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Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado nesta semana na revista científica The Lancet associou dois poluentes específicos – ozônio e material particulado fino – aos ataques de asma não virais em crianças e adolescentes que vivem em áreas urbanas de baixa renda.

poluiçao

Os cientistas identificaram alterações moleculares nas vias aéreas causadas pela presença dessas duas substâncias nos voluntários da pesquisa, o que sugere possíveis mecanismos para as crises asmáticas.

Foram acompanhadas 208 crianças, entre 6 e 17 anos, com propensão a ataques de asma e que moravam em regiões mais pobres de nove cidades dos EUA.

Os pesquisadores ainda validaram as descobertas em um segundo grupo de 189 pessoas com idades entre 6 e 20 anos que vivem em áreas de baixa renda de outras quatro cidades norte-americanas.

A associação foi feita a partir da comparação entre os relatos de crises dos jovens, o rastreamento diário da qualidade do ar nos lugares onde viviam os voluntários, e a constatação que os episódios de asma não eram virais.

Os pesquisadores descobriram que os ataques de asma foram causados pela poluição e não por vírus em quase 30% das crianças, o que significa de duas a três vezes maior do que a proporção observada em crianças que não vivem em áreas urbanas.

Segundo os autores, as crises foram localizadas especificamente nos lugares com níveis elevados de partículas finas e ozônio no ar externo.

De acordo com Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o material particulado fino é uma "mistura de partículas sólidas e gotículas líquidas encontradas no ar. Algumas, como poeira, sujeira, fuligem ou fumaça, são grandes ou escuras o suficiente para serem vistas a olho nu. Outras são tão pequenas que só podem ser detectados usando um microscópio eletrônico."

“A forte associação que este estudo demonstra entre poluentes atmosféricos específicos e as crianças de comunidades urbanas empobrecidas e ataques de asma não viral aumenta ainda mais a evidência de que a redução da poluição do ar melhoraria a saúde humana”, disse Hugh Auchincloss, diretor interino do NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA).

De acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, a crise de “asma é um quadro clínico no qual as passagens aéreas do pulmão se estreitam. Quando as vias aéreas estão estreitadas, fica difícil respirar.”

O estudo também relacionou os dois poluentes a alterações distintas nas vias aéreas das crianças que podem desencadear um ataque de asma, de acordo com autor principal da pesquisa, Matthew Altman, professor Escola de Medicina da Universidade de Washington.

Essa é uma das primeiras vezes que níveis elevados de poluentes atmosféricos distintos em locais urbanos específicos foram associados ao risco de ataques de asma.

A análise de células nasais obtidas das crianças mostrou ainda que altos níveis desses poluentes mudaram geneticamente os agentes que causam a inflamação das vias aéreas.

Os resultados podem levar a tratamentos que neutralizam os efeitos nocivos da poluição do ar nas vias aéreas humanas.

R7

foto: analogicus/Pixabay

Ter um envelhecimento mais saudável é uma preocupação para grande parte dos brasileiros. Entre diversos tratamentos de alto custo, pesquisadores encontraram uma solução mais acessível e barata: beber água.

Um estudo dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicado na eBioMedicine, mostrou que adultos que ficam hidratados parecem viver por mais tempo e de forma mais saudável — tornam-se menos propensos a desenvolver doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, diabetes e demência.  "Os resultados sugerem que uma hidratação adequada pode retardar o envelhecimento e prolongar uma vida livre de doenças", disse a autora do estudo, Natalia Dmitrieva, em comunicado.

No total, a pesquisa contou com 11.255 adultos e se estendeu por um período de 30 anos. Os cientistas analisaram as ligações entre os níveis séricos de sódio (que aumentam quando há uma menor ingestão de líquido) de cada voluntário e diversos indicadores de saúde.

Eles também avaliaram as informações dadas pelos voluntários após cinco consultas médicas, duas delas quando eles estavam com 50 anos e as demais na faixa etária entre 70 e 90 anos.

Foram excluídas do estudo as pessoas que tinham doenças subjacentes, como obesidade, que poderiam afetar os níveis séricos de sódio. Para entender a ligação da boa hidratação com o envelhecimento mais saudável, os autores revisaram 15 marcadores de saúde, entre eles a pressão arterial sistólica, colesterol e açúcar no sangue, que mostram como está o funcionamento do sistema cardiovascular, respiratório, metabólico, renal e imunológico.

O estudo também ajustou os resultados a diversos fatores, como idade, raça, tabagismo e hipertensão.

Os resultados demonstraram que adultos que mantiveram os níveis mais altos de sódio sérico (o comum é entre 137 mEq/L e 142 mEq/L) mostravam sinais de envelhecimento precoce.

Por exemplo, uma pessoa com nível de 142 mEq/L, considerado normal, teve uma possibilidade de 10% a 15% maior de não corresponder a sua idade cronológica e ser biologicamente mais velho.

Já aqueles que mantiveram as faixas em 144 mEq/L (acima do recomendado) tiveram a probabilidade aumentada para 50%, quando comparados aos que permaneceram no nível normal.

Não apenas isso, as taxas entre 144,5 mEq/L e 146 mEq/L foram associadas a um aumento de 21% do risco de morte prematura, também quando comparadas às médias normais.

Adultos com níveis acima de 142 mEq/L também enfrentaram um aumento de 64% no risco de desenvolver doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, AVC (acidente vascular cerebral), fibrilação atrial, doença arterial periférica, doença pulmonar crônica, diabetes e demência.

R7

Profissionais de saúde brasileiros da rede pública apresentam indicadores negativos de saúde e bem-estar mental na pandemia de Covid-19. Segundo um estudo da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), 86% deles sofrem com burnout e 81%, com estresse.

Má qualidade de sono, sintomas depressivos e dores pelo corpo também foram frequentemente reportados. Por outro lado, a maioria desses trabalhadores vê grande sentido nos serviços que prestam à sociedade. “No momento temos uma fotografia da situação, o que não nos permite afirmar que a pandemia é responsável pelos resultados encontrados. Mas acreditamos que o impacto especialmente pesado da Covid-19 no país contribuiu para índices tão ruins”, argumenta Tatiana de Oliveira Sato, professora do Departamento de Fisioterapia e do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar.

“Acreditamos que a pandemia influenciou negativamente esses resultados. A sobrecarga no trabalho, as decisões difíceis e os dramas vivenciados afetaram consideravelmente os profissionais de saúde, especialmente os que atuaram na linha de frente”, diz Sato. No artigo publicado, os autores escrevem que o Brasil é a nação com o maior número de mortes entre profissionais de saúde.

“A ideia original da pesquisa surgiu pouco antes da Covid-19. Mesmo fora do contexto da pandemia, esses profissionais lidam com muitas demandas e responsabilidades e queríamos avaliar o efeito disso no bem-estar físico e mental”, relata a pesquisadora. “Mas, com a chegada do SARS-CoV-2, o projeto acabou mensurando o efeito da emergência sanitária na saúde desses trabalhadores”, completa. “No momento temos uma fotografia da situação, o que não nos permite afirmar que a pandemia é responsável pelos resultados encontrados. Mas acreditamos que o impacto especialmente pesado da Covid-19 no país contribuiu para índices tão ruins”, argumenta Tatiana de Oliveira Sato, professora do Departamento de Fisioterapia e do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar.

“Acreditamos que a pandemia influenciou negativamente esses resultados. A sobrecarga no trabalho, as decisões difíceis e os dramas vivenciados afetaram consideravelmente os profissionais de saúde, especialmente os que atuaram na linha de frente”, diz Sato. No artigo publicado, os autores escrevem que o Brasil é a nação com o maior número de mortes entre profissionais de saúde.

“A ideia original da pesquisa surgiu pouco antes da Covid-19. Mesmo fora do contexto da pandemia, esses profissionais lidam com muitas demandas e responsabilidades e queríamos avaliar o efeito disso no bem-estar físico e mental”, relata a pesquisadora. “Mas, com a chegada do SARS-CoV-2, o projeto acabou mensurando o efeito da emergência sanitária na saúde desses trabalhadores”, completa.

Agência Fapesp

A Fundação Câncer desenvolveu uma pesquisa inédita mostrando que 50% dos casos de neoplasia do colo do útero — lesões pré-câncer causadas pelo HPV — são diagnosticados em fase avançada no Brasil. 

De acordo com o documento, esse dado sugere falhas no diagnóstico precoce desse tipo de tumor, o que implica diretamente na maior mortalidade e na menor sobrevida de mulheres que apresentam essa doença.  Luiz Antonio Santini, ex-diretor do Inca (Instituto Nacional do Câncer) e pesquisador associado ao Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), ressaltou: "O câncer do colo do útero tem ligação direta com o HPV. Vale ressaltar que não há correlação do câncer do colo do útero com o envelhecimento populacional, mas sim com a ausência de detecção precoce, diagnóstico e tratamento oportuno."

O levantamento analisou 174.952 mulheres, sendo 112.823 com câncer de colo de útero, e 62.129 mulheres com HPV e foram consideradas as bases de dados enviadas por mais de 300 hospitais para o Integrador de Registros Hospitalares de Câncer (iRHC), de 2005 até 2019. 

O câncer no colo do útero é considerado um problema de saúde pública no Brasil e está entre as cinco enfermidades de maior incidência entre as brasileiras. É a quarta causa de morte por câncer em mulheres no país.

R7