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Centenas de pesquisas estão sendo realizadas no mundo para encontrar um tratamento comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2). Embora muitas se concentrem em testar remédios já usados para outras doenças (o que agiliza os estudos), algumas buscam desenvolver um medicamento específico para a Covid-19 do zero.

E, assim como no caso das vacinas, o Brasil é visto como o lugar ideal para esses estudos — a pandemia segue afetando muitas pessoas por aqui, o que oferece voluntários de sobra. Além disso, temos bons cientistas para conduzir os experimentos.

O princípio ativo ABX464, do laboratório francês Abivax, é um dos que está sendo colocado à prova no país. França, Alemanha, Reino Unido, Itália, México, Chile e Peru também participarão da empreitada.

“A fase um da pesquisa foi feita com indivíduos saudáveis. A segunda, em pacientes com colite ulcerativa, uma doença inflamatória do intestino. Agora que sabemos a dose que parece funcionar bem, começamos um estudo randomizado duplo-cego focado no coronavírus”, conta o imunologista Jorge Kalil, professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do estudo.

Dez centros brasileiros integram esse esforço conjunto. “E há mais dez em qualificação. A ideia é recrutar 680 pacientes aqui, esperando um total de 1 136 em todos os países”, relata Kalil. Os voluntário terão acima de 65 anos e/ou obesidade, diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. A ideia é testar o fármaco em indivíduos com casos leves ou moderados do coronavírus e verificar se ele evita o agravamento do quadro.

O ABX464 é um medicamento oral que promete atuar como antiviral, anti-inflamatório e reparador dos tecidos pulmonares. Mas atenção: todos esses predicados carecem de comprovação.

 “Os efeitos colaterais apresentados anteriormente são mínimos. Algumas poucas pessoas ficam enjoadas e têm dor de cabeça”, diz Kalil.

Acredita-se que esse estudo termine em dezembro de 2020. “Solicitei à Abivax que o Brasil entre em prioridade para receber o remédio logo depois da França”, revela o imunologista da USP.

Mas essa não é a única promessa a ser investigada em terras verde-amarelas. A farmacêutica alemã Merck iniciou recentemente a segunda etapa de uma pesquisa que irá checar a eficiência de uma molécula em 150 voluntários brasileiros e americanos com coronavírus.

Batizada de M5049, ela neutraliza os sensores das nossas células que detectam o RNA do Sars-CoV-2. “Esse bloqueio em pacientes com pneumonia no início de uma resposta hiperinflamatória pode suprimir a ‘tempestade de citocinas’, que leva a complicações potencialmente fatais”, explica Luiz Magno, diretor médico da Merck no Brasil. De novo, a proposta é impedir a progressão para um quadro crítico.

Se o estudo trouxer bons resultados, o princípio ativo partirá para a terceira e última etapa de avaliação. Não há previsão de quando ele ficaria disponível.

Há ainda uma pesquisa que não está sendo realizada no nosso país, mas vale uma menção por ser conduzida pela AstraZeneca — a mesma empresa da vacina de Oxford, uma das mais avançadas na corrida contra o coronavírus.

O remédio possui uma combinação de anticorpos monoclonais que bloqueiam duas partes de uma proteína específica do Sars-CoV-2. Com isso, o vírus não conseguiria entrar nas células do organismo.

 “Os anticorpos monoclonais impediriam o contágio em pessoas expostas ou a multiplicação do vírus em alguém já infectado”, conta Maria Augusta Bernardini, diretora médica da AstraZeneca no Brasil.

Ou seja, ele não apenas trataria, como preveniria a Covid-19 (o que seria especialmente útil para profissionais de saúde, por exemplo).

A investigação se encontra na primeira fase com seres humanos — feita com 48 voluntários no Reino Unido. “No estágio atual, não dá para falarmos de evidências de eficácia”, pondera Maria Augusta.

Quais as dificuldades de criar um remédio contra a Covid-19

De acordo com o infectologista Marcelo Simão Ferreira, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o atributo mais desejável de uma

Isso para impedir o processo inflamatório exacerbado, que causa complicações em diferentes órgãos.

Uberlândia (UFU), em Minas Gerais. Ocorre que não é exatamente fácil desenvolver moléculas com esse potencial.

Mais: um remédio, além de eficaz, deve ser seguro. “Às vezes, um princípio ativo funciona nos testes, mas apresenta muitos efeitos colaterais, o que impede seu uso. Não adianta funcionar contra o vírus e provocar arritmia cardíaca, hepatite, lesões nos rins etc”, aponta o especialista.

Quando falamos de uma doença que não existia até pouco tempo atrás, a coisa fica mais complicada. Faltam conhecimentos relativamente básicos sobre sua atuação, que dificultam a produção de candidatos a tratamento.

E, paradoxalmente, a aplicação de uma vacina comprovadamente eficaz na população pode diminuir o ritmo de experimentos com novas medicações. Ora, se as pessoas estão imunizadas, um tratamento se torna menos urgente. “O período para avaliarmos rapidamente a eficácia e a segurança de vários compostos é agora”, pontua Ferreira.

 

veja saude

O Centro Sul do Piauí agora tem especialista em Oftalmopediatria e estrabismo. O Dr. Rubens Amorim Leite passa atender pacientes de Floriano-PI e de toda essa região e de parte do Maranhão

Dr. Rubens é graduado em medicina pela UFPI, fez residência médica em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e possui o título de especialista concedido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Associação Médica Brasileira.

O profissional da área de Saúde tem aperfeiçoamento em estrabismo, motilidade ocular extrínseca e em catarata pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Hoje, ele é um dos membros da equipe do Hospital de Olhos Bucar onde exietem nove especialistas cuidando melhor dos seus olhos.

rubens

Da redação

Uma pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, está testando a eficácia de extrato de açaí no tratamento de covid-19. O estudo está sendo conduzido pelos pesquisadores Michael Farkouh e Ana Andreazza, que acreditam que o poder anti-inflamatório da fruta pode melhorar a recuperação de pacientes com o novo coronavírus e ajudar a prevenir complicações causadas pela inflamação.

Os pesquisadores vão investigar se o extrato do açaí pode reduzir a mortalidade ou a necessidade de ventilação mecânica em pacientes com covid-19.

Segundo informações do Clinicals Trial Ontario, uma organização de experimentos clínicos, Ana já pesquisava as ações inibidoras de inflamação do açaí e, como a covid-19 é uma doença que causa uma inflamação generalizada no corpo, viu a oportunidade de estudar a fruta no tratamento da doença.

“Nossa colaboração é uma história realmente interessante de como cientistas translacionais e cientistas clínicos se reúnem em tempos de crise para apresentar uma intervenção cientificamente sólida”, afirmou Farkouh ao Clinical Trial Ontario.

O ensaio clínico está sendo realizado no Brasil e no Canadá. Os centros de pesquisa incluem o Women’s College Hospital, a Scarborough Health Network e a Universidade de São Paulo (USP).

“Uma vantagem de incluir o Brasil é que eles estão no pico de casos de covid-19, um momento diferente do Canadá, então seremos capazes de ver o impacto dessa intervenção nos estágios iniciais do número de casos e nas fases posteriores”, explica a pesquisadora.

O planejamento do estudo está minimizando qualquer contato direto entre pacientes e profissionais de saúde, enviando o material diretamente para a casa do participante do ensaio e conduzindo entrevistas de acompanhamento por telefone. Os pesquisadores estão prevendo uma alta taxa de participação e esperam ter resultados em aproximadamente três meses.

Os pesquisadores acreditam que se a eficácia for comprovada, o extrato terá grande importância na luta contra a covid-19, por ser seguro e barato.

“Pensamos que esta intervenção tem potencial não apenas no Canadá e no Brasil, mas também em países de baixa e média renda, onde os desafios de administrar a covid-19 são maiores”, afirma Farkouh.

 

R7

colunaUm estudo apontou que 41% das pessoas no Brasil sentem dor na coluna. O percentual era bem menor antes da pandemia do novo coronavírus, de 18,5%. Um terço declarou ainda que houve piora nas dores que já existiam.

Segundo a professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do estudo, Deborah Malta, o aumento do sedentarismo, a redução das atividades físicas e o estresse são os fatores que contribuíram para a piora.

"Um componente importante no estresse tem a ver com a tensão de toda a coluna", ressalta a pesquisadora.
Deborah falou ainda que houve um aumento significativo de tempo gasto em frente às telas dos televisores e computadores.

Segundo ela, antes da pandemia as pessoas assistiam TV por 1,8 hora ao dia e que esse tempo subiu para 3,3 horas.

Em frente ao computador, tablet ou celular, os usuários ficavam aproximadamente 3,8 horas por dia, período que aumentou para 5,3 horas.
A pesquisa revelou ainda que, antes do novo coronavírus, 36% das pessoas praticavam atividade física e, atualmente, esse percentual caiu para 14%.

Metodologia
Ao todo, 45.161 pessoas responderam ao questionário on-line – 24.186 mulheres (53,6%) e 20.975 homens (46,4%).

O estudo foi realizado de 25 de abril a 25 de maio deste ano. Todos os 26 estados do Brasil mais o Distrito Federal participaram da pesquisa.

O levantamento foi dividido por sexo, faixa etária e escolaridade o que, de acordo com Deborah, representa o perfil da população adulta brasileira.

Os trabalhos foram realizados juntamente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Doze pesquisadores, que convidaram outros dez, desenvolveram a pesquisa.

 

G1

Imagem ilustrativa/Foto: pixabay