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A “doença do tatu”, também conhecida como paracoccidioidomicose (PCM), é uma doença tropical infecciosa crônica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. A infecção inicial geralmente ocorre nos pulmões, mas também pode se espalhar para a pele, membranas mucosas e outras partes do corpo.

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As células especializadas que revestem as paredes dos vasos sanguíneos e linfáticos e eliminam os resíduos celulares (sistema reticuloendotelial) também podem ser afetadas pela paracoccidioidomicose. Se o paciente não receber tratamento, podem ocorrer complicações fatais. A maioria dos casos dessa doença ocorre nas Américas do Sul e Central.

Mais de 15.000 casos de paracoccidioidomicose foram registrados desde 1930. Muitos mais casos provavelmente ocorrem, no entanto, porque a doença é pouco reconhecida. Cerca de 80% dos casos registrados ocorreram no Brasil, o último deles sendo registrado na cidade de Simões, no Piauí.

Após ficar internado por vários dias, um rapaz de 16 anos morreu no sábado (20). Além dele, outras duas pessoas estão internadas por conta da doença e autoridades de saúde da região estão preocupadas com o avanço da infecção. A partir disso, a conscientização a respeito das formas de contaminação está sendo incentivada. A Secretaria de Saúde de Simões declarou em comunicado divulgado nesta quinta-feira que “a associação com o animal acontece porque o homem ao caçar tatus entra em contato com os buracos nos quais o solo se encontra contaminado pelo fungo”. Apesar disso, a doença não é transmitida da forma humano-humana, nem por animais. Os sintomas da paracoccidioidomicose pulmonar, na qual os pulmões são afetados, podem incluir tosse, dificuldade em respirar (dispneia), fadiga e/ou dor torácica. Adultos com essa forma do problema também podem ter alterações fibrosas e degenerativas nos pulmões que causam a perda progressiva da função pulmonar (enfisema).

Em algumas pessoas, esses sintomas progridem para uma condição conhecida como “cor pulmonale”. A doença cardíaca ocorre nessa condição devido à pressão arterial anormalmente alta dentro dos vasos que afastam o sangue dos pulmões e em direção ao coração.

Na paracoccidioidomicose mucocutânea, úlceras (lesões granulomatosas) aparecem nas membranas mucosas, especialmente as da boca e do nariz. Quando a infecção afeta o sistema linfático, o inchaço generalizado dos gânglios linfáticos (linfadenopatia) pode ocorrer em muitas áreas do corpo, especialmente no pescoço e na área das axilas (axila). Os linfonodos infectados podem se tornar dolorosos e produzir supuração (pus).

Na paracoccidioidomicose visceral, outros órgãos do corpo também podem estar infectados, incluindo o fígado, baço e/ou intestinos. As glândulas supra-renais podem ser particularmente suscetíveis a essa infecção. O envolvimento adrenal crônico pode causar níveis anormalmente baixos de hormônios adrenais.

Os profissionais de saúde avaliam os sintomas do paciente, bem como exames laboratoriais e exames de imagem, como raios-x de tórax, a fim de diagnosticar a paracoccidioidomicose. Muitas vezes, será realizada uma biopsia, que é a análise de uma pequena amostra da parte do corpo afetada. A amostra é enviada para um laboratório para uma cultura fúngica ou para ser examinada ao microscópio. Um exame de sangue também pode ajudar a diagnosticar a infecção.

Os medicamentos antifúngicos são os remédios mais eficazes para paracoccidioidomicose. Entre eles estão o itraconazol, o cetoconazol e o fluconazol. Formas alternativas podem ser administradas em pacientes com doença grave e que não podem ingerir outros medicamentos. Algumas delas suprimem os sintomas e interrompem o progresso da doença, mas não eliminam o fungo do corpo.

R7 Lorena

Foto: Reprodução/INFE

 

Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando uma artéria do cérebro fica bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral devido à perda de seu suprimento de sangue (infarto cerebral) e sintomas que ocorrem de repente.

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A maioria dos acidentes vasculares cerebrais é isquêmica (geralmente devido ao bloqueio de uma artéria), mas alguns AVCs são hemorrágicos (devido à ruptura de uma artéria). Ataques isquêmicos transitórios se assemelham a acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, exceto que nenhum dano cerebral permanente ocorre e os sintomas normalmente se resolvem dentro de uma hora.

Os sintomas ocorrem repentinamente e podem incluir fraqueza muscular, paralisia, sensação anormal ou perdida em um lado do corpo, dificuldade em falar, confusão, problemas de visão, tontura, perda de equilíbrio e coordenação e, em alguns derrames hemorrágicos, dor de cabeça súbita e severa.

Homens e mulheres que têm acidentes vasculares cerebrais muitas vezes sentem sintomas semelhantes, como queda do rosto, fraqueza do braço e dificuldade de fala. Outros sinais comuns incluem problemas de visão de um ou ambos os olhos e problemas de equilíbrio ou coordenação, mas alguns sinais de AVC em mulheres podem ser sutis o suficiente para serem despercebidos ou descartados. Isso pode levar a atrasos na obtenção de tratamentos sensíveis ao tempo e que salvam vidas.

Uma pesquisa publicada na revista “Circulation” pela American Heart Association (AHA) mostra que as mulheres muitas vezes se saem melhor ao identificar corretamente os sinais de um acidente vascular cerebral. Outro estudo de 2003 descobriu que 90 por cento das mulheres, em comparação com 85 por cento dos homens, sabiam que problemas de fala ou confusão súbita são sinais de AVC.

No entanto, o estudo também revelou que a maioria das mulheres e dos homens não consegue nomear todos os sintomas corretamente e identificar quando chamar os serviços de emergência. Apenas 17% de todos os participantes responderam à pesquisa.

As mulheres podem relatar sintomas não frequentemente associados a acidentes vasculares cerebrais nos homens. Estes podem incluir: náuseas ou vômitos; convulsões; soluços; dificuldade em respirar; dor; desmaio ou perda de consciência; fraqueza geral. Como esses sintomas são exclusivos das mulheres, pode ser difícil conectá-los imediatamente ao AVC. Isso pode atrasar o tratamento, o que pode dificultar a recuperação.

Caso a pessoa seja uma mulher e não tem certeza se seus sintomas são de um acidente vascular cerebral, ela deve entrar em contato com os serviços de emergência locais. Quando os paramédicos chegarem ao local, eles poderão avaliar os sintomas apresentados e começar o tratamento, se necessário.

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Foto: Reprodução/NCAZ

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou o balanço de vacinação no Dia D de Campanha contra Pólio e Multivacinação em Floriano. Ao todo, foram aplicadas 928 doses da vacina contra a poliomielite, também conhecida como VIP ou VOP, que protege a criança contra 3 tipos diferentes do vírus que causam esta doença, conhecida popularmente como paralisia infantil, em que pode haver comprometimento do sistema nervoso e levar à paralisia de membros e alterações motoras na criança.

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Em Floriano, todas as Unidades de Saúde da zona urbana permanecem vacinando de segunda à sexta-feira. A vacina contra a Poliomielite é indicada para todas as crianças menores de 5 anos de idade. As menores de 1 ano receberão a dose que estiver em atraso ou a vacina prevista na rotina. As crianças de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias devem receber uma dose extra da vacina pólio oral (gotinha), desde que já tenham recebido 3 doses da vacina inativada contra pólio (VIP). A meta é vacinar pelo menos 95% dessa população.

Já para a multivacinação, o público-alvo é formado por crianças e adolescentes de 2 meses a 14 anos, 11 meses e 29 dias. Estão disponíveis vacinas contra Meningite, Hepatite, Difteria, Pneumonia, Rotavírus, Febre Amarela, Sarampo, Caxumba, Rubéola, Varicela, HPV, entre outras. A estratégia é atualizar a caderneta de vacinação de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação.

Diversas pesquisas já mostraram que praticar esporte de maneira regular protege contra a Covid-19, mas quanto exercício é necessário? De acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (22), 150 minutos de atividade física moderada por semana ou 75 minutos de exercício forte são suficientes.

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O novo estudo, que envolveu pesquisadores do Hospital Universitário de Navarra, na Espanha, conclui que esses minutos de atividade física semanal não só reduzem o risco de infecção como também protegem contra as formas mais graves de Covid-19 (internação hospitalar e morte).

Esse levantamento, publicado no British Journal of Sports Medicine, reconhece que embora o benefício da atividade regular e da proteção contra a Covid-19 tenha sido estabelecido por vários estudos, ainda não está claro como ou por que essa proteção ocorre. Provavelmente, deve-se a fatores metabólicos e ambientais, segundo os cientistas.

Algumas pesquisas sugerem que a atividade física pode, em parte, impulsionar o sistema imunológico. Os autores do novo estudo analisaram informações de três grandes bases de dados de pesquisas relevantes publicadas entre novembro de 2019 e março de 2022, reunindo resultados de 16 relatórios que incluíam dados sobre 1.853.610 adultos (54% mulheres) com idade média de 53 anos.

A maioria dos estudos foi realizada no Brasil, Coreia do Sul, Inglaterra, Irã, Canadá, Reino Unido, Espanha, Palestina, África do Sul e Suécia.

A análise dos dados agrupados mostrou que, globalmente, aqueles que incluíam atividade física regular na rotina semanal tinham risco 11% menor de infecção pelo Sars-CoV-2, o coronavírus que causa a Covid-19.

Essas pessoas também tinham risco 36% menor de internação hospitalar, 44% menos probabilidade de desenvolver a doença grave e um risco 43% menor de morte por Covid-19 do que as pessoas fisicamente inativas. 

Os autores descobriram que o efeito protetor máximo ocorria a partir de cerca de 500 minutos de equivalente metabólico da tarefa (METs) por semana. Fazer esporte além desse tempo não significa mais proteção, de acordo com os especialistas.

MET é a quantidade de energia (calorias) gasta por minuto de atividade física, e 500 é equivalente a 150 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou 75 minutos de intensidade vigorosa, segundo o estudo.

Os autores advertem que essa conclusão se baseou em estudos de observação, avaliações dos níveis de atividade física e em dados de estudos das variantes Beta e Delta do coronavírus, mas não da Ômicron, o que pode distorcer um pouco os resultados.

Apesar dessa premissa, os cientistas argumentam que existem explicações biológicas plausíveis que mostram que o exercício regular de intensidade moderada pode ajudar a aumentar as respostas anti-inflamatórias do corpo, assim como a aptidão cardiorrespiratória e muscular, o que poderia explicar os seus efeitos benéficos na gravidade da Covid-19.

"As nossas conclusões ressaltam os efeitos protetores de uma atividade física suficiente como estratégia de saúde pública, com potenciais benefícios para reduzir o risco de Covid-19 grave", concluem os autores.

 

Agência EFE

Foto: Pixels