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A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS (Organização Mundial da Saúde), Kate O’Brien, afirmou que a desinformação contra vacinas pode colocar décadas de progresso em risco.

vacinadesinformada

“Informações falsas e desinformadas viajam mais rápido e mais longe do que a verdade. Suas potenciais consequências incluem a reversão de conquistas arduamente conquistadas na cobertura vacinal e no controle de doenças ao longo dessas décadas”, disse em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22).

Kate ressaltou que os imunizantes são uma das “mais poderosas ferramentas nos sistemas públicos de saúde” e salvam mais de cinco vidas por minuto em todo o mundo.

“Graças aos esforços globais de vacinação, mais de 18 milhões de pessoas que poderiam ter ficado paralisadas pela poliomielite podem andar hoje, mais de 90 milhões de crianças que poderiam morrer por doenças preveníveis estão vivas, e mais de um milhão de mortes por câncer cervical foram evitadas”, afirmou.

Segundo ela, as consequências de informações falsas sobre vacinação são “reais e trágicas”, já que índices de vacinação infantil em países que antes mantinham boa cobertura estão caindo a níveis sem precedentes.

“Estamos arriscando a erosão de décadas de progresso — não por falta de vacinas seguras e eficazes, nem por ausência de inovação ou compromisso, mas por causa da desinformação”, alertou.

A especialista citou o sarampo como exemplo, uma doença cuja forma mais eficaz de prevenção é a vacinação.

“Houve vários casos recentes de crianças saudáveis que morreram após contrair o vírus altamente contagioso do sarampo ou devido a complicações que podem surgir anos após a recuperação da infecção”.

Kate destacou que os índices de imunização estão caindo mesmo em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.

Além disso, dados da Unicef e da OMS mostram que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina.

“Essas são crianças ‘dose zero’, muitas vivendo em ambientes frágeis, onde o acesso a cuidados é limitado e a desinformação representa uma ameaça adicional”.

‘Discussão perigosa’ No comunicado, a diretora afirmou que o movimento anti-vacina frequentemente promove conspirações sem embasamento científico, citando “estudos selecionados que ignoram a esmagadora maioria das evidências científicas e consensos”.

“Embora a verificação de fatos e as evidências científicas sejam importantes, pesquisas mostram que muitas pessoas continuam expostas a falsidades e, frequentemente, seguem acreditando nelas mesmo depois de serem informadas dos fatos”, pontuou.

“Nossa responsabilidade coletiva é clara: proteger decisões baseadas em evidências com a mesma veemência com que protegemos vidas. Apoiar e restaurar a confiança — uma conversa, uma política e uma verdade de cada vez — está no centro dos desafios que temos pela frente”, concluiu.

Perguntas e respostas Qual é a posição da diretora da OMS sobre a desinformação relacionada às vacinas?

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Kate O’Brien, afirmou que a desinformação contra vacinas pode colocar décadas de progresso em risco. Ela destacou que informações falsas se espalham mais rapidamente do que a verdade, o que pode reverter conquistas na cobertura vacinal e no controle de doenças.

Quais são os benefícios das vacinas segundo Kate O’Brien?

Kate O’Brien ressaltou que os imunizantes são ferramentas poderosas nos sistemas de saúde pública, salvando mais de cinco vidas por minuto em todo o mundo. Ela mencionou que, graças aos esforços globais de vacinação, mais de 18 milhões de pessoas que poderiam ter ficado paralisadas pela poliomielite podem andar hoje, e mais de 90 milhões de crianças que poderiam ter morrido por doenças preveníveis estão vivas.

Quais são as consequências da desinformação sobre vacinação?

As consequências da desinformação sobre vacinação são reais e trágicas, com índices de vacinação infantil em países que antes mantinham boa cobertura caindo a níveis sem precedentes. Kate O’Brien alertou que estamos arriscando a erosão de décadas de progresso devido à desinformação, não por falta de vacinas seguras e eficazes.

Que exemplo Kate O’Brien usou para ilustrar os riscos da desinformação?

Kate O’Brien citou o sarampo como um exemplo de doença cuja prevenção mais eficaz é a vacinação. Ela mencionou casos recentes de crianças saudáveis que morreram após contrair o vírus do sarampo ou devido a complicações que podem surgir anos após a infecção.

Como a desinformação afeta a vacinação em países desenvolvidos?

Os índices de imunização estão caindo mesmo em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. Além disso, dados da Unicef e da OMS mostram que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina, muitas vivendo em ambientes frágeis onde o acesso a cuidados é limitado.

Qual é a crítica de Kate O’Brien ao movimento anti-vacina?

Kate O’Brien criticou o movimento anti-vacina por promover conspirações sem embasamento científico, citando estudos que ignoram a maioria das evidências científicas. Ela destacou que, apesar da verificação de fatos, muitas pessoas continuam acreditando em falsidades mesmo após serem informadas dos fatos.

Qual é a responsabilidade coletiva mencionada por Kate O’Brien?

A diretora afirmou que a responsabilidade coletiva é clara: proteger decisões baseadas em evidências com a mesma veemência com que protegemos vidas. Ela enfatizou a importância de apoiar e restaurar a confiança, abordando uma conversa, uma política e uma verdade de cada vez.

R7

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília