Na tarde da sexta-feira (07), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) recebeu o secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Luiz Carlos Everton de Farias, para discutir uma parceria voltada ao fortalecimento do Programa “Acredita no Primeiro Passo”. A iniciativa tem como objetivo oferecer crédito acessível, com taxas de juros reduzidas, prazos flexíveis e apoio técnico especializado para pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que buscam iniciar ou expandir seus negócios.

Durante a reunião, a reitora Nadir Nogueira apresentou um panorama das ações já em curso na UFPI, alinhadas aos objetivos do projeto, e aproveitou para enfatizar o papel da Instituição na promoção da mobilidade social, na redução da pobreza e no combate à fome, com foco no desenvolvimento sustentável e na inclusão social.

Por sua vez, o secretário Luiz Carlos destacou a relevância dessa parceria como um catalisador para a transformação social.

“O eixo do programa “Acredita no Primeiro Passo” é capacitar as pessoas, qualificá-las e prepará-las para o emprego e empreendedorismo. A Universidade é a detentora do conhecimento, e acreditamos que, com cursos de curta duração, podemos transformar muitas vidas”, explicou Luiz Carlos .

A reitora também mencionou os debates em andamento na Universidade sobre a criação de um curso focado em inteligência artificial, uma área estratégica para o avanço econômico e social do país.

"É preciso, realmente, inovar para que a gente possa avançar e superar dificuldades do ponto de vista econômico e social, e a academia tem um papel predominante nesse processo", concluiu Nadir.

Essa parceria reflete o compromisso da UFPI e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome em unir forças para promover a inclusão e o crescimento sustentável, gerando novas perspectivas para os cidadãos do Piauí.

Também estiveram presentes o vice-reitor da UFPI, Edmilson Miranda; o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Marcos Lira; o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Rodrigo Veras; a pró-reitora de Ensino de Graduação, Gardênia Pinheiro; o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitário, Emídio Matos; Hugo Marini, no exercício da Pró-Reitoria de Administração; Daniel Louçana, no exercício da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura; o prefeito universitário, Marco Antônio Mastrângelo; a superintendente de Tecnologia e Informação, Clédjan Costa; o superintendente de Recursos Humanos, Alexandre Rabêlo; o presidente da Copese, Mykael Cardoso; a psicóloga do NAU/UFPI, Rafaella Santiago; o diretor do Departamento de Apoio ao Empreendedorismo do MDS, Alison Ramon Santos; e o Ex-secretário de Planejamento do Piauí, César Fortes.

Ufpi

O Instituto Federal do Piauí divulga o resultado final da votação do processo eleitoral de membros para Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CIS-PCCTAE/IFPI) e da subcomissão de representantes dos campi e reitoria para o biênio 2025-2027.

Confira o resultado.

Ifpi

Alunas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, foram responsáveis por apresentar suas pesquisas no II Seminário Piauiense de Hanseníase, no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O evento, foi promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) em parceria com outras instituições, como Fiocruz, Morhan, Ciaten, na qual contou com diversas discussões sobre a temática.

enfermagem

“ Foi extremamente importante levar para uma público fora de Parnaíba composto por autoridades de saúde profissionais que possam realmente conhecer o trabalho que é executado aqui hospital Colônia do carpina“, pontuou Ana Paula Fontenele, estudante de enfermagem que apresentou o projeto no seminário de hanseníase.

A pesquisa foi resultado de um projeto já em execução sobre as incapacidades físicas das pessoas que moram no hospital Colônia. Ana Paula descreveu que o hospital funcionava como um leprosário, na qual as pessoas diagnosticadas eram isoladas compulsoriamente nesses locais em determinadas situações de maneira tardia, assim, alguns pacientes haviam um grau de incapacidade bem elevado.

“Descobri que a Colônia é muito centrada em Parnaíba.Pessoas de fora da cidade não sabem que ela ainda existe, que funciona e há uma equipe multiprofissional disponível 24 horas para os pacientes e até mesmo para as comunidades externa”, frisou a estudante.

A aluna Kaylane Oliveira apresentou sua pesquisa sobre relatos de experiências de vivências no Hospital Colônia do Carpina eela destacou os impactos da negligência e do preconceito vivido por uma população em isolamento por anos, ressaltado também pela aluna Ana Paula. “Minha participação no evento contribuiu para mostrar aos profissionais e demais ouvintes a realidade do hospital Colômbia e dos moradores”. Segundo Kaylane, os ouvintes ficaram impressionados com as histórias. Ela ainda reforça que o tema, na qual envolve os moradores da Colônia, foi realizado em um momento necessário.

“A participação das alunas no II Seminário Piauiense sobre Hanseníase foi extremamente enriquecedora, pois proporcionou uma imersão em saberes atualizados, trocas de experiências exitosas e contato com profissionais experientes na área”, afirmou a professora de enfermagem Rayla Maria Pontes, que também destacou a relevância dos projetos, na qual possibilita aos discentes aprendizados práticos e reflexivos. “Essa integração fortalece a formação dos futuros enfermeiros, capacitando-os para um atendimento mais qualificado e sensível às necessidades dos pacientes”, disse a professora.

Em suas palavras, a professora Gerarlene Guimaraes ratificou a contribuição das pesquisas científicas para o aprimoramento do conhecimento técnico, sensibilização para o estigma e preconceito, que permitem que estudantes interajam com profissionais experientes na temática.

“Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (2024) houve uma taxa de detecção no Piauí de 22,73 casos novos/100.000.00 habitantes no ano de 2022, apresentando-se endêmica no Estado. Assim sendo, a participação das alunas da graduação de enfermagem neste seminário foi de grande relevância, contribuindo para uma visão holística sobre a doença, diagnóstico, tratamento e cura”, concluiu a professora que relatou que o seminário consolidou o aprendizado das alunas que estudaram sobre doença.

Tema da pesquisa Ana Paula Fontenele: AVALIAÇÃO DERMATONEUROLÓGICA EM PESSOAS COM LIMITAÇÕES DECORRENTES DA HANSENÍASE EM UM EX-HOSPITAL COLÔNIA

autores: Ana Paula Fontenele Sampaio, Ananda Moraes Manda, Joselyne Val de Oliveira e Rayla Maria Pontes Guimarães Costa

Tema da pesquisa: VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM COM PESSOAS RESIDENTES DE UM EX-HOSPITAL COLÔNIA: relato de experiência.

autores: Kaylane dos Santos Oliveira, Clarisse Maria de Brito Oliveira, Gerarlene Ponte Guimarães Santos e Rayla Maria Pontes Guimarães Costa

Uespi

Professoras do Departamento de Enfermagem do Campus Ministro Petrônio Portella da Universidade Federal do Piauí (UFPI) participam de um projeto de pesquisa internacional em parceria com a Faculdade de Enfermagem da Universidade de Saskatchewan (USask), no Canadá. O estudo, intitulado “Visão de Esperança em Enfermagem: Fortalecimento e Desenvolvimento de uma Comunidade Acadêmica e de Pesquisa Norte-Sul para Apoiar Pessoas em Circunstâncias de Vida Complexas", busca promover a equidade em saúde e ampliar a colaboração acadêmica entre os dois países.

As professoras Francisca Tereza de Galiza e Lívia Carvalho Pereira, do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da UFPI, integram a equipe do projeto, que foi submetido e financiado pelo Global Engagement Fund do College of Nursing 2024, da USask.

O projeto foi idealizado e é liderado pela pesquisadora Sithokozile Maposa, docente da Faculdade de Enfermagem da USask e referência internacional na área. Também participa o pesquisador associado da USask, José Diego, enfermeiro com formação internacional e graduado pela UFPI e USask.

Segundo Sithokozile Maposa, a parceria Brasil-Canadá oferece uma oportunidade única de colaboração acadêmica e científica: "Nossa parceria nos proporciona uma visão de esperança na enfermagem e nos permite trabalhar juntos por meio de pesquisa e mentoria recíproca. O objetivo é desenvolver abordagens de advocacy para reduzir barreiras estruturais e sistêmicas que marginalizam pessoas em circunstâncias de vida complexas, como jovens mulheres, idosos e minorias étnicas que enfrentam insegurança habitacional, alimentar ou condições de saúde estigmatizadas, como HIV e uso de substâncias."

A pesquisa pretende criar um ambiente de aprendizado e apoio, onde enfermeiros e estudantes possam colaborar, trocar conhecimentos e desenvolver soluções baseadas em evidências para lidar com desafios na área da saúde. A abordagem do projeto segue o modelo de Comunidade de Prática, promovendo a enfermagem baseada em forças e respeitando filosofias culturais diversas.

Contribuição brasileira

A professora Tereza Galiza destaca que a iniciativa fortalece a internacionalização das atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFPI: "O reconhecimento da equipe canadense em relação às nossas pesquisas e projetos de extensão voltados para a saúde de populações vulneráveis é um grande avanço. O projeto também apoia nossa discente Aélya Drisana, do PPGENF/UFPI, em sua pesquisa de mestrado sobre o tema no Piauí."

A professora Lívia Carvalho ressalta o impacto da pesquisa para a saúde da mulher: "A integração com pesquisadores do Canadá possibilita um intercâmbio de conhecimento que fortalece a pesquisa e pode impactar políticas públicas voltadas para a saúde e qualidade de vida das mulheres."

O pesquisador José Diego Marques, egresso da UFPI e integrante da USask, enfatiza a importância da colaboração entre as universidades: "É um prazer unir as perspectivas canadense e brasileira para fortalecer a pesquisa e o cuidado de enfermagem voltado a pessoas em circunstâncias de vida complexas."

Parceria e cronograma

O projeto será desenvolvido entre fevereiro de 2025 e dezembro de 2026 e contará com sessões regulares de produção científica, apresentações e reuniões mensais. A expectativa é que essa colaboração internacional contribua para um sistema de saúde global mais equitativo e resiliente, promovendo avanços significativos na enfermagem e no atendimento a populações vulneráveis.

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