Vegetarianos, veganos e idosos estão mais propensos a apresentar deficiência de vitamina B12, pois essa vitamina, essencial para o funcionamento do organismo, é obtida apenas por meio da alimentação ou suplementação.

O corpo necessita de 2,4 microgramas diários para realizar funções vitais, e quando essa quantidade não é atingida, os efeitos podem ser sentidos de várias formas.

Confira a seguir alguns sinais inesperados que indicam baixos níveis dessa vitamina. Dormência e dificuldades motoras Um dos sintomas incomuns da deficiência de vitamina B12 é a dormência nos membros, principalmente nas mãos e nos pés. Isso ocorre por conta da neuropatia periférica, condição que danifica os nervos e interfere na transmissão de sinais nervosos.

Pessoas com deficiência grave dessa vitamina podem enfrentar dificuldades para andar corretamente, também devido ao comprometimento dos nervos periféricos, o que afeta a sensibilidade e o controle motor.

Problemas na língua e na memória Outro sintoma pouco conhecido é o inchaço da língua, condição chamada glossite, que faz com que a língua fique mais avermelhada e cause coceira ou sensação de queimação na boca.

Além disso, a vitamina B12 desempenha um papel crucial na cognição. A falta dela pode prejudicar a memória, afetando a capacidade de raciocínio e pensamento, o que torna a perda de memória um sintoma frequente que muitas pessoas acabam ignorando.

Manter os níveis adequados de vitamina B12 é essencial para evitar esses problemas de saúde, portanto, ao perceber qualquer uma dessas orientações procure um médico para avaliação e tratamento adequados.

Catraca Livre

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da sua Supervisão de Tuberculose, em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI) inicia nesta segunda-feira (23) o projeto de promoção e prevenção da tuberculose no Piauí. O projeto levará equipes técnicas para qualificação dos profissionais da atenção básica nas quatro macrorregiões de saúde do estado, buscando capacitar os profissionais para estarem aptos a prevenir o surgimento de casos de tuberculose, bem como identificar casos de tuberculose latente, ajudando a quebrar a cadeia de transmissão da doença e dar início ao tratamento oportuno. O trabalho será desenvolvido nas macrorregiões Litoral, Semi-arido, Cerrados e Meio Norte.

O projeto acontecerá nas cidades de Parnaíba, Picos, Floriano e Teresina para os profissionais das respectivas macrorregiões e irão trabalhar com a identificação do cenário epidemiológico da tuberculose em cada macrorregião, a aplicação de estratégias eficazes para o controle e prevenção da tuberculose com a identificação precoce da doença, o manejo e tratamento adequado para cada caso, avaliação do contato, busca ativa de casos, bem como o encerramento oportuno do caso junto aos sistemas de informação.

Ivone Venâncio, supervisora da pasta de tuberculose na Sesapi, destaca que nos últimos 03 anos existem 100 municípios que não registraram a identificação de um único caso, o que pode ser um ponto positivo mas também pode refletir a existência de casos silenciosos, aumentando a necessidade de profissionais capacitados a realizarem essa identificação e diagnóstico, bem como o manejo adequado e o registro e conclusão de casos, fidelizando as informações oficiais.

"O fortalecimento da atenção primária é essencial pois ela é o vinculo entre a identificação de casos, reconhecimento da realidade epidemiológica encontrada no local e a quebra da cadeia de transmissão. Termos a capacidade de identificar precocemente casos e oferecer o tratamento adequado, bem como concluir os casos junto aos sistemas de informação é essencial em todo o processo de prevenção da tuberculose. Queremos que nossos profissionais continuem capacitados a realizar o melhor trabalho possível na identificação, registro e acompanhamento dos casos", fala a supervisora.

De acordo com dados do sistema de informação SINAN, em 2023 o estado registrou 955 novos casos da doença, no entanto apenas 82,4% desses casos foram encerrados nos sistemas de informação.

"Os casos encerrados mostram um acompanhamento completo e permitem que os órgãos de gestão tenham uma visão real da situação do estado, permitindo a tomada de decisões e estratégias adequadas para o cenário vigente da doença. Devemos trabalhar com nossos municípios a importância de concluir cada um dos casos identificados, permitindo assim que a secretaria e a população saiba a realidade de cada local", explica a superintendente de atenção primária a saúde e municípios da Sesapi, Leila Santos.

Sesapi

Com apenas duas semanas para as eleições municipais – e em meio a calor e fumaça –, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta em novo levantamento divulgado nesta segunda-feira (23) para a importância de novos prefeitos e prefeitas investirem em medidas voltadas à resiliência climática e à garantia dos direitos de crianças e adolescentes. No Brasil, 33 milhões de menores enfrentam pelo menos o dobro de dias quentes a cada ano, em comparação a seus avós.

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Utilizando como base uma comparação entre as médias dos anos 1970 e de 2020-2024, a análise mostra a velocidade e a escala com que os dias extremamente quentes estão aumentando. Esses dias são aqueles em que se registram temperaturas acima de 35ºCelsius (ºC). No Brasil, a média de dias extremamente quentes passou de 4,9 ao ano na década de 1970 para 26,6 na década de 2020. A análise aponta, também, para o aumento das ondas de calor. Nesse caso, trata-se de períodos de 3 dias ou mais em que a temperatura máxima está mais de 10% maior do que a média local.

As crianças e os adolescentes são os que sentem, por mais tempo e com maior intensidade, impactos de ondas de calor, enchentes, secas, fumaças e outros eventos climáticos extremos. O estresse térmico no corpo, causado pela exposição ao calor extremo, ameaça a saúde e o bem-estar de crianças e mulheres grávidas. Níveis excessivos de estresse térmico, também, contribuem para a desnutrição infantil e doenças não transmissíveis que tornam as crianças mais vulneráveis a infecções que se espalham em altas temperaturas, como malária e dengue.

“Os perigos relacionados ao clima para a saúde infantil são multiplicados pela maneira como afetam a segurança alimentar e hídrica, a exposição à contaminação do ar, do solo, e da água, e a infraestrutura, pois interrompem os serviços para crianças, incluindo educação, e impulsionam deslocamentos. Além disso, esses impactos são mais graves a depender das vulnerabilidades e desigualdades enfrentadas pelas crianças, de acordo com sua situação socioeconômica, gênero, raça, estado de saúde e local em que vive”, explica Danilo Moura, Especialista em Mudanças Climáticas do Unicef no Brasil.

Diante desse cenário, o órgão pede que candidatos e candidatas às prefeituras se comprometam a preparar as cidades para enfrentar e lidar com as mudanças climáticas, com foco especial nas necessidades e vulnerabilidades de meninas e meninos.

“Isso inclui implementar ações para enfrentar as mudanças climáticas e adaptar serviços públicos, infraestrutura e comunidades para resistirem a seus efeitos, inclusive a eventos climáticos extremos, priorizando as necessidades e vulnerabilidades específicas de meninas e meninos. Uma ação importante é incorporar o Protocolo Nacional para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes em Situação de Desastres aos planos do município”, aponta Danilo.

O tema é uma das cinco prioridades propostas pelo Unicef na agenda Cidade de Direitos – Cinco prioridades para crianças e adolescentes nas Eleições 2024, voltada a candidatos e candidatas de todo o país.

Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Pessoas que sofreram com obesidade ou sobrepeso na infância têm maior probabilidade de desenvolver esquizofrenia quando adultas, de acordo com um estudo recente.

esquizofrenia

A pesquisa, publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), investigou as ligações entre o índice de massa corporal (IMC) infantil e diversas condições, incluindo esquizofrenia, TOC, depressão, ansiedade e Alzheimer.

“Nosso estudo fornece evidências convincentes de um efeito direto e duradouro do IMC infantil sobre o risco de esquizofrenia mais tarde na vida, independente do IMC adulto e de fatores de estilo de vida”, escreveram os autores no artigo.

“Essas descobertas ressaltam a importância crítica das intervenções no início da vida para mitigar as consequências de longo prazo da obesidade infantil para a saúde mental.”

Detalhes da investigação Os dados analisados na pesquisa vieram de pessoas que participaram de dois grandes estudos genéticos e que já haviam sido diagnosticadas com a doença.

Os resultados revelaram uma conexão clara e convincente entre a obesidade e a esquizofrenia, de acordo com a equipe de pesquisa.

Eles explicaram que essa conclusão foi obtida porque adultos obesos não mostraram maior probabilidade de desenvolver esquizofrenia.

Sendo assim, a descoberta sugere que o estilo de vida e a obesidade que se iniciou na fase adulta não foram considerados fatores de risco significativos para o surgimento desse transtorno mental.

Qual a explicação para a associação? Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que o excesso de gordura no corpo no início da vida pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro da criança.

O estudo não encontrou associação entre obesidade infantil e outras condições psiquiátricas investigadas: TOC, Alzheimer, ansiedade e depressão.

Uma das limitações do estudo é que todos os participantes eram descendentes de europeus, então essas descobertas não se aplicam necessariamente a outros grupos étnicos.

Como a esquizofrenia se manifesta? A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 23 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A doença caracteriza-se por distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem e comportamento.

As experiências psicóticas comuns incluem delírios, alucinações, com falas confusas ou desconexas, comportamento motor desorganizado ou anormal, como movimentos imprevisíveis ou agitação excessiva.

A esquizofrenia geralmente tem início ao fim da adolescência ou no começo da vida adulta. O tratamento com medicamentos e apoio psicossocial é eficaz.

Com o tratamento adequado e suporte social, as pessoas afetadas podem voltar a ter uma vida produtiva e integrada à sociedade.

Catraca Livre