O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) foi qualificado pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) para o fornecimento de plasma sanguíneo excedente utilizado na produção de medicamentos. Ao total são 48 Serviços de Hemoterapia – públicos e privados – qualificados para fornecer plasma à Hemobrás. O objetivo é aumentar a capacidade de aptidão da Hemorrede Nacional a fornecer plasma para fracionamento industrial. No dia 15 de janeiro, às 8h, o Hemopi entrega o primeiro lote contendo 2.560 bolsas de plasma, um total de 614 litros.

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Segundo o diretor geral do Hemopi, Rafael Alencar, a qualificação do Hemopi é uma conquista importante.

“Alcançar a qualificação mostra que os processos realizados pelo hemocentro são seguros e se adequam as normas exigidas pelas autoridades de saúde. Isso reforça a excelência do serviço prestado à população”.

O processo de qualificação foi iniciado no final de 2022, com uma auditoria da Octapharma, empresa europeia especializada no fracionamento de plasma e parceira da Hemobrás. Durante todo o ano de 2023, uma equipe de trabalho multidisciplinar conduziu a gestão de equipamentos, da qualidade no processamento e produção de hemocomponentes com objetivo de cumprir todos os requisitos necessários para o fornecimento de plasma excedente para a indústria.

“Em 10 de novembro a qualificação foi aprovada. Isso significa dizer que o plasma que está sendo enviado pelo Hemopi tem qualidade e é seguro para a produção de medicamentos hemoderivados como Albumina, hemoglobulinas e os concentrados de Fator VII e IX. Esses medicamentos serão distribuídos através do SUS para os pacientes com coagulopatias e doenças hematológicas atendidos nos serviços ambulatoriais da hemorrede brasileira”, explica a hematologista e gerente técnica do Hemopi, Karina Nava.

A Hemobrás é responsável pela qualificação dos serviços de hemoterapia brasileiros para fornecimento de plasma excedente do uso transfusional para produção de medicamentos hemoderivados, conforme Portaria nº 1.710/2020 do Ministério da Saúde. O processo de qualificação engloba as auditorias nos serviços de hemoterapia, o acompanhamento para melhoria contínua da hemorrede fornecedora e o gerenciamento de informações que servirão de base de fomento às ações estratégicas dá Hemobrás junto à hemorrede brasileira.

Com a entrada do Hemopi e do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), aumenta para 48 o número de serviços de hemoterapia brasileiros qualificados pela Hemobrás e aptos a fornecer plasma excedente. O hemocomponente é utilizado em fracionamento industrial para a produção dos medicamentos hemoderivados como: albumina, imunoglobulina, fator VIII e fator IX de coagulação.

"O Serviço Ambulatorial do Hemopi é referência para o tratamento de coagulopatias e doenças hematológicas no estado do Piauí através do SUS. Lá são atendidos pacientes com doenças como Hemofilia, Talassemia e Anemia Falciforme, sendo que muitos destes pacientes dependem das medicações feitas de hemoderivados para ter uma qualidade de vida melhor", disse o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo.

Sesapi

O ano de 2024 começou e com ele a Secretaria de Saúde promove em todas as unidades de saúde a campanha Janeiro branco, que visa alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. As primeiras unidades a iniciar a campanha foram a "Paulo Martins", na região do Bairro Santa Rita e UBS Nossa Senhora da Guia.

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As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Nesse rol entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar.

Esses transtornos decorrentes da saúde mental acabam afetando os indivíduos, que ficam impossibilitados (temporária ou permanentemente) de exercer suas funções laborais.

Como cuidar da saúde mental:

Um primeiro passo é ter cautela com as expectativas. Criar metas que impliquem em mudanças de vida, rotina ou hábitos, sem o devido planejamento ou sem considerar as possibilidades reais e os recursos necessários, pode torná-las inatingíveis, gerando frustração e consequentemente sofrimento emocional.

É importante estabelecer metas tangíveis, com prazos mais curtos ou divididas em etapas. Não é necessário esperar uma época específica, como dezembro ou janeiro, para traçar planos ou avaliar o percurso, pois o que depende do comportamento pode ser buscado em qualquer momento do ano.

Ter uma atitude de autocobrança exagerada nesta época, poderá dificultar o reconhecimento dos esforços e conquistas ao longo do ano. O ideal é que o exercício de auto-observação seja cotidiano e realizado com generosidade e auto-acolhimento.

É natural que os acontecimentos, por vezes, não ocorram como esperado ou que as prioridades mudem no meio do caminho. Nesse caso, é fundamental reconhecer as qualidades, habilidades e recursos internos para lidar com as adversidades e, se necessário, “reprogramar a rota”.

É importante fazer atividades que tragam satisfação. Momentos de lazer, prática de hobbies, esportes ou atividade física propiciam bem-estar psíquico e são estratégias importantes para lidar com o estresse. Investir em bons hábitos alimentares e dormir bem também é essencial.

Para melhorar os padrões de sono, algumas estratégias de higiene do sono podem ajudar, tais como: ter uma rotina de horário para deitar e levantar, evitar o uso de equipamentos eletrônicos pelo menos 1h antes de ir para a cama, realizar atividades relaxantes preparatórias para o sono e manter o ambiente propício para dormir (escuro, silencioso, etc.).

Mantenha a consciência sobre os sentimentos. Identificar as emoções é fundamental para fazer mudanças em direção ao bem-estar, já que elas têm a função de comunicar sobre os gostos e necessidades individuais. Assim, ao reconhecer as emoções e o fluxo de pensamentos que as acompanham, é possível determinar de forma mais consciente o modo de agir e lidar com situações diversas.

Dê atenção ao momento presente. Pensar constantemente em coisas que já aconteceram ou poderão acontecer é um grande desencadeador de angústia. Portanto, é importante focar nas ações possíveis, naquilo que está no controle e aproveitar as experiências atuais.

O sofrimento emocional, associado ou não a um transtorno mental, pode ser prevenido ou atenuado se as pessoas conhecerem estratégias para cuidar da saúde mental. Reconhecer a presença dele é o primeiro passo para alcançar melhor qualidade de vida, pois a partir daí é possível buscar caminhos terapêuticos para lidar com os problemas emocionais.

Curiosidades

▶ O que é Janeiro branco?

O Janeiro branco é uma campanha ao estilo da Campanha Outubro Rosa e da Campanha Novembro Azul.

▶ Qual o seu objetivo?

O seu objetivo é chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas.

▶ Por que Janeiro branco?

Porque, no primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. E, como em uma “folha ou em uma tela em branco”, todas as pessoas podem ser inspiradas a escreverem ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida.

Com informações do Ministério da Saúde

A técnica de anestesia peridural, também conhecida como anestesia epidural, representa um método seguro no controle da dor, sendo fundamentada na administração de substâncias por via epidural.

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A área epidural é limitada anteriormente pelos corpos vertebrais, discos intervertebrais e o ligamento longitudinal posterior.

Essa região, acessada por meio de injeção ou via peridural, constitui uma forma de administração que envolve a introdução de substâncias no espaço situado entre a dura-máter e a parede do canal medular.

Comumente, são utilizados anestésicos locais em concentrações reduzidas e analgésicos da classe dos opióides para proporcionar alívio durante procedimentos médicos.

O sucesso desse procedimento depende do anestesiologista em depositar adequadamente a solução anestésica e de outros fatores, como a resposta individual do paciente, sua condição de saúde geral e possíveis interações medicamentosas.

Dentre os riscos associados, podem incluir-se complicações como reações alérgicas, hipotensão, cefaleia pós-punção e, embora raras, lesões nervosas.

Para entender mais sobre essa técnica anestésica, não deixe de acompanhar o texto!

Índice — Neste artigo você verá:

O que é a anestesia peridural? Como a anestesia peridural é aplicada? Quando a anestesia é indicada? Quais são as contraindicações? O que é a anestesia peridural? A anestesia peridural é uma modalidade de anestesia parcial que se destina a bloquear a sensação de dor em uma região específica do corpo. Este procedimento envolve a administração de um medicamento anestésico no espaço localizado entre as vértebras da coluna, visando atingir os nervos na medula.

Em alguns casos, é possível introduzir um cateter para a administração contínua de medicamentos, permitindo que a anestesia seja reaplicada conforme necessário durante o procedimento.

Um dos seus diferenciais é sua capacidade de ser mantida no pós-operatório por meio de um cateter de peridural, contribuindo para o controle da dor após a intervenção cirúrgica.

Notavelmente, essa técnica permite que o paciente permaneça acordado, preservando o nível de consciência, tornando-a a escolha padrão para analgesia durante o trabalho de parto normal.

Além de sua aplicação em procedimentos obstétricos, a anestesia peridural é frequentemente combinada com a anestesia geral em cirurgias extensas envolvendo a região do tronco e membros inferiores.

A eficácia dessa forma de anestesia está intimamente ligada aos efeitos fisiológicos resultantes do bloqueio, os quais variam de acordo com o nível alcançado pela injeção e a quantidade de agente anestésico administrado.

O cuidadoso gerenciamento desses parâmetros é fundamental para garantir uma anestesia peridural segura e eficaz.

Qual é a diferença entre raquidiana e peridural? A diferença principal é na profundidade de atuação entre as duas técnicas, que influencia diretamente a quantidade de medicamento necessário para alcançar o efeito desejado.

Na anestesia raquidiana, o paciente é submetido a uma única administração de fármacos. Uma característica da técnica é a utilização de uma quantidade significativamente menor de anestésico em comparação com a peridural.

Em contraste, a anestesia peridural, embora ofereça a vantagem da administração contínua por meio de um cateter, demanda uma quantidade maior de anestésicos devido à sua localização mais superficial no espaço epidural.

Como a anestesia peridural é aplicada? A administração desse tipo de anestesia envolve uma abordagem específica que leva em consideração a localização do espaço epidural e a minimização de riscos associados.

Podendo ser realizado a nível lombar ou torácico e é frequentemente aplicada em níveis lombares específicos, como L4 e L5.

Durante a administração, o paciente assume posições específicas, como a posição sentada ou em decúbito lateral. Com o intuito de facilitar a flexão e estabilização da coluna na área onde será realizada a punção, aumentando a distância no espaço intervertebral e permitindo um acesso mais eficiente com a agulha.

A agulha utilizada na anestesia epidural é geralmente mais grossa, sendo o tipo Tuohy, nos tamanhos 16G e 18G, uma escolha comum.

A técnica de inserção frequentemente empregada é a manobra de Dogliotti, que envolve a inserção da agulha entre os processos espinhosos das vértebras até que o médico encontre resistência.

Essa resistência indica que a agulha atingiu o nível do ligamento amarelo, e para atingir o espaço epidural, essa resistência precisa ser superada.

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Foto: divulgação

O Comitê de Operações Emergenciais (COE), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), se reuniu nesta quarta-feira (10) e emitiu uma orientação para que os grupos prioritários procurem os postos de saúde para tomar a vacina contra a covid-19. O chamamento é em virtude de que a maioria dos óbitos foi registrada nesse público. Em janeiro já foram notificadas duas mortes. Em todo o ano de 2023 foram registrados 76 óbitos, sendo 8 em dezembro.

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“A maioria desses óbitos são de pessoas com mais de 60 anos e com alguma comorbidade. Por isso essa orientação de quem estiver com a vacina em atraso que procure um posto de saúde”, afirma Cristiane Moura Fé, diretora de vigilância e atenção à saúde da Sesapi.

De acordo com o novo calendário adotado pelo Ministério da Saúde, fazem parte dos grupos prioritários, indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Para esta população o intervalo entre as doses da vacina deve ser de 6 meses.

Para os demais públicos, o intervalo será anual: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua.

O COE orienta ainda aos municípios que elaborem seus planos municipais de vacinação e divulguem os boletins semanais da doença. Quantos aos leitos, a Sesapi já iniciou a ampliação de leitos na capital e interior.

Notificações Apesar das notificações por covid-19 caírem na primeira semana de 2024, quando foram registrados 249 casos, uma queda de 8,5% em relação a última semana do ano, a taxa de positividade de exames realizados no Lacen saiu de 35% para 38,2% em relação a última semana do ano.

Ainda segundo os dados divulgados pelo COE, houve uma queda de 45% na demanda por testes de farmácia na primeira semana de 2024.

Vacinas A Sesapi já encaminhou aos municípios 30 mil doses de vacinas contra a covid-19 e nesta quarta-feira deve receber mais 40 mil doses do Ministério da Saúde.

Prevenção Na semana passada, o COE elaborou uma cartilha com orientações importantes para a população e poder público. As principais são: uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados e com aglomerações.

Em serviços de saúde, o uso de máscaras é obrigatório, especialmente para pessoas com sintomas gripais, casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, e para grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos.

Gestantes, idosos e imunossuprimidos são aconselhados a continuar utilizando máscaras em qualquer ambiente. Outra orientação de grande importância é que a população mantenha a higiene das mãos, seja com água e sabão ou álcool a 70%, como medida eficaz na prevenção.

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