratégias para ajudar pacientes com obesidade a alcançar perdas dessa dimensão, o que pode beneficiar a saúde e a qualidade de vida deles."

Wadden reiterou algo que já havia sido observado em outros estudos e também se repetiu neste.

"Os pacientes que receberam intervenção no estilo de vida e tirzepatida alcançaram uma perda média de peso consistente com a produzida pela gastrectomia em manga, um procedimento amplamente utilizado na cirurgia metabólica e bariátrica. A tirzepatida pode oferecer uma alternativa segura e altamente eficaz à cirurgia em algumas pessoas com obesidade severa."

A tirzepatida, cujo nome comercial é Mounjaro, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro deste ano e deve chegar ao mercado nos próximos meses.

Embora o registro tenha sido concedido somente para o tratamento de diabetes tipo 2, estudos como esse divulgado hoje fazem com que médicos em todo o mundo já prescrevam essa droga em caráter off label (sem indicação em bula) também para a perda de peso em pacientes com obesidade ou sobrepeso e comorbidades associadas.

A tirzepatida é um agonista dos receptores de GIP (peptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e receptor do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1), combinados em uma única molécula, com aplicação por injeção subcutânea uma vez por semana.

O GIP é um hormônio secretado pelo intestino em resposta à ingestão de alimentos, enquanto o GLP-1 é secretado pelo intestino e pelo pâncreas em resposta à glicose.

Assim como a semaglutida (Ozempic), a tirzepatida promove redução da fome, aumento da saciedade e maior motilidade intestinal.

"Os efeitos colaterais mais comuns do Mounjaro incluem náusea, diarreia, diminuição do apetite, vômito, prisão de ventre, indigestão e dor de estômago (abdominal)", diz o laboratório fabricante, o americano Eli Lilly.

Efeitos colaterais mais graves podem incluir pancreatite, hipoglicemia, insuficiência renal, alterações na visão e problemas de vesícula biliar, entre outros.

É fundamental que o uso desse medicamento seja feito sob acompanhamento médico.

R7

Um grupo de pesquisadores da Dinamarca descobriu diferenças significativas nas microbiotas intestinais de pessoas que desenvolveram lesões que podem se transformar em câncer colorretal, quando comparadas às de indivíduos que não as tiveram.

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O estudo, apresentado neste domingo (15), na UEG Week 2023, evento da United European Gastroenterology, acompanhou mais de 700 participantes entre os anos 2000 e 2022.

Os participantes tiveram amostras de fezes coletadas de 2000 a 2015. As amostras de fezes dessa etapa foram coletadas antes que os participantes desenvolvessem lesões ou câncer colorretal.

As amostras de fezes de 2015 em diante foram coletadas após alguns participantes terem desenvolvido lesões ou câncer colorretal.

Os pesquisadores compararam os microbiotas intestinais dos participantes com base nas amostras de fezes coletadas nas duas fases do estudo.

Eles descobriram que os indivíduos que desenvolveram lesões ou câncer colorretal tinham microbiotas intestinais diferentes dos indivíduos que não desenvolveram nenhuma dessas condições.

Os cientistas também associaram bactérias da família Lachnospiraceae e dos gêneros Roseburia e Eubacterium ao desenvolvimento futuro de pólipos colorretais que podem se tornar cancerígenos.

"Embora não tenhamos investigado mecanismos neste estudo, é sabido de pesquisas anteriores que algumas das espécies bacterianas identificadas podem ter propriedades que poderiam contribuir para o desenvolvimento de lesões colônicas. Por exemplo, uma bactéria chamada Bacteroides fragilis é conhecida por produzir uma toxina que pode levar à inflamação crônica de baixo grau no intestino. A inflamação prolongada é considerada potencialmente genotóxica e cancerígena, o que significa que pode causar danos genéticos e promover o câncer", explica o autor principal do estudo, o pesquisador Ranko Gacesa, do Centro Médico da Universidade de Groningen.

O trabalho abre caminho para que bactérias intestinais possam ser usadas na criação de novos exames para a detecção precoce do câncer colorretal.

Os tumores colorretais de início precoce, que acometem pessoas com menos de 50 anos, devem se tornar em breve a principal causa de morte por câncer de indivíduos entre 29 e 50 anos nos Estados Unidos, segundo estimativas oficiais.

Desde o início da década de 1990, a incidência ajustada por idade desse tipo de câncer aumentou a um índice de 2% a 4% ao ano em muitos países, incluindo o Brasil, com crescimento ainda mais acentuado entre indivíduos com menos de 30 anos. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que anualmente surgirão 44 mil casos aqui.

A maioria dos cânceres colorretais tem origem em crescimentos chamados pólipos, localizados no revestimento interno do cólon ou reto. Embora nem todos os pólipos se transformem em câncer, alguns tipos podem sofrer essa mudança ao longo de muitos anos. A probabilidade de um pólipo evoluir para câncer varia conforme o tipo em questão.

R7

Foto: Freepik