A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio do Hospital Estadual João Pacheco Cavalcante, em Corrente, concluiu o primeiro mutirão de cirurgias de catarata deste ano.
Ao todo, foram realizados 849 procedimentos cirúrgicos em 6 dias de trabalho. Os procedimentos foram concluídos no último dia 18 de março, segunda-feira.
Na fase da triagem, foram avaliados 1.076 pacientes enviados pelas secretarias municipais de saúde.
As cirurgias foram realizadas em pacientes residentes nos municípios de Barreiras do Piauí, Corrente, Cristalândia, Parnaguá, Riacho Frio, São Gonçalo, Sebastião Barros, Gilbués, Júlio Borges, Monte Alegre e Santa Filomena.
“As cirurgias trazem qualidade de vida para os idosos da região que não precisam sair das suas cidades para fazerem os procedimentos”, afirmou o diretor da unidade de saúde, Alexsandro Rabelo de Araújo.
O superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, também comentou a realização do mutirão. "Estamos com várias etapas na região Sul do estado e já concluímos em Corrente levando mais qualidade de vida a nossa população", afirmou.
O Piauí recebe esta semana um novo lote com 108 mil doses da vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe.
A remessa, enviada pelo Ministério da Saúde, será distribuída pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi) aos municípios para reforçar a imunização da população.
Até agora, já foram distribuídas para as regionais de saúde 336 mil doses que serão usadas na 26° Campanha de Vacinação contra Influenza, que será realizada a partir do dia 25 de março.
De acordo com Bárbara Pinheiro, coordenadora de imunização da Sesapi, todos os 224 municípios do estado já têm doses disponíveis para começar a vacinar.
“Nossa previsão é receber 1.275.000 doses para serem distribuídas pelos grupos prioritários atingidos pela campanha e conseguir imunizar o maior número de pessoas”, explica.
O número de embriões congelados no Brasil aumentou mais de 125% entre 2014 e 2023. Os procedimentos anuais saltaram de 47.812 para 107.830, segundo o Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Nesse intervalo de 10 anos, foram congelados 840.232 embriões.
O congelamento de embriões consiste na preservação das células, femininas e masculinas, responsáveis por iniciar uma gestação. O procedimento, que custa em torno de R$ 20 mil, é realizado a partir da técnica de vitrificação, ou seja, o congelamento ultrarrápido do embrião. O método difere do congelamento de óvulos, técnica que preserva apenas as células da mulher.
Ainda de acordo com o SisEmbrio, entre 2020 e 2023, 196.504 embriões foram descartados no país, o que corresponde a 50% do total coletado no período de quatro anos (392.362 embriões). Segundo o regulamento do Conselho Federal de Medicina, o descarte dos embriões só pode ser feito com autorização dos doadores e depois de três anos de congelamento.
Segundo o médico especialista em reprodução humana Marcelo Marinho, o descarte dos embriões envolve regras e etapas que devem ser seguidas com controle de segurança. "A haste é conferida e checada, sendo retirada do botijão de nitrogênio, onde a temperatura é mantida constante em -196° C e simplesmente descartada", explicou.
Os embriões que não forem utilizados também podem ser doados a outras pessoas que desejam fazer a fertilização in vitro ou para pesquisas. Neste último caso, a célula não poderá mais ser usada para iniciar uma gestação. Para a doação, o Conselho de Medicina estabelece que o ato não pode ter caráter lucrativo ou comercial, e os provedores não podem saber a identidade de quem recebeu, assim como o contrário.
Segundo o presidente da SBRA (Associação Brasileira de Reprodução Assistida) e especialista em reprodução humana, Alvaro Pigatto, o aumento de embriões congelados pode ser associado, principalmente, à vontade das mulheres de querer ter filhos mais tarde. Pigatto ainda comentou os riscos atribuídos ao vírus da Covid-19, o que levou muitos casais a procurarem o procedimento.
Dos 35 aos 38 anos O especialista afirmou que a maioria das mulheres pode realizar o procedimento, que, normalmente, é de baixo risco, mas um acompanhamento individualizado deve ser feito para casos mais graves. No geral, é indicado que as mulheres façam o congelamento até os 35 anos, podendo postegar até os 38, dependendo do caso.
Além do custo do procedimento, algumas pacientes devem arcar com medicamentos para induzir a ovulação. Nesses casos, cada medicação pode variar entre R$ 5 mil a R$ 10 mil. Especialistas explicam que não existe "vencimento" definido para os embriões, mas podem ficar congelados por até 20 anos.
Descarte de embriões Atualmente, existem discussões sobre a equivalência do descarte a um aborto, pelo fato do embrião ser considerado o estágio inicial do desenvolvimento de um organismo. Entretanto, especialistas ouvidos pelo R7 discordam do questionamento e apontam ser um debate muito amplo.
Para Marcelo Marinho, o aborto "é toda interrupção da gravidez antes da 22° semana de gravidez" e não existe nenhuma legislação no Brasil que considere o descarte como o ato. "No caso específico do descarte embrionário e dos demais procedimentos envolvendo a reprodução assistida, não há, no Brasil, legislação própria que delimite as ações", completou.
Reprodução assistida no SUS Desde 2012, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece um programa de reprodução assistida de inseminação artificial. São poucos os hospitais que disponibilizam a fertilização totalmente gratuita, a maioria cobra valores relacionados aos medicamentos e procedimentos.
Mesmo com alguns serviços públicos de graça, a burocracia e a fila são fatores que atrasam o atendimento de mulheres para o procedimento.
No Distrito Federal, por exemplo, os critérios para a fila de espera para a fertilização levam em consideração a idade da mulher. Segundo a Secretaria de Saúde, o critério de atendimento é a ordem de inscrição na fila.
A alta de casos de dengue no país, que enfrenta uma epidemia da doença, com oito estados e o Distrito Federal em situação de emergência, acende o alerta para o risco de diminuição das plaquetas. Para entender melhor por que a redução ocorre e como reverter a situação, o R7 conversou com um especialista.
O que são plaquetas? As plaquetas são uma das três principais células da corrente sanguínea, além dos glóbulos brancos — também conhecidos como leucócitos — e os glóbulos vermelhos. "Plaquetas desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea e ajudam a prevenir o sangramento excessivo", explica o infectologista Manuel Renato Palacios.
Ele afirma que as plaquetas, que são produzidas na medula óssea e circulam na corrente sanguínea, "entram em jogo" quando acontece algum corte ou lesão no corpo e "criam um tampão, chamado coágulo, para interromper o sangramento".
Palacios pontua que, diferente do que é dito popularmente, a quantidade de plaquetas não é o que determina a gravidade de um caso de dengue. Segundo ele, em casos de dengue, o número de plaquetas começa a cair por volta do quarto dia da doença.
Antes disso, a porcentagem de glóbulos vermelhos com relação ao total de células no sangue aumenta por causa da desidratação e perda de líquido.
Por que as plaquetas diminuem e quais os riscos? Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é uma doença causada por um vírus e causa febre alta, dor de cabeça, fadiga, dor no corpo e outros sintomas.
Palacios diz que alguns fatores explicam a diminuição do número de plaquetas durante a dengue, entre elas: • o vírus danifica diretamente as plaquetas; • a própria resposta imune do corpo, através dos anticorpos, ataca as plaquetas; e • uma disfunção da medula óssea que reduz a capacidade de produção de plaquetas.
O infectologista explica que a diminuição do número de plaquetas aumenta o risco de sangramento no corpo, já que a capacidade de coagulação fica menor. Nesse caso, um simples machucado, como um joelho ralado por uma queda, pode criar grandes hematomas e sangramento insistente.
Além disso, Palacios afirma que outros tipos de sangramento podem acontecer, como nas gengivas, durante a escovação, no nariz, e até na urina e nas fezes. Mulheres no ciclo menstrual podem ter aumento do sangramento e um ciclo mais longo que o normal. "Em casos extremamente sérios, pode até ter sangramento intracerebral", diz.
Remédios contraindicados O médico explica que, por esse motivo, remédios anti-inflamatórios ou anticoagulantes, como ibuprofeno, nimesulida e AAS (ácido acetilsalicílico) são contraindicados para dengue.
"Nos idosos, a queda de plaquetas pode ser particularmente problemática pela possível presença de comorbidades que podem exarcebar os sintomas", pontua.
Outro ponto de atenção em idosos é sobre a medicação, já que eles podem tomar anticoagulantes no dia a dia para tratar alguma doença. Nesse caso, Palacios afirma que o médico deve ser consultado o mais rápido possível, para saber se o medicamento deve ser suspenso ou não.
Como aumentar as plaquetas? "Não existe receita para aumentar plaqueta", enfatiza o infectologista. "Ela vai aumentar até que o sistema imunitário consiga controlar o vírus, até terminar de destruí-lo totalmente".
Segundo ele, conforme o vírus for combatido com a medicação e tratamento correto, as plaquetas vão aumentar como consequência.
Palacios pontuou os perigos de seguir receitas caseiras populares na internet, como suco de inhame ou folha de mamão, que não possuem nenhum tipo de comprovação científica. "O risco disso é que [o paciente] acha que tomar essas soluções caseiras vai melhorar a situação, e ele atrasa a ida ao hospital e pode passar do ponto crítico", alerta.