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O presidente da SBD-RJ (Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional RJ), Daniel Kendler, lembra, no Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, comemorado hoje (8), que o excesso dessa gordura no organismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame. Cerca de 40% da população brasileira têm colesterol elevado, de acordo com a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).

colesterol

Em entrevista à Agência Brasil, Kendler, endocrinologista e professor do Instituto de Educação Médica (Idomed) da Universidade Estácio de Sá, explicou que o colesterol é um tipo de gordura produzida tanto pelo próprio organismo quanto pela ingestão de alimentos. “Essa gordura é importante para a fabricação de hormônios, para a constituição de membranas celulares. Ela tem várias funções que são super importantes”. Já o excesso de colesterol, entretanto, principalmente do chamado colesterol LDL, ou colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como infarto e AVC ou derrame. O “colesterol bom” é conhecido como HDL. Segundo o endocrinologista, o excesso de colesterol pode se depositar nas paredes das artérias, fazendo com que elas fiquem obstruídas e o sangue pare de chegar ao coração; no caso das artérias cerebrais, pode ocorrer o AVC ou derrame cerebral. Combate

Para combater o excesso de colesterol, Daniel Kendler destacou a necessidade de melhorar a saúde do indivíduo como um todo. “Quando queremos melhorar o colesterol alto, logo pensamos nas medidas que evitam as doenças cardiovasculares: manter o peso adequado, fazer atividade física regular, não fumar, não ingerir bebida alcoólica em demasia. Tudo isso é importante para o indivíduo que tem colesterol alto. Porque a doença cardiovascular tem vários fatores de risco e temos que atacar todos eles”.

Outro orientação útil para a redução do colesterol alto é evitar o consumo de gorduras saturadas, principalmente gorduras de origem animal. “É o indicado para redução do colesterol”, afirmou o médico. Ele admitiu que, em alguns momentos, dependendo dos níveis de gordura, há necessidade do uso de medicamentos. “Mas vida saudável todo mundo pode e deve ter, independentemente de ir ao médico”.

A realização de exame de sangue anual para medir o colesterol é importante, lembrou o presidente da SBD-RJ. Isso se explica porque o colesterol alto não apresenta sintoma nenhum. A orientação é que, a partir de 40 anos de idade, ou antes, se a pessoa tiver outros fatores de risco, como obesidade, diabetes, história familiar, pressão alta, deve fazer, além da consulta, exame laboratorial para avaliar os níveis de colesterol.

Recomendação

Kendler ressaltou que não existe receita mágica, porque cada indivíduo é diferente. Mas a recomendação geral para evitar o colesterol alto é “não fume, beba com moderação, faça atividade física regular e tenha uma alimentação balanceada em relação à proteína animal, com pouca gordura saturada, muita fibra, vegetais, frutas”. Acrescentou que a proteína animal, com muita gordura, tende a aumentar o colesterol.

O especialista destacou que anualmente, no Brasil, as doenças cardiovasculares são as principais causas de óbitos registrados. Observou ainda que a hereditariedade também pode determinar o colesterol alto, mesmo em indivíduos que tenham hábitos saudáveis. É a chamada hipercolesterolemia familiar, comentou.

Agência Brasil

Foto: Freepik

 

Uma em cada oito pessoas infectadas com o coronavírus desenvolve pelo menos um sintoma de Covid-19 de longa duração, revelou nesta quinta-feira (4) um dos maiores estudos já feitos sobre a doença.

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Com mais de 500 milhões de casos de coronavírus registrados em todo o mundo desde o início da pandemia, surgiram preocupações sobre sintomas duradouros em pessoas com Covid de longa duração. Mas poucos estudos compararam pessoas com Covid prolongada àquelas que não foram infectadas.

Um novo estudo publicado por The Lancet pediu a mais de 76.400 adultos na Holanda que preenchessem um questionário online sobre 23 sintomas típicos de Covid prolongada.

Entre março de 2020 e agosto de 2021, cada participante respondeu ao questionário 24 vezes. Nesse período, mais de 4.200, ou 5,5%, relataram ter sido infectados pela Covid-19.

Desses, mais de 21% tiveram pelo menos um ou vários sintomas severamente aumentados três a cinco meses após a infecção.

No entanto, quase 9% das pessoas em um grupo de controle que não contraíram a Covid-19 relataram um aumento semelhante.

Isso sugere que 12,7% dos que tiveram Covid, quase um em cada oito, sofreram com sintomas de longo prazo, segundo o estudo.

Os pesquisadores também registraram sintomas antes e depois da infecção por Covid, permitindo a identificação exata do que estava relacionado ao vírus.

Eles determinaram que os sintomas comuns de Covid prolongada incluem dor no peito, dificuldades respiratórias, dores musculares, perda de paladar e olfato e fadiga.

Uma das autoras do estudo, Aranka Ballering, da Universidade de Groningen, na Holanda, afirmou que a Covid prolongada era "um problema urgente, com um custo humano crescente".

"Ao observar os sintomas em um grupo de controle não infectado e em indivíduos antes e depois de uma infecção por Sars-CoV-2, pudemos ver sintomas que podem ser resultado de aspectos de saúde não infecciosos da pandemia, como estresse causado por restrições e incertezas", acrescentou.

Os autores reconheceram que o estudo tem limitações por não abranger variantes tardias como a Delta ou a Ômicron e não coletar informações sobre sintomas como lapsos na mente, considerados típicos da Covid prolongada.

Christopher Brightling e Rachael Evans, especialistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que não estão envolvidos no estudo, disseram que foi "uma grande melhoria" em relação a estudos anteriores porque incluiu um grupo de controle de pessoas não infectadas.

AFP

Foto: Pixels

Após a primeira morte por varíola do macaco (monkeypox) no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o país vai comprar um medicamento que pode ser usado em pacientes com risco de evoluir para quadros graves.

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O princípio ativo tecovirimat (o nome comercial é Tpoxx) foi aprovado pela FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos) dos Estados Unidos em 2018 para tratamento de varíola humana, doença que, embora erradicada em todo o mundo, permanece como ameaça de ser usada como arma biológica.

Trata-se de um antiviral desenvolvido estrategicamente, mas que nunca teve a eficácia testada em humanos, já que o vírus da varíola não circula mais há décadas.

"A eficácia do Tpoxx contra a varíola foi estabelecida por estudos realizados em animais infectados com vírus que estão intimamente relacionados com o vírus que causa a varíola e baseou-se na medição da sobrevivência no fim dos estudos. Mais animais tratados com Tpoxx sobreviveram em comparação com os animais tratados com placebo", diz a FDA em nota.

Os testes que envolveram humanos foram apenas para atestar a segurança. Ao todo, 359 voluntários saudáveis, sem infecção por varíola, participaram do estudo.

"Os efeitos colaterais mais frequentemente relatados foram dor de cabeça, náusea e dor abdominal", acrescenta a FDA. Uso para varíola do macaco

Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) ressaltam que, naquele país, o tecovirimat pode ser usado em pacientes infectados por ortopoxvírus (mesma família), mas com um "protocolo de Novo Medicamento Investigacional de Acesso Expandido".

A modalidade permite, em determinados casos, "tratamento empírico primário ou precoce de infecções por ortopoxvírus não varíola, incluindo varíola do macaco, em adultos e crianças de todas as idades".

Com base nisso, os CDC entendem que os seguintes pacientes infectados pelo vírus monkeypox são elegíveis para o tratamento com tecovirimat:

  • indivíduos com doença grave (por exemplo, doença hemorrágica, lesões confluentes, sepse, encefalite ou outras condições que requerem hospitalização);
  • indivíduos com alto risco de doença grave (transplantados, com doença autoimune ou imunodeficiência);
  • populações pediátricas, particularmente pacientes com menos de 8 anos de idade;
  • mulheres grávidas ou que estejam amamentando;
  • pessoas com história ou presença de dermatite atópica, pessoas com outras condições esfoliativas ativas da pele (por exemplo, doença de Darier — ceratose folicular);
  • pessoas com uma ou mais complicações (por exemplo, infecção bacteriana secundária da pele; gastroenterite com náusea/vômito grave, diarreia ou desidratação; broncopneumonia; doença concomitante ou outras comorbidades);
  • pacientes com infecções aberrantes que envolvem a inoculação acidental do vírus nos olhos, boca ou outras áreas anatômicas onde a infecção pelo vírus monkeypox pode constituir um risco especial (por exemplo, genitais ou ânus).

A agência de saúde estadunidense acrescenta que o uso do tecovirimat pode encurtar a duração da doença e a disseminação viral.

Assim como as vacinas contra o vírus monkeypox, o antiviral será adquirido pelo Brasil por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

No entanto, ainda não foi informada a data em que os medicamentos chegarão ao país.

As primeiras vacinas devem estar disponíveis a partir de setembro, mas em quantidade limitada. O governo não planeja imunização em massa contra a varíola do macaco.

R7

Foto: divulgação

As primeiras vacinas contra a varíola do macaco (monkeypox) devem chegar ao Brasil em setembro, afirmou nesta sexta-feira (29) o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.

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Os imunizantes são fabricados pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic e serão adquiridos pelo governo brasileiro por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Medeiros disse que serão cerca de 21 mil doses em setembro e outras 29 mil em novembro, "ou vice-versa".

A estratégia de imunização adotada pelo Brasil será a mesma recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), não havendo qualquer perspectiva, neste momento, de vacinação em massa.

"A OMS não preconiza uma vacinação em massa. Então, a gente não está falando em uma campanha de vacinação, como nós falávamos, por exemplo, para Covid-19. São vírus absolutamente distintos, é uma clínica absolutamente distinta, um contágio diferente, uma letalidade...", explicou o secretário em entrevista coletiva nesta tarde.

Os imunizantes serão direcionados a profissionais da saúde que tenham contato com amostras de lesões de pacientes e também com contatos próximos de pessoas com diagnóstico da doença.

A vacina não possui registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas Medeiros lembrou que o órgão regulador criou uma força-tarefa nesta semana.

O grupo tem como objetivo "acompanhar, avaliar e atuar nos procedimentos para anuência em pesquisas clínicas e autorização de produtos de terapia avançada, medicamentos e vacinas para prevenir, tratar ou aliviar sintomas" da doença.

O secretário pontuou que a Bavarian Nordic não tem atualmente condições de fornecer grandes quantitativos de vacinas.

Outra vacina que poderia ser usada é a ACAM2000, produzida pela farmacêutica francesa Sanofi Pasteur.

Todavia, o Ministério da Saúde preferiu não investir neste imunizante por ser de vírus replicante.

"Depois da aplicação, forma uma pequena bolha, que tem o vírus. Não é a melhor plataforma de aquisição", disse Medeiros.

O CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, onde as duas vacinas estão aprovadas, ressalta que "há uma oferta maior de ACAM2000, mas esta vacina não deve ser usada em pessoas que têm certas condições de saúde, como um sistema imunológico enfraquecido, doenças de pele como eczema ou outras condições esfoliativas da pele ou gravidez". Varíola do macaco no Brasil

O Brasil contabiliza nesta sexta-feira 1.066 casos confirmados de varíola do macaco, sendo o sexto país do mundo em número de diagnósticos. Outros 513 casos suspeitos aguardam resultados de exames.

Medeiros afirmou que o perfil epidemiológico da doença se mantém semelhante ao observado em outros países. 98% dos pacientes são HSH (homens que fazem sexo com homens), com idade média de 33 anos e brancos.

"O perfil epidemiológico que nós descrevemos aqui no Brasil é comum a todos os países neste surto. Isso não quer dizer que ele [HSH] seja o único grupo de risco, porque o contato se dá por contato de pele, por contato íntimo", ponderou.

Em São Paulo, por exemplo, três crianças foram diagnosticadas com a doença, informou a prefeitura.

A primeira morte por monkeypox fora do continente africano foi registrada na quinta-feira (28), em Minas Gerais, e divulgada pelo Ministério da Saúde hoje.

O paciente era um homem de 41 anos com imunossupressão que fazia tratamento de câncer (linfoma).

R7

Foto: Eric Gaillard/Reuters