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Nesta terça-feira, 23, o deputado estadual Fábio Novo (PT), presidente do partido no Piauí, afirmou que espera que o Senado rejeite a Proposta de Emenda Constitucional conhecida como PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados com votos da bancada piauiense.
“Bom, eu estou muito confiante que no Senado a gente derruba e sepulta, já na CCJ, a questão da PEC da blindagem. É uma vergonha. Nós não podemos ter esse retrocesso instalado no nosso país”, declarou o parlamentar.
A fala de Novo ocorre em meio ao avanço da proposta no Congresso e após os protestos realizados no último domingo em várias capitais brasileiras contra a PEC e o projeto de lei que concede anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Em Teresina, manifestantes também ocuparam ruas em rejeição aos dois textos.
O deputado destacou que a mobilização popular mostrou a insatisfação da sociedade. “As manifestações do domingo deixaram claro para todo o Brasil que, independente da copartidária, foi muita gente do povo. A cultura puxou isso fortemente, no Rio de Janeiro com Gilberto Gil, Djavan e Caetano Veloso, e na Bahia com Daniela Mercury. Isso mostrou para a sociedade que o Brasil está atento e não vai aceitar que a sua democracia corra riscos”, afirmou.
PL da Anistia Novo também criticou o projeto de anistia em tramitação no Congresso. “Não pode haver anistia para quem tentou quebrar a casa do povo, que foi o Congresso Nacional, para quem tentou quebrar a casa do Poder Judiciário, que é o Supremo Tribunal Federal, e a do Executivo. Imagina uma pessoa chegar na tua casa, entrar, não pedir licença, sair quebrando tudo e ainda arquitetar um plano para matar o presidente da República eleito democraticamente, seu vice e também um ministro da Suprema Corte. Na maioria dos países, a pena para tentativa de golpe é prisão perpétua. No Brasil, são 12 anos. Bolsonaro pegou 27 porque foram cinco crimes imputados a ele”, disse.
A bancada do PT no Senado já divulgou um manifesto contra a PEC, classificada como ameaça à democracia. A proposta será analisada nesta quarta-feira (24) pela Comissão de Constituição e Justiça, com expectativa de rejeição.
Com informções do cidade verde