A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nessa quarta-feira, 18, a suspensão da venda de linhas da Tim no Piauí a partir da próxima segunda-feira, 23. O motivo da medida é o aumento das reclamações de usuários. Em cada estado, a empresa com o maior número de reclamações será punida.

 

João Rezende, presidente da Anatel, informou que a Tim sofrerá o maior corte, sendo suspensa em 19 estados, seguida pela Oi, suspensa em cinco estados. A Claro foi punida somente nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. As empresas que não cumprirem a determinação pagarão multa de R$ 200 mil por dia. “Embora extremas, medidas são necessárias para arrumar o setor”, disse o presidente da Agência.

 

A partir dessas medidas, as companhias terão que apresentar um plano de investimento e resolver os problemas nos call centers em até 30 dias. Caso a Anatel aceite o planejamento, a suspensão será retirada. Apesar de não terem suas vendas cortadas, Vivo, CTBC e Sercomtel terão que apresentar um plano de investimento.

 

A assessoria de imprensa da Oi disse que a empresa só vai se pronunciar após a análise das medidas. Já a Claro disse que ainda está apurando a informação. A assessoria de imprensa da Tim afirma que seus representantes terão uma reunião com a Anatel ainda hoje. No entanto, a empresa diz que ainda não recebeu uma notificação formal sobre as punições.

 

As ações das empresas fecharam em forte queda nessa quarta-feira. Oi PN recuou 4,48%, Oi ON, 2,24% e a TIM ON registrou perda de 2,77%, enquanto o Ibovespa encerrou em alta de 2,25%.

 

Reclamações

As três operadoras estão entre as empresas que mais recebem queixas dos consumidores, de acordo com dados do Procon-SP. A Claro é a terceira companhia mais reclamada de janeiro a 17 de julho deste ano, com 2.320 queixas. A TIM aparece em sexto lugar, com 1.682 reclamações, e a Oi, em 11º, com 1.164 queixas. A cobrança indevida é o problema mais recorrente entre as três companhias.

 

Na segunda-feira, o Procon de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, já havia suspendido a venda de linhas de telefones móveis e internet 3G das operadoras Claro, Oi, TIM e Vivo na capital gaúcha. O órgão alegou má qualidade do serviço de cobertura de sinal.

 

Depois da decisão, ontem o Procon do Rio Grande do Sul disse que a suspensão poderia ser estendida a todo o Estado. O órgão notificou as operadoras com o objetivo de avaliar a qualidade do serviço.

 

Veja a lista das empresas suspensas em cada estado:

 

Acre – TIM

Alagoas – TIM

Amapá – Oi

Amazonas – Oi

Bahia – TIM

Ceará – TIM

Distrito Federal – TIM

Espírito Santo – TIM

Goiás – TIM

Maranhão – TIM

Mato Grosso – TIM

Mato Grosso do Sul – Oi

Minas Gerais – TIM

Pará – TIM

Paraíba – TIM

Paraná – TIM

Pernambuco – TIM

Piauí – TIM

Rio de Janeiro – TIM

Rio Grande do Norte – TIM

Rio Grande do Sul – Oi

Rondônia – TIM

Roraima – Oi

Santa Catarina – Claro

São Paulo – Claro

Sergipe – Claro

Tocantins – TIM


Estadão


Os agentes penitenciários lotados na Casa de Detenção Provisória Dom Inocêncio Lopes Santamaria em São Raimundo Nonato, e na Penitenciária Regional Gonçalo de Castro Lima em Floriano, participaram na semana passada de um treinamento de Intervenção em Estabelecimentos Prisionais.
 

O treinamento objetivou a preparação dos agentes penitenciários no uso técnico operacional da espingarda calibre 12, no uso de armas não-letais, além de como atuarem em situações de crise nas unidades penais, como rebeliões ou brigas generalizadas.
 

De acordo com a direção da Casa de Detenção Provisória Dom Inocêncio Lopes é imprescindível que as unidades prisionais do interior do estado tenham um efetivo de agentes penitenciários aptos a atuarem em situações de crise.
 

O treinamento foi realizado pela Secretaria Estadual de Justiça através da Direção da Casa de Detenção de São Raimundo Nonato e foi ministrado pelo agente da Penitenciária de Vereda Grande Delfran de Sousa Rodrigues, que participou recentemente do 160° Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário Módulo Básico, em Brasília/DF.
 
 
 
Governo do Estado

Um incêndio, de causas ainda desconhecidas, destruiu três carros que estavam estacionados em frente à Penitenciária de Oeiras, incendio18072012alocalizada a 373 quilômetros de Teresina. Os veículos, um Monza, um Pálio e uma Pajero, eram fruto de apreensão judicial.

 

Segundo informações de populares, o fogo começou no final da tarde de ontem, 17, em um terreno baldio, localizado em frente à penitenciária. As chamas rapidamente se alastraram atingindo os três veículos.

 

A densa nuvem de fumaça preta que se formou, que podia ser vista de vários pontos da cidade.


Mural da Vila

O Piauí é o Estado com a menor taxa de assassinato de crianças e adolescentes do país. O dado consta no Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil, pesquisa que será lançada hoje. O estudo mostra que de 1980 para cá houve um aumento de 376% no número de mortes de crianças e adolescentes no país. No mesmo período, entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%.

 

O levantamento analisa as informações do Ministério da Saúde sobre as causas das mortes de pessoas entre zero e 19 anos de idade. O ritmo de crescimento da morte entre jovens é constante. Em 30 anos, só teve queda quatro vezes. Nos demais aumentou entre 0,7% e 30%. Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de jovens representava no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de assassinato. Já em 2010, 43%.

 

"Os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de aquiles do governo. Esse aumento mostra que criança e adolescente não são prioridade dos governos", disse. Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios por 100 mil habitantes, Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).

 

Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos homicídios.

 

"Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros. Agora, com a melhor distribuição de renda, houve uma migração da população e os governos não conseguiram implantar políticas públicas para acompanhar essa mudança", disse.

 

Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).

 

Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os dados devem ser analisados com "cuidado", já que entre 2002 e 2010 houve uma melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja, casos que antes constavam como "outras violências" nos dados oficiais passaram a ser homicídios.

 

"É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo", afirmou Zaluar.

 

Waiselfisz diz que a pesquisa aponta que os problemas existem e serve de alerta para governos tentarem reduzir o índice.

 

Meta

O secretário estadual de Segurança, Robert Rios, informou que mesmo liderando o ranking negativo em relação ao Brasil, o Estado do Piauí está trabalhando para diminuir ainda mais este índice. "Também em relação aos adultos temos o menor índice de assassinatos. Mas não queremos nos basear só no Brasil ou no Nordeste, onde o índice é muito elevado. Vamos comparar com os países do primeiro mundo e buscá-los como objetivo", afirmou.


Cidadeverde e Secretaria de segurança