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Uma forma muito grave de mpox, doença anteriormente conhecida como varíola do macaco, foi detectada em pacientes com Aids, de acordo com um estudo publicado na terça-feira (21).

"Uma forma grave e necrotizante de mpox (poderia) tornar-se uma doença definidora de Aids", escrevem os autores deste estudo da Lancet.

A varíola, que se espalhou pelo mundo em 2022 antes dter reduzida sua disseminação, afetou principalmente homens que mantinham relações com homens.

Nessa população há uma proporção maior de pessoas infectadas pelo HIV, vírus que em seu estágio mais avançado desencadeia a Aids, que afeta a imunidade do paciente e o torna vulnerável a outras doenças.

Os pesquisadores estavam interessados ​​nos riscos particulares representados pelo mpox em pacientes já infectados com HIV e analisaram cerca de 400 pessoas que estavam infectadas com HIV e mpox.

Eles identificaram uma forma muito grave da doença, que descreveram como "mpox fulminante". Essa manifestação, concentrada em pacientes com infecção avançada pelo HIV, causa necrose maciça da pele, genitais e pulmões.

Dos pacientes examinados, 27 morreram. Todos eles ultrapassaram o limite geralmente aceito para falar de Aids: menos de 200 linfócitos T CD4 por mm3 de sangue.

Essas mortes representam grande parte das centenas de óbitos registrados no quadro da epidemia de mpox, entre várias dezenas de milhares de casos.

Para os pesquisadores, essas conclusões devem levar as autoridades de saúde a buscar prioritariamente vacinar as pessoas afetadas pelo HIV contra a mpox.

Eles pediram para adicionar essa forma grave de mpox à lista de doenças características da Aids.

A lista inclui cerca de quinze patologias consideradas especificamente perigosas em caso de infecção avançada pelo HIV.

AFP

Na última quinta-feira (16), a família de Bruce Willis, de 67 anos, anunciou que o astro de Hollywood foi diagnosticado com demência frontotemporal. A condição neurodegenerativa ainda não tem cura e pode estar ligada a hábitos de risco, como alcoolismo.

Esse tipo de demência, mais comum em indivíduos entre 45 e 65 anos, é causado por desequilíbrios no cérebro que geram aglomerados de proteínas dentro das células cerebrais. Esse acúmulo impede que as células da região funcionem corretamente. A longo prazo, conforme os aglomerados aumentam, a área e as funções cerebrais ficam cada vez mais comprometidas.

A progressão da doença, segundo Fabiano de Abreu, pós-doutor em neurociências pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, mostra que o quadro de afasia que o ator enfrentou em 2022 pode já ter sido um sinal da doença.

"Apesar de poder surgir em decorrência de outras condições, como infecções cerebrais e AVCs, a afasia também pode estar relacionada à demência frontotemporal, por isso, o diagnóstico de afasia já acende um alerta de que condições mais perigosas também podem estar presentes", explica o neurocientista. Fernando Freua, médico neurologista e especialista em doenças neurológicas raras e neurogenética da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, acrescenta que "as duas condições podem estar relacionadas, [já que] a afasia, na verdade, é um sintoma. O nome da doença, propriamente, é afasia primária progressiva. Afasia é, [por exemplo], uma dificuldade de linguagem". Em março de 2013, Bruce foi capa da revista GQ internacional e contou detalhes sobre os problemas que teve com alcoolismo e um pouco sobre a saída do vício. Segundo o ator, ele bebia vodca direto da garrafa todos os dias. Essa situação também pode ter influenciado o desenvolvimento da doença, segundo os médicos.

"É interessante observar que, mesmo Bruce Willis sendo uma pessoa que passou grande parte da vida exercitando a neuroplasticidade cerebral através da leitura e memorização de roteiros, existem outros fatores que podem desencadear essa situação, como o alcoolismo, com o qual o ator lutou, ou até mesmo fatores genéticos", diz Abreu.

Os principais sintomas da demência frontotemporal são dificuldade de comunicação e de memória, alterações na personalidade, redução do foco e atenção, pensamentos abstratos e, em alguns casos, dificuldade de movimentação, para engolir e de fala.

A forma mais efetiva de prevenir a doença, comumente esporádica, é estar atento e evitar os fatores de risco.

"As demências em geral podem ser causadas por fatores genéticos, por isso, ter membros da família com doenças neurodegenerativas já acende um alerta, mas o estilo de vida também influencia bastante: hábitos como o uso excessivo de celulares e redes sociais, abuso de substâncias, como álcool, cigarro, drogas, dormir pouco, sedentarismo, obesidade, entre vários outros", exemplifica Abreu.

Essa atenção se torna ainda mais importante quando se considera que não há cura para a demência frontotemporal. Bruce deve ser submetido a tratamentos para amenizar os sintomas, como fisioterapia — para combater os problemas motores —–, fonoaudiologia (reduzir os impactos na fala e respiração), além de realizar mudanças no estilo de vida. Outra forma efetiva de evitar a doença é adotar hábitos que estimulem o exercício mental.

"Jogos de lógica, leitura de livros físicos, dormir oito horas por noite, prática regular de atividades físicas, evitar alimentos processados e optar por dietas mais naturais e balanceadas, preservar os momentos de lazer e evitar o contato excessivo com ambientes estressantes [são cuidados básicos]", lista o neurocientista da Universidade da Califórnia.

Fernando Freua afirma ainda que a alimentação está intimamente ligada à incidência de demência. Dietas como a do mediterrâneo, baseada no consumo de gordura boa, são benéficas.

A família também desempenha papel importante, pois "geralmente quem começa a desconfiar de que há algo acontecendo é o entorno, são os parentes ou as pessoas que convivem com aquele indivíduo — começam a identificar algum padrão de mudança de comportamento e algum grau de inadequação social", conta Freua.

Vale ressaltar que a memorização e leitura praticadas de forma constante por Bruce Willis nos últimos anos não foram em vão. De acordo com Abreu, esse histórico pode diminuir a gravidade dos sintomas durante a progressão da doença.

"O exercício cerebral [também] pode ter ajudado a mantê-lo ativo por mais tempo, evitando, por exemplo, o surgimento precoce da doença", finaliza o especialista da universidade americana.

R7

O carnaval está de volta e o momento é de celebrar a alegria, o amor, a diversidade e o respeito com responsabilidade pra curtir a folia em segurança. É o que defende a Campanha de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), lançada nesta sexta-feira (17) pelo Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, o alerta vale para qualquer tipo de IST, não apenas o HIV, e inclui, por exemplo, o HPV, a herpes genital e a sífilis.

Com o slogan Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral, a proposta é reforçar a importância do uso do preservativo, sobretudo entre o público de 15 a 34 anos. As peças publicitárias incluem um filme para televisão veiculado nacionalmente; conteúdo informativo nas redes sociais; e peças afixadas em locais de grande circulação, como pontos de ônibus, estações de metrô, rodoviárias e avenidas.

De acordo com o ministério, haverá reforço das mensagens de prevenção em Salvador, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Recife e em Brasília, cidades onde há maior concentração de foliões. Uma novidade da campanha em 2023 é o ajuste na nomenclatura dos preservativos distribuídos pela pasta: antes conhecidos como masculino e feminino, eles passam a ser identificados como externo e interno.

As IST são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos transmitidos por meio do contato sexual oral, vaginal e anal sem o uso de preservativo e com uma pessoa que esteja infectada. A terminologia infecções sexualmente transmissíveis passou a ser adotada em substituição à expressão doenças sexualmente transmissíveis (DST) porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção mesmo sem sinais e sintomas. Covid-19

Por meio de nota, o ministério reforçou que, apesar da melhora no cenário epidemiológico da covid-19 no país, o carnaval 2023 ainda ocorre em um momento de pandemia e a recomendação é que todos busquem as unidades de saúde e completem o ciclo de imunização.

Atualmente, mais de 19 milhões de brasileiros estão com a segunda dose do esquema vacinal primário atrasada; 68 milhões estão em atraso com a primeira dose de reforço; e pouco mais de 30 milhões, com a segunda dose.

Agencia Brasil

Uma pesquisa recente, apresentada no 9º Simpósio da Bienal de Benefícios do Morango para a Saúde (BHBS, na sigla em inglês), demonstrou que comer uma xícara de morangos — em torno de oito — por dia colabora com a saúde do coração e traz benefícios cardiometabólicos para o ser humano.

"O estudo 'Global Burden of Disease' mostrou que uma dieta pobre em frutas está entre os três principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes. Para resolver a 'lacuna de frutas', precisamos aumentar a quantidade total de frutas consumidas, bem como a diversidade de frutas na dieta. O acúmulo de evidências na saúde cardiometabólica sugere que apenas uma xícara de morangos por dia pode mostrar efeitos benéficos", diz Britt Burton-Freeman, professora do Instituto de Tecnologia de Illinois, em comunicado. Outras pesquisas já apontavam os benefícios cardiometabólicos do morango, como diminuição do colesterol total e do "ruim" (lipoproteína de baixa densidade), aumento do relaxamento e elasticidade vascular, diminuição da inflamação, do estresse oxidativo e da resistência à insulina — além de redução do açúcar no sangue.

Um estudo com 34 homens e mulheres com hipercolesterolemia moderada, feito no Instituto de Tecnologia de Illinois, também concluiu que a função vascular melhora de forma rápida após a ingestão de morango — em cerca de uma hora.

Para complementar esses achados, os cientistas fizeram uma pesquisa randomizada e controlada com 33 adultos obesos, em que eles consumiam, diariamente, duas xícaras e meia de morango. Essa iniciativa diminuiu significamente a resistência dos voluntários à insulina e aumentou o tamanho das partículas de "colesterol bom" (lipoproteína de alta densidade), em comparação com o grupo que não comeu a fruta.

"Nosso estudo apoia a hipótese de que o consumo de morango pode reduzir os riscos cardiometabólicos", disse o investigador principal, Arpita Basu.

E acrescentou: "Além disso, acreditamos que essa evidência apoia o papel de morangos em uma abordagem de 'alimento como remédio' para a prevenção de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares em adultos".

Por fim, os pesquisadores recordam que oito morangos cumprem o valor diário recomendado de vitamina C e fornecem diversos outros nutrientes e compostos bioativos benéficos à saúde, além de ser uma fruta versátil e saborosa.

R7