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delanoA Prefeitura de Divinópolis, a 120 km de Belo Horizonte, rebateu um vídeo publicado em redes sociais por um médico da cidade que questionava a eficácia da vacina CoronaVac.

Na gravação, Delano Santiago, que trabalha em uma clínica particular e em um posto de saúde público, afirma que, seis meses após receber o imunizante, fez um teste para medir o nível de anticorpos e que o percentual teria ficado abaixo do indicado.

No entanto, a prefeitura questionou os argumentos apresentados pelo médico. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os órgãos reguladores "desaconselham a realização de testes de dosagem de anticorpos neutralizantes para avaliar a proteção imune contra Covid-19 gerada por meio dos imunobiológicos". Para refutar a teoria do profissional, o município citou nota técnica da Sociedade Brasileira de Imunizações. O documento divulgado no último dia 26 de março destaca que "os estudos de avaliação de eficácia vacinal baseados em testes sorológicos têm demonstrado grandes variações em diferentes cenários epidemiológicos frente às diferentes vacinas, complicando ainda mais a interpretação dos resultados de mensuração de anticorpos neutralizantes".

A Secretaria de Saúde também citou outro relatório da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), publicado no início de junho, destacando que ainda não há estudos que indicam a quantidade de anticorpos neutralizantes necessária para garantir a proteção contra a covid-19.

"Os imunobiológicos em uso no Brasil passaram por análise e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os municípios brasileiros devem seguir o esquema vacinal e dosagem estabelecidos pela Anvisa e que foram definidos após estudos clínicos específicos", defendeu a prefeitura.

Investigação

A prefeitura informou à reportagem que avalia as circunstâncias em que o vídeo do médico Delano Santiago foi gravado. Caso tenha relação com a atuação do especialista na unidade de saúde pública, o município irá abrir um procedimento contra ele. A reportagem procurou o médico para comentar o assunto, mas aguarda retorno.

R7

Foto: reprodução redes sociais

spuntinikUma única dose da vacina Sputnik V pode desencadear uma forte resposta imune contra o coronavírus. Isso é o que mostrou um estudo realizado na Argentina e publicado na terça-feira (13) no periódico Cell Reports Medicine.

A pesquisa foi feita com 289 profissionais de saúde. Três semanas após a segunda dose, todos os voluntários sem infecção anterior geraram anticorpos imunoglobulina G (IgG) específicos para vírus, o tipo mais comum de anticorpo encontrado no sangue.

Cerca de 94% desses participantes desenvolveram anticorpos IgG contra o vírus três semanas após terem recebido a primeira dose e 90% apresentaram evidências de anticorpos neutralizantes, que interferem na capacidade dos vírus de infectar as células.

A pesquisa ainda revela que os níveis de IgG e anticorpos neutralizantes em participantes previamente infectados foram significativamente maiores após uma dose do que em voluntários totalmente vacinados sem histórico de infecção. Uma segunda dose não aumentou a produção de anticorpos neutralizantes em voluntários previamente infectados.

"Isso destaca a resposta robusta à vacinação de indivíduos previamente infectados, sugerindo que a imunidade adquirida naturalmente pode ser aumentada o suficiente por uma única dose, de acordo com estudos recentes usando vacinas de mRNA", afirmou a autora do estudo Andrea Gamarnik da Fundación Instituto Leloir-CONICET, em Buenos Aires, na Argentina.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação e uso da Sputnik V no Brasil com restrições para sete estados: Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá, Paraíba e Goiás.

Pesquisas anteriores mostram que duas doses de Sputnik V oferecem 92% de eficácia contra a covid-19. O resultado desse estudo aponta que uma única dose alcançaria maior benefício para a saúde pública do que duas doses, permitindo a proteção de uma população maior mais rapidamente, descrevem os pesquisadores.

"Devido ao fornecimento limitado de vacinas e à distribuição desigual de vacinas em muitas regiões do mundo, as autoridades de saúde precisam urgentemente de dados sobre a resposta imune às vacinas para otimizar as estratégias de vacinação", disse Andrea. "Os dados revisados ​​por pares que apresentamos fornecem informações para orientar as decisões de saúde pública à luz da atual emergência global de saúde", acrescentou.

R7

Foto: ZOLTAN BALOGH/MTI/MTVA/POOL VIA REUTERS

O laboratório ReiThera anunciou nesta segunda-feira (12) que a candidata a vacina italiana contra a Covid-19 produziu uma resposta de anticorpos em 93% dos voluntários em um ensaio clínico após a primeira dose, e em 99% após a segunda dose.

O imunizante está na fase dois de testes clínicos e, segundo a empresa, "as respostas de anticorpos (contra a proteína spike Sars-CoV-2 foram alcançadas em mais de 93% dos voluntários por três semanas após a primeira dose, atingindo 99% após a segunda dose".

Cinco semanas depois da primeira vacinação, o nível de anticorpos que se ligam à proteína Spike e neutralizam o vírus é comparável ao de pacientes que se recuperaram da infecção, acrescenta o comunicado.

Por isso, a ReiThera recomenda continuar com a próxima fase de testes - a terceira, já que "a vacina foi bem tolerada na primeira fase e ainda melhor na segunda".

Os efeitos colaterais foram em sua maioria "leves ou moderados e de curta duração", sendo as reações relacionadas a "dor no local da injeção, fadiga, dores musculares e dor de cabeça". Não houve nenhum evento adverso grave.

O estudo teve início em 18 de março e foi realizado em 24 centros clínicos na Itália. Ao todo, participaram 917 voluntários com mais de 18 anos de idade, sendo 25% dos indivíduos com mais de 65 anos e/ou sofriam de condições associadas a um risco aumentado de doença grave em caso de infecção por Sars-CoV-2.

Os voluntários foram randomizados em três grupos e, com base nisso, receberam uma única dose da vacina seguida de uma dose de placebo; duas doses de vacina; ou duas doses de placebo, todas com intervalo de três semanas entre as duas administrações.

Ansa

A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um alerta para o risco de duas doenças inflamatórias após vacina contra a covid-19. O comunicado relata a ocorrência em outros países de inflamações no músculo cardíaco e no tecido que envolve o coração. Isso aconteceu em pessoas que foram imunizadas com vacinas que usam RNA mensageiro, como a da Pfizer/BioNTech e da Moderna. Dessas duas, apenas a Pfizer está registrada pela Anvisa para uso no Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

Os episódios foram identificados por autoridades sanitárias dos Estados Unidos. O principal órgão do setor naquele país (FDA, na sigla em inglês) apontou o risco dessas duas doenças (chamadas de miocardite e pericardite), sobretudo entre as pessoas que receberam as duas doses da vacina.

A Anvisa, no entanto, destaca que ainda não houve registro de situações como essa no Brasil e que os riscos desse tipo de ocorrência é baixo, sendo superado pelos benefícios da imunização com essas vacinas no combate à covid-19. Portanto, a agência mantém a recomendação de uso da Pfizer/BioNTech.

O alerta da agência visa chamar a atenção especialmente dos profissionais de saúde para que fiquem atentos a esses riscos e atuem no diagnóstico e tratamento, caso estes tipos de complicações sejam detectadas.

Catraca Livre