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Grande parte das plataformas tem o recurso de acelerar os conteúdos, como áudios e vídeos. A prática, apesar de comum, pode causas problemas na saúde mental, contração, atenção e até mesmo despertar um quadro de ansiedade generalizada, dizem os especialistas. Para eles, é fundamental entender o que leva a preferir uma velocidade mais rápida.

Segundo Carlos Manoel Rodrigues, professor de psicologia do Centro Universitário de Brasília, estudos mostram que a aceleração de conteúdos pode aumentar o mind wandering (divagação mental, na tradução para o português) e afetar a compreensão em algumas circunstâncias. “Para adultos e crianças, esse hábito pode dificultar a habilidade de se concentrar em atividades que demandam um processamento mais detalhado ou reflexivo, já que o cérebro pode se acostumar a um ritmo mais acelerado de estímulos”, explica.

A publicitária Juliana Caldas assumiu que tem o hábito de acelerar os conteúdos e que percebe uma mudança no comportamento. “Sinto que tenho menos paciência com a demora”. O professor explica que estudos recentes indicam que a antecipação de respostas rápidas em mensagens instantâneas pode aumentar a excitação fisiológica e gerar frustração ou impaciência quando as respostas não chegam na velocidade esperada.

Já para a especialista em moda e empresária Bárbara Cardelino, a sensação é de que “tudo é para ontem”. “Sinto que as pessoas estão extremamente inquietas e imediatistas, e me incluo nisso. O que pode ser traduzido, sim, em ansiedade. Tudo é para ontem. Vejo como uma consequência da revolução digital que vivemos desde a introdução da internet e das redes sociais”, afirma. A publicitária Sara Magalhães afirma que não tem o hábito de ouvir as coisas na velocidade “normal”. “Não acelero nada, odeio. Eu percebo que as pessoas cada vez mais estão com uma falsa sensação de urgência”, reflete.

Para o conselheiro do Conselho Federal de Psicologia Rodrigo Acioli, existe uma espécie de obrigação de acelerar para obter mais informações. “Com toda a demanda que nós temos no dia a dia, que nós nos sentimos na obrigação de acelerar para obter mais informações, responder com maior celeridade. É como se fosse uma reação nossa as demandas da sociedade”, explica.

Crianças Acioli também explica que esse hábito pode contribuir para aumentar a ansiedade de crianças. Ele utiliza o exemplo de um cirurgião, que precisa de concentração e paciência para realizar uma cirurgia. Cada geração nasce com novas habilidades, mas, se condicionarmos as crianças e adolescentes a viverem um ritmo acelerado, podemos, sim, ter dificuldade de encontrar novos procissionais para áreas que exigem mais concentração.

acelerar

O que fazer para se proteger? Rodrigues afirma que é fundamental buscar atendimento quando se percebe um impacto negativo na vida diária e no bem-estar emocional. Sinais como falta de concentração, aumento da irritabilidade, ansiedade ao consumir conteúdos em velocidades normais, e sentimentos de sobrecarga ou exaustão mental podem indicar a presença de um problema subjacente que merece atenção

Confira algumas estratégias:

  • É importante limitar o tempo de exposição a conteúdos acelerados e criar intervalos regulares para desconectar e permitir que o cérebro descanse;
  • Fazer uma curadoria consciente dos conteúdos que consumimos, escolhendo informações relevantes e evitando a sobrecarga.
  • Práticas como a meditação e a atenção plena podem ajudar a treinar o foco e a reduzir a sensação de pressa ou ansiedade associada ao consumo rápido de informações.

R7

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) realizou na manhã desta quinta-feira, (05), treinamento sobre “Assistência de enfermagem ao paciente portador de coagulopatias e uso de hemoderivados no ambiente hospitalar “ para os profissionais de enfermagem que atuam nas unidades hospitalares públicas e privadas de Teresina.

A enfermeira Evoneide Gomes, do Serviço Ambulatorial do Hemopi, foi a ministrante e explicou sobre o objetivo desse encontro. “Sabemos que a maioria das pessoas, incluindo os profissionais de saúde, ainda desconhecem as coagulopatias. Então, neste encontro abordamos quais as coagulopatias são atendidas no Serviço Ambulatorial do Hemopi, como é o preparo da medicação para os pacientes com hemofilia e também como funciona a assistência a esses pacientes. É importante que as unidades hospitalares e os profissionais estejam preparados para fazer o atendimento desses pacientes. Esse curso foi voltado especificamente para os profissionais da enfermagem que atuam na assistência à saúde nos hospitais municipais, estaduais e privados que podem, eventualmente, fazer o atendimento de um paciente hemofílico ou falcêmico, por exemplo”, diz.

A enfermeira Samara Leite, supervisora de Hemovigilância do Hemopi, lembrou que os enfermeiros precisam atuar também como educadores dessas práticas. “Muitas pessoas nem sabem que podem ter uma doença de coagulação, como a hemofilia, até acontecer algo grave, um acidente, por exemplo.

E aqui chamamos atenção para a necessidade do exame pré-analítico, para que haja um resultado preciso desses casos, resultando assim em um diagnóstico e atendimento adequados. É por isso, que os enfermeiros precisam entender essas especificidades relacionadas às coagulopatias”, afirma.

Participaram do encontro Equipes de Enfermagem e das Agências Transfusionais do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP), Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) e Hospital de Urgência de Teresina (HUT), além de profissionais que atuam na rede privada como a Patrícia Tito, que falou sobre a importância dessa capacitação e como ela pode impactar no atendimento aos pacientes.

“Nós temos um número considerável de pacientes que são atendidos pelo Hemopi, então, essa atualização é muito importante. A nossa unidade é responsável por dar assistência aos pacientes do Plamta, o maior plano de saúde do Estado voltado para os servidores estaduais e seus dependentes”.

A enfermeira Maria Clara Aquino, que atua na Agência Transfusional do Hospital Getúlio Vargas, corrobora com a opinião da colega. “Esses treinamentos são muito importantes para a nossa assistência de enfermagem, assim conseguimos saber qual a melhor conduta a ser seguida quando chegar um paciente com alguma coagulopatias em nosso serviço”.

Educação Permanente

Através da supervisão de Educação Permanente, o Hemopi promove ao longo do ano, capacitações, treinamentos e palestras tanto para os profissionais que atuam no serviço quanto em outras unidades hospitalares que atuam em parceria com o Hemopi.

“Temos um calendário anual de atividades de capacitação profissional voltado para os profissionais de saúde com foco nos temas que são pertinentes ao trabalho que realizamos, porque o Hemopi atua em consonância com diversas outras unidades de saúde. Essas atualizações precisam ser feitas de forma continuada e constante para manter a excelência dos serviços prestados à população”, afirma a supervisora Josélia Reis.

Sesapi

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), através da Diretoria de Atenção à Saúde Mental (Dasm), lançou a programação oficial para a Campanha Setembro Amarelo de 2024. A iniciativa, que ocorre durante todo o ano, sempre considerando as interseccionalidades e outros aspectos fundamentais, visa a um diálogo aberto sobre saúde mental com a população.

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Este ano, o tema da campanha é "Setembro Amarelo: se precisar, peça ajuda!" e busca conscientizar a população sobre a importância de pedir auxílio em momentos de dificuldade emocional.

A campanha contará com uma série de atividades ao longo do mês, com o objetivo de aproximar a discussão da comunidade. De acordo com Juliane Alencar, diretora de Atenção à Saúde Mental da Sesapi, a ideia é aproximar as pessoas. "Criamos uma programação que tivesse um pouco mais de aproximação com as pessoas", disse.

As atividades começam no dia 11 de setembro, com uma palestra sobre "Saúde Mental, Espiritualidade e Bem-Estar", seguida de conversas acolhedoras direcionadas aos servidores do Centro Administrativo. No dia 13 de setembro, será realizado o primeiro de uma série de três webinários, com o tema "Gerenciamento do Estresse e Ansiedade". A série continua no dia 20, com uma discussão sobre o "Impacto das Redes Sociais na Saúde Mental", e encerra no dia 27, abordando "Apoio Social e Saúde Mental".

No dia 17 de setembro, será realizado o Circuito Multiprofissional de Saúde, em parceria com o Centro Integrado de Atenção ao Servidor Público do Estado do Piauí (CIASPI), que oferecerá atendimento em diversas áreas de saúde para os servidores e colaboradores da Sesapi. Além disso, a campanha contará com o "Minuto Itinerante", uma série de intervenções em locais estratégicos de Teresina, como a Avenida Marechal Castelo Branco, o Shopping da Cidade e o Terminal Rodoviário de Teresina.

Com essa programação diversificada, a Sesapi espera alcançar um público amplo e promover um ambiente de apoio e acolhimento, reforçando a importância de pedir ajuda quando necessário.

Sesapi

A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), por meio da Coordenação de Vigilância Ambiental, realizou capacitação com técnicos da rede municipal de saúde de Piripiri sobre o manejo clínico de casos suspeitos de raiva humana e animal. A ação também será realizada em outras macrorregiões de saúde do estado.

A qualificação dos técnicos, promovida após a confirmação de um caso de raiva humana em um paciente da zona rural de Piripiri, mobilizou médicos e enfermeiros dos hospitais da rede municipal, além de equipes assistenciais de vigilância ambiental e zoonoses, que receberam atualizações sobre o tema.

“A capacitação é uma das medidas adotadas em razão do momento epidemiológico enfrentado, tendo em vista a possibilidade de circulação do vírus da raiva em animais diferentes, assim como pontos diferentes do estado”, pontua Walterlene de Carvalho, coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesapi.

Além desta ação, a Sesapi já havia realizado o envio de novas doses da vacina antirrábica para Piripiri no último mês de agosto, para que o município conseguisse antecipar a realização da sua campanha de vacinação de cães e gatos nas zonas urbana e rural ainda em agosto.

O último registro de raiva humana no Piauí tinha sido em 2013, em Pio IX e Parnaíba. Além de adotar uma série de ações para reforçar o enfrentamento e prevenção da doença, a Sesapi reforça a orientação para que a população procure imediatamente o atendimento médico em caso de sintomas suspeitos e incidentes com animais.

Em casos de acidentes com animais silvestres e também com cães e gatos, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão, o mais rápido possível.

O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico ou enfermeiro, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro. Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta a doença ou morre.

Sesapi