Dizem que quem faz atividade física, dorme melhor. Mas nem todo mundo tem tempo para fazer os dois. Encaixar a atividade física na rotina nem sempre é fácil. Segundo a pesquisadora do Instituto do Sono Monica Andersen, o ideal é conciliar os dois.
É cientificamente comprovado que o exercício melhora o sono. Entretanto, se a pessoa estiver no dilema entre dormir mais um pouco ou privar o sono para se exercitar, é melhor dormir.
“A privação de sono mexe com a produção dos hormônios, aumenta o da fome e diminui o hormônio da saciedade”, explica a pesquisadora. Além disso, a privação de sono diminui a vontade para o exercício físico. A longo prazo, a tendência é desistir.
Outras formas de se exercitar
Para fazer alguma atividade física, você não precisa ir até a academia. Andar até o ponto de ônibus, preferir escada ao elevador, levantar da cadeira para beber água, dar uma volta durante o horário de trabalho, ir ao banheiro. São atitudes aparentemente pequenas, mas que já mexem com o corpo.
O preparador físico Márcio Atalla lembra que 30 minutos por dia de exercício já são suficientes para garantir os benefícios da atividade física, e um deles é o sono!
A atividade física ajuda a diminuir o estresse e, só por isso, já tem uma grande influência no sono. Fora isso, ela libera substâncias que contribuem para a indução do sono.
Atividade física melhora a qualidade do sono
A atividade física ajuda a diminuir o estresse e, só por isso, já tem uma grande influência no sono. Fora isso, ela libera substâncias que contribuem para a indução do sono.
Quem bebe vinho (tinto), sabe que a bebida tem um efeito relaxante. Mas o que antes parecia ser apenas por causa do álcool, agora tem outra explicação. De acordo com novo estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, o composto resveratrol encontrado na bebida é capaz de evitar e diminuir sintomas de ansiedade e depressão, induzido pelo estresse.
Os pesquisadores descobriram que a substância, que, na verdade, é encontrada na pele e na semente das uvas mais escuras e também em algumas frutas vermelhas como, o mirtilo, é capaz de inibir a enzima causadora de distúrbios emocionais no cérebro.
Ela afeta os processos neurológicos e pode ser uma "alternativa eficaz aos medicamentos para o tratamento de pacientes", diz Ying Xu, MD, PhD, autora co-principal e professora associada de pesquisa ao site da faculdade.
Hormônio do estresse O artigo publicado na revista Neuropharmacology, revelou que o resveratrol bloqueia a ação da fosfodiesterase 4, uma enzima influenciada pelo hormônio do estresse, o corticosterona. É ele que regula a resposta do corpo ao estresse. Por isso, quando está em excesso, pode levar aos distúrbios emocionais.
A enzima reduz o monofosfato de adenosina cíclico - uma molécula mensageira que sinaliza mudanças fisiológicas, como divisão celular, mudança, migração e morte - no corpo, levando a alterações físicas no cérebro. O resveratrol exibiu efeitos neuroprotetores contra a corticosterona inibindo a expressão de PDE4.
A descoberta pode ser uma boa alternativa para quem tem esses tipos de transtornos. Isso porque os antidepressivos atuais "concentram-se na função da serotonina ou noradrenalina no cérebro, mas apenas um terço dos pacientes responde a esses medicamentos", aponta a pesquisadora Ying.
Mas vale ressaltar que embora o vinho tinto contenha o resveratrol, o consumo de álcool acarreta diversos riscos para a saúde, incluindo o vício. Por isso, não pode ser administrado indiscriminadamente no tratamento de quem possui alguma doença emocional.
Após o Piauí contabilizar primeiro caso de sarampo em 2019, outros sete casos seguem com suspeita da doença, três no interior e quatro em Teresina. No dia 6 de agosto eram cinco casos.
De acordo com o infectologista da Fundação Municipal de Saúde, Kelsen Eulálio, o território piauiense não está imunizado contra a doença. "A situação preocupa porque nós não estamos com cobertura vacinal adequada. O Brasil não está, o Piauí não está, Teresina está em melhor situação que o Piauí e Brasil mas não está nos 95% exigidos para controlar e impedir a ocorrência de casos e de surtos", alerta.
Com o aumento no número de suspeitas e de surto da doença em outros estados, o alerta para vacinação se estendeu para outras faixas etárias. Além dos meses iniciais, pessoas de até 49 anos devem verificar o cartão de vacinação. O número de casos suspeitos chega a sete.
Duas doses são previstas para crianças aos 12 meses e 15 meses de idade. “Crianças maiores, adolescentes e adultos de até 29 anos que não foram vacinados devem ter duas doses da vacina, seja em tríplice viral ou na forma de tetraviral. De 30 a 49 anos, é necessário uma dose da vacina e para quem tem mais de 50 anos a vacinação é dispensada”, informou o infectologista.
Eulálio confirmou que há estoque de vacinas nas unidades de saúde de Teresina e aconselhou a população a buscar a imunização em postos de saúde da capital.
A coordenadora estadual de Epidemiologia, Amélia Costa, avisa que a situação do Piauí não ainda não é de alerta. “Quem busca as unidades de saúde para se vacinar vai encontrar a vacina. Para o Estado não foi recomendado fazer vacinação em massa, até porque temos apenas um caso confirmado. O Ministério da Saúde está priorizando as áreas com maior número de casos”, informou.
Piauienses que irão a São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, locais onde há um número significativo de casos, devem se vacinar.
Caso importando
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) confirmou no dia 6 de agosto o primeiro caso importado de sarampo no Piauí, no ano de 2019. O paciente é um bebê piauiense de um ano de idade, que viajou para São Paulo, região sudeste do país, e retornou ao estado com sintomas da doença
Outros casos foram identificados em Floriano, Campo Grande e Alagoinha. Segundo a coordenadora estadual de Epidemiologia, as equipes de saúde estão realizando vacinação de bloqueio nos municípios com suspeita. “Estamos fazendo um rastreamento dos casos, verificando por onde os pacientes com suspeita passaram e vacinando possíveis infectados”, explicou.
Confirmações
Os pacientes com suspeita da doença foram submetidos a exames. O material coletado da garganta e do nariz dos piauienses foi encaminhado para o laboratório da Fiocruz, referência na área, que deverá concluir os resultados da análise nos próximos dias.
“Com o exame poderemos ver se realmente o genoma é o mesmo que circula da Venezuela. Se for confirmado, eles foram infectados”, explica a coordenadora.
Vigilância
Segundo Amélia Costa, além dos municípios com suspeitas, a Saúde Estadual monta um treinamento à nível regional para as vigilâncias dos municípios. Serão dadas capacitações regionais mostrando a situação do sarampo no Piauí e no Brasil, tratando sobre a doença, a transmissão, sintomas e tratamento, além do rastreamento de casos suspeito e de coleta de material para exames.
A doença
O sarampo esteve sob controle desde 2016, quando o Brasil foi reconhecido internacionalmente pelo combate a doença. No entanto, os casos voltaram a surgir desde o ano passado e tem resultado em surto em algumas regiões.
O sarampo é passível de complicações e pode resultar em infecções que chegam a deixar sequelas como surdez, retardo cognitivo e cegueira.
Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e afiliado a pesquisadores europeus mostrou que um hábito muito comum entre os adolescentes pode ser uma das principais causas de obesidade entre os jovens de 14 a 18 anos: não tomar o café da manhã.
O estudo foi desenvolvido pela epidemiologista do Departamento de Medicina Preventiva da FM-USP, Elsie Costa de Oliveira Forkert e envolveu 991 adolescentes com idades entre 14 e 18 anos, que foram divididos por idade, sexo, região e condição socioeconômica.
Os pesquisadores utilizaram esses dados para avaliar comportamentos que levam ao ganho de peso entre os adolescentes e a principal descoberta foi que o hábito de pular a primeira refeição do dia associa-se diretamente ao aumento da circunferência da cintura e do índice de massa corporal nessa faixa etária.
"Ignorando o café da manhã, milhões de crianças e adolescentes provavelmente estão substituindo uma refeição caseira saudável por fast food em um local a caminho da escola, ou na própria escola. Isso significa consumir alimentos hipercalóricos e industrializados, como salgadinhos fritos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas, que estão associadas ao desenvolvimento da obesidade", explica a epidemiologista do Departamento de Medicina Preventiva da FM-USP, Elsie Costa de Oliveira Forkert.
Diferença entre os sexos
A pesquisa mostrou ainda que os adolescentes do sexo masculino eram, em média, mais pesados, mais altos e tinham circunferências de cintura maiores que as do sexo feminino, porém as meninas eram as mais sedentárias.
Segundo o estudo, para os meninos que pularam o café da manhã, a circunferência da cintura média foi 2,13 cm maior do que os meninos que geralmente tomavam café da manhã. E o comportamento sedentário das meninas (mais de duas horas por dia) resultou em um aumento da circunferência da cintura 1,20 cm em média.
Obesidade na adolescência
Segundo a hebiatra Andrea Hercowitz, a maioria dos adolescentes obesos apresentam obesidade desde a infância, mais especificamente desde antes dos cinco anos de idade. A manutenção da obesidade está relacionada com diversos fatores, entre eles a idade de início (quanto mais precoce maior o risco) e o grau de obesidade (quanto mais obeso, maior o risco). E a grande maioria dos adolescentes obesos se tornam adultos obesos, sendo maior a relação quanto maior a severidade de obesidade.