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O sexo biológico de doadores de sangue não tem influência sobre a sobrevivência de receptores nas transfusões de glóbulos vermelhos, diz um novo ensaio clínico que deixa para trás algumas evidências que sugeriam o contrário.

Estudos observacionais anteriores sugeriam que diferenças relacionadas ao sexo, como os níveis hormonais no sangue, podem afetar a sobrevivência do receptor e apontavam que doadoras mulheres poderiam causar mais mortes entre estes, mas os resultados têm sido contraditórios. O novo estudo, conduzido em um ensaio clínico com mais de 8,7 mil pacientes, descobriu que este não é o caso.

A equipe de pesquisadores canadenses coliderada por Dean Fergusson, da Universidade de Ottawa, se propôs a responder a questão, e o estudo foi publicado no "New England Journal of Medicine". A pesquisa não descobriu "nenhuma diferença estatisticamente significativa na sobrevivência geral entre receptores de sangue de doadores masculinos e receptores de sangue de doadores femininos."

A abordagem envolveu o registro de todos os pacientes adultos no Hospital Ottawa que poderiam precisar de uma transfusão, escolhendo-os aleatoriamente para receber sangue de doadores dos sexos masculino ou feminino e, em seguida, coletando dados de bancos de dados hospitalares existentes e registros de províncias.

Como o sangue de doadores masculinos e femininos é considerado equivalente, os pacientes não precisavam dar consentimento por escrito para participar do ensaio, mas tinham a opção de desistir após a primeira transfusão.

Com esta abordagem "pragmática", a equipe foi capaz de inscrever 8.719 participantes em seu estudo aleatório e duplo-cego (nem os pesquisadores nem os participantes sabem a que grupo de tratamento pertencem) em pouco mais de dois anos.

Agência EFE

O café é uma bebida de extrema popularidade no Brasil e no mundo. Segundo o CNC (Conselho Nacional do Café), as primeiras mudas foram trazidas ao país em 1727 — o auge da produção foi entre 1800 e 1930, no conhecido ciclo do café. Há quem ame, há quem odeie, mas o cafezinho é um consenso nos lares, escritórios e restaurantes — dificilmente você encontrará um lugar que não tenha. Neste 14 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Café e, a seguir, o R7 lista alguns dos benefícios para a saúde e o bem-estar que a bebida proporciona:

Mantém a pressão arterial baixa

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bolonha e do Hospital Universitário da Policlínica Bologna-Sant'Orsola, ambos na Itália, mostrou que pessoas que bebem café regularmente têm a pressão arterial mais baixa, quando comparadas àquelas que não bebem. A pesquisa, publicada na revista Nutrients em janeiro, analisou a pressão de 720 homens e 783 mulheres, assim como o hábito de consumo de café, comparando a cada um. Os resultados confirmaram que a pressão arterial periférica foi significativamente menor em indivíduos que consumiam de uma a três xícaras de café por dia do que naqueles que não tomavam café. O efeito também foi verificado na pressão aórtica central, aquela próxima ao coração. Assim, foram confirmados os efeitos benéficos do café para a redução de doenças cardiovasculares.

Pode reduzir o risco de diabetes tipo 2

Um estudo financiado pelo Isic (do inglês, Instituto de Informações Científicas sobre Café) constatou que a bebida está ligada a uma possível redução do risco de DM2 (diabetes mellitus do tipo 2). Os dados foram publicados no periódico Clinical Nutrition. A partir da análise de dados, os pesquisadores concluíram que o aumento de uma xícara por dia no consumo de café diminuía de 4% a 6% o risco do desenvolvimento de DM2. Além disso, foi percebida menor resistência à insulina e maiores concentrações de adiponectina, hormônio que regula o metabolismo da glicose e dos lipídios, demonstrando efeitos anti-inflamatórios e sensibilizadores da insulina. De toda forma, é preciso ficar atento para não exagerar no açúcar no cafezinho.

Diminui os sintomas de asma

Pesquisas publicadas nos periódicos científicos JAMA (Jornal da Associação Médica Americana), em 1999, e Gastroenterology, em 2002, mostraram que pessoas que consomem moderadamente café têm 30% menos risco de desenvolver sintomas de asma. A bebida possui efeitos broncodilatadores.

Reduz o risco de lesões renais

Um estudo publicado em 2022 no Kidney International Reports mostrou que o café reduz o risco de lesões renais. O estudo, que contou com a participação de mais de 14 mil adultos entre 45 e 64 anos, constatou que um maior consumo da bebida diminuiria tal risco e que poderia ter efeitos protetores cardiorrenais.

Menor risco de Parkinson

Outro estudo publicado no JAMA, em 2000, mostrou que homens que consumiam pelo menos três ou quatro xícaras de café por dia apresentavam um risco cinco vezes menor de desenvolver Parkinson, quando comparados àqueles que não bebiam.

Reduz a incidência de depressão Um pesquisa publicada no Psychopharmacology, em 2002, demonstrou que doses moderadas de cafeína aumentavam a disposição e o bom-humor. Estudos publicados no periódico European Journal of Pharmacology, do mesmo ano, e na revista Neuroreport, em 2003, mostraram que o ácido cafeico possui efeito ansiolítico e antidepressivo, quando administrados em animais submetidos ao estresse. Todavia, a bebida é contraindicada para pessoas com transtorno de ansiedade, incluindo síndrome do pânico, em um contexto de crises.

Efeito protetor no fígado Um estudo publicado no científico Journal of Hepatology, em 2007, concluiu que o café tem um efeito protetor no fígado em relação ao desenvolvimento de cirrose hepática e cirrose alcoólica. As pesquisas publicadas no European Journal of Epidemiology, em 2000, e na revista Gastroenterology, em 2005, comprovaram, também, que a bebida diminuiria os níveis de duas enzimas marcadoras de doenças hepáticas.

R7

Os planos do Ministério da Saúde para a vacinação contra a Covid em 2023 têm como principal proposta o uso da vacina bivalente da Pfizer como um reforço para grupos específicos (confira quais).

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O imunizante, que protege contra a cepa original e as variantes BA.4 e BA.5 da Ômicron, começou a ser aplicado no dia 23 de fevereiro. Apesar de concentrar as atenções, é importante que todas as faixas etárias mantenham a vacinação em dia.

Atualmente, o Brasil tem disponível imunizantes de quatro fabricantes: do Butantan (CoronaVac), Fiocruz (AstraZeneca), BioNTech (Pfizer) e Johnson & Johnson (Janssen).

AstraZeneca: usa uma tecnologia chamada vetor viral, em que um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés foi modificado geneticamente para receber material genético do Sars-CoV-2 (causador da Covid) e para estimular o sistema imunológico contra ele.

CoronaVac: utiliza o vírus inativado (incapaz de causar doença) que, ao ser injetado no organismo, induz uma resposta imunológica.

Pfizer/BioNTech: consiste em uma estratégia de RNA mensageiro, ou mRNA. Esse RNA "ensina" as células a produzirem proteínas que estimulam a resposta do sistema imune ao coronavírus. Há a Pfizer baby (para crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses), pediátrica (para crianças de 5 a 11 anos), adulto (a partir de 18 anos) e bivalente (para todo o grupo prioritário). O que muda é a cor do frasco e a dosagem de cada uma.

Janssen: assim como a AstraZeneca, usa vetor viral – um adenovírus geneticamente modificado para não se replicar em humanos, com a proteína de pico (spike) do coronavírus. Apesar de a disponibilidade das vacinas e dos reforços ser realizada pelas secretarias de saúde do estado, conforme a demanda da região, o esquema recomendada para cada faixa etária pelo Ministério da Saúde é de:

  • 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias – três doses
  • Entre 3 e 4 anos, 11 meses e 29 dias – esquema primário (duas doses) + reforço
  • De 5 a 11 anos de idade – esquema primário + reforço
  • De 12 a 17 anos de idade – esquema primário + reforço
  • De 18 a 39 anos de idade – esquema primário + reforço
  • De 40 a 59 anos – esquema primário + dois reforços
  • Acima de 60 anos – esquema primário + dois reforços + reforço bivalente
  • Transplantados ou imunocomprometidos graves – três doses + reforço + reforço bivalente

Confira abaixo quais imunizantes são recomendados em cada caso:

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esqumavac

 

R7

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) assinou nesta quarta-feira (12), em Pequim, um acordo de cooperação na área de ciência e tecnologia com a instituição chinesa CAS-TWAS Centro de Excelência para Doenças Infecciosas Emergentes (CEEID, na sigla em inglês). Entre as medidas, está prevista a criação do IDRPC (Centro Sino-Brasileiro de Pesquisa e Prevenção de Doenças Infecciosas). Uma sede vai ser em Pequim e a outra no Rio de Janeiro, no Campus Manguinhos.

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A parceria é voltada especialmente para prevenção e controle de pandemias e epidemias, bem como de doenças infecciosas. Entre elas, Covid-19, influenza, chikungunya, zika, dengue, febre amarela, oropouche e tuberculose. Também existe o compromisso de desenvolver bens públicos de saúde global, como testes de diagnósticos rápidos, terapias, vacinas e fármacos.

“Além da cooperação já em curso no campo da genômica, nós também queremos dar um caráter mais tecnológico a essa parceria e desenvolver produtos para a saúde. Também estamos considerando fazer editais conjuntos relacionados a projetos específicos e aumentar o fluxo de pesquisadores entre a China e o Brasil. E um dos pontos de destaque é a realização de um seminário até o último trimestre deste ano ou primeiro trimestre do ano que vem, para que identifiquemos pontos de conexão e potenciais contratos”, disse o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

“Este acordo reforça a cooperação em saúde pública”, comentou Shi Yi, diretor-executivo do CEEID. Tanto a sede em Pequim como a no Rio de Janeiro vão ter pesquisadores dos dois países. Além da troca de conhecimentos e tecnologias, estão previstos projetos conjuntos, como o desenvolvimento de novas vacinas, anticorpos terapêuticos e medicamentos para doenças infecciosas agudas e crônicas, além de colaborações em medicina tropical. Em Pequim, o centro funcionará no Instituto de Microbiologia. No Brasil, ficará no prédio do CDTS (Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde), ainda em construção, com previsão de entrega no fim de 2024.

“Pela primeira vez vamos estabelecer dois centros físicos, que serão usados por pesquisadores brasileiros e chineses. Estamos transformando eventos que eram de curta duração, como as visitas de pesquisadores, em atividades permanentes. A ideia é ter aqui cientistas chineses por longos períodos, um mês, um ano, dois anos”, disse Carlos Morel, coordenador do CDTS. Intercâmbio de conhecimento

Com relação às trocas de conhecimento, a China tem interesse especial na produção da vacina contra a febre amarela, tecnologia que a Fiocruz já domina há um tempo. As obras chinesas de infraestrutura na África aumentaram, e trabalhadores do país asiático têm contraído a doença. Para o Brasil, é interessante ter acesso ao processo de produção do IFA (ingrediente farmacêutico ativo), usado em vacinas como a da Covid-19. istórico científico

Brasil e China começaram a se aproximar mais no campo científico com a visita de uma delegação liderada pelo cientista George Fu Gao, então diretor do CDC/China (Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças), em junho de 2017. No mesmo ano, Gao e Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz à época, assinaram um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e tecnologia. Participaram também o ministro da Saúde no Brasil, Ricardo Barros, e o vice-ministro chinês, Guoqiang Wang. Desde então, comunicações entre os cientistas dos dois países têm aumentado, com a realização de seminários, artigos e intercâmbios acadêmicos.

Agência Brasil

Foto: Divulgação/Bernardo Portella/Fiocruz