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A Universidade Yale, nos Estados Unidos, desenvolveu um estudo sobre o caso de um paciente de 60 anos de idade em tratamento de linfoma – um tipo de câncer do sistema linfático – que foi infectado pelo coronavírus e ficou por 471 dias seguidos com Covid-19, fato comprovado com testes PCR. Foram encontradas em circulação no sangue dele três linhagens do Sars-CoV-2.

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No ensaio, publicado nesta semana em pré-print e que ainda precisa ser analisado pela comunidade científica, os pesquisadores sugerem que as pessoas imunocomprometidas servem de hospedeiras para a evolução do patógeno da Covid-19.

De acordo com a publicação, dentro do organismo do paciente o vírus apresentou uma taxa evolutiva aproximadamente duas vezes maior que a taxa evolutiva global do Sars-CoV-2. Isso significa dizer que o genoma passa por mutações duas vezes mais rápido do que fora do organismo com doenças crônicas.

Essa evolução intra-hospedeiro levou ao surgimento e à persistência de pelo menos três genótipos distintos, o que sugere o estabelecimento de populações virais estruturadas, disseminando continuamente diferentes cepas na nasofaringe.

"Nossas descobertas demonstram que infecções crônicas não tratadas aceleram a evolução do Sars-CoV-2, proporcionando oportunidade para o surgimento de variantes geneticamente divergentes e potencialmente com muito transmissibilidade, como visto com Delta e Ômicron", escreveram os pesquisadores na publicação do artigo.

Vale ressaltar que o caso desse paciente não é caracterizado como Covid-19 longa, uma vez que os exames dele seguiram positivos. Já em pessoas com infecção duradoura o vírus não está mais ativo no organismo e só alguns sintomas são persistentes.

Histórico clínico O paciente foi diagnosticado com Covid a primeira vez em novembro de 2020. Na época, apresentou sintomas leves do trato respiratório superior, não precisou de oxigenação nem hospitalização. O homem permaneceu assintomático durante toda a infecção por Sars-CoV-2, sendo que última medição do estudo foi em março de 2022.

Sobre o tratamento de câncer, ele recebeu um transplante de células-tronco em 2019. No início de 2020, o paciente teve uma recaída e foi iniciado em um novo tratamento paliativo de quimioterapia. Até novembro de 2020 ele apresentou melhoras, quando teve nova recaída e foi infectado pelo coronavírus.

Fragilidade de imunocomprometidos Não é a primeira vez que cientistas falam sobre a possibilidade de os infectados com problemas no sistema imune serem o meio do aparecimento de novas variantes do Sars-CoV-2. No surgimento da Ômicron, pesquisadores sul-africanos especularam que a variante pode ter vindo de uma pessoa com doença crônica que teve Covid-19.

Cientistas acreditam que a evolução e a mutação do vírus em hospedeiro sejam maiores em indivíduos imunossuprimidos porque ele estaria sujeito a menos obstáculos genéticos, e isso poderia aumentar as possibilidades de recombinação do Sars-CoV-2.

R7

Foto: Freepik

A farmacêutica sueca De Faire Medical garante ter descoberto uma pílula 100% natural e vegana capaz de acabar com a ressaca após a ingestão de bebidas alcoólicas. O Myrkl, que começou a ser vendido em países da Europa, como Reino Unido, Itália, Alemanha e Suécia, promete "ajudar todos a acordar em seu melhor no dia seguinte, e não comprometer quem quer que seja", conforme site de venda do produto.

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De acordo com a empresa, a pílula decompõe até 70% do álcool após uma hora da ingestão e a ação é de 12 horas. Na prática, se alguém beber 50 ml de uma bebida com 40% de teor alcóolico, o que significa 20 ml de álcool puro, apenas 6 ml do álcool entrarão na corrente sanguínea. Vale ressaltar que o teor alcoólico das cervejas varia entre 4% e 10%.

Com a diminuição da absorção do álcool, reduz também aqueles efeitos de curto prazo da bebida, como euforia e menor ansiedade. A recomendação é que sejam tomadas duas cápsulas até uma hora antes do primeiro drinque. O suplemento é um probiótico e tem duas bactérias amigáveis ao intestino — Bacillus subtilis e Bacillus coagulans — produzidas a partir de farelo de arroz fermentado. Esses microrganismos decompõem naturalmente o álcool em água e dióxido de carbono.

Uma cápsula resistente a ácidos protege as bactérias dos ácidos naturais do estômago para que possam chegar ao intestino, onde é absorvida a maior parte do álcool pela corrente sanguínea.

A farmacêutica e o Instituto de Ciência e Saúde Pfützner, da Alemanha, fizeram uma pesquisa e a publicaram na revista Nutrition and Metabolic Insights. No estudo, foram observados 24 jovens saudáveis; um grupo tomou o suplemento e o outro, um placebo — remédio sem efeito — por sete dias.

R7

Foto: Freepik

Apesar de ser obrigatória para recém-nascidos, a vacina BCG - que protege contra as formas graves da tuberculose - tem registrado baixos índices de cobertura. Segundo o Datasus, do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal do imunizante caiu de 105%, em 2015, para 68,6% em 2021. A BCG faz parte do PIN (Programa Nacional de Imunização) e é indicada para ser aplicada logo após o nascimento da criança.

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Segundo a integrante do Departamento Científico de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Tania Petraglia, a vacina protege, principalmente, contra a tuberculose miliar, que ocorre quando o bacilo entra na corrente sanguínea e chega a todos os órgãos, com risco de meningite. A BCG também protege contra outras formas graves de tuberculose, como a pulmonar.

Tania lamentou a baixa cobertura no país e fez um apelo à população. “Faço uma chamada para a vacinação de todas as faixas etárias de 0 a 100 anos e um pouquinho. As vacinas são uma forma de proteção coletiva”.

Na avaliação da especialista, há uma falha em garantir essa vacinação na atenção primária. “Falta uma intervenção do ponto de vista municipal mais efetiva”, afirmou.

Intradérmica

A vacinação com a BCG é recomendada desde o nascimento para crianças que tenham peso igual ou superior a dois quilos. De dose única, a BCG deve ser aplicada até o primeiro mês de vida do bebê, porque a incidência das formas mais graves da tuberculose costuma ocorrer enquanto a criança ainda é bem nova. Não há impedimento, porém, para que indivíduos de qualquer idade se vacinem, embora o grau de proteção seja menor.

Segundo Tania, a BCG é uma vacina intradérmica e, por isso, deixa uma marca no braço da criança. As demais vacinas são intramusculares ou intracutâneas, de mais fácil aplicação.

Tania Petraglia informou que até bem pouco tempo, quando a vacina não ocasionava marca no braço, era recomendada a revacinação. “Agora, não é preciso repetir”. Basta apresentação do documento que comprove a imunização.

Contraindicações

As imunodeficiências graves são contraindicadas para a vacinação, além de tratamento por quimioterapia ou radioterapia e lesão de pele no local de aplicação. Do mesmo modo, não devem tomar a BCG crianças com HIV positivo. Já os filhos de portadores desse vírus que não tenham sido expostos à doença podem e devem ser vacinados, indicou a pediatra.

Fábrica

Hoje, 1º de julho, é o Dia da Vacina BCG. O nome é derivado do Bacilo de Calmette Guérin, que foi introduzido no Brasil no final dos anos de 1920, a partir de uma doação do Instituto Pasteur de Lille, da França, onde foi desenvolvido, em 1921, pelos pesquisadores Léon Calmette e Alphonse Guérin.

A BCG tem sido regularmente utilizada na população brasileira desde os anos de 1930, produzida em fábrica da FAP (Fundação Ataulpho de Paiva).

A fundação, no entanto, teve suas atividades de fabricação e comércio de produtos farmacêuticos interditadas, em 2019, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que considerou que a fábrica oferecia risco à saúde e não estava alinhada com as normas de BPF (Boas Práticas de Fabricação).

Para a SBP, a vacina BCG é muito importante para a saúde de crianças e adultos e o produto brasileiro é considerado um dos melhores do mundo. Para Tania, com o fechamento da Fundação Ataulpho de Paiva, está na hora de o Brasil investir em um parque industrial que atenda às necessidades para fabricação desse imunizante no país.

Desabastecimento

No dia 29 de maio, várias entidades médicas enviaram carta ao Ministério da Saúde alertando sobre a falta de vacina BCG nos postos de saúde do país. A carta foi assinada pela SBP, Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), REDE-TB (Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose), SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e SBMT (Sociedade Brasileira de Medicina Tropical).

Em resposta, o Ministério da Saúde informou, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, que espera normalizar a distribuição das vacinas a partir de setembro. No momento, o quantitativo médio disponibilizado para cada estado é de 500 mil doses ao mês, contra 1 milhão de doses, disponibilizadas anteriormente.

Agência Brasil

Foto: Divulgação MCTIC