A cobertura vacinal contra a influenza está em 36,43% entre o público-alvo da campanha, composto por idosos, crianças e gestantes, segundo dados do Ministério da Saúde.
O índice é registrado em um momento em que o Brasil enfrenta uma alta nos casos da doença. De acordo com o boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (5), 25 dos 27 estados brasileiros apresentam níveis de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). em alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento.
A mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças e idosos. Na população idosa, predominam os óbitos associados à influenza A. Já entre as crianças, destacam-se os casos e mortes causados por rinovírus e também pela influenza A.
O boletim se refere à Semana Epidemiológica (SE) 22, correspondente ao período de 25 a 31 de maio.
Pesquisadores destacam importância da vacinação Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, apontou que, apesar da elevação dos casos de SRAG em crianças em diversas regiões do país, já é possível observar sinais de estabilização ou interrupção do crescimento em alguns estados das regiões Centro-Sul, Norte e no Ceará. Ainda assim, os níveis de incidência continuam elevados nessas áreas.
“Reforço a importância da vacinação contra o vírus da influenza A, especialmente nas populações mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com comorbidades e gestantes”, destacou a pesquisadora.
Tatiana também chama atenção para o fato de que o rinovírus e a influenza A têm contribuído para o aumento de casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos.
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
“Os dados laboratoriais por faixa etária indicam que a influenza A é responsável pelo aumento das hospitalizações por SRAG em idosos a partir dos 65 anos e também em jovens e adultos a partir dos 15 anos”, acrescentou.
Capitais em situação de risco Segundo o boletim, 15 das 27 capitais brasileiras apresentam níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo. As capitais são:
Aracaju (SE)
Belo Horizonte (MG)
Boa Vista (RR)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Goiânia (GO)
João Pessoa (PB)
Maceió (AL)
Porto Alegre (RS)
Rio Branco (AC)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA) São Luís (MA)
São Paulo (SP)
R7