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Todas as mulheres acima dos 40 anos de idade podem, caso queiram, fazer parte de uma campanha que vai ser realizada pelo Hospital de Floriano-PI, bairro Manguinha.

campanha

Leonardo Garibaldi, que é coordenador do Centro de Imagem do Hospital Regional Tibério Nunes, é quem explica sobre o que está sendo desenvolvido.

 

Da redação

Embora a situação não seja lá muito agradável, podendo até chamar a atenção de todos ao redor, o espirro é algo completamente normal. Todos nós espirramos quando temos partículas alérgenas e irritantes no nariz ou até mesmo quando sofremos de um resfriado/doença. Sendo assim, os espirros geralmente ocorrem em resposta à irritação na cavidade nasal e estima-se que quase 40.000 partículas sejam expelidas em um único espirro. No entanto, na maioria das vezes, isso é muito breve, embora em alguns casos você possa entrar em uma crise que apresenta uma longa sequência de espirros seguidos. As informações são do Tricurioso.

Felizmente, espirrar é realmente algo benéfico para a nossa saúde, pois remove partículas estranhas do corpo. Por isso, tentar parar um espirro pode resultar em uma série de complicações no corpo. O risco de se machucar ao parar um espirro é baixo, mas longe de ser impossível, sendo que em casos de azar, pode ter efeitos brutais. No entanto, é importante saber a diferença entre controlar o desejo de espirrar e realmente parar um espirro. Por isso, hoje nós vamos explorar uma pergunta interessante: afinal, é possível impedir um espirro ao colocar a mão sobre o nariz?

O que pode acontecer se tentarmos parar ou prender um espirro?

Como já foi dito anteriormente, tentar parar um espirro pode resultar em uma série de complicações no corpo, podendo ser divididos em três os desfechos ruins mais prováveis. Primeiramente, uma lesão no diafragma é o mais provável. Segundo, a interrupção de um espirro também pode causar um rompimento dos vasos sanguíneos na parte branca do olho, causando contusões nas áreas ao redor da íris. Por último, o ato de prender um espirro pode até mesmo causar o enfraquecimento dos vasos sanguíneos no cérebro, causando a ruptura devido à elevação da pressão.

Para se ter uma ideia, suprimir um espirro mantendo a boca ou o nariz fechados pode levar a um aumento da pressão de 5 a 24 vezes maior do que o valor encontrado em um espirro normal. A pressão gerada tende a retornar à cabeça, cavidade nasal ou garganta, o que em casos graves também pode romper estruturas delicadas no ouvido interno, causando uma perda auditiva permanente.

Com tudo o que já foi explicado, fica muito claro que prender um espirro definitivamente não é uma boa ideia. No entanto, temos que concordar que quando estamos sentados em uma sala silenciosa, como em uma sala de exames ou em uma reunião, pode parecer um tanto embaraçoso espirrar alto e chamar a atenção de todos. Felizmente, existe um método para controlar espirros em situações inevitáveis e sem danos colaterais: manter os dedos pressionados sobre o nariz para evitar um espirro. Acredite ou não, isso realmente funciona!

Por que pressionar os dedos sobre o nariz pode ser um método eficaz de evitar um espirro?

Para entendermos como esse “truque” funciona, precisamos primeiramente entender um pouco da anatomia do nosso corpo. Pois bem, o nosso corpo conta com um nervo comumente chamado de “nervo trigêmeo” que fica localizado na face e percorre toda a região que inclui testa, nariz, boca e mandíbula. Esse é o nervo responsável pela captação das sensações em seu rosto, sendo que ele também controla as funções motoras, como mastigar, falar e espirrar. Ou seja, ele realmente desempenha várias funções importantes!

Além disso, o nervo trigêmeo é o maior dos nervos cranianos, até porque possui ramificações muito longas. Em termos mais específicos, a parte que se aplica ao seu nariz é chamada “nervo maxilar”, que por sua vez é um dos principais ramos do nervo trigêmeo. Quando o nervo maxilar é desencadeado pela entrada de um agente alérgeno, como poeira, pólen, produtos químicos, ou qualquer outra coisa similar, esse nervo acaba sendo “engatilhado” e envia um sinal ao cérebro que, em última análise, resulta em um espirro.

No entanto, o simples ato de pressionar o espaço entre o lábio superior e a ponta do nariz com os dedos é capaz de interromper o sinal transmitido pelo nervo maxilar ao cérebro através do nervo trigêmeo. Pressionar essa região serve como um sinal quase idêntico ao que desencadeia um espirro, mas envia uma mensagem ligeiramente diferente ao seu cérebro. Assim, estimular o nervo maxilar dessa maneira pode interromper a resposta que desencadeia um espirro, pois isso essencialmente acaba “distraindo” o cérebro.

É importante deixar claro que pressionar um dedo na região entre o lábio superior e a ponta do nariz provavelmente não interromperá todas as respostas instintivas, mas certamente poderá impedir algumas das que são responsáveis em desencadear um espirro. Na prática, isso funciona de forma semelhante a quando você bate o joelho em uma mesa e seu primeiro instinto é esfregá-lo a fim de fazê-lo se sentir melhor. Nesse tipo de situação, você está tentando, ainda que involuntariamente, distrair os nervos do joelho com outro “sinal competitivo”.

Com tudo que foi explicado, podemos dizer que, quando você sentir vontade de espirrar, é melhor seguir em frente e deixar o seu corpo trabalhar naturalmente, afinal de contas, isso ocorre porque o seu corpo está realmente ajudando você a se livrar de partículas nocivas e indesejadas. Espirrar ajuda a limpar o nariz, portanto, é muito melhor lidar com as respostas instintivas do seu corpo “na boa” do que ir contra ele e prejudicar a si mesmo, a menos que você valorize mais a sua imagem do que a sua saúde.

Por outro lado, caso você esteja em um local silencioso e sinta que vai espirrar muito em breve, tentar pressionar o espaço entre lábio superior e a ponta do nariz com os dedos pode ser uma forma confiável de evitar um espirro. Mas lembre-se que isso só funciona nos estágios iniciais da formação do espirro. Se o espirro já estiver “engatilhado”, é melhor deixá-lo agir naturalmente. O seu corpo agradece!

 

tricurioso

Uma nova doença, com sintomas semelhantes à leishmaniose visceral, mas mais grave e resistente ao tratamento, foi descoberta em Sergipe. Duas pessoas morreram por causa da enfermidade, que já acometeu 150 pessoas em Aracaju. O parasita ainda é desconhecido, mas os pesquisadores já identificaram que ele é diferente da Leishmania, responsável pela leishmaniose.

A doença está sendo investigada por um grupo de pesquisadores brasileiros, que publicaram um artigo na Emerging Infectious Diseases, a revista do Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos. A pesquisa é realizada no Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Liderada pela professora Sandra Regina Costa Maruyama, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o estudo está sendo desenvolvido em colaboração com colegas da equipe do professor João Santana Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

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O diagnóstico e tratamento dos pacientes foi feito pelo médico Roque Pacheco de Almeida, professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, pesquisador e médico do Hospital Universitário/EBSERH de Aracaju. Em entrevista à Agência Brasil, Almeida contou que a doença vem infectando pessoas desde 2011 na capital sergipana, quando ele diagnosticou e tratou o primeiro caso. Esse paciente morreu em 2012, em consequência da doença.

Os sintomas, segundo ele, são muito parecidos aos do calazar (nome mais popular da Leishmaniose visceral), mas evoluem com mais gravidade. “A gente trata muitos pacientes com calazar aqui. São vários por ano. Um desses pacientes não respondeu ao tratamento. Ele recidivou [a doença reapareceu], tratamos novamente, recidivou de novo. E, na terceira recidiva, apareceram lesões na pele. Em pacientes sem HIV não vemos isso. Ele não tinha HIV e apareceram lesões na pele, pelo corpo inteiro, tipo botões, que chamamos de papulas”, contou o médico.

“Quando fizemos a biópsia, eram células repletas de parasitas. E aí o paciente evoluiu gravemente ao que chamamos de Leishmaniose visceral grave, com sangramento. O baço dele era gigante e a gente tentou formas de tratamento, mas ele não sobreviveu”, contou.

Almeida coletou amostras de tecidos desse paciente e os enviou a João Santana Silva, especialista em imunologia da FMRP-USP, que não conseguiu identificar o parasita pelos métodos tradicionais, comparando-o às espécies já conhecidas de Leishmania. Em 2014, a identificação do parasita ficou a cargo da bióloga e imunologista Sandra Regina Costa Maruyama, que começou a desconfiar que se tratava, na verdade, de um novo parasita que ainda não havia sido descrito pela ciência.

“A gente estava diante de um caso grave. Como não conhecíamos outras doenças, a gente achou que era um calazar grave. Mas quando fomos ver, o parasita isolado da medula óssea, da pele e do baço [desse paciente] se comportava também de maneira diferente em um camundongo [de laboratório]. O parasita [retirado] da pele dava lesão na pele do camundongo, mas não dava nos órgãos. E o parasita que veio da medula óssea dava lesão parecida com o calazar, no baço e no fígado [do camundongo]. Temos então dois parasitas diferentes no mesmo paciente”, falou Almeida.

Eles então fizeram um sequenciamento do DNA do parasita, que foi comparado ao de outros protozoários. Os pesquisadores perceberam, então, que não se tratava do Leishmania. O novo parasita se assemelha ao Crithidia fasciculata, que infecta apenas insetos e que é incapaz de infectar mamíferos. No entanto, essa nova espécie de parasita foi capaz de infectar humanos e camundongos – e de forma grave.

Segundo Almeida, os 150 pacientes isolados também estão sendo testados para se avaliar se também foram infectados por esse novo parasita. “Boa parte desses pacientes também pertence a esse novo grupo. Ou seja, o problema pode ser ainda maior do que estamos imaginando”, disse.

Os pesquisadores esperam, em breve, conseguir descrever o novo parasita e nomear a nova doença. “Identificamos um parasita novo, uma doença nova, que causa uma doença grave e com resposta terapêutica não totalmente suficiente ou eficaz. Queremos entender a extensão disso e de onde apareceu esse parasita, se foi uma mutação. Tem uma linha grande de pesquisa para a gente investigar. Também queremos ver, geograficamente, para onde está se expandindo o parasita”, disse Almeida.

Leishmaniose

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 mil e 90 mil pessoas adoecem todos os anos com leishmaniose visceral. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Também conhecida como calazar, ela é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto infectado, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui. A transmissão aos insetos ocorre quando fêmeas do mosquito picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

Segundo o Ministério da Saúde, esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. Eles se desenvolvem em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo). No ambiente urbano, o cão é a principal fonte de infecção para o vetor, podendo desenvolver os sintomas da doença, que são: emagrecimento, queda de pêlos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores e desnutrição, entre outros.

Nos humanos, os sintomas da doença são febre de longa duração, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia. Se não tratada, pode ser fatal.

Em 2017, segundo o Ministério da Saúde, 4.103 casos de leishamiose visceral foram notificados no Brasil, sendo que 1.824 deles registrados na Região Nordeste. Em média, cerca de 3,5 mil casos são registrados anualmente. Nos últimos anos, a letalidade vem aumentando gradativamente. Em 2017, 327 pessoas morreram no Brasil por causa dessa doença.

 

Veja

pulmaoDurante o Congresso da Sociedade Europeia de Medicina Oncológica (ESMO, na sigla em inglês), que aconteceu este final de semana em Barcelona, na Espanha, pesquisadores apresentaram uma importante descoberta para o tratamento de câncer de pulmão avançado. O novo estudo indica que a imunoterapia composta por nivolumabe e ipilinumabe promove 7% maior taxa de sobrevida em um período de dois anos em comparação com a quimioterapia padrão para este tipo de câncer.

A imunoterapia é uma forma de tratamento biológico que ajuda o sistema imunológico do paciente a combater as células cancerígenas. Já na quimioterapia, é o próprio medicamento que destrói as células doentes.

Segundo o estudo, que envolveu mais de 1.500 pacientes no estágio IV da doença. O novo tratamento é indicado para pacientes com câncer de pulmão avançado que não tenham mutação ou alteração no EGFR. A EGFR é uma proteína encontrada na superfície das células que promove crescimento e divisão celular. Em pacientes com câncer de pulmão, essas célula podem tem essa substância em excesso, o que faz com que elas cresçam mais rápido.

Câncer de pulmão
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. Em 85% dos casos, a doença está associada ao consumido de derivados do tabaco, como cigarro. A taxa de sobrevida em cinco anos para a doença é de 18%. Quando diagnosticado precocemente – o que raramente acontece – esse número sobre para 56%. O novo tratamento poderia melhorar esses números.

O médico Fernando Maluf, oncologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, esteve no congresso e explica em detalhes o novo tratamento. Confira.

 

Veja

Foto: IStock/Getty Images