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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira, dia 17 de novembro, a primeira importação por pessoa física de cannabis in natura produzida no Uruguai. O texto considera os requisitos definidos pela Resolução RDC nº 660, de 30 de março de 2022, e libera a importação de produtos conforme prescrição de profissional legalmente habilitado.

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Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN), a cannabis medicinal pode impactar tratamentos e pesquisas clínicas em dezenas de especialidades médicas e beneficiar mais de 18 milhões de brasileiros. Até o momento, estima-se que apenas 50 mil brasileiros tenham acesso ao produto.

Com validade de 2 anos a partir de sua publicação, a medida cita a planta produzida pela PUCMED, empresa uruguaia licenciada e autorizada pelo Ministério de Agricultura (MGAP) e o IRCCA a cultivar, comercializar e exportar cânhamo Industrial e Cannabis Medicinal. “A partir desta intermediação, estima-se um faturamento de mais de 600 mil dólares por ano para o setor, com previsão de aumento exponencial”, comenta o CEO da PUCMED, Dr. Alfonso Cardozo.

Toda a consultoria e receituários aprovados no documento foram feitos com intermediação da Anna Medicina Endocannabinoide, primeira startup brasileira a inaugurar um espaço físico sobre o tema no país. “Nosso propósito é desmistificar o acesso e o uso da cannabis medicinal, promovendo qualidade de vida, bem-estar e segurança para os pacientes”, diz a CEO e Co-Fundadora da Anna Medicina Endocannabinoide, Kathleen Fornari.

3 min de leitura R7

Foto: reprodução

Um estudo publicado nesta semana na revista Radiology, da Sociedade Radiológica da América do Norte, concluiu que indivíduos que fumam maconha tiveram uma taxa de enfisema pulmonar e inflamação das vias aéreas maior do que aqueles que consumiam apenas tabaco.

A equipe conduzida pela pesquisadora Giselle Revah, da Universidade de Ottawa, no Canadá, analisou resultados de tomografias computadorizadas de tórax de 56 fumantes de maconha, de 33 fumantes apenas de tabaco e de outros 57 não fumantes.

Eles verificaram que 75% dos usuários de cannabis apresentavam enfisema. Entre os que fumavam tabaco, eram 67%. Apenas 5% dos não fumantes tinham a doença.

Segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, "enfisema é definido como a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares (as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões) e alargamento de muitos dos alvéolos".

Pacientes com esses quadros costumam ter como principal sintoma a dificuldade para respirar.

O enfisema parasseptal, que danifica os minúsculos dutos que se conectam aos alvéolos nos pulmões, foi o subtipo de enfisema predominante em fumantes de maconha em comparação com o grupo apenas de tabaco, descreve o estudo.

A inflamação das vias aéreas também foi mais frequente entre usuários de maconha, assim como a ginecomastia, condição em que o tecido mamário masculino é aumentado devido a um desequilíbrio hormonal.

Os pesquisadores mostraram que 38% dos usuários de cannabis tinham ginecomastia, em comparação com 11% dos fumantes apenas de tabaco e 16% dos não fumantes.

A pesquisadora Giselle Revah se mostrou surpresa com os resultados, tendo em vista que os pacientes que relatavam apenas o consumo de tabaco o faziam havia um longo período.

“O fato de que nossos fumantes de maconha — alguns dos quais também fumavam tabaco — tiveram achados adicionais de inflamação das vias aéreas/bronquite crônica sugere que a maconha tem efeitos sinérgicos adicionais nos pulmões acima do tabaco”, afirmou a médica em comunicado.

Uma das explicações, segundo os autores, é que a maconha é normalmente fumada sem filtro, o que resulta em que mais partículas atingem as vias aéreas.

Eles também consideram que a maconha é inalada com uma respiração mais longa e maior volume de sopro do que o tabaco.

“Foi sugerido que fumar um cigarro de maconha deposita quatro vezes mais partículas no pulmão do que um cigarro comum de tabaco. Essas partículas provavelmente são irritantes das vias aéreas", complementou Giselle.

O pequeno número de pacientes estudados é uma das limitações do trabalho, mas a autora principal reforça que novas pesquisas são necessárias no futuro para estabelecer a relação entre a forma como as pessoas fumam cigarro ou maconha e eventuais danos pulmonares.

R7

Um sensor inteligente para curativos indica o quão bem uma ferida está cicatrizando medindo seu nível de pH. A tecnologia foi inventada por três estudantes da Polônia e ganhou o prestigioso prêmio James Dyson Award International deste ano.

curativo

O SmartHEAL é um curativo que monitora a condição de feridas crônicas e pode detectar infecções sem ser removido e romper o tecido.

"Toda vez que você tira o curativo, está introduzindo novos patógenos, arriscando infecções, interrompendo o tecido, retardando o processo de cicatrização e, o mais importante, é muito desconfortável para os pacientes. É doloroso. Portanto, com o SmartHeal, você pode ver por baixo do curativo sem tirá-lo", disse Tomasz Raczynski, um dos três alunos de doutorado da Universidade de Tecnologia de Varsóvia que inventaram o SmartHEAL, à Reuters.

O SmartHEAL fornece aos médicos e pacientes dados importantes – o nível de pH de uma ferida – que pode dizer a eles como uma ferida está cicatrizando. A equipe diz que ouviu falar sobre a ligação entre o pH de uma ferida e o processo de cicatrização e percebeu que poderia resolver o problema, que o Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia diz afetar cerca de 2% das pessoas nos países desenvolvidos.

“Nossa invenção é baseada em um sensor de pH integrado ao gesso e esse sensor de pH nos permite verificar o estado da ferida crônica e informar ao usuário se ele deve trocar o curativo ou manter o curativo na ferida”, disse Dominik Baraniecki.

Cada curativo possui um monitor eletrônico de pH impresso no tecido e uma antena RFID que se comunicará com um celular ou tablet colocado próximo a ele. A equipe diz ter conseguido desenvolver um sistema que pode ser produzido em massa com os processos atuais da indústria têxtil a um custo de apenas alguns centavos cada.

"A melhor parte de tudo isso é que, mesmo com nossos protótipos, estamos usando a mesma tecnologia de fabricação usada na indústria têxtil, na produção em massa", disse Piotr Walter, um eletroquímico.

Ao contrário das feridas que cicatrizam em um ritmo normal, as feridas crônicas precisam ser mantidas cobertas, o que torna difícil saber se precisa de atenção sem perturbá-lo para examiná-lo.

O erro mais comum na cicatrização de feridas é trocar o curativo com muita frequência, o que pode levar a doenças graves ou morte, diz a equipe.

Os pesquisadores planejam usar o prêmio em dinheiro de US$ 35.000 para iniciar os ensaios clínicos e esperam concluir o processo de certificação a tempo de começar a vender os curativos SmartHEAL em 2025.

reuters

Foto: Reprodução/Reuters