Intoxicação alimentar acontece quando ingerimos alimentos contaminados. A contaminação pode ocorrer por alguns fatores, como: alimento contaminado na origem e que não teve boa higienização (como frutas e verduras), alimento contaminado e não cozido (como ovos e carnes), alimentos que ficam expostos muito tempo, alimento manipulado com mãos ou utensílios contaminados e alimentos que foram armazenados de maneira errada.
O Bem Estar desta sexta-feira (9) falou sobre intoxicação alimentar. A nutricionista Danielle Fontes e o gastroenterologista Flavio Quilici tiraram dúvidas sobre o assunto.
Temos um sistema de defesa eficiente. Por isso, na maioria das vezes, o caso é leve e o próprio organismo responde bem. Entretanto, há um grupo de risco que deve tomar mais cuidado: idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças autoimunes.
Entre os sintomas da intoxicação estão a diarreia, vômito e náuseas. Eles podem aparecer poucas horas após a alimentação e tendem a desaparecer sozinhos. Fique ligado aos sinais de alerta:
Se tiver presença de sangue no vômito ou fezes
Se a diarreia persistir por mais de 3 dias e mais de 4x ao dia
Se as dores abdominais (cólicas) forem intensas
Se tiver febre acima de 38ºC
Ser apresentar sintomas de desidratação (boca seca, sede excessiva, fraqueza e tontura)
Se você for gestante - nesse caso, é preciso fazer o exame de sangue para descartar a possibilidade da toxoplasmose, que é um vírus e pode passar para o bebê.
Se você achar que está com uma intoxicação, não tome remédio! O organismo precisa colocar o que está fazendo mal para fora. Se os sintomas persistirem, procure um médico.
Os especialistas lembram que é muito importante se hidratar (água, água de coco, isotônicos, sucos), ficar um período sem se alimentar para dar um repouso ao estômago e intestino (mais ou menos seis horas), começar uma alimentação leve e ficar em repouso.
A glândula tireoide é fundamental para nosso corpo. Para quem não sabe, ela se localiza na região do pescoço e produz hormônios responsáveis por controlar peso, energia, metabolismo e até o sono.
Podemos contribuir com ela - basta consumirmos os nutrientes essenciais que nosso organismo precisa. As mulheres são mais propensas a sofrer desse mal, isso por causa do desequilíbrio hormonal durante a gravidez, menopausa e estresse crônico.
Os nutrientes essenciais para a glândula tireoide são:
Iodo: este é um componente básico para os hormônios tireoidianos.
Sendo assim, se o nosso corpo não tiver iodo suficiente, a tireoide não pode produzir hormônios.
Consuma alimentos, como peixe, algas marinhas e frutos do mar.
Caso você não goste, então procure suplementos com iodo e tirosina.
Selênio: este é outro dos quatro nutrientes essenciais para garantir a saúde da nossa tireoide, porque a enzima que consegue converter T4 em T3 é completamente dependente deste mineral.
Portanto, se nosso corpo não tiver a quantidades necessária ele, o hormônio permanecerá preso em seu estado inativo, causando hipotireoidismo.
Para garantir níveis adequados de selênio, consuma alimentos como castanha-do-pará, peixe e frutos do mar.
Para obtê-lo, consuma sementes como a de abóbora e a de girassol.
Zinco: este mineral é essencial para converter T4 em T3, além de ativar os receptores hormonais do hipotálamo.
Ferro: é responsável por promover a produção da enzima que converte iodeto em iodo, além de também participar da conversão de T4 em T3.
Portanto, certifique-se de consumir alimentos ricos em ferro: como: carne, frango e fígado.
Não deixe de consumir folhas verde-escuras, pois elas são ricas em ferro e cálcio.
E, por fim, caso sinta os sintomas a seguir, procure um médico:
Não tem quem nunca teve uma dor de cabeça e há muitos motivos para ela acontecer. O tipo mais conhecido é a enxaqueca — aquela dor latejante que pode aparecer em um ou nos dois lados da cabeça e que pode ser desencadeada por vários motivos. O neurologista Daniel Ciampi, do Hospital das Clínicas de São Paulo explica que "cada pessoa tem um fator desencadeante da enxaqueca, é impossível generalizar. Não existe um fator que cause dor de cabeça em todos, mas existem causas mais comuns entre a população"
Alimentação - Em algumas pessoas, a alimentação pode interferir diretamente na dor de cabeça. O chocolate é um dos vilões, embora não se saiba ainda o porquê. Segundo Ciampi, "alguns pesquisadores acham até que a vontade de comer doces ou gordura seria um sinal premonitório da crise, ou seja, algo que surge antes da dor". Assim, para alguns, a vontade de comer chocolate não é um gatilho desencadeante da dor mas sim parte do problema. Ao chocolate juntam-se as frutas cítricas, alimentos muito gelados, como o sorvete, nozes, alimentos gordurosos e condimentados
Café - Quem costuma ter enxaquecas deve evitar o café e as bebidas que contenham a cafeína e outros estimulantes, como alguns refrigerantes, energéticos e chá preto. Quem está acostumado a ingerir essas bebidas diariamente pode sentir dor de cabeça quando fica sem. Segundo o médico Daniel Ciampi, a cafeina, faz com que os vasos cerebrais fiquem contraídos e isso causa um efeito analgésico. Quando a pessoa toma café todos os dias se acostuma com esse efeito. Se deixa de tomar, acontece o contrário: os vasos se dilatam e sem o efeito analgésico, surge a dor de cabeça
Pular Refeições - Ficar muito tempo sem comer pode fazer com que a taxa de açúcar do sangue diminua. Isso provoca a produção de substâncias que causam a dor. De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é comer alguma coisa a cada 3 ou 4 horas. Também é importante não exagerar na comida, não comer demais depois de passar muito tempo em jejum
Dormir mal - Uma boa noite de sono é fundamental para evitar a enxaqueca e outras dores de cabeça. Dormir pouco, dormir muito, demorar para pegar no sono, acordar no meio da noite e roncar são todos possíveis desencadeantes de dor de cabeça. De acordo com o médico Daniel Ciampi, pessoas que sofrem de Apnéia do Sono tendem a ter dor de cabeça. Isso porque o processo de oxigenação do cérebro durante a noite passa a ser defeituoso. Com mais CO2 no sangue acontece uma vasodilatação que desencadeia a dor
Postura - A má postura pode causar tensões na coluna, principalmente na cervical, a região do pescoço. Essa dor pode passar para a cabeça, normalmente para a nuca ou para a região em cima dos olhos. O estresse e a tensão muscular no pescoço e nos ombros podem piorar o problema
O dissulfiram, conhecido comercialmente como Antabuse, é uma medicação usada há mais de 60 anos no tratamento do alcoolismo. Como em tantos outros casos, essa foi uma descoberta casual feita em 1937. O dissulfiram era uma substância utilizada no beneficiamento da borracha e se percebeu que os trabalhadores constantemente expostos a ele, desenvolviam dores pelo corpo, semelhantes a um quadro gripal, quando ingeriam bebidas alcoólicas.
Descoberta ao acaso
No início dos anos 70 ocorreu a publicação de um caso clínico de uma senhora portadora de câncer de mama que havia se espalhado para os ossos e que, por ter desenvolvido alcoolismo severo, teve o seu tratamento do câncer suspenso e substituído por dissulfiram. Esta paciente veio a falecer dez anos depois por “despencar embriagada” de uma janela. Na autópsia, surpreendentemente, as metástases ósseas haviam desaparecido.
Este caso motivou várias pesquisas que demonstraram que o dissulfiram, em laboratório, era capaz de matar células cancerosas de vários tipos e também era capaz de retardar o crescimento de câncer em animais. Em 1993, foi realizado um pequeno estudo clínico com 64 pacientes, metade dos quais recebeu dissulfiram em adição ao tratamento padrão. Após seis anos de seguimento, a sobrevida do grupo que recebeu dissulfiram foi de 81% comparada a 55% no grupo controle.
Um estudo epidemiológico, realizado na Dinamarca, utilizando o registro nacional de oncologia, identificou mais de 240.000 casos de câncer entre os anos de 2000 e 2013. Entre estes, 3.000 pacientes receberam Antabuse (dissulfiram). A taxa de mortalidade por câncer entre os 1177 pacientes que continuavam tomando Antabuse era 34% menor do que entre os pacientes que abandonaram o seu uso.
Mecanismo de ação do dissulfiram
Apesar de todas estas evidências, o uso do dissulfiram no tratamento do câncer não prosperou, em parte por conta de resultados inconsistentes e em parte porque os pesquisadores não entendiam como o dissulfiram funcionava. Finalmente este mistério parece ter chegado ao fim graças a um grupo de cientistas escandinavos e americanos que, em 14 de dezembro, publicaram na revista Nature, o mecanismo de ação do dissulfiram.
De uma maneira simplificada podemos dizer que um dos produtos do metabolismo do dissulfiram se liga ao cobre dentro das células. Como consequência, este produto impede a célula cancerosa de se livrar do lixo metabólico que ela produz, causando uma “intoxicação ” e a sua morte.
Para os leitores mais afeitos à ciência, a proteína inibida pelo Ditiocarb (produto do metabolismo do dissulfiram) complexado com cobre se chama NPL4 e o sistema de “limpeza” do lixo celular é o sistema da ubiquitina proteassomal. É importante notar que o dissulfiram não tem esse efeito em células normais nem em qualquer célula cancerosa.
Este efeito é notado principalmente nas células-tronco cancerosas, que transportam cobre em quantidades 10 vezes maior que as outras células. Hoje se sabe que são essas células-tronco cancerosas as responsáveis pelo desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos e recorrência dos tumores.
Coadjuvante ao tratamento
Deste modo, o dissulfiram não deve ser uma “cura” para o câncer, mas um coadjuvante para prevenir a resistência e a recorrência. Entre os tumores nos quais as células-tronco têm um papel proeminente na agressividade, está o glioblastoma, cujo tratamento atual é um desafio.
Evidentemente essa descoberta agora necessita da demonstração prática de sua utilidade através de grandes estudos clínicos que a indústria farmacêutica reluta em financiar, porque o dissulfiram é uma droga antiga, genérica e barata. É improvável que o lucro advindo da venda desta medicação cubra os custos dos estudos clínicos necessários. São estudos que certamente serão conduzidos pelos grandes centros mundiais de tratamento do câncer.