• IMG_2987.png
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

cigarroO número de pacientes com câncer não para de crescer em todo o mundo e existem cada vez mais mulheres no planeta que serão afetadas pela doença em algum momento da vida. De acordo com dados da Agência Internacional para a Pesquisa sobre câncer (IARC, na sigla em inglês), publicados em 2019, uma em cada seis desenvolve o mal.

O câncer de pulmão é a principal causa de morte para homens e mulheres em 28 países, segundo o relatório da agência, que salienta a importância de conscientizar a população sobre o risco do tabagismo e a exposição passiva ao cigarro. De acordo com o epidemiologista Gautier Defossez, coordenador de uma pesquisa publicada em julho pelo Instituto Nacional do Câncer e de Saúde Pública na França, o estudo francês traz dados preocupantes.

"A situação para as mulheres mostra uma evolução do número de casos de cânceres do pulmão. O aumento da incidência é 5,3% por ano, um sinal alarmante que tem uma ligação direta com a exposição ao tabaco", alerta.
Na França, respectivamente, o câncer de mama, o de pulmão e o colorretal são os mais comuns entre as mulheres, destaca o estudo, que levou em conta os últimos trinta anos. Cerca de 400 mil casos são diagnosticados por ano, a incidência da doença de um modo geral entre as mulheres registrou um forte aumento desde 1990. A alta é de 93%, mesmo que o número de mortes tenha diminuído, por conta dos progressos envolvendo tratamento e prevenção. O aumento do número de casos também resulta do próprio envelhecimento da população.

O câncer de mama também voltou a crescer no país em 2010 depois de uma estabilização dos casos durante o ano 2000. Diversos fatores explicam essa tendência, ressalta o relatório: alimentação inadequada e obesidade, trabalho noturno e a exposição aos chamados disruptores endócrinos, presentes, por exemplo nos inseticidas usados na indústria da alimentação.

Mudanças no modo de vida têm consequências diretas na saúde das mulheres, não só na França, mas em todo o mundo. Os autores do relatório ressaltam a importância de prevenir os cânceres que podem ser evitados. Entre eles o do pulmão, na maioria causados pelo tabagismo, o do câncer do colo do útero, que pode ser curado em fase inicial, e contra o qual existe uma vacina, além do melanoma, tumor da pele desencadeado pela forte exposição aos raios ultravioletas.

Câncer do pulmão em mulheres também cresce no Brasil

No Brasil, também há um aumento número de casos do câncer do pulmão feminino, explica o oncologista Rodrigo Munhoz, do hospital Sírio Libanês, mesmo que esse tipo de tumor não esteja no topo das estatísticas.

"No sexo feminino, o câncer do pulmão vem crescendo em importância, e isso está relacionado ao hábito do tabaco. Quase 90% dos casos dos cânceres de pulmão são atribuídos ao tabagismo”, diz, “mesmo que haja diferenças de hábitos entre a França e o Brasil", pondera.
Os dados da Agência Internacional para a Pesquisa sobre câncer ressaltam que diferenças socioeconômicas influenciam as estatísticas em relação à doença nos países. E o caso no Brasil, onde o câncer do colo uterino ocupa o terceiro lugar entre os mais mortais.

"Câncer de mama, de colón e reto, do colo uterino. No Brasil, infelizmente o câncer de colo uterino ainda tem um destaque muito grande. Ele fica entre segundo e terceiro na maior parte do pais, mas na região norte, por exemplo, se você excluir o câncer de pele não-melanoma, que não entra muito nas estatísticas, o câncer de colo uterino é o principal. Justamente porque a gente tem, diferentemente da França, uma dificuldade maior de acesso para o Papanicolau ou a vacinação contra o HPV (vírus causador da doença)", ressalta Rodrigo Munhoz.

O oncologista também lembra que o acesso das pacientes aos tratamentos que destroem as lesões malignas são mais restritos, o que faz que esse câncer, no Brasil, seja um dos maiores em incidência e mortalidade. Falta de adesão populacional e a limitação de políticas bem-estruturadas dificultam a diminuição dos casos. Em linhas gerais, há um aumento do câncer entre as mulheres no pais, explica o oncologista brasileiro, relacionado, entre outros fatores, ao envelhecimento da população.

Evolução dos tratamentos é relativa no Brasil
Em contrapartida ao aumento da incidência da doença demonstrado nas estatísticas, existe a evolução dos tratamentos, como a recente Imunoterapia, que aumenta e melhora a sobrevida. Mas essa é uma realidade, lembra o oncologista brasileiro, restrita aos países desenvolvidos:

"Infelizmente em países em desenvolvimento, essa reversão na mortalidade não é universal", diz. "O Brasil infelizmente ainda é um pais muito heterogêneo", destaca.

O oncologista lembra, por exemplo, que no pais o uso da imunoterapia é incomum, e reservado a quem tem plano de saúde – cerca de 25% da população. Quem depende do SUS pode beneficiar da técnica através de protocolos de pesquisas ou formalmente não tem acesso – com poucas exceções.

Além da adesão da população aos programas de prevenção, outro desafio, diz Rodrigo Munhoz, é "fazer com que paciente chegue onde ele deve chegar no momento adequado, e que receba o tratamento cirúrgico no momento em que a doença é localizada ou inicial", diz. "Temos também o desafio do acesso, a dificuldade de se oferecer através do sistema único de Saúde muitos dos tratamentos que são entendidos como padrão", conclui.

 

G1

Foto: Ralf Kunze/Pixabay

cafeO café está presente na mesa de muitos brasileiros. O Bem Estar já mostrou que ele pode reduzir o AVC em mulheres, reduzir em 10% as doenças cardiovasculares e que pode até proteger contra o mal de Parkinson e Alzheimer.

Mas você sabia que ele também pode ajudar a perder peso? Um estudo feito na Universidade de Nottingham, na Inglaterra, analisou os efeitos de um copo de café na gordura marrom em humanos, um tipo de tecido descoberto recentemente em adultos e que, diferente da gordura branca, é inversamente proporcional ao peso. Ou seja, pessoas obesas têm menos gordura marrom no corpo e as mais magras, mais gordura deste tipo.

Mas o que é gordura branca e gordura marrom?
Temos dois tipos de gordura no corpo: a branca, chamada de ‘ruim’, e a marrom, chamada de ‘boa’. A branca, em excesso, faz mal. Ela tem função de armazenar energia e é facilmente adquirida na alimentação. Já a marrom tem a função de manter o calor. Ela nasce com a gente e não tem como aumentar a quantidade.

Alguns alimentos e atividades conseguem estimular a gordura marrom, que ativa o metabolismo. O café é um deles. O estudo percebeu que, após tomar café, o calor aumentou nas regiões onde estão a gordura marrom.

 

Ainda não se sabe a quantidade de café para ter esse benefício, mas sabemos que não é indicado tomar mais de quatro xícaras por dia. Isso porque o café pode provocar insônia e taquicardia.

O café, na medida certa, traz outros benefícios, como socialização, melhora do desempenho no trabalho, melhora o humor, dá mais energia porque estimula o sistema nervoso central e melhora a resistência à insulina.

 

G1

sarampoCientistas escoceses alertaram que ainda podem ser detectados em humanos mais casos da doença de Creutzfeldt-Jakob, ligados ao surto de "vaca louca" que aconteceu há três décadas.

Em um documentário exibido pela emissora "BBC", o neurologista escocês Richard Knight disse que ainda existem pessoas com esta patologia, embora seu contágio esteja "em silêncio", por não ter se manifestado ainda.


O documentário mostra como o governo britânico não conseguiu impedir que a carne de vaca infectada com encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida popularmente como doença da "vaca louca", entrasse na cadeia alimentar humana.

Desde 1996, 177 pessoas morreram após se contagiarem de Creutzfeldt-Jakob, enquanto mais de quatro milhões de vacas foram sacrificadas.

Os especialistas indicaram que esta patologia ataca progressivamente o cérebro, mas pode permanecer inativa durante décadas. Portanto, 30 anos depois de o primeiro caso ter sido detectado no Reino Unido, ainda pode haver pessoas infectadas.
Apesar de décadas de pesquisa, a patologia continua sendo incurável e também não existe forma de determinar se uma pessoa é portadora.

"Uma das coisas que não estão claras é quantas pessoas no Reino Unido estão infectadas sem saber. Cada prognóstico que temos sugere que haverá mais casos", afirmou Knight.

O professor de Neuropatologia na Universidade de Edimburgo Colin Smith explicou que, embora não seja preciso fazer "um grande alarde, é possível que, décadas depois, pessoas que estiveram expostas a alimentos infectados no final dos anos 80 ou no início dos anos 90 comecem a apresentar sintomas da doença".

Estima-se que o escândalo da "vaca louca" custou ao serviço público de saúde britânico mais de 1 bilhão de libras esterlinas (R$ 4,7 bilhões) e teve um impacto muito significativo na indústria britânica de carne bovina.

O último caso da doença - o primeiro a ser detectado em uma década - aconteceu em uma fazenda escocesa em outubro do ano passado, mas as autoridades informaram que o animal doente não entrou na cadeia alimentar e que não representava uma ameaça para a saúde humana.

G1

Foto: Foto: Cristine Rochol/PMPA

 

hanseniaseO Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a fundação japonesa Sasakawa firmaram esta semana uma parceria para o lançamento, em 2020, de mobilização nacional sobre a hanseníase. A doença ainda enfrenta uma série de estigmas no país e demanda o diagnóstico precoce para evitar sequelas mais graves.

Desde 2012, a Fundação Sasakawa repassou cerca de R$ 1 milhão para ações de enfrentamento à hanseníase no Brasil. Uma comitiva internacional visitou esta semana projetos financiados pela organização japonesa em unidades de saúde do Maranhão e do Pará.

“Estamos otimistas. Acreditamos que existe decisão política e capacidade técnica para o país eliminar a hanseníase”, avalia o presidente da fundação, Yohei Sasakawa, que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira.

Socorro Gross, representante da OMS no Brasil, também considera que o país está no caminho correto para combater a doença. Ela faz um apelo para que toda a sociedade se envolva na campanha de conscientização que será realizada no ano que vem.

“Todos temos que ser embaixadores também para a eliminação da doença. E a eliminação vai ser trabalhada juntos. Jornalistas, comunidades, professores, médicos. Pessoas que vivem na comunidade.”

A sociedade civil também será chamada para colaborar na construção da campanha de combate à doença. Faustino Pinto, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, defende mais investimento em diagnóstico precoce e reabilitação.

“Se fizesse o diagnóstico precoce, nós não precisaríamos de reabilitação física. Mas ainda temos pessoas que foram de um diagnóstico tardio que precisam dessa reabilitação, que precisam de cirurgias, que precisam de uma atenção especial na questão de calçados, de fisioterapia e de muitos outros serviços. O Brasil precisa muito avançar nesse aspecto.”

Magda Levantezi, da coordenação de hanseníase do Ministério da Saúde, fala quais são as principais ações desenvolvidas pelo governo federal.

“Ações voltadas para gestão, onde a gente tem trabalhado para que os gestores deem prioridade para a doença. Ações voltadas para a melhoria da qualificação da assistência do paciente e uma terceira frente que é enfrentamento do estigma, da discriminação e a promoção de ações de inclusão social.”

O Brasil é o segundo país com o maior número de novos casos detectados de hanseníase por ano, atrás apenas da Índia. Em 2018, foram quase 29 mil novos casos diagnosticados.Os estados mais endêmicos são Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Rondônia, Pará e Piauí. Entre 2013 e 2018, o governo federal investimento R$ 76 mil em campanhas de prevenção à doença nas escolas e, apenas em 2018, cerca de R$ 1 milhão em ações de prevenção e reabilitação para atender os ex-hospitais colônia.

A hanseníase é uma doença causada por infecção bacteriana e transmitida por tosse ou espirro. A infecção compromete principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas da hanseníase são manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pé. O tratamento dadoença possibilita a cura e evita sequelas. Os medicamentos estão disponíveis gratuitamente no SUS, Sistema Único de Saúde.

 

Agência Brasil

Divulgação