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pfizr8semnUm intervalo de oito semana entre a primeira e segunda duas doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 proporciona um nível maior de anticorpos do que um intervalo mais curto, concluiu um estudo britânico, embora haja uma queda brusca nos níveis de anticorpos após a primeira dose.

O estudo pode ajudar a traçar estratégias de vacinação contra a variante Delta, que reduz a eficácia de uma primeira dose da vacina contra a covid-19, ainda que duas doses sejam eficientes na proteção.

"Para o intervalo mais longo de doses, os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta foram induzidos de maneira fraca após uma única dose, e não se mantiveram durante o intervalo até a segunda dose", apontaram os autores do estudo, que está sendo conduzido pela Universidade de Oxford.

"Após duas doses da vacina, os níveis de anticorpos neutralizantes eram duas vezes maiores após o intervalo mais longo de doses se comparado com o intervalo mais curto."

Os anticorpos neutralizantes são considerados importantes no papel de construir imunidade contra o coronavírus, mas não agem sozinhos, já que as células T também desempenham um papel.

O estudo descobriu que os níveis gerais de células T eram 1,6 vez menor com um intervalo longo se comparados com o cronograma mais curto de entre 3 a 4 semanas, mas que uma proporção mais alta era de células T "ajudantes", que fortalecem a memória imunológica.

Os autores enfatizaram que qualquer um dos intervalos produziu uma resposta forte de anticorpos e de células T no estudo feito com 503 profissionais de saúde.

A bula do imunizante sugere que o intervalo entre as aplicações seja de 21 dias, mas Brasil, Reino Unido, Canadá, França e Alemanha optaram por ampliar esse período para 12 semanas.

Reuters com R7

Foto: DADO RUVIC/REUTERS

pulmaoMais de 3,5 milhões de pessoas podem ter um grau de cicatrização pulmonar pós-covid-19, indica um estudo da King's College London, no Reino Unido. Pesquisadores da universidade vão realizar o primeiro estudo no mundo de um tratamento para o problema à base de terapia celular.

O estudo de fase 1 vai avaliar a segurança e a eficácia do método. A terapia celular reverte a fibrose pulmonar usando células do corpo, chamadas de monócitos e macrófagos, projetadas em laboratório para ter propriedades antifibróticas.

Com o nome derivado do grego, no qual 'macro' significa grande e 'fago' significa comer, os macrófagos são um tipo de glóbulo branco com poder de devorar o tecido celular e o excesso de fibrose formado nos pulmões lesados ​​à medida em que cicatrizam durante a infecção aguda de covid, destacam os pesquisadores. O estudo ressalta que essa cicatriz causa um declínio na função pulmonar, provocando uma redução debilitante da capacidade respiratória a longo prazo, interferindo na qualidade de vida desses pacientes.

A pesquisa, chamada de Monaco, utiliza terapia celular desenvolvida em um laboratório de ponta do Reino Unido do NIHR Guy's e St Thomas 'Biomedical Research Center (BRC).

Cinco pacientes com fibrose pulmonar após recuperação de covid-19 já receberam o tratamento experimental no Centro de Pesquisa Clínica (CRF) do NIHR no Guy's Hospital, segundo a King's College.

Antes da pandemia, Ashish Patel, principal autor do estudo, desenvolvia conjuntamente com o cirurgião vascular Bijan Modarai, um tratamento de terapia celular para pacientes com doença vascular periférica para prevenir a amputação. Assim que a pandemia teve início e, com ela, o surgimento crescente de casos de fibrose pulmonar pós-covid-19, os pesquisadores decidiram redirecionar o potencial da terapia para esse problema.

"Nossa pesquisa está focada no desenvolvimento de novas terapias avançadas e sua tradução do laboratório para o leito. A distribuição bem-sucedida dessa terapia celular experimental em pacientes é um marco importante no estabelecimento de sua segurança, antes de ser considerada para o tratamento de um grande número de pacientes afetados pela doença", afirmou Patel, por meio de nota.

R7

Foto: Pixabay

vac1doseMesmo após a primeira dose da vacina anticovid, é necessário manter o uso de máscara, o distanciamento social e fazer a higienização das mãos com álcool gel.

Isso porque, segundo a infectologista Sylvia Lemos Hinrichsen, consultora de biossegurança da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), dispensar as medidas de proteção após a primeira dose não só aumenta o risco de contágio, como também contribui para que a pandemia siga em descontrole.

“Quanto mais tempo o vírus circula, há mais chances dele sofrer mutação e criar novas cepas, que podem alterar [o efeito] das vacinas e aí novos testes serão necessários para ver qual é o nível de eficácia. O processo é longo e é preciso que as pessoas pensem em se vacinar, sem escolher vacinas, pois uma vacina boa é aquela que a gente toma mais rápido”, destaca a especialista.

No caso da variante Delta, por exemplo, um estudo publicado pela revista científica Nature mostrou que apenas uma dose da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca não foi capaz de neutralizar a ação da nova cepa no organismo dos pacientes vacinados.

Além disso, a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, explica que uma pessoa só está imunizada contra o coronavírus depois de completar o esquema vacinal e, no Brasil, apenas a vacina da Janssen é aplicada em dose única.

“Uma pessoa só é considerada imune após 15 dias da aplicação da segunda dose. Uma dose da vacina não é suficiente nem para garantir a proteção, nem para prevenir contra as formas graves da doença. Então, as medidas de proteção se mantêm necessárias para continuarmos tendo bons resultados da vacinação”, explica a especialista.

Vale ressaltar que as vacinas em aplicação contra a covid-19, apesar de protegerem contra casos graves e mortes pela doença, não são 100% eficazes e também não impedem que uma pessoa se contamine ou transmita o coronavírus. Não se trata de uma exclusividade destas vacinas, mas de todas.

A especialista também destaca que só será possível relaxar o uso das medidas não farmacológicas de proteção quando o país atingir uma imunidade coletiva. Atualmente, apenas 21% da população vacinável recebeu as doses completas ou a dose única da vacina da Janssen.

“Temos que pensar no nosso papel como cidadãos também. Enquanto não tivermos uma proteção coletiva, você poderá se infectar e mesmo que você não adoeça [ou seja assintomático], ainda pode transmitir o vírus”, ressalta Mônica.

R7

Foto: Stephane Mahe / Reuters

remediocoviddA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, na segunda-feira (19), pedido de uso emergencial do medicamento sotrovimabe para tratar de pacientes com covid-19. A farmacêutica Glaxo Smith Kline Brasil fez a requisição junto à agência.

O fármaco é um anticorpo monoclonal, proteína produzida em laboratório que ajuda o sistema imunológico a combater vírus, bactérias e câncer por meio do reconhecimento de antígenos, e não teve exames clínicos testados no Brasil.

Nas primeiras 24 horas, a agência faz a triagem do processo para confirmar a entrega de todos os documentos necessários para avaliação do pedido. Caso faltem dados importante, a Anvisa pode solicitá-las ao laboratório.

O prazo de análise é de 30 dias e não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela Agência dentro do processo.

No dia 26 de maior, a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) aprovou o uso emergencial do medicamento para tratar a covid-19 de leve a moderada em pessoas com 12 anos ou mais.

R7

Foto: Handout Via Reuters