A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) divulgou o Edital PREG/UESPI Nº 004/2025, que convoca os candidatos aprovados no Processo Seletivo para Portador de Curso Superior. As matrículas institucionais deverão ser realizadas online entre os dias 12 e 13 de fevereiro de 2025, através do site sigpreg.uespi.br/outroseditais.
Os candidatos deverão preencher os formulários eletrônicos e enviar a documentação solicitada dentro do prazo estabelecido.
O Piauí classificou 22.462 estudantes matriculados em escolas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para a segunda fase da Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA Brasil), o que representa 37% dos 60.317 participantes em todo o país. O número coloca o estado entre os principais polos de formação em Inteligência Artificial na Educação Básica.
A segunda fase, realizada de forma virtual até 15 de fevereiro, aprofunda o conhecimento técnico e a aplicação da IA no cotidiano. Os estudantes também debatem questões sociais, políticas e de segurança relacionadas ao tema.
A disciplina de Inteligência Artificial faz parte da grade curricular das Escolas Seduc, tornando o Piauí um dos pioneiros na área. O Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, atribui o desempenho aos investimentos em tecnologia e capacitação de professores.
"O Piauí é pioneiro e se tornou referência na Educação de IA. Estamos preparando nossos estudantes para o futuro com uma formação de qualidade", afirma o Secretário.
A competição
A ONIA Brasil busca popularizar o ensino de Inteligência Artificial, inseri-la no currículo escolar e identificar talentos para representar o país em competições internacionais.
Organizada pelas plataformas EduSpace, H2IA/UFPel e IIA/LNCC, a olimpíada tem quatro fases. A primeira, realizada entre novembro e dezembro de 2024, apresentou conceitos básicos da tecnologia. Nessa etapa, o Piauí teve 92.882 inscritos.
Os classificados disputarão, na fase nacional, uma prova prática no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ). Os melhores avançam para a final mundial, que ocorrerá em Pequim, em agosto de 2025.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) deu início às inscrições para a 1ª chamada do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos, de Divulgação Científica e Tecnológica (PAP). O programa visa fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico no estado, incentivando a troca de conhecimentos por meio de eventos especializados.
Os interessados em submeter propostas para eventos que ocorrerão entre 1º de abril e 30 de junho de 2025 têm até o dia 7 de fevereiro de 2025 para realizar a inscrição. As propostas devem ser submetidas eletronicamente através do sistema SIGFAPEPI, disponível no site da Fapepi.
O coordenador da proposta deve ser vinculado formalmente a uma instituição de ensino médio, técnico, tecnológico, superior ou de pesquisa, pública ou privada, sem fins lucrativos, situada no Piauí, e deve possuir, no mínimo, o título de especialização. A instituição responsável pela execução do evento deve estar cadastrada no Diretório de Instituições do SIGFAPEPI, sendo uma Instituição Científica, Tecnológica e/ou de Inovação (ICT), ou uma entidade administrativa vinculada à educação, ciência ou tecnologia no estado.
O evento deve ser realizado no Piauí, obedecer aos parâmetros estabelecidos pela Resolução FAPEPI 003/2022 e ocorrer de forma presencial ou semipresencial, com início durante os períodos especificados nas chamadas.
Próximas Etapas Com o aumento do orçamento este ano, a Fapepi pretende apoiar um número maior de eventos. Nesta edição, a Fundação destinará R$ 1 milhão ao programa, um significativo aumento em relação aos R$ 600 mil investidos em 2024.
Serão três chamadas para submissão de propostas:
A 2ª chamada será voltada para eventos a serem realizados entre 1º de julho e 30 de setembro de 2025, com inscrições abertas de 10 a 24 de março de 2025. A 3ª chamada atenderá eventos programados para ocorrer entre 1º de outubro de 2025 e 31 de março de 2026, com submissão de propostas entre 19 de maio e 3 de junho de 2025.
Fomento à Ciência e Inovação
O PAP é uma das principais iniciativas da Fapepi para apoiar congressos, seminários, simpósios e outros eventos que promovem o avanço da ciência e da tecnologia no estado. Seu objetivo é consolidar o Piauí como um ambiente propício ao desenvolvimento científico, tecnológico e inovador, estimulando a pesquisa e a disseminação do conhecimento científico.
Os recursos do programa têm como finalidade apoiar ações que incentivem a interação entre a comunidade científica e a sociedade, fortalecendo a pesquisa e a inovação em todas as regiões do estado.
Em 2024, o Piauí registrou mais de 15 mil casos de dengue e 24 mortes provocadas pela doença. Para colaborar com a popularização de conhecimentos a respeito da doença, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) promove, por meio de suas diversas unidades, ações para reforçar à comunidade interna e também à população em geral a necessidade de redobrar os cuidados com a dengue, especialmente, com o início do período chuvoso. São mobilizações em escolas, treinamentos e oferta de cartilhas, divulgação de atualização de pesquisas contra a doença e formações a autoridades de saúde em municípios.
Educação em Saúde nas Escolas
Uma das ações realizadas enfatizam a educação de saúde voltada ao público escolar. O projeto de extensão “Era uma Vez na Escola: prevenindo infecções por meio da educação em saúde”, tendo à frente a professora Daniela Freitas, docente do Departamento de Parasitologia e Microbiologia do CCS, leva conhecimento e diálogo a escolas municipais, produzindo um ambiente lúdico para favorecer aprendizado sobre a dengue.
“Tudo que a criança aprende na escola, ela leva pra casa de alguma forma e ela vai discutir isso com a família, ela vai interagir com a família. Então não é um conhecimento que fica só restrito a escola. A criança é um dos maiores propagadores, um dos maiores carreadores de conhecimento que tem e é por isso que a gente trabalha também na escola”, explica a coordenadora do projeto, Profa. Daniela Freitas.
O projeto tem participação de alunos de graduação de Enfermagem, Nutrição, Odontologia, Medicina e Biologia. Prevê treinamentos com equipes pedagógicas, atividades lúdicas, palestras com pais e responsáveis e a produção e distribuição de materiais educativos.
Por meio de visitas às escolas, é disponibilizada a cartilha trilíngue ‘Ensinando sobre a dengue na comunidade: informações sobre a doença, o vetor e as medidas de prevenção’, material produzido pelos alunos de pós-graduação em enfermagem da UFPI e de outras universidades.
A cartilha traz, em forma de narrativa ilustrada, informações sobre a compreensão dos sintomas, diagnóstico, tratamento e, as medidas de prevenção. “É importante a gente trabalhar nas escolas, chamar a atenção das crianças para prevenção, porque você prevenindo evita custos de hospitalização, evita custos para o Estado no tratamento, e também evita evasão escolar, evita que essas crianças tenham problemas em casa com os seus pais”, explica a coordenadora do Projeto, Professora Daniela Freitas.
Acesse a cartilha aqui.
Diálogo com municípios
Outra linha de ação na Universidade é a promoção de ações que auxiliem gestores a elaborar políticas públicas eficazes contra a dengue com base em conhecimento científico. O Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN) deve iniciar nas próximas semanas treinamentos voltados a gestores estaduais e municipais com informações sobre as intervenções mais eficazes, com base em evidências científicas.
“Realizamos uma análise detalhada de todas as revisões sistemáticas disponíveis sobre o tema, classificando as intervenções existentes de acordo com a qualidade das evidências e sua eficácia comprovada. Avaliamos se os estudos que embasam essas intervenções possuem rigor metodológico suficiente para serem recomendados”, explica o Coordenador Científico do CIATEN, Bruno Aguiar.
Entre as ações do CIATEN voltadas à dengue, está a elaboração de um mapa de evidência, que traz uma lista de estratégias eficazes contra a arbovirose para auxiliar gestores na definição mais eficaz de políticas públicas para enfrentamento da doença.
Em um esforço para alinhamento da ciência e políticas públicas, o CIATEN também organiza reuniões temáticas com gestores, chamadas de diálogos deliberativos. A pesquisadora da UFPI e integrante do CIATEN, Lilian Caternacci, explica que a ideia é discutir, com os municípios onde os casos de dengue e de outras arboviroses estão elevados, quais intervenções podem ser implantadas para impactar a saúde da população com redução efetiva de casos.
“A gente conversa com eles (os gestores) sobre o que precisaria chamar mais atenção. Sem dúvida nenhuma, vacina é o que precisa realmente a gente estar atento para fazer. Outra coisa é intensificar a colocação de telas de proteção nas casas. Já o uso do fumacê, que todo mundo acha que vai resolver o problema, não é algo indicado com efeito realmente positivo. Então ele até pode ser usado, mas em determinadas condições de análise”, explica a pesquisadora da UFPI e integrante do CIATEN, Lílian Catenacci, ao explicar que a programação dessas reuniões em 2025 será anunciada em breve.